domingo, junho 10, 2012
Portugal - 0 - Alemanha - 1
Uma exibição bastante melhor do que o esperado não foi suficiente para
batermos a selecção alemã na nossa estreia no Euro 2012. Revelámos
personalidade, vontade e chegámos a jogar de igual para igual com eles, mas uma
grande dose de azar foi determinante para o desfecho final. Atirámos duas bolas
aos ferros e o golo deles resulta de um ressalto no Moutinho, que desposicionou
o Pepe, e permitiu ao Gomez cabecear à vontade já perto do último
quarto-de-hora. Depois do golo, ainda tivemos o Varela isolado que não
conseguiu superar o enorme Neuer. Foi uma pena, porque não merecíamos mesmo ter
perdido o jogo.
Basta ler um pouco deste blog para se ver que eu não sou propriamente politicamente correcto. Mas também não faço fretes nem sou do género de dizer mal por dizer. Vem isto a propósito de alguns comentários que ouvi no final do jogo, nomeadamente do David Borges na SIC Notícias, que criticou o Paulo Bento por não ter sido audaz durante grande parte da partida. Disse ele que não percebia porque é que nós não jogámos os 90’ como o fizemos a seguir ao golo alemão. Quer dizer, vamos lá a ver se eu percebo: a equipa vinha de dois jogos de preparação que tinham corrido bastante mal, os níveis de confiança não estavam propriamente nos píncaros, tem grandes limitações em algumas posições do terreno (ponta-de-lança, a mais gritante), íamos defrontar um tricampeão Mundial e Europeu(!), e era suposto irmos à maluca para frente?! Eu acho que há pessoas que já têm três comentários prontos, dependendo do resultado do jogo e depois debitam-nos sem olhar a mais nada.
Noutro aspecto, se é impossível que eu sofra pela selecção como sofro pelo Glorioso, sou incapaz de não me interessar por ela e não desejar que ela obtenha sucesso. Se é certo que a actual Federação é liderada por um ex-contabilista do presidente de um clube assumidamente corrupto, também é verdade que pessoas que eu admiro, como o Humberto Coelho e o João Vieira Pinto, e outras que respeito, como o Hermínio Loureiro e o Pauleta, fazem parte da direcção, pelo que naturalmente espero que a selecção consiga os resultados desejados, até porque também gosto do carácter e da frontalidade do Paulo Bento. (Qualquer semelhança com a selecção anterior de Madaíls e Queirozes é pura coincidência.)
Voltando ao futebol propriamente dito, o melhor de Portugal foi indiscutivelmente o Fábio Coentrão. O Pepe e o Bruno Alves também estiveram bem, assim como a espaços o Cristiano Ronaldo e o Nani. O trio de meio-campo, Miguel Veloso, Moutinho e Raul Meireles, aguentou bem o embate com o poderio físico do outro lado. O Hélder Postiga é uma anedota e há outros muito medianos, como o João Pereira. O Rui Patrício esteve concentrado e sem possibilidades nenhumas no golo. Ao Nélson Oliveira, que substituiu o inoperante Postiga, ainda falta ganhar experiência (perdeu quase todos os lances de corpo-a-corpo), mas a tal oportunidade do Varela, que também entrou bem, resultou de uma jogada dele.
Com a derrota da Holanda frente à Dinamarca, está tudo em aberto no grupo. É fundamental ganharmos aos dinamarqueses para depois discutir com os holandeses o 2º lugar. Se mantivermos o nível exibicional mostrado frente aos alemães, julgo que teremos as nossas hipóteses.
Basta ler um pouco deste blog para se ver que eu não sou propriamente politicamente correcto. Mas também não faço fretes nem sou do género de dizer mal por dizer. Vem isto a propósito de alguns comentários que ouvi no final do jogo, nomeadamente do David Borges na SIC Notícias, que criticou o Paulo Bento por não ter sido audaz durante grande parte da partida. Disse ele que não percebia porque é que nós não jogámos os 90’ como o fizemos a seguir ao golo alemão. Quer dizer, vamos lá a ver se eu percebo: a equipa vinha de dois jogos de preparação que tinham corrido bastante mal, os níveis de confiança não estavam propriamente nos píncaros, tem grandes limitações em algumas posições do terreno (ponta-de-lança, a mais gritante), íamos defrontar um tricampeão Mundial e Europeu(!), e era suposto irmos à maluca para frente?! Eu acho que há pessoas que já têm três comentários prontos, dependendo do resultado do jogo e depois debitam-nos sem olhar a mais nada.
Noutro aspecto, se é impossível que eu sofra pela selecção como sofro pelo Glorioso, sou incapaz de não me interessar por ela e não desejar que ela obtenha sucesso. Se é certo que a actual Federação é liderada por um ex-contabilista do presidente de um clube assumidamente corrupto, também é verdade que pessoas que eu admiro, como o Humberto Coelho e o João Vieira Pinto, e outras que respeito, como o Hermínio Loureiro e o Pauleta, fazem parte da direcção, pelo que naturalmente espero que a selecção consiga os resultados desejados, até porque também gosto do carácter e da frontalidade do Paulo Bento. (Qualquer semelhança com a selecção anterior de Madaíls e Queirozes é pura coincidência.)
Voltando ao futebol propriamente dito, o melhor de Portugal foi indiscutivelmente o Fábio Coentrão. O Pepe e o Bruno Alves também estiveram bem, assim como a espaços o Cristiano Ronaldo e o Nani. O trio de meio-campo, Miguel Veloso, Moutinho e Raul Meireles, aguentou bem o embate com o poderio físico do outro lado. O Hélder Postiga é uma anedota e há outros muito medianos, como o João Pereira. O Rui Patrício esteve concentrado e sem possibilidades nenhumas no golo. Ao Nélson Oliveira, que substituiu o inoperante Postiga, ainda falta ganhar experiência (perdeu quase todos os lances de corpo-a-corpo), mas a tal oportunidade do Varela, que também entrou bem, resultou de uma jogada dele.
Com a derrota da Holanda frente à Dinamarca, está tudo em aberto no grupo. É fundamental ganharmos aos dinamarqueses para depois discutir com os holandeses o 2º lugar. Se mantivermos o nível exibicional mostrado frente aos alemães, julgo que teremos as nossas hipóteses.
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