segunda-feira, março 18, 2013
Quatro pontos
Goleámos em Guimarães (4-0) e, com o empate do CRAC no Marítimo, aumentámos
a nossa vantagem sobre eles para quatro pontos quando faltam sete jornadas para
o final do campeonato. Sempre considerei fundamental chegar ao jogo na pocilga
na penúltima jornada com pelo menos esta vantagem, para não estarmos sujeitos
ao grande reforço do CRAC nos jogos contra nós, o Sr. Pedro Proença. Agora, com
quatro jogos em casa e três fora, é só mantê-la até essa altura.
O V. Guimarães tem uma equipa jovem, mas muito boa e entrou muito forte na
partida. Mesmo assim poderíamos ter marcado logo aos 2’ quando o Cardozo isolou
o Lima, mas o guarda-redes defendeu com a cabeça(!) fora da área. Durante os
primeiros 20’/25’ pairou um pouco no ar o desgaste do jogo europeu, mas o que
revelámos foi inteligência táctica de deixar o “primeiro milho para os
pardais”. O que é facto é que o V. Guimarães praticamente não criou perigo para
a nossa baliza e os poucos remates foram sempre bem defendidos pelo Artur. Nós
criámos lances de golo com cabeçadas do Jardel e Cardozo, mas só chegámos à
vantagem aos 38’ num penalty do Cardozo (desta vez em força, como nos bons
velhos tempos) a punir empurrão claro sobre o Lima, depois de o Gaitán o ter
isolado ao marcar um livre muito rapidamente.
Na 2ª parte, o jogo alterou-se e o V. Guimarães desapareceu de cena, porque
nós entrámos fortíssimos. Estávamos a dominar completamente a partida, quando
aos 60’ o defesa-direito deles, Kanu, teve uma entrada a varrer sobre o
Melgarejo e viu bem o segundo amarelo mostrado pelo Sr. Paulo Baptista. O facto
de ter tocado (sem querer) na bola é irrelevante, porque não pode entrar
daquela maneira. Um minuto depois, fizemos o 0-2 pelo Garay, num excelente chapéu depois de um cruzamento do
Gaitán. A partir daqui, o adversário foi-se abaixo psicologicamente e a dúvida
era se nós conseguíamos marcar mais golos. No entanto, como eu sou pessimista,
até ao 0-3 não descanso, porque um golo contrário (e poderia ter acontecido num
único lance salvo pelo Artur) relançaria a partida, mesmo jogando contra dez.
Nós baixámos o ritmo, mas circulámos a bola e nunca deixámos de procurar a
baliza contrária. O chamado golo da tranquilidade surgiu aos 82’ pelo Salvio
depois de uma óptima desmarcação e ainda tivemos tempo para fazer o 0-4 pelo
Rodrigo já no tempo de compensação.
Em termos individuais, gostei bastante do Gaitán, que soube explorar muito
bem o facto de o V. Guimarães defender em linha para fazer uma série de passes
a rasgar a defesa. Óptimo jogo igualmente do regressado Garay, valorizado por
um golo, mas o mais importante é que a equipa esteve toda a um nível muito alto
e muito concentrada em conseguir estes três pontos que eram fulcrais. Mesmo
assim, tivéssemos nós tido um pouco mais de critério no último passe e teríamos
saído da cidade-berço com um resultado histórico.
O campeonato vai agora parar duas semanas por causa dos jogos das
selecções. É pena esta pausa, porque estamos muito confiantes e a jogar muito
bem, mas só espero que nenhum dos nossos se lesione.
P.S. – Inacreditável o que as claques do V. Guimarães fizeram ao atirar
pelo menos dois petardos contra o nosso guarda-redes! Quero ver qual é a sanção
que estes tipos vão ter…
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