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quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Categórico

Vencemos o CRAC no antro por 2-0 e colocámo-nos em posição muito favorável para voltarmos a uma final da Taça de Portugal. Foi um triunfo brilhante, absolutamente indiscutível e que até poderia ter sido mais dilatado. Fizemos uma exibição tacticamente irrepreensível e conseguimos a 14ª vitória consecutiva em provas nacionais. Desde a 5ª jornada (lagartos em casa) até agora, temos 20 vitórias em 21 jogos nas provas nacionais e só perdemos a tal fatídica partida no antro para o campeonato. É uma estatística fabulosa que demonstra bem que o que sucedeu nas primeiras jornadas foi um acidente, muito ajudado pelos roubos de arbitragem.

Iniciámos muito bem o encontro e abrimos o marcador logo aos 8’ numa insistência do Fábio Coentrão, que aproveitou uma desatenção entre o Helton e o Maicon. Pouco depois, o Luisão poderia ter feito o 0-2, mas o cabeceamento num canto saiu à figura do guarda-redes. O CRAC praticamente não existia, limitando-se a tentar cavar faltas com simulações grosseiras e marcámos mais uma vez aos 26’ pelo Javi García num remate fora da área. Até ao intervalo, o CRAC teve a única verdadeira oportunidade de todo o jogo com um remate do Hulk bem defendido pelo Júlio César.

Na 2ª parte, o cariz da partida alterou-se principalmente a partir dos 59’, quando o Sr. Paulo Baptista cedeu à pressão externa e mostrou o segundo amarelo ao Coentrão. O nosso defesa-esquerdo foi um bocado imprudente, porque se estava mesmo a ver que, à primeira oportunidade, iriam tentar equilibrar as coisas, mas num lance a meio-campo não se justificava de todo a exibição do cartão. O que isto fez foi com que não conseguíssemos sair para o ataque tantas vezes como na 1ª parte e, com isso, não tivéssemos provavelmente acabado já com a eliminatória. Até porque a maior oportunidade de golo da 2ª parte foi nossa quando, a 10’ do final, o Cardozo rematou em jeito para uma defesa com os pés(!) do Helton. Se o paraguaio tem rematado em força, à Cardozo, teria sido certamente o 0-3. Pouco depois, a partida acabava sem que o CRAC tenha criado uma única(!) oportunidade de golo na 2ª parte.

Individualmente é quase injusto destacar um jogador quando toda a equipa esteve muito bem. E, se não for com um colectivo forte, não se consegue ganhar no antro, porque infelizmente não temos que lutar só contra 11 em campo. Dito isto, o Luisão foi para mim o melhor do Benfica. Irrepreensível no jogo aéreo, acho que também não perdeu um único lance pelo chão. O Fábio Coentrão, claro, merece igualmente destaque, porque teve participação directa nos dois golos, mas infelizmente a expulsão forçada fê-lo perder a última meia-hora do jogo. O Javi García foi um monstro na luta a meio-campo e ainda marcou golo. O Gaitán é tecnicamente brilhante e, como o Aimar foi suplente, foi ele que pautou muitas vezes as nossas jogadas atacantes. O Sidnei esteve bem na 1ª parte, mas ainda melhor na 2ª. Uma palavra para o jogo de grande sacrifício do Cardozo, que se fartou de ganhar bolas e deu imensa luta aos defesas. E uma última referência para a grande surpresa no onze inicial, o César Peixoto, que foi importantíssimo na ajuda que deu ao Javi no meio-campo e posteriormente a defesa-esquerdo.

Estamos com uma vantagem importante, o jogo da 2ª mão é só daqui a dois meses e meio(!), mas convém não pensarmos que já estamos na final. Até porque presumivelmente o CRAC já irá jogar com o Falcão e Álvaro Pereira cujas ausências sentiram muito hoje. É um excelente resultado, mas devemos entrar no jogo da 2ª mão com o pensamento que está 0-0 e precisamos de ganhar. Se assim for, as probabilidades de chegarmos ao Jamor é bastante maior.

2 comentários:

mWo disse...

Grande vitória caro S.L.B.! Das melhores exibiÇões de sempre do Benfica nas visitas ao antro! Que orgulho pah!

AbraÇo e SaudaÇões Benfiquistas!
VIVA o BENFICA!!!

http://benfica-world-order.blogs.sapo.pt

Dylan disse...

A norte, nada de novo, naquela forma de intimidação tão sonsa: o habitual apedrejamento do autocarro do Benfica e das suas Casas. Das bolas de golfe - o tipo de recriação que tanto prezam - passando pela cópia foleira dos "mind games" de Mourinho, até aos barões do futebol português refastelados nas poltronas do estádio. Compreendo os seus azedumes, habituados a confundir um estádio com um coliseu romano, entre túneis e viagens de aconselhamento familiar, mas só que desta vez, sem o penálti da praxe e sem invenções tácticas, o vencedor foi outro. O graúdo deu uma lição de humildade ao miúdo, por isso, saúdem o campeão.