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quarta-feira, dezembro 10, 2014

500 mil euros

Empatámos com o Bayer Leverkusen (0-0), mas poderíamos ter terminado a nossa participação nas competições europeias com uma vitória. Dado que alinhámos só com um titular (André Almeida, que já de si é um lateral-esquerdo emprestado), a nossa exibição foi muito melhor do que eu estava à espera e alguns jogadores mostraram que poderão ser uma opção válida para jogar com os crescidos num futuro próximo. E sempre foram meio milhão de euros que entraram para os nossos cofres.

Os alemães também jogaram com os habituais suplentes, o que lhes acabou por custar o 1º lugar do grupo, já que o Mónaco derrotou o Zenit. Na parte final, quando o treinador se lembrou de colocar titulares em campo, já não foi a tempo. Eles lá saberão, mas se eu fosse seu adepto estaria furioso, porque não será propriamente a mesma coisa jogar com o Chelsea ou com a lagartada… Voltando ao jogo, entrámos bem e uma boa jogada do Ola John permitiu ao Lima entrada directa nos maiores falhanços que a nova Luz já viu: em cima da linha da pequena área, conseguiu acertar na barra. O Leverkusen pouco incomodava o Artur, o Pizzi abria o livro durante toda a 1ª parte e tivemos ocasiões mais do que suficientes para resolver o jogo: o Lima rematou ao lado quando tinha o Derley sozinho no meio, o Bebé não conseguiu meter a bola no Lima num contra-ataque de dois para um e o Ola John tirou dois adversários do caminho, mas depois não conseguiu rematar.

A 2ª parte começou com os alemães a acercarem-se mais da nossa baliza, mas isto só durou 15’ e mesmo assim apenas criaram perigo relativo. Um corte do César contra um adversário, que fez a bola passar perto do poste do Artur, foi o lance mais perigoso. Quanto a nós, o Pizzi perdeu imenso gás e a equipa ressentiu disso. O Jesus colocou o Talisca no lugar do Lima por volta da hora de jogo e as coisas melhoraram um bocado. O Ola John, apesar de alguma molenguice, ia criando qualquer coisa na esquerda, enquanto na direita o Bebé confirmou mais uma vez que sem cérebro não se pode ser jogador de futebol. O expoente máximo disso foi já perto do fim quando, com o Talisca c-o-m-p-l-e-t-a-m-e-n-t-e isolado no meio, resolve continuar a jogada pela direita, com um adversário a estorvá-lo e rematar sem grandes condições de êxito. Passei-me completamente e o Jesus provavelmente também, porque o retirou pouco depois para fazer entrar o João Teixeira. Entretanto, também já tinha entrado o Nelson Oliveira para o lugar do sempre esforçado Derley, que também construiu uma boa jogada perto do final, em que um defesa impediu que a bola chegasse ao Pizzi, que ficaria isolado.

Um jogo destes serve sobretudo para ver quem está apto para a primeira equipa e o Pizzi, assim que aguentar os 90’, poderá ser uma opção muito válida. Que grande 1ª parte! O Cristante também não esteve mal, apesar de me parecer que lhe continua a faltar alguma agressividade na recuperação depois de ser batido pelo adversário. O Derley mostrou novamente que está em melhor forma que o Lima e, apesar de não ser nenhum génio (também estávamos mal habituados com Cardozo e Rodrigo…), continua a ser um jogador que me agrada bastante pela entrega e alguma qualidade que coloca na partida. O Ola John é uma pena, porque com um pouco mais de intensidade e constância (e menos moleza) seria um jogador fabuloso. Assim, limita-se a criar dois ou três bons lances por jogo. Os centrais (César e Lisandro) também estiveram muito concentrados e praticamente sem falhas. O Nelson Oliveira teve dois bons pormenores, mas não sei se alguma vez deixará de ser uma eterna promessa. O João Teixeira, que já se tinha destacado na pré-época, jogou os últimos minutos e ainda deu para ver qualquer coisa, nomeadamente uma finta de corpo em que provocou um segundo amarelo a um adversário. Para seguir com atenção.

Negativamente destacaram-se o Lima (aquele falhanço é imperdoável) e sobretudo o Bebé. Será que podemos alegar que está em período experimental e devolvê-lo ao Manchester United sem custos? De qualquer maneira, espero que lhe comecemos a descontar os 500.000€ do ordenado por conta daquela bola que não passou ao isolado Talisca e que certamente nos daria a vitória no jogo. Que descerebrado!

Passado este interlúdio, continuemos a nossa concentração para domingo. E há uma coisa que não percebi: se o Jesus poupou a equipa quase toda, porque é que colocou um titular em campo que é apenas o nosso melhor marcador? O Talisca pregou-nos um valente susto no joelho, quis continuar em campo, mas dizem os jornais que saiu do estádio a coxear. Vamos lá a ver se não temos uma enorme baixa para Mordor…

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