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segunda-feira, novembro 07, 2011

As manobras do costume

Empatámos em Braga (1-1) e não conseguimos aproveitar o empate do CRAC em Olhão para ficarmos isolados no comando do campeonato. Foi um jogo cheio vicissitudes que acabam por não se estranhar, estando nós a jogar onde estamos, ou seja, num antrozinho ansioso por se equiparar ao antro-mãe. Três falhas de luz, curiosamente quando o Benfica estava melhor na partida, um penalty não assinalado para nós (puxão ao Luisão), outro inventado contra nós e uma expulsão transformada em amarelo pelo sempre solícito Sr. Pedro Proença foi o saldo da nossa ida a Braga. Enfim, o roubo do costume que já vem sendo hábito naquele sítio nos últimos três anos.

Entrámos relativamente bem na partida, com as novidades do Rúben Amorim e do Cardozo na equipa inicial em detrimento do Bruno César e Rodrigo, embora sem criar flagrantes oportunidades de golo. E isto porque falhávamos passes relativamente fáceis nas transições, tendo só o Gaitán para criar desequilíbrios. Até que a partir dos 25’ acabou o futebol na 1ª parte, porque as luzes começaram a apagar e acender ao longo de vários minutos. Coisas estranhas, estas, que só acontecem quando nós visitamos a Pedreira… Numa das voltas da luz, o Cardozo teve uma excelente oportunidade, mas cabeceou ao lado, depois de um magnífico centro do Gaitán. E já muito perto do intervalo, o Sr. Pedro Proença inventou mais um penalty contra nós num jogo importante (lá terá este vídeo de ser actualizado): o Emerson vira as costas ao lance, encolhe o braço, a bola bate nele e claro que é falta. Enfim, o Sr. Pedro Proença em todo o seu esplendor.

Na 2ª parte, a falta de luz no relvado chegou também ao cérebro do Jorge Jesus: saiu o Gaitán (disse ele no final que foi por o argentino ter vomitado ao intervalo) e entrou o Rodrigo. A consequência foi termos passado a jogar com o Witsel a extremo-direito e o Amorim a extremo-esquerdo! E isto quando o Braga estava a jogar com dois laterais adaptados… Incompreensível esta decisão, ainda por cima com o Nolito e o Bruno César no banco. É que não foram só aqueles dois a ficarem inoperantes: o Aimar também teve que recuar para perto do Javi García e passou completamente ao lado do jogo. Assim sendo, não foi surpresa nenhuma não termos conseguido ligar uma jogada de ataque durante grande parte do 2º tempo. No entanto, acabámos por ter alguma sorte no modo como chegámos ao empate aos 73’, porque o remate do Rodrigo ressaltou num defesa e traiu o Quim. Um golo caído do céu dado o modo como (não) estávamos a jogar. Finalmente lá entraram o Nolito e depois o Bruno César, mas acabámos o jogo em nítido défice físico em relação ao adversário. O que não deixa de se estranhar, dado que eles tiveram menos um dia de descanso do que nós… Todavia, mesmo assim, tivemos uma grande oportunidade muito perto do final, quando o Rodrigo teve um domínio magnífico, mas rematou ao lado.

A exibição colectiva não foi famosa e portanto é natural que em termos individuais ninguém tivesse sobressaído muito. Talvez o melhor terá sido o Luisão, que esteve ao seu nível habitual. O Gaitán estava a ser o mais perigoso na 1ª parte, embora tenha uma ou outra vez inventado em zona proibida. O Rodrigo merece referência pelo golo e pela oportunidade no final. Muito longe do seu nível normal, estiveram o Aimar, Cardozo e Maxi Pereira.

Dado que fomos arbitrados pelo Sr. Pedro Proença, o resultado nem se pode considerar mau. Para além dos dois penalties referidos, esqueceu-se também de expulsar o Djamal por cotovelada ao Gaitán (mostrou o amarelo) e voltou a deixar a sua marca num jogo importante. Mas poderíamos ter feito mais para tentar vencer a partida e especialmente não sei o que terá passado pela cabeça do Jesus naquele início da 2ª parte. O campeonato vai parar durante três semanas e, quando voltar, iremos receber a lagartada, que entretanto já só está a um ponto de nós. Lá teremos que os reduzir à sua insignificância no próximo dia 26…

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