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segunda-feira, abril 22, 2013

Muito complicado

Vencemos a lagartada por 2-0 e estamos a três vitórias de nos sagrarmos campeões nacionais. Foi um jogo muito mais difícil do que eu estava à espera, com poucas oportunidades, mas em que soubemos ser mais eficazes. No final, como é da praxe, a lagartada veio queixar-se da arbitragem.

Não entrámos nada bem na partida. Aliás, à semelhança do que já tinha acontecido no WC. A lagartada controlou os primeiros minutos, mas sem grandes oportunidades. Aos 36’, um bom desenvolvimento atacante permitiu-nos chegar à vantagem, com uma abertura do Cardozo para o Gaitán na esquerda, um centro rasteiro deste, falhanço do Lima, mas o Salvio a marcar em jeito de pé esquerdo. Até final da 1ª parte, a lagartada tremeu, mas infelizmente não conseguimos aumentar a vantagem.

Estava à espera que no 2º tempo eles se fossem abaixo das canetas à semelhança do que aconteceu na 1ª volta. Mas isso não aconteceu, o que só prova que de facto o Jesualdo é um bom treinador. Sempre sem criar grandes situações, a lagartada lá ia tendo mais posse de bola e nós não nos mostrávamos tão incisivos nas saídas para o ataque como é habitual. Creio que se notou algum cansaço nos nossos jogadores. Aos 69’, o Jesus trocou o Cardozo pelo Ola John. Confesso que estranhei a substituição, não só porque o Lima estava a ser pior que o Tacuara, mas principalmente porque este era mais útil em lances defensivos de bola parada e possíveis livres a nosso favor. Mas aos 75’ percebi que quem estava errado era eu: o Gaitán tenta pela enésima vez passar por entre os jogadores da lagartada, desta vez consegue, tabela de primeira com o Salvio, centra com o pé direito e ainda de primeira o Lima marca um golo sem deixar a bola cair no chão. Estava feito o golo do campeonato! Defendo que, a partir disto, o título deveria ficar entregue: seria muito injusto que uma equipa que marca um golo numa jogada destas não fosse campeã! ;-) Até final, conseguimos não deixar que a lagartada criasse grande perigo e soubemos controlar o jogo.

Em termos individuais, destaque óbvio para o Gaitán que faz as duas assistências para os golos, para o Salvio e para o Lima por esses mesmos golos, e para o enorme Matic, o jogador mais fundamental do Benfica de hoje. Não gostei muito do Garay, que me parece estar a passar a fase menos boa da época, e o Enzo também passou um pouco ao lado do jogo.

Não percebo porque é que este encontro não foi ontem para nos dar mais tempo de descanso para a Turquia, mas enfim… A próxima semana e meia definirá muita coisa do que será sucesso (ou não) da nossa temporada. Teremos a eliminatória com o Fenerbahçe e a ida ao Marítimo. Se ganharmos na Madeira, será muito difícil deixarmos escapar o campeonato, mas temos igualmente uma oportunidade excelente para voltar a uma final europeia. Haja coração para aguentar isto tudo!

P.S. – Quanto à arbitragem do Sr. Capela, apraz-me dizer o seguinte: pode-se acusá-lo de tudo, menos de não ter um critério idêntico. Tanto nos lances a meio-campo, como na grande-área, nunca apitou encostos / cargas de ombro para ambas as equipas. Deixou jogar um pouco à maneira inglesa e, sinceramente, eu prefiro árbitros destes àqueles que apitam por tudo e por nada. Das quatro grandes choradeiras lagartas de possíveis penalties, só no lance entre o Maxi Pereira e o Capel tenho dúvidas. Os outros três não são falta: o Garay faz um carrinho paralelo ao Volkswagen para tentar interceptar a bola e é o holandês que provoca o contacto antes de rematar, e nos dois do Viola na 2ª parte (quando já estava 2-0, pormenor nada despiciendo!), é o argentino dos lagartos que força a passagem. Lá está, lances que a meio-campo também não foram assinalados. Estão a 37 pontos de nós. Pronto, nós compreendemos a azia.

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