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quinta-feira, janeiro 03, 2013

Goleada

Quase dois anos depois, voltámos a ter jogos na Luz para a Taça de Portugal e tivemos um feliz regresso ao derrotar o Desp. Aves por 6-0. Como se costuma dizer, foi um “jogo sem história” ou “a história do jogo foi a história dos golos”. Com 4-0 na 1ª parte, por mim, todos os jogos do Benfica poderiam ser assim: vitórias tranquilas e sem nenhum stress.

Com quatro titulares indiscutíveis na equipa (Artur, Maxi, Garay e Cardozo), um outro que é titular por lesão do Luisão (Jardel), mesmo assim apresentámos uma equipa com Gaitán, Nolito e Rodrigo, o que diz bem da qualidade do nosso plantel (Bruno César, André Gomes e Luisinho completaram o onze), já que voltámos a ter a dinâmica pré-férias natalícias. Inaugurámos o marcador logo aos 5’ pelo Rodrigo, depois de um passe do Gaitán, brilhantemente desmarcado pelo Cardozo. O Aves jogava em linha e o nosso meio-campo chamou-lhe um figo. Em apenas 14 minutos (18’, 22’ e 32’), o Cardozo terá feito o hat-trick mais rápido da carreira. Aproveitou primeiro um mau atraso de um adversário e depois duas assistências do Rodrigo para marcar em ambas de cabeça. No seu segundo golo, foi a primeira vez que festejei um golo antes de a bola entrar na baliza, porque o centro do Rodrigo foi tão teleguiado que era impossível que o Tacuara falhasse.

A 2ª parte começou com a surpresa do Matic no lugar do Jardel e o Jesus disse no final que tinha sido por lesão. Espero que recupere a tempo do Estoril, porque estamos já com o Luisão e o Miguel Vítor lesionados. Com o jogo ganho, a equipa baixou um pouco de ritmo, mas ainda deu para o Garay atirar ao poste num livre logo de início e para marcar por mais duas vezes pelo Rodrigo (57’) e pelo Lima (que substituiu o Cardozo) de penalty aos 73’. O Sr. Hugo Miguel, depois de nos ter espoliado um penalty na 1ª parte por agarrão ao Gaitán, lá marcou este na 2ª (vá lá, já melhorou em relação a este, como bem me recordou o D'Arcy). O Nolito bem quis marcar o penalty, mas o Jesus deu indicações que era mesmo para ser o Lima. Até final, ainda poderíamos ter avolumado o resultado, mas também devemos ao Artur ter ficado a zero, porque fez uma grande intervenção a um cabeceamento muito perigoso.

Em termos individuais, destaques óbvios para o Cardozo (três golos e uma pré-assistência) e para o Rodrigo (dois golos e duas assistências). Gostei bastante (até que enfim!) do Bruno César, que, depois de ter estado metade da época a dormir, espero que finalmente tenha acordado em 2013. O Gaitán também não esteve mal, ao contrário do Nolito, sempre muito voluntarioso, mas algo trapalhão (no entanto, conseguiu dominar uma bola na 1ª parte, junto à linha lateral, que deveria ficar nos livros).

Uma das grandes vantagens do Benfica do Jesus é jogar sempre da mesma maneira, com a mesma intensidade, em qualquer competição. Não há cá folgas ou jogos mais relaxados. Sim, porque eu não tenho memória curta e lembro-me bem disto ou, principalmente, disto. Fomos, como ele disse no final, sérios, respeitámos o adversário e a competição. Falou no objectivo da dobradinha na flash interview e falou muito bem, porque há 25 anos que não a conseguimos. Teremos na próxima eliminatória um jogo muito difícil em Coimbra, em que deveremos estar com atenção para ver com quantos jogadores a Académica vai estar em campo. Ninguém ainda se esqueceu disto, pois não? Como este é o jogo antes das meias-finais a duas mãos, será uma óptima oportunidade para tentar desequilibrar a balança a nosso desfavor e, nesta altura, em Portugal, isso parece só ser possível com mais de 11 adversários.

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