domingo, dezembro 25, 2005
Natal
Porque ainda é dia 25, desejo um feliz Natal a todos os que visitam este blog e aproveito para agradecer as felicitações semelhantes que já me enviaram. Que o Pai Natal seja generoso para todos (especialmente os benfiquistas, claro!) e que as Festas sejam felizes são os meus votos mais sinceros.
P.S. - O Natal e a passagem de Ano são alturas muito boas, mas quase três semanas sem ver o Glorioso jogar é um grande senão...
P.S. - O Natal e a passagem de Ano são alturas muito boas, mas quase três semanas sem ver o Glorioso jogar é um grande senão...
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Legal e justo
Este ano tem sido assim: a uma série de três/quatro jogos sem vencer, junta-se uma nova série de quatro jogos vitoriosos. Este triunfo em Setúbal foi o 4º consecutivo para o campeonato, depois de um mês de Novembro em que não conseguimos nenhum, e estamos provisoriamente no 2º lugar do campeonato a três pontos do clube regional. A vitória de hoje foi mais do que justa, já que, após uma 1ª parte bastante fraca, entrámos muito bem na 2ª e tivemos pelo menos meia-dúzia de oportunidades de golo (Karagounis x 2, Mantorras x 2, Geovanni e Nuno Gomes). Felizmente lá conseguimos marcar aos 89 minutos pelo inevitável Nuno Gomes, num lance ABSOLUTAMENTE legal mas que os antibenfiquistas vão de certeza usar para a insuportável e mentecapta teoria do colo. O Nuno Gomes ajeita a bola com o peito e com este movimento acaba por mexer o ombro, mas NÃO toca na bola com este. É um lance semelhante ao penalty que foi (mal) assinalado a nosso favor em Braga, em que o movimento do corpo do jogador nos pode induzir em erro, mas em que não há toque nenhum com o braço/ombro. Com a bola dominada, o Nuno Gomes tem um potente remate cruzado com a canela (!) da perna esquerda e faz um grande golo (embora tenhamos que admitir que teve alguma sorte, já que não acerta em cheio com o pé na bola).
Independentemente deste lance, durante toda a partida só uma equipa quis vencer. Na 1ª parte, o V. Setúbal ainda fez uns quantos contra-ataques, sem no entanto criar uma verdadeira oportunidade de golo, mas na 2ª mal passou do meio-campo. Na nossa equipa com o castigo do Alcides, o Koeman colocou o Karagounis de início, jogando igualmente o Ricardo Rocha em vez do Léo, que já seguiu de férias para o Brasil devido a problemas pessoais. O grego esteve bastante discreto durante os 45 minutos iniciais, não conseguindo dar fluidez atacante ao nosso jogo, já que dava sempre um toque a mais na bola. Na 2ª parte, trocou de posição com o Geovanni, passando para a esquerda e melhorou imenso. Todavia, foi a partir da entrada do Mantorras para o lugar do Miccoli, cuja forma física ainda não é a ideal (apesar disso, lançado em profundidade tem um domínio de bola magistral e coloca-a na baliza, mas vê o lance mal invalidado por fora-de-jogo), que a nossa pressão aumentou e o Moretto mostrou que é um grande guarda-redes. O Mantorras (a subir de forma) tem inclusive a melhor oportunidade do jogo a cinco minutos do fim em que, isolado pelo Nuno Gomes, remata com o pé esquerdo às malhas laterais.
Em termos individuais destacou-se o Nuno Gomes, pois foi dele o golo da vitória (pelas minhas contas é já o 12º ponto ganho só com golos dele). A defesa quase não foi posta à prova, já que o V. Setúbal praticamente não atacou. Todavia, o Nelson parece-me num momento de menor fulgor, mas a dupla de centrais permanece insuperável (sete horas e meia sem sofrer golos). No meio-campo gostei do Beto, que cortou várias bolas (embora continue um desastre a passá-las), e do Geovanni que, apesar da morte do pai, quis jogar e voltou a ser dos melhores da equipa (no golo, é dele o passe para o Nuno Gomes). O Ricardo Rocha saiu lesionado (espero que não seja nada de grave) e o Dos Santos entrou bem, conseguindo vários centros perigosos (não sei porque é que não jogando o Léo, não joga ele, já que é muito mais ofensivo que o Ricardo Rocha e na maioria dos jogos a iniciativa atacante é nossa).
Com este importante triunfo fizemos o pleno neste mês: cinco jogos, cinco vitórias. Vamos lá a ver se não perdemos esta embalagem depois do Natal e Ano Novo, já que os dois próximos jogos serão em casa e podemos conseguir algo que não sucede desde 2000: seis vitórias consecutivas para o campeonato. Quando voltarmos a entrar em campo, espero que o Simão já esteja novamente apto e, já agora, que tenhamos uns reforçozitos na reabertura do mercado. Para mim, um extremo e um ponta-de-lança (que tenha presença na área e bom jogo de cabeça) são fundamentais. Quanto ao guarda-redes acho que não temos necessidade de alguém para tirar o lugar ao Quim, mas sim de um jogador que possa suprimir a sua eventual falta sem muita perda de qualidade. Por exemplo, porque não resgatar o Yannick ao Marselha (onde não joga)? Para fazer um ou dois jogos basta e não tínhamos que gastar dinheiro.
Independentemente deste lance, durante toda a partida só uma equipa quis vencer. Na 1ª parte, o V. Setúbal ainda fez uns quantos contra-ataques, sem no entanto criar uma verdadeira oportunidade de golo, mas na 2ª mal passou do meio-campo. Na nossa equipa com o castigo do Alcides, o Koeman colocou o Karagounis de início, jogando igualmente o Ricardo Rocha em vez do Léo, que já seguiu de férias para o Brasil devido a problemas pessoais. O grego esteve bastante discreto durante os 45 minutos iniciais, não conseguindo dar fluidez atacante ao nosso jogo, já que dava sempre um toque a mais na bola. Na 2ª parte, trocou de posição com o Geovanni, passando para a esquerda e melhorou imenso. Todavia, foi a partir da entrada do Mantorras para o lugar do Miccoli, cuja forma física ainda não é a ideal (apesar disso, lançado em profundidade tem um domínio de bola magistral e coloca-a na baliza, mas vê o lance mal invalidado por fora-de-jogo), que a nossa pressão aumentou e o Moretto mostrou que é um grande guarda-redes. O Mantorras (a subir de forma) tem inclusive a melhor oportunidade do jogo a cinco minutos do fim em que, isolado pelo Nuno Gomes, remata com o pé esquerdo às malhas laterais.
Em termos individuais destacou-se o Nuno Gomes, pois foi dele o golo da vitória (pelas minhas contas é já o 12º ponto ganho só com golos dele). A defesa quase não foi posta à prova, já que o V. Setúbal praticamente não atacou. Todavia, o Nelson parece-me num momento de menor fulgor, mas a dupla de centrais permanece insuperável (sete horas e meia sem sofrer golos). No meio-campo gostei do Beto, que cortou várias bolas (embora continue um desastre a passá-las), e do Geovanni que, apesar da morte do pai, quis jogar e voltou a ser dos melhores da equipa (no golo, é dele o passe para o Nuno Gomes). O Ricardo Rocha saiu lesionado (espero que não seja nada de grave) e o Dos Santos entrou bem, conseguindo vários centros perigosos (não sei porque é que não jogando o Léo, não joga ele, já que é muito mais ofensivo que o Ricardo Rocha e na maioria dos jogos a iniciativa atacante é nossa).
Com este importante triunfo fizemos o pleno neste mês: cinco jogos, cinco vitórias. Vamos lá a ver se não perdemos esta embalagem depois do Natal e Ano Novo, já que os dois próximos jogos serão em casa e podemos conseguir algo que não sucede desde 2000: seis vitórias consecutivas para o campeonato. Quando voltarmos a entrar em campo, espero que o Simão já esteja novamente apto e, já agora, que tenhamos uns reforçozitos na reabertura do mercado. Para mim, um extremo e um ponta-de-lança (que tenha presença na área e bom jogo de cabeça) são fundamentais. Quanto ao guarda-redes acho que não temos necessidade de alguém para tirar o lugar ao Quim, mas sim de um jogador que possa suprimir a sua eventual falta sem muita perda de qualidade. Por exemplo, porque não resgatar o Yannick ao Marselha (onde não joga)? Para fazer um ou dois jogos basta e não tínhamos que gastar dinheiro.
domingo, dezembro 18, 2005
Dois autocarros
A nossa vitória por 1-0 frente ao Nacional foi bastante difícil, mas mais do que merecida. Fomos a única equipa a querer ganhar o jogo durante os 90 minutos e tivemos que lutar contra não um, mas dois autocarros, como disse (e bem) o Koeman. Não percebi a estratégia do Nacional que, estando confortavelmente instalado no 2º lugar com 30 pontos, veio defender o resultado (especialmente na 1ª parte) como se disso dependesse a sua manutenção na Liga. Verificou-se na 2ª parte que até são uma equipa que sabe jogar e criar perigo, pelo que não se compreende bem a estratégia dos dois autocarros.
Começámos muito bem a partida e tivemos dez minutos iniciais excelentes, em que a poderíamos ter logo resolvido. Duas oportunidades do Miccoli e uma do Petit poder-nos-iam ter dado uma vantagem segura, mas depois desse período o(s) autocarro(s) estacionaram definitivamente e foi muito difícil arranjar espaços para jogar. Em relação ao jogo da semana passada, o Luisão reentrou na equipa e o Miccoli também, tendo saído o Ricardo Rocha e o Nuno Assis. Todavia, verificou-se que estando os lesionados recuperados não se justifica a manutenção do Alcides como defesa-direito (no banco estavam o Nuno Assis, Karyaka e Karagounis). Como já aqui escrevi algumas vezes, o Nélson perde bastante da sua eficácia jogando a extremo e nesse sentido a presença do Alcides é redundante (como foi expulso neste jogo, em Setúbal o Nelson deverá voltar à defesa). Com a entrada do Miccoli, o Geovanni deixou de ser o homem mais avançado, mas mesmo assim demonstrou que continua em boa forma, sendo um dos mais participativos no jogo. Curiosamente na 2ª parte não estivemos tão bem e aqui o mérito deverá ser dado ao Nacional que finalmente se lembrou que existia uma baliza do outro lado do campo. Teve inclusive uma grande oportunidade quando enviou uma bola à trave, no seguimento de um contra-ataque perfeito. Todavia a pouco mais de 15 minutos do fim, surgiu o golo salvador. Na sequência de um livre, o Luisão salta com o guarda-redes, a bola sobra para o Nuno Gomes que sela a nossa vitória. O lance do Luisão é polémico e não me custa nada admitir que é falta sobre o guarda-redes, mas também na 1ª parte há um penalty sobre o Luisão (o Ávalos apoia-se completamente nele, não o deixando saltar) que não foi assinalado. Enfim, o Sr. Jorge Sousa tem muito pouca classe e a prova disso são os inúmeros cartões amarelos que mostrou (quem vê a ficha do jogo, pode achar que houve wrestling na Luz). Até ao final controlámos completamente o jogo e o Nacional não teve uma única oportunidade de golo. Globalmente a nossa exibição foi mais fraca do que nos últimos dois jogos, mas mesmo assim o Geovanni foi (novamente) dos melhores, bem secundado pela dupla de meio-campo (Petit e Beto), que se fartaram de recuperar bolas e pelo Anderson, que voltou a destacar-se na hora de defender, mas desta vez não criou perigo no ataque.
Três ideias finais em jeito de conclusão: 1) como não foi contra o clube regional, o treinador do Nacional (Manuel Machado) já se pode queixar que foi prejudicado pelo árbitro. Isso até pode ter sido verdade na lance do golo, mas há o tal lance do Luisão na 1ª parte e no livre que dá origem ao golo parece-me que, que já dentro da grande-área, há mão de um jogador na barreira. Além disso, como se pode ver aqui ainda temos uns quantos pontos que nos são devidos graças a erros de arbitragem; 2) outro aspecto que importa reter é que estamos há quatro jogos para o campeonato sem sofrer golos; 3) por outro lado, com o Natal por perto, a direcção do Benfica teve a excelente ideia de convidar uma série de crianças e tivemos ainda mais gente (52.089) no estádio do que contra o Boavista. Esta cortesia para com as crianças é deveras importante, pois há que implantar o benfiquismo desde cedo, já que são elas os futuros adeptos do clube (quantos de nós não começaram a ir à bola ainda pequenos?!)
Na próxima 4ª feira temos um encontro complicadíssimo em Setúbal que espero que se realize mesmo (como estão com os salários em atraso, os jogadores do V. Setúbal ameaçaram fazer greve), pois ganhar na secretaria não é algo que me agrade de todo.
Começámos muito bem a partida e tivemos dez minutos iniciais excelentes, em que a poderíamos ter logo resolvido. Duas oportunidades do Miccoli e uma do Petit poder-nos-iam ter dado uma vantagem segura, mas depois desse período o(s) autocarro(s) estacionaram definitivamente e foi muito difícil arranjar espaços para jogar. Em relação ao jogo da semana passada, o Luisão reentrou na equipa e o Miccoli também, tendo saído o Ricardo Rocha e o Nuno Assis. Todavia, verificou-se que estando os lesionados recuperados não se justifica a manutenção do Alcides como defesa-direito (no banco estavam o Nuno Assis, Karyaka e Karagounis). Como já aqui escrevi algumas vezes, o Nélson perde bastante da sua eficácia jogando a extremo e nesse sentido a presença do Alcides é redundante (como foi expulso neste jogo, em Setúbal o Nelson deverá voltar à defesa). Com a entrada do Miccoli, o Geovanni deixou de ser o homem mais avançado, mas mesmo assim demonstrou que continua em boa forma, sendo um dos mais participativos no jogo. Curiosamente na 2ª parte não estivemos tão bem e aqui o mérito deverá ser dado ao Nacional que finalmente se lembrou que existia uma baliza do outro lado do campo. Teve inclusive uma grande oportunidade quando enviou uma bola à trave, no seguimento de um contra-ataque perfeito. Todavia a pouco mais de 15 minutos do fim, surgiu o golo salvador. Na sequência de um livre, o Luisão salta com o guarda-redes, a bola sobra para o Nuno Gomes que sela a nossa vitória. O lance do Luisão é polémico e não me custa nada admitir que é falta sobre o guarda-redes, mas também na 1ª parte há um penalty sobre o Luisão (o Ávalos apoia-se completamente nele, não o deixando saltar) que não foi assinalado. Enfim, o Sr. Jorge Sousa tem muito pouca classe e a prova disso são os inúmeros cartões amarelos que mostrou (quem vê a ficha do jogo, pode achar que houve wrestling na Luz). Até ao final controlámos completamente o jogo e o Nacional não teve uma única oportunidade de golo. Globalmente a nossa exibição foi mais fraca do que nos últimos dois jogos, mas mesmo assim o Geovanni foi (novamente) dos melhores, bem secundado pela dupla de meio-campo (Petit e Beto), que se fartaram de recuperar bolas e pelo Anderson, que voltou a destacar-se na hora de defender, mas desta vez não criou perigo no ataque.
Três ideias finais em jeito de conclusão: 1) como não foi contra o clube regional, o treinador do Nacional (Manuel Machado) já se pode queixar que foi prejudicado pelo árbitro. Isso até pode ter sido verdade na lance do golo, mas há o tal lance do Luisão na 1ª parte e no livre que dá origem ao golo parece-me que, que já dentro da grande-área, há mão de um jogador na barreira. Além disso, como se pode ver aqui ainda temos uns quantos pontos que nos são devidos graças a erros de arbitragem; 2) outro aspecto que importa reter é que estamos há quatro jogos para o campeonato sem sofrer golos; 3) por outro lado, com o Natal por perto, a direcção do Benfica teve a excelente ideia de convidar uma série de crianças e tivemos ainda mais gente (52.089) no estádio do que contra o Boavista. Esta cortesia para com as crianças é deveras importante, pois há que implantar o benfiquismo desde cedo, já que são elas os futuros adeptos do clube (quantos de nós não começaram a ir à bola ainda pequenos?!)
Na próxima 4ª feira temos um encontro complicadíssimo em Setúbal que espero que se realize mesmo (como estão com os salários em atraso, os jogadores do V. Setúbal ameaçaram fazer greve), pois ganhar na secretaria não é algo que me agrade de todo.
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Jaws
É já amanhã que acontece o evento em que os benfiquistas mais têm pensado desde as 21h30 do dia 7 de Dezembro. Vamos finalmente saber quem nos vai calhar em sorte para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões: Arsenal, Liverpool, Lyon, Juventus, Inter de Milão, Milan ou Barcelona visitarão o Estádio da Luz em Fevereiro do próximo ano.
A escolha é tudo menos fácil, mas por mim preferia o Arsenal por duas razões: primeiro, porque geralmente costuma falhar nos jogos europeus decisivos (embora gostasse certamente de se vingar dos sucessores do Isaías & Cia); segundo, porque é a equipa que está pior no respectivo campeonato. Há sempre quem diga que terá a Liga dos Campeões para salvar a época, o que é verdade, mas para mim existe um aspecto bem mais importante: não acredito que uma equipa que esteja muito bem classificada no respectivo campeonato encare os jogos da Champions de maneira mais descontraída e assim sendo prefiro uma equipa que se apresente em pior forma. Tirando o Arsenal, o meu segundo preferido é o Inter de Milão: temos contas a ajustar com eles desde a eliminatória da Taça Uefa há dois anos e se até o 4º e último classificado do seu grupo lhes ganhou... A dever-nos algumas desforras desde os anos 80 está igualmente o Liverpool, mas preocupa-me o facto de eles terem sofrido apenas um golo em seis jogos num grupo onde estava o Chelsea.
Na categoria dos “quase impossíveis”, não me importaria nada de aplaudir outra vez o Rui Costa e ver o Ronaldinho ao vivo na Luz seria bom em termos de espectáculo, mas péssimo em termos desportivos. O Lyon é talvez o nome menos apelativo de todos, porque é uma equipa fortíssima, mas sem grande nome na Europa (e já vimos o Tiago ao vivo no início desta época com o Chelsea). Mas quem eu não gostaria mesmo de apanhar é a Juventus: também já a vimos ao vivo na Luz este ano, é uma equipa italiana com tudo de mau que isso representa e é bastante favorecida pelas arbitragens (uma espécie de clube regional de Itália). Independentemente disto, gosto é que o 1º jogo seja na Luz, já que ao menos a receita está garantida e se não sofrermos golos poderemos ter mais hipóteses na 2ª mão. E, já agora parafraseando o grande José Torres, “deixem-nos sonhar”…
A escolha é tudo menos fácil, mas por mim preferia o Arsenal por duas razões: primeiro, porque geralmente costuma falhar nos jogos europeus decisivos (embora gostasse certamente de se vingar dos sucessores do Isaías & Cia); segundo, porque é a equipa que está pior no respectivo campeonato. Há sempre quem diga que terá a Liga dos Campeões para salvar a época, o que é verdade, mas para mim existe um aspecto bem mais importante: não acredito que uma equipa que esteja muito bem classificada no respectivo campeonato encare os jogos da Champions de maneira mais descontraída e assim sendo prefiro uma equipa que se apresente em pior forma. Tirando o Arsenal, o meu segundo preferido é o Inter de Milão: temos contas a ajustar com eles desde a eliminatória da Taça Uefa há dois anos e se até o 4º e último classificado do seu grupo lhes ganhou... A dever-nos algumas desforras desde os anos 80 está igualmente o Liverpool, mas preocupa-me o facto de eles terem sofrido apenas um golo em seis jogos num grupo onde estava o Chelsea.
Na categoria dos “quase impossíveis”, não me importaria nada de aplaudir outra vez o Rui Costa e ver o Ronaldinho ao vivo na Luz seria bom em termos de espectáculo, mas péssimo em termos desportivos. O Lyon é talvez o nome menos apelativo de todos, porque é uma equipa fortíssima, mas sem grande nome na Europa (e já vimos o Tiago ao vivo no início desta época com o Chelsea). Mas quem eu não gostaria mesmo de apanhar é a Juventus: também já a vimos ao vivo na Luz este ano, é uma equipa italiana com tudo de mau que isso representa e é bastante favorecida pelas arbitragens (uma espécie de clube regional de Itália). Independentemente disto, gosto é que o 1º jogo seja na Luz, já que ao menos a receita está garantida e se não sofrermos golos poderemos ter mais hipóteses na 2ª mão. E, já agora parafraseando o grande José Torres, “deixem-nos sonhar”…
segunda-feira, dezembro 12, 2005
Motivação
O que não vale uma magnífica vitória europeia! Aproveitando a embalagem adquirida frente ao Manchester United, ganhámos ao Boavista por 1-0 com um golo do Anderson e devemos ter feito a melhor exibição da época para o campeonato no Estádio da Luz. Apesar de o resultado ser escasso, a vitória foi mais que justa. A par do lado físico, a motivação é certamente um dos factores mais importantes no rendimento de uma equipa e, tal como na 4ª feira, foi isso que determinou o nosso triunfo. O elemento que melhor exemplifica este conceito é sem dúvida o Geovanni, que parece outro jogador e voltou a ser o melhor do Benfica.
Confesso que estava com bastante receio deste jogo, principalmente por temer as sequelas da histórica vitória a meio da semana. Quantas vezes no passado, a seguir a um jogo europeu que nos tenha corrido bem, nós facilitávamos no regresso do campeonato? Felizmente, mais uma vez, os meus receios eram infundados e não só começámos o jogo muito pressionantes, como mantivemos essa pressão novamente durante os 90 minutos. Como não se mexe em equipa que ganha, o Koeman optou por manter o mesmo onze de 4ª feira, só com a alteração forçada do Luisão (lesionado) pelo Ricardo Rocha. Voltámos a ter uma dinâmica atacante muito boa durante a 1ª parte, conseguindo 12 cantos e marcando o golo da vitória no último. Com o Geovanni a ponta-de-lança, a velocidade aumenta imenso, já que os seus famosos piques são sempre mais directos à baliza. Na 2ª parte, o nosso ritmo manteve-se elevado e criámos alguns contra-ataques bastante perigosos que, se tivéssemos um pouco mais de concentração, poderiam ter ajudado a dilatar o marcador. A equipa esteve toda bem e actuou como um bloco quer a defender quer a atacar. A generosidade entre os jogadores é algo que salta à vista de qualquer espectador. Se tivesse que fazer destaques individuais, para além do Geovanni, salientaria a exibição do Petit (que não deixa nenhum adversário passar por ele e se farta de cortar bolas), do Alcides (que voltou a apoiar muito bem o ataque e tem pormenores técnicos surpreendentes para um jogador com a sua altura) e do Anderson (deu-nos o golo da vitória, de cabeça na sequência de um canto já perto do intervalo, e juntamente com o Ricardo Rocha não permitiu veleidades aos atacantes do Boavista durante a 2ª parte). Mas, como disse, toda a equipa esteve em plano muito elevado.
A óptima medida da Direcção de “na compra de um bilhete oferecer outro” permitiu que o estádio estivesse com uma assistência muito superior à habitual (50.741 espectadores). O entusiasmo foi bastante grande e não há dúvida, como diz o Koeman, que assim não é fácil ganhar-se ao Benfica. Espero que esta medida não seja única, porque ver o jogo num estádio quase cheio é outra coisa. Além disso, a receita será certamente maior, porque haverá mais gente a querer ir se puder dividir o preço de um bilhete com outra pessoa. Ou seja, ganha-se em termos de assistência e recebe-se de certeza mais em termos de bilheteira.
A única coisa que não gostei acerca do jogo de ontem foi dos assobios do público ao João Pinto. O D’Arcy já tinha escrito um post (que eu subscrevo na totalidade) acerca do regresso dele à Luz. Muito lhe devemos durante os oito anos que esteve no Benfica, foi capitão de equipa durante cinco deles, podia jogar melhor ou pior, mas nunca lhe vi fazer um frete em campo e desde que saiu do Benfica jamais lhe ouvi ou li uma palavra de menor respeito para com o nosso clube. Provavelmente ainda hoje estaria no Glorioso se o maior cancro que passou pelo nosso clube não se lembrasse de o despedir, numa medida que foi um dos maiores erros desportivos de sempre. Curiosamente (ou talvez não) na época seguinte terminámos num infame 6º lugar. Não tenho memória curta e devemos estar-lhe gratos pelos bons momentos que nos proporcionou com a camisola do Benfica, mesmo que depois tenha sido empurrado para vestir outra camisola bem mais feia. No entanto, gostei de ver alguns aplausos (no meio dos assobios) quando ele foi substituído.
P.S. – O 12º jogador do clube regional, o Sr. António Costa, continua em grande forma. Depois de não ter visto um penalty do tamanho do mundo do César Peixoto sobre o Carlitos (no Gil Vicente-clube regional de há duas jornadas), hoje voltou a fazer das dele. A dez minutos do fim, o N’Doye do Penafiel domina a bola com o peito ainda no seu meio-campo no jogo frente ao V. Guimarães. O Sr. António Costa considera que foi com o braço e mostra-lhe o segundo amarelo (mesmo que tivesse sido com o braço não era deliberado e nunca seria para cartão). O N’Doye, sem dúvida o melhor jogador do Penafiel, sai do campo em lágrimas perante a injustiça e já não vai poder repetir a façanha de marcar um golo no estádio onde o seu clube vai jogar para a semana (no ano passado marcou lá um golo pelo Estoril). Não preciso dizer qual será esse estádio, pois não?! Apito Dourado, where art thou?
Confesso que estava com bastante receio deste jogo, principalmente por temer as sequelas da histórica vitória a meio da semana. Quantas vezes no passado, a seguir a um jogo europeu que nos tenha corrido bem, nós facilitávamos no regresso do campeonato? Felizmente, mais uma vez, os meus receios eram infundados e não só começámos o jogo muito pressionantes, como mantivemos essa pressão novamente durante os 90 minutos. Como não se mexe em equipa que ganha, o Koeman optou por manter o mesmo onze de 4ª feira, só com a alteração forçada do Luisão (lesionado) pelo Ricardo Rocha. Voltámos a ter uma dinâmica atacante muito boa durante a 1ª parte, conseguindo 12 cantos e marcando o golo da vitória no último. Com o Geovanni a ponta-de-lança, a velocidade aumenta imenso, já que os seus famosos piques são sempre mais directos à baliza. Na 2ª parte, o nosso ritmo manteve-se elevado e criámos alguns contra-ataques bastante perigosos que, se tivéssemos um pouco mais de concentração, poderiam ter ajudado a dilatar o marcador. A equipa esteve toda bem e actuou como um bloco quer a defender quer a atacar. A generosidade entre os jogadores é algo que salta à vista de qualquer espectador. Se tivesse que fazer destaques individuais, para além do Geovanni, salientaria a exibição do Petit (que não deixa nenhum adversário passar por ele e se farta de cortar bolas), do Alcides (que voltou a apoiar muito bem o ataque e tem pormenores técnicos surpreendentes para um jogador com a sua altura) e do Anderson (deu-nos o golo da vitória, de cabeça na sequência de um canto já perto do intervalo, e juntamente com o Ricardo Rocha não permitiu veleidades aos atacantes do Boavista durante a 2ª parte). Mas, como disse, toda a equipa esteve em plano muito elevado.
A óptima medida da Direcção de “na compra de um bilhete oferecer outro” permitiu que o estádio estivesse com uma assistência muito superior à habitual (50.741 espectadores). O entusiasmo foi bastante grande e não há dúvida, como diz o Koeman, que assim não é fácil ganhar-se ao Benfica. Espero que esta medida não seja única, porque ver o jogo num estádio quase cheio é outra coisa. Além disso, a receita será certamente maior, porque haverá mais gente a querer ir se puder dividir o preço de um bilhete com outra pessoa. Ou seja, ganha-se em termos de assistência e recebe-se de certeza mais em termos de bilheteira.
A única coisa que não gostei acerca do jogo de ontem foi dos assobios do público ao João Pinto. O D’Arcy já tinha escrito um post (que eu subscrevo na totalidade) acerca do regresso dele à Luz. Muito lhe devemos durante os oito anos que esteve no Benfica, foi capitão de equipa durante cinco deles, podia jogar melhor ou pior, mas nunca lhe vi fazer um frete em campo e desde que saiu do Benfica jamais lhe ouvi ou li uma palavra de menor respeito para com o nosso clube. Provavelmente ainda hoje estaria no Glorioso se o maior cancro que passou pelo nosso clube não se lembrasse de o despedir, numa medida que foi um dos maiores erros desportivos de sempre. Curiosamente (ou talvez não) na época seguinte terminámos num infame 6º lugar. Não tenho memória curta e devemos estar-lhe gratos pelos bons momentos que nos proporcionou com a camisola do Benfica, mesmo que depois tenha sido empurrado para vestir outra camisola bem mais feia. No entanto, gostei de ver alguns aplausos (no meio dos assobios) quando ele foi substituído.
P.S. – O 12º jogador do clube regional, o Sr. António Costa, continua em grande forma. Depois de não ter visto um penalty do tamanho do mundo do César Peixoto sobre o Carlitos (no Gil Vicente-clube regional de há duas jornadas), hoje voltou a fazer das dele. A dez minutos do fim, o N’Doye do Penafiel domina a bola com o peito ainda no seu meio-campo no jogo frente ao V. Guimarães. O Sr. António Costa considera que foi com o braço e mostra-lhe o segundo amarelo (mesmo que tivesse sido com o braço não era deliberado e nunca seria para cartão). O N’Doye, sem dúvida o melhor jogador do Penafiel, sai do campo em lágrimas perante a injustiça e já não vai poder repetir a façanha de marcar um golo no estádio onde o seu clube vai jogar para a semana (no ano passado marcou lá um golo pelo Estoril). Não preciso dizer qual será esse estádio, pois não?! Apito Dourado, where art thou?
quinta-feira, dezembro 08, 2005
GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA!
Sou dum clube lutador
Que na luta com fervor
Nunca encontrou rival
Neste nosso Portugal
in “Ser Benfiquista”
É por momentos como este que nós fazemos parte de um clube único. De um clube que nasceu pobre, sem campo próprio durante várias décadas, mas que se tornou grande graças a vários homens que fizeram jus a estas palavras que estão em epígrafe: “clube lutador” que “luta com fervor”. A vitória de ontem por 2-1 sobre o Manchester United, um dos clubes mais ricos do mundo, entra directamente para as páginas mais brilhantes da nossa história e os jogadores que nela participaram honraram a memória de todos aqueles que ajudaram a construir o GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA. O jogo de ontem restitui-nos a magia das grandes noites europeias que já não sentíamos há 11 anos (desde o jogo de Leverkusen em 1994 que não conseguíamos uma grande vitória em termos europeus). Este triunfo permitiu-nos alcançar o desiderato que parecia impossível há não muito tempo atrás: estarmos no lote restrito dos 16 melhores clubes europeus, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
A maneira como conseguimos ganhar o jogo mesmo apesar de alinharmos de início muito desfalcados, o modo inexcedível como todos os jogadores batalharam durante 90 minutos, superaram as suas próprias limitações e honraram a gloriosa camisola que vestiam é o que torna o Benfica um clube que “nunca encontrou rival neste nosso Portugal”. Eu próprio, muito irracional no amor ao Glorioso, mas demasiado racional na análise das probabilidades de vitória (como se pode ler no post abaixo), fiquei completamente surpreendido pela forma como a equipa se comportou ontem. Empurrados por 62.000 adeptos que fizeram renascer o “Inferno da Luz”, os jogadores reincarnaram o espírito dos seus antecessores dos anos 60 e tivemos uma reedição das gloriosas noites europeias que nos tornaram um dos clubes mais respeitados do mundo.
O grande vencedor da noite foi o nosso treinador, Ronald Koeman. A forma como preparou o jogo foi brilhante, desde a não-convocação do Geovanni para a Madeira (para o preparar psicologicamente para este jogo), à inovação táctica que confundiu toda a gente (Geovanni a ponta-de-lança, Nuno Assis na extrema-esquerda e Nuno Gomes como “nº 10”), passando pela grande mentalização que permitiu a uma equipa muito desfalcada conseguir superar um golo adversário aos seis (!) minutos e embalar para uma recuperação inolvidável ainda na 1ª parte. O futebol não é, felizmente, uma ciência exacta e portanto os milagres acontecem. E o milagre de ontem teve o sabor especial de ser tornado realidade por dois dos jogadores mais mal-amados da Luz: Geovanni e Beto. O malandro do Geovanni é de facto um jogador que vive para os grandes jogos e ontem terá feito provavelmente a melhor exibição desde que chegou ao Benfica. Para além do grande golo que marcou (fantástico mergulho de cabeça na sequência de um óptimo cruzamento do Nelson), pôs em água a cabeça dos defesas do Manchester. O Beto fica desde já na história do Benfica (pode ser um novo Mostovoi que na sua meteórica passagem pelo Glorioso foi essencial para a conquista de uma Taça de Portugal ao empatar um jogo nas Antas perto do fim quando já estávamos a jogar com 10 e fazendo com que a eliminatória se decidisse em Lisboa, onde ganhámos por 2-0). Ontem jogou razoavelmente em termos defensivos, com algumas recuperações de bola, mas continua com a pecha muito grande de não saber colocar uma bola na frente em condições. Mas os benfiquistas dever-lhe-ão estar para sempre gratos pelo golo que marcou (um golo “à Deco”, com ressalto num jogador adversário antes de entrar na baliza). A equipa esteve toda bem, principalmente em termos de entrega ao jogo. O Quim fez uma grande defesa a um remate do Scholes, mas não teve muito mais trabalho; o Alcides apoiou bem o ataque quando foi preciso e raramente foi batido na defesa; o Luisão e o Anderson não deram nenhuma veleidade ao van Nistelrooy; o Léo secou o Cristiano Ronaldo (ainda tem muito que crescer, aquele gesto para os adeptos não se faz); o Petit fartou-se de cortar bolas a meio-campo e ainda teve tempo para ir lançando o contra-ataque; o Nélson esteve melhor ofensivamente na 1ª do que na 2ª parte, mas não deixou que os laterais do Manchester subissem e ainda fez a assistência do costume para um golo; o Nuno Assis fez também uma grande 1ª parte e mostrou mais uma vez ser um jogador que mexe com a produção atacante da equipa; o Nuno Gomes esteve fabuloso a reter a bola, desmarcar companheiros e ser o capitão que comanda as tropas; o João Pereira poderia ter acabado com o jogo se tivesse feito golo em vez de rematar ao lado e o Mantorras ainda colocou em respeito a defesa do Manchester nos últimos minutos (mas continua muito trapalhão, aquele bola era para soltar para o Nuno Gomes...).
Depois desta noite épica, espero que não percamos concentração no campeonato, que deverá continuar a ser o nosso principal objectivo. O Karagounis e o Miccoli parece que estão quase recuperados, mas a má notícia, a fazer fé nos jornais, é que o Simão só voltará em Janeiro. Temos a moral em alta neste momento, mas não convém nada facilitar. Afinal de contas, ainda estamos a seis pontos do nosso lugar. Quanto à Liga dos Campeões, lá teremos de ser nós a puxar pela classificação de Portugal! Em Fevereiro cá estaremos à espera de um tubarão europeu, que todavia terá de atravessar o “Inferno da Luz”.
Que na luta com fervor
Nunca encontrou rival
Neste nosso Portugal
in “Ser Benfiquista”
É por momentos como este que nós fazemos parte de um clube único. De um clube que nasceu pobre, sem campo próprio durante várias décadas, mas que se tornou grande graças a vários homens que fizeram jus a estas palavras que estão em epígrafe: “clube lutador” que “luta com fervor”. A vitória de ontem por 2-1 sobre o Manchester United, um dos clubes mais ricos do mundo, entra directamente para as páginas mais brilhantes da nossa história e os jogadores que nela participaram honraram a memória de todos aqueles que ajudaram a construir o GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA. O jogo de ontem restitui-nos a magia das grandes noites europeias que já não sentíamos há 11 anos (desde o jogo de Leverkusen em 1994 que não conseguíamos uma grande vitória em termos europeus). Este triunfo permitiu-nos alcançar o desiderato que parecia impossível há não muito tempo atrás: estarmos no lote restrito dos 16 melhores clubes europeus, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
A maneira como conseguimos ganhar o jogo mesmo apesar de alinharmos de início muito desfalcados, o modo inexcedível como todos os jogadores batalharam durante 90 minutos, superaram as suas próprias limitações e honraram a gloriosa camisola que vestiam é o que torna o Benfica um clube que “nunca encontrou rival neste nosso Portugal”. Eu próprio, muito irracional no amor ao Glorioso, mas demasiado racional na análise das probabilidades de vitória (como se pode ler no post abaixo), fiquei completamente surpreendido pela forma como a equipa se comportou ontem. Empurrados por 62.000 adeptos que fizeram renascer o “Inferno da Luz”, os jogadores reincarnaram o espírito dos seus antecessores dos anos 60 e tivemos uma reedição das gloriosas noites europeias que nos tornaram um dos clubes mais respeitados do mundo.
O grande vencedor da noite foi o nosso treinador, Ronald Koeman. A forma como preparou o jogo foi brilhante, desde a não-convocação do Geovanni para a Madeira (para o preparar psicologicamente para este jogo), à inovação táctica que confundiu toda a gente (Geovanni a ponta-de-lança, Nuno Assis na extrema-esquerda e Nuno Gomes como “nº 10”), passando pela grande mentalização que permitiu a uma equipa muito desfalcada conseguir superar um golo adversário aos seis (!) minutos e embalar para uma recuperação inolvidável ainda na 1ª parte. O futebol não é, felizmente, uma ciência exacta e portanto os milagres acontecem. E o milagre de ontem teve o sabor especial de ser tornado realidade por dois dos jogadores mais mal-amados da Luz: Geovanni e Beto. O malandro do Geovanni é de facto um jogador que vive para os grandes jogos e ontem terá feito provavelmente a melhor exibição desde que chegou ao Benfica. Para além do grande golo que marcou (fantástico mergulho de cabeça na sequência de um óptimo cruzamento do Nelson), pôs em água a cabeça dos defesas do Manchester. O Beto fica desde já na história do Benfica (pode ser um novo Mostovoi que na sua meteórica passagem pelo Glorioso foi essencial para a conquista de uma Taça de Portugal ao empatar um jogo nas Antas perto do fim quando já estávamos a jogar com 10 e fazendo com que a eliminatória se decidisse em Lisboa, onde ganhámos por 2-0). Ontem jogou razoavelmente em termos defensivos, com algumas recuperações de bola, mas continua com a pecha muito grande de não saber colocar uma bola na frente em condições. Mas os benfiquistas dever-lhe-ão estar para sempre gratos pelo golo que marcou (um golo “à Deco”, com ressalto num jogador adversário antes de entrar na baliza). A equipa esteve toda bem, principalmente em termos de entrega ao jogo. O Quim fez uma grande defesa a um remate do Scholes, mas não teve muito mais trabalho; o Alcides apoiou bem o ataque quando foi preciso e raramente foi batido na defesa; o Luisão e o Anderson não deram nenhuma veleidade ao van Nistelrooy; o Léo secou o Cristiano Ronaldo (ainda tem muito que crescer, aquele gesto para os adeptos não se faz); o Petit fartou-se de cortar bolas a meio-campo e ainda teve tempo para ir lançando o contra-ataque; o Nélson esteve melhor ofensivamente na 1ª do que na 2ª parte, mas não deixou que os laterais do Manchester subissem e ainda fez a assistência do costume para um golo; o Nuno Assis fez também uma grande 1ª parte e mostrou mais uma vez ser um jogador que mexe com a produção atacante da equipa; o Nuno Gomes esteve fabuloso a reter a bola, desmarcar companheiros e ser o capitão que comanda as tropas; o João Pereira poderia ter acabado com o jogo se tivesse feito golo em vez de rematar ao lado e o Mantorras ainda colocou em respeito a defesa do Manchester nos últimos minutos (mas continua muito trapalhão, aquele bola era para soltar para o Nuno Gomes...).
Depois desta noite épica, espero que não percamos concentração no campeonato, que deverá continuar a ser o nosso principal objectivo. O Karagounis e o Miccoli parece que estão quase recuperados, mas a má notícia, a fazer fé nos jornais, é que o Simão só voltará em Janeiro. Temos a moral em alta neste momento, mas não convém nada facilitar. Afinal de contas, ainda estamos a seis pontos do nosso lugar. Quanto à Liga dos Campeões, lá teremos de ser nós a puxar pela classificação de Portugal! Em Fevereiro cá estaremos à espera de um tubarão europeu, que todavia terá de atravessar o “Inferno da Luz”.
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Realismo
Espero que o jogo de hoje à noite frente ao Manchester United seja um bom espectáculo. Não estou particularmente nervoso, porque as minhas expectativas estão reduzidas ao mínimo. Se já com ambas as equipas na máxima força o Manchester é superior ao Benfica, connosco sem quatro titulares indiscutíveis - Simão, Miccoli, Karagounis e Manuel Fernandes (vá lá, parece que aprenderam a lição de não colocar jogadores a 50% em campo) -, as coisas vão ser muitíssimo complicadas. Há que ser realista e, para mim, empate não seria um mau resultado (não esqueçamos que temos quatro derrotas em quatro jogos oficiais com eles). Só teríamos de esperar que o Villarreal fizesse a sua obrigação e ganhasse em casa ao Lille para irmos à Taça Uefa. O estádio vai estar cheio e já se sabe que só isso é um espectáculo magnífico. Espero que os adeptos apoiem a equipa até ao fim, mesmo que as coisas não corram bem. E pode ser que aconteça um milagre...!
P.S. – Há mais de 10 anos que não tínhamos a alegria que o Artmedia nos proporcionou ontem: ver o clube regional fora das competições europeias antes do Natal! Num campo que era um verdadeira batatal, foram os eslovacos a criar mais perigo e há um penalty descarado a seu favor (empurrão de um defesa do clube regional ao avançado que se preparava para rematar para a baliza deserta) que o árbitro não assinalou. Lá fora como cá... Para além da alegria que tenho sempre que o clube regional perde, gostei ainda mais que a eliminação fosse feita pelo Artmedia, uma equipa estreante na Liga dos Campeões: o Co Adriaanse tinha dito na véspera que em 10 jogos o clube regional ganharia nove aos eslovacos. Apesar desta soberba toda, parece que afinal só ganha oito...
P.S. – Há mais de 10 anos que não tínhamos a alegria que o Artmedia nos proporcionou ontem: ver o clube regional fora das competições europeias antes do Natal! Num campo que era um verdadeira batatal, foram os eslovacos a criar mais perigo e há um penalty descarado a seu favor (empurrão de um defesa do clube regional ao avançado que se preparava para rematar para a baliza deserta) que o árbitro não assinalou. Lá fora como cá... Para além da alegria que tenho sempre que o clube regional perde, gostei ainda mais que a eliminação fosse feita pelo Artmedia, uma equipa estreante na Liga dos Campeões: o Co Adriaanse tinha dito na véspera que em 10 jogos o clube regional ganharia nove aos eslovacos. Apesar desta soberba toda, parece que afinal só ganha oito...
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Mantorras resolve!
Até que enfim que o Mantorras fez algo mais num jogo do que só ser apanhado em offside. Devemos-lhe a nossa vitória na Madeira, frente ao Marítimo, já que foi dele o único golo da partida. O seu mérito é enorme, já que acreditou sempre na jogada e aproveitou da melhor maneira a fífia do defesa. Apesar da falta de quatro titulares (Simão, Manuel Fernandes, Miccoli e Karagounis) fizemos um jogo bastante razoável e a vitória é mais que merecida. O Marítimo não teve uma única oportunidade de golo e o Quim praticamente não tocou na bola.
Entrámos muito bem no jogo e o Nuno Gomes esteve em destaque com dois remates perigosos logo nos primeiros minutos. O Luisão falhou igualmente uma excelente oportunidade de cabeça na sequência de um livre do Petit. Com o Geovanni de fora, o Koeman optou pelo Nélson a extremo-direito com o Alcides atrás dele. Como já aqui referi, não gosto de ver o Nélson naquela posição. A sua produção é bastante superior como lateral, porque como vem embalado detrás, os defesas têm mais dificuldade em travá-lo do que com ele a extremo. Todavia, o Nélson não sabe jogar mal. O Karyaka manteve-se na equipa inicial, mas a jogar como está não vai ficar por lá durante muito tempo. O Nuno Assis esteve muito mexido na 1ª parte, mas na 2ª foi-se um bocado abaixo. O Petit esteve igual a si próprio e o Beto também, que é como quem diz mal. A sua lentidão de movimentos chega a ser exasperante, a capacidade de reacção é muito abaixo do normal e perdemos alguns lances de contra-ataque porque ou ele não soltava a bola rapidamente ou então o passe saía errado. A defesa esteve irrepreensível, com o Luisão excelente e o Ricardo Rocha bastante bem. Acho que ficamos a ganhar com o Ricardo Rocha em vez do Anderson, já que para o bem e para o mal ele é mais duro e portanto não se deixa bater tão facilmente em lances que envolvam a parte física. Para além do golo concretizado, o Mantorras marcou outro que foi anulado, já que estava em claríssima posição de fora-de-jogo (muita sorte o lance não ter sido ao contrário, senão segundo a tendência das últimas jornadas teria sido validado), mas a sua entrada fez com que a nossa produção atacante saísse da relativa estagnação em que estava no início da 2ª parte.
Esta jornada correu-nos particularmente bem. Ganhámos 10 pontos às equipas que estão à nossa frente, porque o Braga perdeu em casa com o Setúbal, o Nacional perdeu em Belém e na cidade do Porto houve um jogo com a segunda maior equipa portuguesa: o Anti-Benfica. O Anti-Benfica do Norte (vulgo clube regional) empatou 1-1 contra o Anti-Benfica do Sul (vulgo lagartos). Se fosse contra o Benfica, o Anti-Benfica do Sul gritaria até mais não poder por causa de um penalty não-assinalado (mão clara do César Peixoto na grande-área; aliás o César Peixoto está um sério candidato à substituição do Baía, já é a 2ª vez neste campeonato que defende com as mãos na grande-área sem ser assinalada falta) e um golo mal anulado (do Nani na 2ª parte, lances que as televisões não mostraram nos resumos). Como o jogo não foi contra o Glorioso, o barulho é quase inaudível. O Anti-Benfica do Norte também se queixou de um golo mal anulado (o Lisandro Lopez ia empurrando o Rogério quase até Lisboa, mas naquele casa acharam que não era falta) e de um penalty não-assinalado (o lance é duvidoso, mas pareceu-me que a bola bate no braço do Polga e só depois é que ele o movimenta). No entanto, toda a gente sabe que é mais provável os lagartos ganharem a Liga dos Campeões este ano do que o clube regional ser prejudicado por erros de arbitragem.
Entrámos muito bem no jogo e o Nuno Gomes esteve em destaque com dois remates perigosos logo nos primeiros minutos. O Luisão falhou igualmente uma excelente oportunidade de cabeça na sequência de um livre do Petit. Com o Geovanni de fora, o Koeman optou pelo Nélson a extremo-direito com o Alcides atrás dele. Como já aqui referi, não gosto de ver o Nélson naquela posição. A sua produção é bastante superior como lateral, porque como vem embalado detrás, os defesas têm mais dificuldade em travá-lo do que com ele a extremo. Todavia, o Nélson não sabe jogar mal. O Karyaka manteve-se na equipa inicial, mas a jogar como está não vai ficar por lá durante muito tempo. O Nuno Assis esteve muito mexido na 1ª parte, mas na 2ª foi-se um bocado abaixo. O Petit esteve igual a si próprio e o Beto também, que é como quem diz mal. A sua lentidão de movimentos chega a ser exasperante, a capacidade de reacção é muito abaixo do normal e perdemos alguns lances de contra-ataque porque ou ele não soltava a bola rapidamente ou então o passe saía errado. A defesa esteve irrepreensível, com o Luisão excelente e o Ricardo Rocha bastante bem. Acho que ficamos a ganhar com o Ricardo Rocha em vez do Anderson, já que para o bem e para o mal ele é mais duro e portanto não se deixa bater tão facilmente em lances que envolvam a parte física. Para além do golo concretizado, o Mantorras marcou outro que foi anulado, já que estava em claríssima posição de fora-de-jogo (muita sorte o lance não ter sido ao contrário, senão segundo a tendência das últimas jornadas teria sido validado), mas a sua entrada fez com que a nossa produção atacante saísse da relativa estagnação em que estava no início da 2ª parte.
Esta jornada correu-nos particularmente bem. Ganhámos 10 pontos às equipas que estão à nossa frente, porque o Braga perdeu em casa com o Setúbal, o Nacional perdeu em Belém e na cidade do Porto houve um jogo com a segunda maior equipa portuguesa: o Anti-Benfica. O Anti-Benfica do Norte (vulgo clube regional) empatou 1-1 contra o Anti-Benfica do Sul (vulgo lagartos). Se fosse contra o Benfica, o Anti-Benfica do Sul gritaria até mais não poder por causa de um penalty não-assinalado (mão clara do César Peixoto na grande-área; aliás o César Peixoto está um sério candidato à substituição do Baía, já é a 2ª vez neste campeonato que defende com as mãos na grande-área sem ser assinalada falta) e um golo mal anulado (do Nani na 2ª parte, lances que as televisões não mostraram nos resumos). Como o jogo não foi contra o Glorioso, o barulho é quase inaudível. O Anti-Benfica do Norte também se queixou de um golo mal anulado (o Lisandro Lopez ia empurrando o Rogério quase até Lisboa, mas naquele casa acharam que não era falta) e de um penalty não-assinalado (o lance é duvidoso, mas pareceu-me que a bola bate no braço do Polga e só depois é que ele o movimenta). No entanto, toda a gente sabe que é mais provável os lagartos ganharem a Liga dos Campeões este ano do que o clube regional ser prejudicado por erros de arbitragem.
segunda-feira, novembro 28, 2005
Empate frente a um camião-tir
Estava muito apreensivo quanto ao jogo frente ao Belenenses, já que sem cinco (!) titulares indiscutíveis (Quim/Moreira, Petit, Karagounis, Simão e Miccoli) seria muito complicado vencer. E os meus receios eram fundados, já que não conseguimos melhor do que um empate a zero. Ao contrário do que aconteceu em Paris, o Koeman apostou claramente no ataque, com o Karyaka, Nuno Assis e Geovanni na equipa inicial. Não jogámos bem, é certo, mas a exibição esteve quilómetros à frente da de 3ª feira passada (pior também seria difícil...). Defrontámos uma equipa que não colocou um autocarro à frente da baliza, mas sim um enorme camião-tir. Pelo menos, não deu muita pancada e não fez tanto anti-jogo como o Gil Vicente na 2ª jornada, mas não é com equipas a jogar assim que o futebol em Portugal melhorará a sua qualidade.
Na 1ª parte a melhor situação que tivemos foi um remate do Nuno Assis em que a bola ainda bate no poste. Tivemos outra boa jogada em que o Karyaka remata de cabeça por cima na sequência de um bom cruzamento do Nuno Gomes. Por outro lado, o Rui Nereu ia sofrendo outro frango, num livre do Belenenses com um remate quase do meio-campo que bateu no poste e lhe ressaltou para as mãos. É um grande pontapé, mas dada a distância da baliza ele tinha a obrigação de se fazer à bola. Depois de intervalo pressionámos mais e tivemos pelo menos quatro claríssimas oportunidades de golo: remate de pé esquerdo do Manuel Fernandes para uma grande defesa do Marco Aurélio; remate do Nuno Assis à entrada da área na sequência de um bom cruzamento do Alcides, que o guarda-redes defendeu outra vez; o Alcides, desmarcado magistralmente pelo Nuno Gomes, fica isolado mas chuta contra o Marco Aurélio; o Mantorras atirou de cabeça por cima já mesmo no fim da partida. Lutámos, corremos, esforçámo-nos, mas com a falta dos jogadores já referidos não temos capacidade para fazer melhor.
O melhor jogador do Benfica foi o Beto, o que diz muito acerca da nossa exibição. Igualmente razoável esteve o Nuno Assis (que, e já aqui escrevi, não percebo porque é que não joga mais vezes). O Karyaka e o Geovanni passaram ao lado do jogo, mas não percebi a entrada do Alcides para o lugar deste último com o adiantamento do Nélson. Já se tinha visto em Paris que o Nélson a extremo não rende tanto (aliás, o seu abaixamento de forma é notório) e ainda por cima estava no banco o Hélio Roque, que quando entrou (somente a dez minutos do fim) mexeu claramente com a equipa. Por outro lado, acho que se poderia ter arriscado um pouco mais com a substituição de um central (Anderson) ou o adiantamento do Luisão na parte final do jogo para ganhar bolas de cabeça na área (Karadas, onde estás tu?!). Mas, enfim, o plantel é curto e milagres como o do ano passado não acontecem sempre. O problema é que provavelmente teremos o clube regional a oito pontos de distância (não acredito que não ganhem ao Gil Vicente) e os lagartos já estão a quatro. Para a semana vamos à Madeira e o Marítimo está muito melhor agora do que no início do campeonato. O castigo ao Petit já terminou, mas os restantes lesionados não devem jogar o que vai fazer com que só um milagre nos permita trazer os três pontos de volta.
P.S. – Não foi por causa dele que empatámos, mas ficou um penalty sobre o Nuno Assis por marcar pelo Sr. Pedro Proença , esse grande benfiquista que quando nos arbitra arranja sempre maneira de provar a sua isenção (lembram-se certamente do jogo frente aos lagartos na Luz há dois anos ou do jogo em Penafiel no ano passado). Há também um fora-de-jogo mal tirado a um jogador do Belenenses que ficaria isolado, mas que não é tão descarado quanto os foras-de-jogo que resultaram em golos sofridos frente ao Rio Ave e Braga. No lance da 2ª parte em que a bola bate na mão de um jogador do Belenenses na sequência de uma defesa do guarda-redes, parece-me que o toque é involuntário.
Na 1ª parte a melhor situação que tivemos foi um remate do Nuno Assis em que a bola ainda bate no poste. Tivemos outra boa jogada em que o Karyaka remata de cabeça por cima na sequência de um bom cruzamento do Nuno Gomes. Por outro lado, o Rui Nereu ia sofrendo outro frango, num livre do Belenenses com um remate quase do meio-campo que bateu no poste e lhe ressaltou para as mãos. É um grande pontapé, mas dada a distância da baliza ele tinha a obrigação de se fazer à bola. Depois de intervalo pressionámos mais e tivemos pelo menos quatro claríssimas oportunidades de golo: remate de pé esquerdo do Manuel Fernandes para uma grande defesa do Marco Aurélio; remate do Nuno Assis à entrada da área na sequência de um bom cruzamento do Alcides, que o guarda-redes defendeu outra vez; o Alcides, desmarcado magistralmente pelo Nuno Gomes, fica isolado mas chuta contra o Marco Aurélio; o Mantorras atirou de cabeça por cima já mesmo no fim da partida. Lutámos, corremos, esforçámo-nos, mas com a falta dos jogadores já referidos não temos capacidade para fazer melhor.
O melhor jogador do Benfica foi o Beto, o que diz muito acerca da nossa exibição. Igualmente razoável esteve o Nuno Assis (que, e já aqui escrevi, não percebo porque é que não joga mais vezes). O Karyaka e o Geovanni passaram ao lado do jogo, mas não percebi a entrada do Alcides para o lugar deste último com o adiantamento do Nélson. Já se tinha visto em Paris que o Nélson a extremo não rende tanto (aliás, o seu abaixamento de forma é notório) e ainda por cima estava no banco o Hélio Roque, que quando entrou (somente a dez minutos do fim) mexeu claramente com a equipa. Por outro lado, acho que se poderia ter arriscado um pouco mais com a substituição de um central (Anderson) ou o adiantamento do Luisão na parte final do jogo para ganhar bolas de cabeça na área (Karadas, onde estás tu?!). Mas, enfim, o plantel é curto e milagres como o do ano passado não acontecem sempre. O problema é que provavelmente teremos o clube regional a oito pontos de distância (não acredito que não ganhem ao Gil Vicente) e os lagartos já estão a quatro. Para a semana vamos à Madeira e o Marítimo está muito melhor agora do que no início do campeonato. O castigo ao Petit já terminou, mas os restantes lesionados não devem jogar o que vai fazer com que só um milagre nos permita trazer os três pontos de volta.
P.S. – Não foi por causa dele que empatámos, mas ficou um penalty sobre o Nuno Assis por marcar pelo Sr. Pedro Proença , esse grande benfiquista que quando nos arbitra arranja sempre maneira de provar a sua isenção (lembram-se certamente do jogo frente aos lagartos na Luz há dois anos ou do jogo em Penafiel no ano passado). Há também um fora-de-jogo mal tirado a um jogador do Belenenses que ficaria isolado, mas que não é tão descarado quanto os foras-de-jogo que resultaram em golos sofridos frente ao Rio Ave e Braga. No lance da 2ª parte em que a bola bate na mão de um jogador do Belenenses na sequência de uma defesa do guarda-redes, parece-me que o toque é involuntário.
quarta-feira, novembro 23, 2005
FORÇA GLASGOW RANGERS!
FC Porto apresenta denúncia - Nuno Gomes sob inquérito
Foi pelo D’Arcy que tomei conhecimento desta notícia. É por estas e por outras que eu tenho orgulho em dizer que sou COMPLETAMENTE anti-FC Porto (ooops, mencionei-o!). O nível de abjecção desse clube está a ser batido de ano para ano. Quando se pensava que havia um limite para a vileza, eis que somos surpreendidos por atitudes como esta. Qual é a justificação para isto? Iremos porventura jogar contra eles proximamente? Estaremos por acaso à frente deles na classificação? Não sou ingénuo ao ponto de pensar que pudesse existir fair-play, decência e honradez por aqueles lados, mas será que mesmo estando seis pontos atrás deles ainda lhes metemos assim tanto medo?
Não compreendo é como é que ainda há pessoas que têm a felicidade de não ser deste ignóbil clube que torcem por ele nas competições europeias. Como é que um clube que tem atitudes como esta pode representar bem Portugal lá fora?! Será que queremos dar externamente uma imagem de mesquinhez, vileza e baixeza de espírito? Não me vou alongar muito mais sob pena de vomitar em cima do teclado... Só espero, e muito sinceramente, que o Glasgow Rangers me dê hoje a alegria que o Benfica ontem não me soube dar.
P.S. – Sobre a atitude do Nuno Gomes (em resposta a uma provocação de um jogador do Braga, apontou para a veia), só uma pergunta: como é possível não haver controlo anti-doping em todos os jogos da competição profissional do desporto mais importante do país?!
Foi pelo D’Arcy que tomei conhecimento desta notícia. É por estas e por outras que eu tenho orgulho em dizer que sou COMPLETAMENTE anti-FC Porto (ooops, mencionei-o!). O nível de abjecção desse clube está a ser batido de ano para ano. Quando se pensava que havia um limite para a vileza, eis que somos surpreendidos por atitudes como esta. Qual é a justificação para isto? Iremos porventura jogar contra eles proximamente? Estaremos por acaso à frente deles na classificação? Não sou ingénuo ao ponto de pensar que pudesse existir fair-play, decência e honradez por aqueles lados, mas será que mesmo estando seis pontos atrás deles ainda lhes metemos assim tanto medo?
Não compreendo é como é que ainda há pessoas que têm a felicidade de não ser deste ignóbil clube que torcem por ele nas competições europeias. Como é que um clube que tem atitudes como esta pode representar bem Portugal lá fora?! Será que queremos dar externamente uma imagem de mesquinhez, vileza e baixeza de espírito? Não me vou alongar muito mais sob pena de vomitar em cima do teclado... Só espero, e muito sinceramente, que o Glasgow Rangers me dê hoje a alegria que o Benfica ontem não me soube dar.
P.S. – Sobre a atitude do Nuno Gomes (em resposta a uma provocação de um jogador do Braga, apontou para a veia), só uma pergunta: como é possível não haver controlo anti-doping em todos os jogos da competição profissional do desporto mais importante do país?!
À la Trapattoni
Péssima! A nossa exibição de hoje frente ao Lille foi das piores que já vi em termos europeus. Depois de darmos dois festivais de futebol em Manchester e Villarreal, o jogo de hoje foi um autêntico balde de água fria. Nada que não fosse previsível ao tomar conhecimento da equipa inicial, como escrevi abaixo. Aliás, o título deste post é um pouco injusto porque acho que nem o Trapattoni se lembraria de colocar nove (!), n-o-v-e jogadores de características defensivas em campo! Nem sei porque é que em vez do Nuno Gomes e Miccoli não jogaram o João Pereira e Dos Santos, assim o ramalhete ficava mais composto.
Com seis defesas e dois trincos é natural que tenhamos criado zero, (leram bem) z-e-r-o jogadas de perigo em situação de bola corrida. O “quase-perigo” que criámos resultou de dois ou três centros do Alcides que invariavelmente não encontravam a cabeça de nenhum jogador nosso. Perante tudo isto, o objectivo do Sr. Koeman foi conseguido: não perdemos o jogo. Sim, não me venham dizer que o tentámos ganhar, porque isso não é verdade, tanto mais que terminámos a partida com duas substituições para fazer e com o Karyaka, Geovanni e Manuel Fernandes sentados no banco. A única substituição que fizemos deveu-se à lesão de Miccoli em mais uma BURRICE da estrutura do nosso futebol (não sei de quem é a culpa, se da equipa técnica se da médica) que insiste em colocar em campo jogadores que ainda não estão recuperados de lesões. Claro que o italiano teve uma recaída o que me levou a apanhar uma fúria tão grande que ia partindo a mesa de tanto bater nela! Quero ver agora quanto tempo vamos ficar outra vez sem ele. Para o seu lugar entrou o Mantorras que curiosamente não conseguiu bater o Miccoli nos foras-de-jogo: perdeu por 4-3.
Destaques individuais só com uma lupa: Luisão esteve imperial como é hábito, o Petit muito trabalhador (mas péssimo nos livres) e pouco mais. Tanto o Nélson com o Léo estiveram obviamente desfasados porque uma coisa é subirem no terreno de tempos a tempos enquanto defesa, outra bem diferente é jogarem a extremo. O Beto cortou algumas bolas que poderiam ser perigosas, mas foi uma nulidade completa a colocar a bola jogável na frente. O Quim fez uma grande defesa perto do fim que nos garantiu o empate. O Nuno Gomes falhou alguns passes que poderiam resultar em lances de perigo logo no início do encontro e continua sem marcar na Liga dos Campeões. O Mantorras falhou a nossa única oportunidade mesmo no último minuto dos descontos ao conseguir enviar a bola por cima da barra depois de uma cabeçada do Luisão na sequência de um canto.
Faltam jogadores importantes, mas esta exibição e esta equipa inicial não tem desculpa. Não sei porque é que o Sr. Koeman de vez em quanto gosta de inventar, mas nunca tivemos êxito quando se lembra de o fazer. Passar o jogo inteiro sem fazer substituições que demonstrassem um pouco de ambição é incompreensível. Deve ter seguido a velha táctica do “empate fora, vitória em casa” na Liga dos Campeões, mas é uma pena que não tenhamos tentado ganhar o jogo porque o Lille é uma equipa perfeitamente ao nosso alcance. Para além disso, o empate entre o Manchester e o Villarreal colocar-nos-ia numa posição bastante favorável, em que um empate frente aos ingleses seria provavelmente suficiente para passarmos. Assim sendo, resta-nos esperar pelo jogo frente a eles, que temos impreterivelmente que ganhar, e desejar que os jogadores importantes estejam recuperados para que a imaginação do Sr. Koeman não tenha tanta rédea solta.
Com seis defesas e dois trincos é natural que tenhamos criado zero, (leram bem) z-e-r-o jogadas de perigo em situação de bola corrida. O “quase-perigo” que criámos resultou de dois ou três centros do Alcides que invariavelmente não encontravam a cabeça de nenhum jogador nosso. Perante tudo isto, o objectivo do Sr. Koeman foi conseguido: não perdemos o jogo. Sim, não me venham dizer que o tentámos ganhar, porque isso não é verdade, tanto mais que terminámos a partida com duas substituições para fazer e com o Karyaka, Geovanni e Manuel Fernandes sentados no banco. A única substituição que fizemos deveu-se à lesão de Miccoli em mais uma BURRICE da estrutura do nosso futebol (não sei de quem é a culpa, se da equipa técnica se da médica) que insiste em colocar em campo jogadores que ainda não estão recuperados de lesões. Claro que o italiano teve uma recaída o que me levou a apanhar uma fúria tão grande que ia partindo a mesa de tanto bater nela! Quero ver agora quanto tempo vamos ficar outra vez sem ele. Para o seu lugar entrou o Mantorras que curiosamente não conseguiu bater o Miccoli nos foras-de-jogo: perdeu por 4-3.
Destaques individuais só com uma lupa: Luisão esteve imperial como é hábito, o Petit muito trabalhador (mas péssimo nos livres) e pouco mais. Tanto o Nélson com o Léo estiveram obviamente desfasados porque uma coisa é subirem no terreno de tempos a tempos enquanto defesa, outra bem diferente é jogarem a extremo. O Beto cortou algumas bolas que poderiam ser perigosas, mas foi uma nulidade completa a colocar a bola jogável na frente. O Quim fez uma grande defesa perto do fim que nos garantiu o empate. O Nuno Gomes falhou alguns passes que poderiam resultar em lances de perigo logo no início do encontro e continua sem marcar na Liga dos Campeões. O Mantorras falhou a nossa única oportunidade mesmo no último minuto dos descontos ao conseguir enviar a bola por cima da barra depois de uma cabeçada do Luisão na sequência de um canto.
Faltam jogadores importantes, mas esta exibição e esta equipa inicial não tem desculpa. Não sei porque é que o Sr. Koeman de vez em quanto gosta de inventar, mas nunca tivemos êxito quando se lembra de o fazer. Passar o jogo inteiro sem fazer substituições que demonstrassem um pouco de ambição é incompreensível. Deve ter seguido a velha táctica do “empate fora, vitória em casa” na Liga dos Campeões, mas é uma pena que não tenhamos tentado ganhar o jogo porque o Lille é uma equipa perfeitamente ao nosso alcance. Para além disso, o empate entre o Manchester e o Villarreal colocar-nos-ia numa posição bastante favorável, em que um empate frente aos ingleses seria provavelmente suficiente para passarmos. Assim sendo, resta-nos esperar pelo jogo frente a eles, que temos impreterivelmente que ganhar, e desejar que os jogadores importantes estejam recuperados para que a imaginação do Sr. Koeman não tenha tanta rédea solta.
terça-feira, novembro 22, 2005
Antes do Lille – Benfica
Excepcionalmente escrevo este post antes do jogo, porque ouvi agora a constituição da equipa e temo o pior: Alcides (não entra em campo desde 10 de Setembro) e Beto (em vez do Manuel Fernandes) vão ser titulares; vão jogar de início os quatro centrais do plantel (Ricardo Rocha na esquerda); os dois habituais laterais (Nélson e Léo) vão ser os extremos (seis defesas de raiz na equipa inicial...); o Miccoli (jogou oito minutos nas últimas cinco semanas) também vai ser titular; o Karyaka, o Geovanni e o Manuel Fernandes ficam no banco; para além disto tudo, já se sabia que o Simão não joga e resta ver em que estado está o Quim.
Espero bem estar enganado (“o treinador é que sabe”), mas não auguro nada de bom para este jogo...
Espero bem estar enganado (“o treinador é que sabe”), mas não auguro nada de bom para este jogo...
Viagem à Pedreira
Tal como há dois anos, quando a maioria destes companheiros de viagem foram comigo a Leiria (3-3), vimos um dos melhores jogos da época, mas sem uma vitória do Benfica. Parece que é sina! Chegámos a Braga por volta das 13h00 depois de cerca de quatro horas de viagem, com duas paragens pelo meio. Estacionámos no centro da cidade, almoçámos e fomos a pé para o estádio (meia-hora que se faz bem) por volta das 15h30. O estádio é de facto lindíssimo e a zona envolvente não lhe fica atrás. Como fica num plano mais elevado, a vista das bancadas é excelente.
Contrariamente ao esperado o estádio não estava cheio, o que muito me satisfez para ver se os clubes aprendem a não chular (não tem outro nome) os adeptos do Glorioso. Os lugares de 50€ eram os que estavam mais vazios, o que não é de espantar. Tivesse o Braga posto os bilhetes mais baratos e nem a chuva impediria a lotação esgotada. Ficámos na bancada poente superior e a visão sobre o relvado era óptima. A cada três filas havia uma espécie de corrimão para proteger os espectadores dado que a bancada superior é muito inclinada. Como são da mesma cor que as cadeiras, esses corrimãos mal se notam ao longe. Li nos jornais que havia mais adeptos do Braga do que do Benfica no estádio, mas não foi essa a sensação que tivemos, parecendo mais que estavam 50-50.
Independentemente do resultado valeu a pena ir pelo passeio e pela companhia. Havia o aliciante do despique entre dois karmas. A J.S. tinha ido ver dois jogos do Glorioso até à data ambos com 3-0 a nosso favor. O J.M. tinha uma performance para esquecer (2 V - 3 E - 4 D). Deveria ter calculado, tal como na matemática “+” com “-” dá sempre “-”! Não há nada a fazer, a única maneira do mau karma do J.M. passar é ele comprar um cativo: duvido que consigamos perder 17 jogos em casa! Esteve por um fio, mas a pedido de várias famílias lá o trouxe de volta para Lisboa.
O melhor momento da viagem foi sem dúvida quando passámos pelo estádio do clube regional na auto-estrada, com as janelas abertas e o CD do “Ninguém Pára o Benfica!” em altos berros!
..........
Vista da entrada principal..................A pedreira
..........
Os viajantes com o estádio................Início do jogo
atrás (falta o J.T. que ainda não
tinha chegado de Guimarães)
P.S. – Entretanto o previsível aconteceu: os 45 minutos do Simão em Braga fizeram-no ter uma recaída e não vai jogar hoje contra o Lille. Que grande surpresa...! Estou muito pessimista para este jogo. Sem o Simão, com o Quim ainda a recuperar, o Miccoli vindo de uma lesão muscular, o Beto provavelmente outra vez a extremo-direito (e já agora com o Dos Santos em vez do Nuno Assis na convocatória, numa decisão incompreensível dado que o Karagounis também está magoado), temos que conseguir algo que não sucede desde o jogo contra o Arsenal em 91/92 (!): ganhar fora para a Liga dos Campeões.
Contrariamente ao esperado o estádio não estava cheio, o que muito me satisfez para ver se os clubes aprendem a não chular (não tem outro nome) os adeptos do Glorioso. Os lugares de 50€ eram os que estavam mais vazios, o que não é de espantar. Tivesse o Braga posto os bilhetes mais baratos e nem a chuva impediria a lotação esgotada. Ficámos na bancada poente superior e a visão sobre o relvado era óptima. A cada três filas havia uma espécie de corrimão para proteger os espectadores dado que a bancada superior é muito inclinada. Como são da mesma cor que as cadeiras, esses corrimãos mal se notam ao longe. Li nos jornais que havia mais adeptos do Braga do que do Benfica no estádio, mas não foi essa a sensação que tivemos, parecendo mais que estavam 50-50.
Independentemente do resultado valeu a pena ir pelo passeio e pela companhia. Havia o aliciante do despique entre dois karmas. A J.S. tinha ido ver dois jogos do Glorioso até à data ambos com 3-0 a nosso favor. O J.M. tinha uma performance para esquecer (2 V - 3 E - 4 D). Deveria ter calculado, tal como na matemática “+” com “-” dá sempre “-”! Não há nada a fazer, a única maneira do mau karma do J.M. passar é ele comprar um cativo: duvido que consigamos perder 17 jogos em casa! Esteve por um fio, mas a pedido de várias famílias lá o trouxe de volta para Lisboa.
O melhor momento da viagem foi sem dúvida quando passámos pelo estádio do clube regional na auto-estrada, com as janelas abertas e o CD do “Ninguém Pára o Benfica!” em altos berros!
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Vista da entrada principal..................A pedreira
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Os viajantes com o estádio................Início do jogo
atrás (falta o J.T. que ainda não
tinha chegado de Guimarães)
P.S. – Entretanto o previsível aconteceu: os 45 minutos do Simão em Braga fizeram-no ter uma recaída e não vai jogar hoje contra o Lille. Que grande surpresa...! Estou muito pessimista para este jogo. Sem o Simão, com o Quim ainda a recuperar, o Miccoli vindo de uma lesão muscular, o Beto provavelmente outra vez a extremo-direito (e já agora com o Dos Santos em vez do Nuno Assis na convocatória, numa decisão incompreensível dado que o Karagounis também está magoado), temos que conseguir algo que não sucede desde o jogo contra o Arsenal em 91/92 (!): ganhar fora para a Liga dos Campeões.
segunda-feira, novembro 21, 2005
Falhas de concentração
Para a próxima não caio no mesmo erro. Antes de me meter ao caminho para ver o Benfica fora da Luz, vou telefonar ao Sr. Koeman e perguntar-lhe se vai colocar o Beto a titular e a extremo-direito. Se assim for, mais vale ficar em casa. A nossa derrota em Braga por 3-2 não se deveu só a isso, mas é irritante jogarmos com dez jogadores durante o tempo todo, tal como em Manchester. Ao princípio ainda pensei que jogaríamos em 4-3-3, com os três trincos (Petit, Manuel Fernandes e Beto) no meio-campo, mas jogámos em 4-2-3-1 com o Beto a extremo e o Geovanni a “nº 10”. Por outro lado, persistimos no mesmo erro de alinhar com jogadores que ainda não estão recuperados de lesões, como o Quim e o Simão. Se este só jogou 45 minutos e pouco fez, o Quim realizou um punhado de boas defesas, mas deitou tudo a perder com dois frangos descomunais no 1º e 3º golo do Braga (volta Nereu, que estás perdoado!). No primeiro deixa a bola bater à sua frente e passar-lhe por cima, no terceiro é lentíssimo a fazer-se à bola e só lhe toca de raspão não conseguindo impedi-la de entrar na baliza. Deve estar a tentar manter o seu lugar na selecção e fazer concorrência ao Ricardo...
O grande erro do jogo foi o Benfica tentar manter a vantagem de um golo logo a partir do final da 1ª parte! Pior ainda, foram as declarações do Sr. Koeman a criticar isso. Foram os jogadores que por sua livre e espontânea vontade começaram a passar a bola para o lado e para trás? Mas afinal quem é que manda na equipa? A ganhar por 1-0 tirar o Geovanni (que estava a ser dos melhorzinhos, pelo menos dos únicos a jogar em velocidade) para pôr o Nuno Assis, e deixar o Beto em campo, é um sinal do banco para a equipa avançar e tentar marcar outro golo? E colocar o Miccoli só depois do 2º golo do Braga a dois minutos do fim é querer ganhar o jogo? A maioria dos jogadores não esteve bem, mas a sensação que dá é que a mensagem do treinador não passa para o campo e a culpa não será obviamente dos jogadores.
Depois de sofrermos o 2-1 a três minutos do fim, empatámos aos 93 num penalty do Nuno Gomes e deixamos o Braga fazer o 3-2 aos 95. Estas falhas de concentração são inadmissíveis! Todos os três golos do Braga eram perfeitamente evitáveis. No primeiro é o Beto que deixa o Jorge Luís centrar à vontade (quem é que disse que o Beto sabia fechar bem o lado direito da defesa?!) para o Cesinha. No segundo é o Karyaka que não acompanha a movimentação do Bevacqua na sequência do canto. No terceiro é o Bevacqua que ganha a bola de cabeça no meio do Anderson e Petit (aposto que este avançado argentino vai entrar na galeria dos “jogadores-que-não-fizeram-nada-de-especial-em-Portugal-mas-marcaram-golos-ao-Benfica”, como o Lagorio do Marítimo que marcou três há cinco anos e depois disso desapareceu de circulação). Claro que o Sr. João Ferreira teve o seu dedinho no jogo: o penalty a nosso favor não existe (embora o movimento do braço do Nem o possa ter induzido em erro, a bola bate-lhe no peito, mas também só se tem a certeza com a repetição do lance) e o 3º golo do Braga é obtido em claro fora-de-jogo (terceiro golo sofrido em fora-de-jogo em três jogos consecutivos!).
Temos jogadores fundamentais lesionados e espera-se que com eles recuperados possamos melhorar a nossa produção, mas com esta derrota voltámos a estar a oito pontos do 1º lugar do Braga, com o clube regional a seis e os lagartos a dois. Vem aí um jogo decisivo da Liga dos Campeões, mas não podemos perder concentração no campeonato, sob pena de ficarmos irremediavelmente afastados do título. E convenhamos que é mais fácil voltarmos a ser campeões nacionais do que ganhar a Champions...
O grande erro do jogo foi o Benfica tentar manter a vantagem de um golo logo a partir do final da 1ª parte! Pior ainda, foram as declarações do Sr. Koeman a criticar isso. Foram os jogadores que por sua livre e espontânea vontade começaram a passar a bola para o lado e para trás? Mas afinal quem é que manda na equipa? A ganhar por 1-0 tirar o Geovanni (que estava a ser dos melhorzinhos, pelo menos dos únicos a jogar em velocidade) para pôr o Nuno Assis, e deixar o Beto em campo, é um sinal do banco para a equipa avançar e tentar marcar outro golo? E colocar o Miccoli só depois do 2º golo do Braga a dois minutos do fim é querer ganhar o jogo? A maioria dos jogadores não esteve bem, mas a sensação que dá é que a mensagem do treinador não passa para o campo e a culpa não será obviamente dos jogadores.
Depois de sofrermos o 2-1 a três minutos do fim, empatámos aos 93 num penalty do Nuno Gomes e deixamos o Braga fazer o 3-2 aos 95. Estas falhas de concentração são inadmissíveis! Todos os três golos do Braga eram perfeitamente evitáveis. No primeiro é o Beto que deixa o Jorge Luís centrar à vontade (quem é que disse que o Beto sabia fechar bem o lado direito da defesa?!) para o Cesinha. No segundo é o Karyaka que não acompanha a movimentação do Bevacqua na sequência do canto. No terceiro é o Bevacqua que ganha a bola de cabeça no meio do Anderson e Petit (aposto que este avançado argentino vai entrar na galeria dos “jogadores-que-não-fizeram-nada-de-especial-em-Portugal-mas-marcaram-golos-ao-Benfica”, como o Lagorio do Marítimo que marcou três há cinco anos e depois disso desapareceu de circulação). Claro que o Sr. João Ferreira teve o seu dedinho no jogo: o penalty a nosso favor não existe (embora o movimento do braço do Nem o possa ter induzido em erro, a bola bate-lhe no peito, mas também só se tem a certeza com a repetição do lance) e o 3º golo do Braga é obtido em claro fora-de-jogo (terceiro golo sofrido em fora-de-jogo em três jogos consecutivos!).
Temos jogadores fundamentais lesionados e espera-se que com eles recuperados possamos melhorar a nossa produção, mas com esta derrota voltámos a estar a oito pontos do 1º lugar do Braga, com o clube regional a seis e os lagartos a dois. Vem aí um jogo decisivo da Liga dos Campeões, mas não podemos perder concentração no campeonato, sob pena de ficarmos irremediavelmente afastados do título. E convenhamos que é mais fácil voltarmos a ser campeões nacionais do que ganhar a Champions...
quinta-feira, novembro 17, 2005
On Tour
Previsões para o próximo sábado: 730km, 16 horas de viagem, oito a conduzir, 60€ de gasolina, 40€ de portagens, 40€ bilhete de jogo (que roubo!), 20€ refeições, o meu irmão, o J.C., a J.S., o J.M. e eu no carro (tudo graças ao J.T. que foi de Guimarães a Braga comprar os bilhetes), só peço uma coisa aos jogadores do Glorioso Sport Lisboa e Benfica: GANHEM!
P.S. – Eu sei que é arriscado levar o J.M., ainda por cima num jogo em que não devemos jogar na máxima força (Simão, Miccoli e Quim ainda em dúvida), mas pode ser que a sua malapata acabe de vez. (Claro que se perdermos ele tem que arranjar outra boleia de volta para Lisboa…)
quarta-feira, novembro 16, 2005
Instantâneos II
No seguimento de um dos assuntos comentados no jantar de bloguiquistas e em sugestões que me fizeram, resolvi abrir uma rubrica aqui no blog dedicada às figuras impagáveis que pululam no nosso audiovisual desde há 20 anos. Os dois ou três segundos que se deixam entre a gravação de um resumo e outro deste projecto permitem que se recorde o seu aspecto. E, tal como no primeiro post acerca deste assunto, volto ao melhor cromo do nosso jornalismo desportivo. Cá está ele:
Reparem bem no ar dele, preparado para disparar mais uma verdade absoluta ou uma perspectiva inédita acerca do jogo em questão: Benfica – 3 – clube regional – 1 da época 82/83 (encontro sobre o qual o TMA já escreveu nas suas memórias). O comentário do nosso amigo Gabriel começa assim: “(…) pensamos que Alder Dante na lei da vantagem não esteve bem, mas quanto ao mais não se deu muito por ele (…)” É impressão minha ou não estará aqui uma contradição?!
Reparem bem no ar dele, preparado para disparar mais uma verdade absoluta ou uma perspectiva inédita acerca do jogo em questão: Benfica – 3 – clube regional – 1 da época 82/83 (encontro sobre o qual o TMA já escreveu nas suas memórias). O comentário do nosso amigo Gabriel começa assim: “(…) pensamos que Alder Dante na lei da vantagem não esteve bem, mas quanto ao mais não se deu muito por ele (…)” É impressão minha ou não estará aqui uma contradição?!
segunda-feira, novembro 14, 2005
Rescaldo do II Jantar de Bloguiquistas
1) Quando 15 pessoas, a maioria das quais desconhecidas entre si, se juntam à mesa para jantar o motivo que os une só pode ser forte;
2) Quando esse jantar começa às 20h e só termina à 1h30 devido a uma abrupta carga de água que faz dispersar os convivas no exterior do estádio (entretanto, o restaurante já os tinha expulso) é porque o que têm em comum é imenso;
3) Quando quatro resistentes (D’Arcy, MB, Superman Torras e eu próprio) preferem abrigar-se da chuva, suportam a noite mais fria do ano, continuam o falatório, a chuva pára entrementes, só que não se pode deixar a meio uma conversa sobre o Isaías e os seus remates quase de meio-campo, o falhanço do Mostovoi nas Antas e o do Futre no Bessa, alguma coisa muito poderosa os liga;
4) Quando o segurança quer fechar o perímetro exterior do estádio às 2h00, a conversa prossegue já na rua e só termina meia-hora depois porque a chuva ataca de novo, é porque o assunto debatido é inesgotável (entretanto, para o MB e para mim a noite só acabou às 3h30 porque estávamos nós a começar a fugir da carga de água quando vejo o meu amigo M.R. dos No Name Boys e tivemos direito a uma visita guiada pela sua sala de convívio com mais discussão sobre o Glorioso pelo meio);
5) Quando sete horas se passam e parecem sete minutos é porque a ocasião é decididamente para ser repetida. No I jantar fomos sete, agora mesmo apesar de algumas baixas de última hora ultrapassámos o dobro, no próximo seremos certamente muitos mais;
6) As caras por detrás dos teclados nem sempre são como nós as imaginávamos, mas a sensação de cumplicidade que se estabelece devido a este Glorioso clube faz com que o conhecimento ao vivo seja apenas um pró-forma (Et Blogirus Unum). Foi um prazer partilhar a mesa com os seguintes bloggers benfiquistas: HMémnon (deste e deste), D'Arcy, TMA (deste e deste), Antitripa (vindo propositadamente da mui nobre e invicta cidade do Porto), T-Rex, MB, Superman Torras (comentador regular ainda sem blog), Laura (deste e deste), Papo-Seco (deste e deste), Corto Maltese e a Anita.
Por tudo isto, resta-me agradecer a quem deu origem a este convívio fantástico: Obrigado, BENFICA!
2) Quando esse jantar começa às 20h e só termina à 1h30 devido a uma abrupta carga de água que faz dispersar os convivas no exterior do estádio (entretanto, o restaurante já os tinha expulso) é porque o que têm em comum é imenso;
3) Quando quatro resistentes (D’Arcy, MB, Superman Torras e eu próprio) preferem abrigar-se da chuva, suportam a noite mais fria do ano, continuam o falatório, a chuva pára entrementes, só que não se pode deixar a meio uma conversa sobre o Isaías e os seus remates quase de meio-campo, o falhanço do Mostovoi nas Antas e o do Futre no Bessa, alguma coisa muito poderosa os liga;
4) Quando o segurança quer fechar o perímetro exterior do estádio às 2h00, a conversa prossegue já na rua e só termina meia-hora depois porque a chuva ataca de novo, é porque o assunto debatido é inesgotável (entretanto, para o MB e para mim a noite só acabou às 3h30 porque estávamos nós a começar a fugir da carga de água quando vejo o meu amigo M.R. dos No Name Boys e tivemos direito a uma visita guiada pela sua sala de convívio com mais discussão sobre o Glorioso pelo meio);
5) Quando sete horas se passam e parecem sete minutos é porque a ocasião é decididamente para ser repetida. No I jantar fomos sete, agora mesmo apesar de algumas baixas de última hora ultrapassámos o dobro, no próximo seremos certamente muitos mais;
6) As caras por detrás dos teclados nem sempre são como nós as imaginávamos, mas a sensação de cumplicidade que se estabelece devido a este Glorioso clube faz com que o conhecimento ao vivo seja apenas um pró-forma (Et Blogirus Unum). Foi um prazer partilhar a mesa com os seguintes bloggers benfiquistas: HMémnon (deste e deste), D'Arcy, TMA (deste e deste), Antitripa (vindo propositadamente da mui nobre e invicta cidade do Porto), T-Rex, MB, Superman Torras (comentador regular ainda sem blog), Laura (deste e deste), Papo-Seco (deste e deste), Corto Maltese e a Anita.
Por tudo isto, resta-me agradecer a quem deu origem a este convívio fantástico: Obrigado, BENFICA!
quarta-feira, novembro 09, 2005
Projecto Resumos – update I
Tal como prometi na semana passada, cá está o update sobre este projecto. Depois de 34 DVDs gravados em HQ (cerca 1h de imagem) e um backup de 17 em SQ (2h), está na altura de fazer um balanço. Neste momento, cheguei ao fim da época 89/90 (a da final da Taça dos Campeões contra o Milan), ou seja tenho oito (das 23) épocas transcritas. A qualidade da imagem do velho Betamax ainda é bastante aceitável (como se pode ver neste post do D’Arcy ou nas memórias do TMA) considerando o facto de que as cassetes não são vistas praticamente desde a altura da sua gravação e de que as condições de armazenamento não são as ideais (gostaria muito de ser o ANIM, mas infelizmente não há verba para isso… :-). Ao fazer o índice dos conteúdos de cada um dos DVDs tenho aproveitado para rever algumas imagens que fazem parte do meu imaginário benfiquista (e não só) desde 1982. Com efeito, para além dos resumos do Glorioso (que incluem todas as finais da Taça dos Campeões em que participámos e alguns jogos importantes desde os anos 60), as cassetes têm igualmente resumos da maioria (para não dizer totalidade) dos jogos oficiais da Selecção Nacional, das finais das competições europeias, dos Europeus e Mundiais de futebol e outros marcos importantes do desporto português, como por exemplo as conquistas olímpicas, mundiais e europeias do Carlos Lopes e Rosa Mota.
Por outro lado, esta visualização ajudou-me a dissipar uma dúvida que este post me tinha lançado. Qual seria o melhor guarda-redes do Benfica que eu tenha visto ao vivo: Bento ou Preud’Homme? O Preud’Homme foi considerado o melhor guarda-redes do Mundial 94, mas o Bento era o Bento, um dos melhores de sempre do Benfica e capitão durante alguns anos. E nisto de escolher o melhor, a mística e a influência sobre a equipa é definitivamente um ponto a considerar. Só que não me lembrava de um pequeno pormenor: o Bento dava o seu franguito de vez em quando, ao contrário do Preud’Homme. Para além disso, por vezes perdia a cabeça e isso geralmente custava-nos caro (o soco ao Manuel Fernandes em 81/82, ou no estádio do clube regional em 82/83 quando já com a bola nas mãos passou uma rasteira ao Walsh, mas redimiu-se ao defender o penalty). Portanto, fiquei sem dúvidas: o Preud’Homme foi o melhor de todos.
Voltando às gravações, da época de 81/82 tenho muito poucos resumos: oito em 30 para o campeonato (mas está lá o tal jogo do soco e também a vitória frente ao clube regional em casa), três em sete para a Taça de Portugal (incluindo a nossa vitória em casa do clube regional já no prolongamento com um grande golo do Néné) e os dois jogos frente ao Bayern Munique para a Taça dos Campeões. Como os resumos não foram gravados de forma sistemática, esta época não entra para a estatística geral que a seguir apresento dos jogos do Benfica (resumos gravados/jogos efectuados).
82/83.................83/84................84/85
Camp: 26/30........Camp: 27/30........Camp: 26/30
T. Port: 5/7.........T.Port: 3/4..........T. Port: 6/7
T. Uefa: 11/12......T. Camp: 6/6.......T. Camp: 4/4
........................Supert: 2/2..........Supert:3/4
Total: 86%...........Total: 90%...........Total: 87%
85/86.................86/87................87/88
Camp: 27/30........Camp: 29/30........Camp: 33/38
T. Port: 6/8.........T.Port: 7/8..........T. Port: 3/7
T. Taças: 4/4.......T. Taças: 3/4.......T. Camp: 8/8
Supert: 2/2..........Supert: 2/2.........Supert: 2/2
Total: 87%...........Total: 93%...........Total: 84%
88/89...................89/90
Camp: 37/38..........Camp: 34/34
T. Port: 4/6...........T.Port: 2/2
T. Uefa: 4/4...........T. Camp: 9/9
...........................Supert: 2/2
Total: 94%.............Total: 100%
P.S. - Quem quiser o índice detalhado dos conteúdos de cada um dos DVDs é favor enviar-me um email ou requisitá-lo nos comentários.
Por outro lado, esta visualização ajudou-me a dissipar uma dúvida que este post me tinha lançado. Qual seria o melhor guarda-redes do Benfica que eu tenha visto ao vivo: Bento ou Preud’Homme? O Preud’Homme foi considerado o melhor guarda-redes do Mundial 94, mas o Bento era o Bento, um dos melhores de sempre do Benfica e capitão durante alguns anos. E nisto de escolher o melhor, a mística e a influência sobre a equipa é definitivamente um ponto a considerar. Só que não me lembrava de um pequeno pormenor: o Bento dava o seu franguito de vez em quando, ao contrário do Preud’Homme. Para além disso, por vezes perdia a cabeça e isso geralmente custava-nos caro (o soco ao Manuel Fernandes em 81/82, ou no estádio do clube regional em 82/83 quando já com a bola nas mãos passou uma rasteira ao Walsh, mas redimiu-se ao defender o penalty). Portanto, fiquei sem dúvidas: o Preud’Homme foi o melhor de todos.
Voltando às gravações, da época de 81/82 tenho muito poucos resumos: oito em 30 para o campeonato (mas está lá o tal jogo do soco e também a vitória frente ao clube regional em casa), três em sete para a Taça de Portugal (incluindo a nossa vitória em casa do clube regional já no prolongamento com um grande golo do Néné) e os dois jogos frente ao Bayern Munique para a Taça dos Campeões. Como os resumos não foram gravados de forma sistemática, esta época não entra para a estatística geral que a seguir apresento dos jogos do Benfica (resumos gravados/jogos efectuados).
82/83.................83/84................84/85
Camp: 26/30........Camp: 27/30........Camp: 26/30
T. Port: 5/7.........T.Port: 3/4..........T. Port: 6/7
T. Uefa: 11/12......T. Camp: 6/6.......T. Camp: 4/4
........................Supert: 2/2..........Supert:3/4
Total: 86%...........Total: 90%...........Total: 87%
85/86.................86/87................87/88
Camp: 27/30........Camp: 29/30........Camp: 33/38
T. Port: 6/8.........T.Port: 7/8..........T. Port: 3/7
T. Taças: 4/4.......T. Taças: 3/4.......T. Camp: 8/8
Supert: 2/2..........Supert: 2/2.........Supert: 2/2
Total: 87%...........Total: 93%...........Total: 84%
88/89...................89/90
Camp: 37/38..........Camp: 34/34
T. Port: 4/6...........T.Port: 2/2
T. Uefa: 4/4...........T. Camp: 9/9
...........................Supert: 2/2
Total: 94%.............Total: 100%
P.S. - Quem quiser o índice detalhado dos conteúdos de cada um dos DVDs é favor enviar-me um email ou requisitá-lo nos comentários.
segunda-feira, novembro 07, 2005
Erros grosseiros
Tal como disse o nosso treinador, não ganhámos ao Rio Ave muito por culpa própria, mas já é a segunda jornada consecutiva em que equívocos de um fiscal-de-linha nos custam uma vitória. No entanto, pelo que ambas as equipas produziram, o empate 2-2 seria justo não fosse o segundo golo do Rio Ave ter sido obtido na sequência de um claríssimo fora-de-jogo. O Rio Ave, ao invés do Gil Vicente, fez um jogo honesto, a trocar bem a bola entre os seus jogadores, sem constantes perdas de tempo e sem fazer pontaria às pernas dos nossos jogadores. Foi até agora a equipa adversária que melhor futebol praticou na Luz.
Sem o Simão (que sem estar em condições nunca deveria ter jogado contra o Villarreal) pela segunda vez consecutiva para o campeonato, o Koeman resolveu deixar o Manuel Fernandes e o Karyaka no banco e colocar o Beto e o João Pereira de início. Não percebi. Segundo o nosso treinador, a justificação para a não–titularidade do Manuel Fernandes é que ele é muito jovem, fez muitos jogos seguidos e estava muito cansado. Ora bem, um jogador com 19 anos não estará mais capacitado para resistir a uma série de jogos seguidos do que um de 30? Além disso, é impressão minha ou os campeonatos vão parar para a semana? Será que o Koeman quis poupar o Manuel Fernandes para o play-off dos Sub-21? Incompreensível... Quanto ao João Pereira, não se justifica a sua titularidade no lado direito do ataque num jogo em casa, ainda para mais com o Karagounis como nº 10. Como já aqui e noutros pontos da blogosfera benfiquista se escreveu, com o Karagounis naquela posição o Nuno Gomes fica muito desacompanhado no ataque, já que o grego tem tendência a vir atrás buscar a bola em vez de dar apoio ao ponta-de-lança e se constituir como segundo avançado. Assim sendo, não espanta que o nosso jogo tenha sido algo fraco e muito pouco fluido.
Ainda assim, tivemos o azar de sofrer dois golos em dois dos três remates que o Rio Ave fez à nossa baliza. Tal como na semana passada, um ligeiro desvio de um nosso defesa (neste caso, a cabeça do Luisão) fez com que o Rui Nereu não defendesse o remate do 1º golo. Foi um desvio tão subtil que só deu para reparar na repetição do lance no ângulo inverso na televisão, mas foi o suficiente para o Rui Nereu não poder chegar à bola. Conseguimos empatar num livre do Petit na sequência de uma falta sobre o Karagounis quase em cima da linha de grande-área. No estádio pareceu-me falta, mas não penalty (havia essa dúvida), só que estava a ouvir rádio e disseram que não tinha sido falta. No entanto, confirmei mais tarde pela televisão e houve MESMO falta (deveria ter suspeitado do antibenfiquismo típico da TSF). Há um toque na perna direita do Karagounis que o derruba, pelo que as afirmações do treinador do Rio Ave a contestar a legalidade do lance são injustificadas. A magnífica equipa de arbitragem liderada pelo Sr. Paulo Pereira já tinha assinalado anteriormente um fora-de-jogo inexistente ao Léo (que ficaria isolado) e mesmo no final da 1ª parte conseguiu não ver (ou não querer ver) o corte com a mão de um defensor na barreira a um livre do Karagounis. Mau demais para ser verdade...
Na 2ª parte, o mesmo fiscal-de-linha (Sr. José Carlos Santos) que assinalou o tal fora-de-jogo inexistente, não assinalou outro em que o jogador do Rio Ave está meio metro plantado à frente da nossa defesa, no lance de que resultaria o 2º golo do Rio Ave. Uma coisa é um lance em que os jogadores estão a correr e o fora-de-jogo é milimétrico, outra é um como este em que o jogador está parado na grande-área bem à frente dos defesas. Inacreditável... Ao contrário do que sucedeu em jogos anteriores quando estivemos em desvantagem, a nossa reacção neste não foi nada boa. A equipa pareceu cansada (7º jogo em 23 dias, não esqueçamos) e à falta dos jogadores referidos acrescente-se o jogo menos conseguido do Nélson e um Nuno Gomes muito marcado que justificam muito da nossa inoperância. Mesmo assim, conseguimos empatar novamente noutro livre do Petit a cinco minutos do fim. No estádio fiquei com a sensação de que não tinha sido falta sobre o Mantorras, mas mais tarde na televisão verifiquei que a falta existiu mesmo (o angolano foi agarrado pelo Idalécio). Até ao fim poderíamos ter sofrido mais um golo, no terceiro remate do Rio Ave (uma cabeçada na sequência de um canto, em que os nossos defesas se esqueceram do avançado), mas poderíamos igualmente ter marcado num remate fabuloso do Nuno Assis que passou a rasar a barra. Gostei de ver no final do jogo a equipa recolher aos balneários sem a assobiadela que costuma caracterizar os resultados negativos nosso estádio. Os adeptos estavam desiludidos com o desfecho do jogo, mas continuam com a equipa.
Os nossos rivais não tiveram tanta sorte como nós nos seus jogos. Em Paços de Ferreira, o clube regional demonstrou a vantagem de poder jogar com dois guarda-redes. Para além de o Vítor Baía ser o único guardião no mundo que pode defender com as mãos fora-de-área sem ser expulso, agora temos o César Peixoto que pode cortar bolas com a mão dentro da área sem ser assinalado o respectivo penalty (que poderia ter dado o 1-1 na altura). Na 2ª parte, há um golo anulado ao clube regional por um fora-de-jogo mal assinalado (deve ter sido em jeito de compensação). Em Alvalade assistimos ao ESCÂNDALO do ano! Se os lagartos tiverem um pouco de decência e vergonha na cara (eu sei que é difícil...) nunca mais falarão em “levados em colo” pelo menos até ao final do ano. Como é que um guarda-redes pode estar com as costas quase a bater na rede do fundo da sua baliza, esticar a mãos e defender uma bola em cima da linha de golo? Será o Ricardo o novo Plastic Man? Segundo o fiscal-de-linha António Neiva, sim. A bola estava mais de meio metro dentro da baliza e o golo que daria o empate ao União de Leiria não foi sancionado. Hão-de me dizer quando é que o Benfica teve um lance tão escandaloso como este decidido a nosso favor... E depois os grandes escândalos aconteceram no ano passado quando o Estoril mudou o lugar do jogo frente ao Benfica para não fazer as figuras tristes do V. Setúbal este ano, ou quando um jogador do Belenenses levantou os braços, a bola bateu neles e o árbitro assinalou penalty a nosso favor. Tenham dó...!
A brincar a brincar, nós temos menos quatro pontos em dois jogos e outros têm mais do que deveriam. Assim se ganham e perdem campeonatos...
Sem o Simão (que sem estar em condições nunca deveria ter jogado contra o Villarreal) pela segunda vez consecutiva para o campeonato, o Koeman resolveu deixar o Manuel Fernandes e o Karyaka no banco e colocar o Beto e o João Pereira de início. Não percebi. Segundo o nosso treinador, a justificação para a não–titularidade do Manuel Fernandes é que ele é muito jovem, fez muitos jogos seguidos e estava muito cansado. Ora bem, um jogador com 19 anos não estará mais capacitado para resistir a uma série de jogos seguidos do que um de 30? Além disso, é impressão minha ou os campeonatos vão parar para a semana? Será que o Koeman quis poupar o Manuel Fernandes para o play-off dos Sub-21? Incompreensível... Quanto ao João Pereira, não se justifica a sua titularidade no lado direito do ataque num jogo em casa, ainda para mais com o Karagounis como nº 10. Como já aqui e noutros pontos da blogosfera benfiquista se escreveu, com o Karagounis naquela posição o Nuno Gomes fica muito desacompanhado no ataque, já que o grego tem tendência a vir atrás buscar a bola em vez de dar apoio ao ponta-de-lança e se constituir como segundo avançado. Assim sendo, não espanta que o nosso jogo tenha sido algo fraco e muito pouco fluido.
Ainda assim, tivemos o azar de sofrer dois golos em dois dos três remates que o Rio Ave fez à nossa baliza. Tal como na semana passada, um ligeiro desvio de um nosso defesa (neste caso, a cabeça do Luisão) fez com que o Rui Nereu não defendesse o remate do 1º golo. Foi um desvio tão subtil que só deu para reparar na repetição do lance no ângulo inverso na televisão, mas foi o suficiente para o Rui Nereu não poder chegar à bola. Conseguimos empatar num livre do Petit na sequência de uma falta sobre o Karagounis quase em cima da linha de grande-área. No estádio pareceu-me falta, mas não penalty (havia essa dúvida), só que estava a ouvir rádio e disseram que não tinha sido falta. No entanto, confirmei mais tarde pela televisão e houve MESMO falta (deveria ter suspeitado do antibenfiquismo típico da TSF). Há um toque na perna direita do Karagounis que o derruba, pelo que as afirmações do treinador do Rio Ave a contestar a legalidade do lance são injustificadas. A magnífica equipa de arbitragem liderada pelo Sr. Paulo Pereira já tinha assinalado anteriormente um fora-de-jogo inexistente ao Léo (que ficaria isolado) e mesmo no final da 1ª parte conseguiu não ver (ou não querer ver) o corte com a mão de um defensor na barreira a um livre do Karagounis. Mau demais para ser verdade...
Na 2ª parte, o mesmo fiscal-de-linha (Sr. José Carlos Santos) que assinalou o tal fora-de-jogo inexistente, não assinalou outro em que o jogador do Rio Ave está meio metro plantado à frente da nossa defesa, no lance de que resultaria o 2º golo do Rio Ave. Uma coisa é um lance em que os jogadores estão a correr e o fora-de-jogo é milimétrico, outra é um como este em que o jogador está parado na grande-área bem à frente dos defesas. Inacreditável... Ao contrário do que sucedeu em jogos anteriores quando estivemos em desvantagem, a nossa reacção neste não foi nada boa. A equipa pareceu cansada (7º jogo em 23 dias, não esqueçamos) e à falta dos jogadores referidos acrescente-se o jogo menos conseguido do Nélson e um Nuno Gomes muito marcado que justificam muito da nossa inoperância. Mesmo assim, conseguimos empatar novamente noutro livre do Petit a cinco minutos do fim. No estádio fiquei com a sensação de que não tinha sido falta sobre o Mantorras, mas mais tarde na televisão verifiquei que a falta existiu mesmo (o angolano foi agarrado pelo Idalécio). Até ao fim poderíamos ter sofrido mais um golo, no terceiro remate do Rio Ave (uma cabeçada na sequência de um canto, em que os nossos defesas se esqueceram do avançado), mas poderíamos igualmente ter marcado num remate fabuloso do Nuno Assis que passou a rasar a barra. Gostei de ver no final do jogo a equipa recolher aos balneários sem a assobiadela que costuma caracterizar os resultados negativos nosso estádio. Os adeptos estavam desiludidos com o desfecho do jogo, mas continuam com a equipa.
Os nossos rivais não tiveram tanta sorte como nós nos seus jogos. Em Paços de Ferreira, o clube regional demonstrou a vantagem de poder jogar com dois guarda-redes. Para além de o Vítor Baía ser o único guardião no mundo que pode defender com as mãos fora-de-área sem ser expulso, agora temos o César Peixoto que pode cortar bolas com a mão dentro da área sem ser assinalado o respectivo penalty (que poderia ter dado o 1-1 na altura). Na 2ª parte, há um golo anulado ao clube regional por um fora-de-jogo mal assinalado (deve ter sido em jeito de compensação). Em Alvalade assistimos ao ESCÂNDALO do ano! Se os lagartos tiverem um pouco de decência e vergonha na cara (eu sei que é difícil...) nunca mais falarão em “levados em colo” pelo menos até ao final do ano. Como é que um guarda-redes pode estar com as costas quase a bater na rede do fundo da sua baliza, esticar a mãos e defender uma bola em cima da linha de golo? Será o Ricardo o novo Plastic Man? Segundo o fiscal-de-linha António Neiva, sim. A bola estava mais de meio metro dentro da baliza e o golo que daria o empate ao União de Leiria não foi sancionado. Hão-de me dizer quando é que o Benfica teve um lance tão escandaloso como este decidido a nosso favor... E depois os grandes escândalos aconteceram no ano passado quando o Estoril mudou o lugar do jogo frente ao Benfica para não fazer as figuras tristes do V. Setúbal este ano, ou quando um jogador do Belenenses levantou os braços, a bola bateu neles e o árbitro assinalou penalty a nosso favor. Tenham dó...!
A brincar a brincar, nós temos menos quatro pontos em dois jogos e outros têm mais do que deveriam. Assim se ganham e perdem campeonatos...
sábado, novembro 05, 2005
Lembrete – II Jantar de Bloguiquistas
É só para relembrar os mais distraídos que falta uma semana para o jantar de bloggers benfiquistas, cujos detalhes podem ser encontrados aqui. Neste momento, temos as seguintes pessoas inscritas: HMémnon, D’Arcy, TMA, Ry, Álvaro de Campos, T-Rex, Superman Torras e Papo-Seco. Quase certos no jantar estão também o Antitripa, o Quetzal Guzman, o MB e a Anita. Ficaram de confirmar a sua presença o Gwaihir, a equipa do Mar Vermelho, o Plaka, o Guitarrista, o Corto Maltese e as Catarinas. Infelizmente não vão poder estar connosco a Magnolia Azul, o FPVC e o TMC.
Agradecia as confirmações e outras inscrições (vamos lá, há muita gente aí na coluna da esquerda que ainda não me respondeu) até à próxima 6ª feira, dia 11, às 18h. O email é naosemencioneoexcremento@hotmail.com. Relembrando: o jantar é no sábado, dia 12, às 20h na Catedral da Cerveja dentro do Estádio da Luz. VIVA O BENFICA!
Agradecia as confirmações e outras inscrições (vamos lá, há muita gente aí na coluna da esquerda que ainda não me respondeu) até à próxima 6ª feira, dia 11, às 18h. O email é naosemencioneoexcremento@hotmail.com. Relembrando: o jantar é no sábado, dia 12, às 20h na Catedral da Cerveja dentro do Estádio da Luz. VIVA O BENFICA!
quinta-feira, novembro 03, 2005
Imerecido
No duelo de estatísticas entre a equipa que não perde fora para as competições europeias há mais de um ano e a equipa que nunca tinha perdido em casa contra espanhóis foram aqueles que ganharam. Pela segunda vez em quatro dias o futebol foi ingrato para connosco. Não merecíamos ter empatado com a Naval e não merecíamos ter perdido com o Villarreal. Infelizmente, um frango do Rui Nereu aos 81 minutos deu aos espanhóis uma vitória com a qual já nem eles próprios contavam naquela altura.
Ao contrário do que tem sido habitual na Liga dos Campeões, entrámos muito mal no jogo. A 1ª parte foi totalmente do Villarreal, que teve dois lances de perigo: um remate do Forlán que passou ao lado e um do Riquelme que o Rui Nereu defendeu. Quanto a nós, com o Karagounis em campo em vez do Karyaka, o Nuno Gomes fica muito mais desacompanhado na frente, e com o Simão a 50% e a intermitência habitual do Geovanni não criámos uma verdadeira oportunidade de golo. O Villarreal melhorou imenso em relação ao jogo de há 15 dias e muito disso se deveu ao Josico e ao Senna (o “Petit” e o “Manuel Fernandes” deles) que, ao contrário da outra vez, estavam ambos disponíveis (no outro jogo, só o Jozico entrou e apenas na 2ª parte, e viu-se a diferença). Ainda por cima, foi um remate do Senna que decidiu a partida.
Na 2ª parte o jogo foi completamente diferente. Estivemos muito melhor, mais pressionantes e rápidos sobre a bola, e o Villarreal apostou tudo no contra-ataque. Infelizmente, não tivemos a sorte da Naval e o fiscal-de-linha anulou um golo ao Nuno Gomes por fora-de-jogo milimétrico, num lance igualzinho ao de sábado. Pouco depois criámos a melhor oportunidade de golo de todo o encontro quando o Nuno Gomes, descaído sobre a direita na grande-área, remata à figura do guarda-redes na sequência de uma óptima abertura do Petit. Com as entradas do Mantorras e do João Pereira (para os lugares do extenuado Karagounis e do Geovanni) a mensagem que veio do banco foi clara: o jogo era para ganhar! No entanto, a menos de 10 min. do fim o inesperado acontece. Num remate a 35 m da baliza, o Villarreal conta com a colaboração do Rui Nereu e coloca-se em vantagem. É certo que ninguém saiu ao caminho do Senna, permitindo-lhe rematar completamente à vontade, mas também estava a mais de três dezenas de metros da baliza! Não vamos crucificar um jovem de 19 anos, mas é óbvio que tem muitas culpas no golo (será que se o Quim tivesse sido operado quando devia, logo a seguir ao jogo em Villarreal, não estaria já disponível para jogar ontem?). Até ao fim do encontro demos mais uma prova de que somos uma grande equipa. Depois de o Koeman ter tirado um defesa (Anderson) e colocado um médio-ofensivo (Nuno Assis) - numa substituição que seria mais provável o clube regional ter respeito pelos adversários do que o Trapattoni a fazer - fomos para cima do Villarreal e tivemos dois lances que poderiam ter dado o empate: um remate do Petit que passou a rasar o poste e mesmo no último minuto uma boa jogada atacante que permitiu ao Léo ficar à vontade na grande-área e rematar, mas para nosso azar a bola foi interceptada por um defesa quando seguia na direcção da baliza.
Ficou demonstrado que a falta do Miccoli e o Simão a 50% nos fazem perder muito poder de fogo. Para complicar ainda mais as coisas, o Nélson deve ter feito o seu pior jogo com a camisola do Benfica em termos de cruzamentos, não tendo acertado um único da meia-dúzia que fez (acontece...). O meio-campo andou aos papéis na 1ª parte, mas recompôs-se na 2ª e o Nuno Gomes, muito desacompanhado, está com a pontaria afinada só a nível interno. Não percebi a titularidade do Anderson (com duas fífias nos dois últimos jogos deveria ter ficado no banco), que teve um grande erro ao deixar-se bater pelo Forlán no tal lance de perigo na 1ª parte. O Luisão esteve imperial como habitualmente, mas o melhor do Benfica foi o Léo. Que grande defesa-esquerdo! Não só se limita a defender como também cria bastante perigo quando avança no terreno.
Com a vitória do Lille frente ao Manchester, descemos para último lugar no grupo, mas a apenas dois pontos do 1º. Estamos no grupo mais equilibrado da Liga dos Campeões, mas temos impreterivelmente que ganhar em Paris daqui a três semanas. Nem o empate serve, já que se empatarmos continuaremos em último. De qualquer dos modos, o jogo frente ao Manchester vai ser decisivo para a nossa continuidade nas competições europeias (Champions ou Uefa) e seria muito frustrante se ficássemos de fora com o futebol que temos vindo a apresentar. A ilação a tirar deve ser “não deixes para amanhã o que podes fazer hoje” e o nosso calculismo em Macnhester e Villarreal (“o empate basta, é um bom resultado fora de casa”) pode vir a sair-nos muito caro. Poderíamos, e deveríamos, ter feito mais para ganhar esses dois jogos (a realidade mostrou que estavam ambos ao nosso alcance) e, assim sendo, um remate a 35 m a oito minutos do fim já não teria feito tanta mossa. Mas vamos ter fé! Estamos a jogar bastante bem e a sorte não nos pode ser sempre tão madrasta.
Ao contrário do que tem sido habitual na Liga dos Campeões, entrámos muito mal no jogo. A 1ª parte foi totalmente do Villarreal, que teve dois lances de perigo: um remate do Forlán que passou ao lado e um do Riquelme que o Rui Nereu defendeu. Quanto a nós, com o Karagounis em campo em vez do Karyaka, o Nuno Gomes fica muito mais desacompanhado na frente, e com o Simão a 50% e a intermitência habitual do Geovanni não criámos uma verdadeira oportunidade de golo. O Villarreal melhorou imenso em relação ao jogo de há 15 dias e muito disso se deveu ao Josico e ao Senna (o “Petit” e o “Manuel Fernandes” deles) que, ao contrário da outra vez, estavam ambos disponíveis (no outro jogo, só o Jozico entrou e apenas na 2ª parte, e viu-se a diferença). Ainda por cima, foi um remate do Senna que decidiu a partida.
Na 2ª parte o jogo foi completamente diferente. Estivemos muito melhor, mais pressionantes e rápidos sobre a bola, e o Villarreal apostou tudo no contra-ataque. Infelizmente, não tivemos a sorte da Naval e o fiscal-de-linha anulou um golo ao Nuno Gomes por fora-de-jogo milimétrico, num lance igualzinho ao de sábado. Pouco depois criámos a melhor oportunidade de golo de todo o encontro quando o Nuno Gomes, descaído sobre a direita na grande-área, remata à figura do guarda-redes na sequência de uma óptima abertura do Petit. Com as entradas do Mantorras e do João Pereira (para os lugares do extenuado Karagounis e do Geovanni) a mensagem que veio do banco foi clara: o jogo era para ganhar! No entanto, a menos de 10 min. do fim o inesperado acontece. Num remate a 35 m da baliza, o Villarreal conta com a colaboração do Rui Nereu e coloca-se em vantagem. É certo que ninguém saiu ao caminho do Senna, permitindo-lhe rematar completamente à vontade, mas também estava a mais de três dezenas de metros da baliza! Não vamos crucificar um jovem de 19 anos, mas é óbvio que tem muitas culpas no golo (será que se o Quim tivesse sido operado quando devia, logo a seguir ao jogo em Villarreal, não estaria já disponível para jogar ontem?). Até ao fim do encontro demos mais uma prova de que somos uma grande equipa. Depois de o Koeman ter tirado um defesa (Anderson) e colocado um médio-ofensivo (Nuno Assis) - numa substituição que seria mais provável o clube regional ter respeito pelos adversários do que o Trapattoni a fazer - fomos para cima do Villarreal e tivemos dois lances que poderiam ter dado o empate: um remate do Petit que passou a rasar o poste e mesmo no último minuto uma boa jogada atacante que permitiu ao Léo ficar à vontade na grande-área e rematar, mas para nosso azar a bola foi interceptada por um defesa quando seguia na direcção da baliza.
Ficou demonstrado que a falta do Miccoli e o Simão a 50% nos fazem perder muito poder de fogo. Para complicar ainda mais as coisas, o Nélson deve ter feito o seu pior jogo com a camisola do Benfica em termos de cruzamentos, não tendo acertado um único da meia-dúzia que fez (acontece...). O meio-campo andou aos papéis na 1ª parte, mas recompôs-se na 2ª e o Nuno Gomes, muito desacompanhado, está com a pontaria afinada só a nível interno. Não percebi a titularidade do Anderson (com duas fífias nos dois últimos jogos deveria ter ficado no banco), que teve um grande erro ao deixar-se bater pelo Forlán no tal lance de perigo na 1ª parte. O Luisão esteve imperial como habitualmente, mas o melhor do Benfica foi o Léo. Que grande defesa-esquerdo! Não só se limita a defender como também cria bastante perigo quando avança no terreno.
Com a vitória do Lille frente ao Manchester, descemos para último lugar no grupo, mas a apenas dois pontos do 1º. Estamos no grupo mais equilibrado da Liga dos Campeões, mas temos impreterivelmente que ganhar em Paris daqui a três semanas. Nem o empate serve, já que se empatarmos continuaremos em último. De qualquer dos modos, o jogo frente ao Manchester vai ser decisivo para a nossa continuidade nas competições europeias (Champions ou Uefa) e seria muito frustrante se ficássemos de fora com o futebol que temos vindo a apresentar. A ilação a tirar deve ser “não deixes para amanhã o que podes fazer hoje” e o nosso calculismo em Macnhester e Villarreal (“o empate basta, é um bom resultado fora de casa”) pode vir a sair-nos muito caro. Poderíamos, e deveríamos, ter feito mais para ganhar esses dois jogos (a realidade mostrou que estavam ambos ao nosso alcance) e, assim sendo, um remate a 35 m a oito minutos do fim já não teria feito tanta mossa. Mas vamos ter fé! Estamos a jogar bastante bem e a sorte não nos pode ser sempre tão madrasta.
domingo, outubro 30, 2005
Injustiça na Figueira da Foz
É uma frase feita, mas é verdade: se houvesse justiça no futebol, o Benfica teria ganho o jogo contra a Naval. Como não há, tivemos que nos contentar com um empate 1-1 depois de sofrermos um golo (irregular) a 20 minutos do fim. Quando ouvi a equipa inicial fiquei um pouco apreensivo, já que, perante a ausência do Simão e Geovanni, o Koeman optou por utilizar dois defesas (João Pereira e Léo) na posição de extremos. Em teoria entrámos com seis defesas em campo, mas o tipo de futebol que praticámos desmentiu todos os receios defensivos que os adeptos pudessem ter. É claro que se notou a falta do Simão e Geovanni (não nos esqueçamos que, juntamente com a falta do guarda-redes, a do Miccoli e ainda com o Karagounis no banco, estavam cinco titulares de fora), mas estamos de facto a jogar muito bem. Fomos superiores durante quase toda a partida e só não ganhámos por manifesta infelicidade (e, já agora, um dedinho da arbitragem).
Para além da falta dos jogadores referidos, ainda nos tivemos que deparar com um dilúvio, que já não acontecia há dois anos. Sim, o campo estava igual para os dois, mas é óbvio que a equipa mais prejudicada é aquela que tem que construir lances atacantes. Ainda assim, na 1ª parte tivemos uma ocasião claríssima de golo quando o Anderson atira por cima da barra a dois (!) metros da baliza, depois de um remate do Nuno Gomes na sequência de um livre do Manuel Fernandes, que o guarda-redes defendeu com dificuldade para a frente. A Naval também teve uma boa oportunidade, com um remate de cabeça ao lado, na única falha do Nélson em toda a partida, quando se deixou antecipar por um adversário.
Na 2ª parte jogámos com maior velocidade e, com as entradas do Mantorras e Nuno Assis (não percebi a saída do Karyaka, que até nem estava a ser dos piores, e a manutenção do João Pereira na equipa), fomos ainda mais pressionantes. Só que o balde de água fria surgiu aos 70 minutos. Numa inacreditável perda de bola do Petit a meio-campo, a Naval faz um contra-ataque e o Bruno Fogaça (de longe, o melhor jogador deles) é lançado em velocidade, só que está ligeiramente adiantado em relação ao Anderson. Curiosamente (ou talvez não…) o fiscal-de-linha do Sr. António Costa nada assinala e a Naval marca num lance em que o Anderson é mal batido pelo Fogaça (com a simulação deste, sai disparado pela linha-de-fundo e dá o interior do campo a um jogador esquerdino no lado direito do ataque; duvido que o Ricardo Rocha, que tinha sido substituído, tivesse permitido isto) e em que a bola ressalta num jogador nosso e passa por baixo das pernas do Rui Nereu (que, caso contrário, estou convencido teria defendido com o pé). No entanto, felizmente temos um defesa como o Nélson e um ponta-de-lança como o Nuno Gomes. O primeiro é um perigo sobre a linha e centra como poucos, e o segundo está numa forma fantástica e já tem nove golos em nove jogos. Ambos impediram aquilo que teria sido uma das maiores injustiças que já se teria visto em jogos de futebol. Até ao fim da partida a nossa pressão foi enorme e ainda tivemos oportunidades para ganhá-la, mas infelizmente não o conseguimos. Deste modo, não aproveitámos o deslize do clube regional, que empatou em casa com o V. Setúbal, para o ultrapassar na classificação (de qualquer maneira, a diferença na forma como nós e eles acabámos os respectivos jogos foi directamente proporcional à diferença entre o desportivismo e o clube regional).
Resta agora descansarmos bem e recuperarmos o Simão e o Quim para o decisivo jogo da próxima 4ª feira frente ao Villarreal. Ainda por cima, o Manchester está numa fase péssima (perdeu 4-1 frente ao Middlesbrough neste fim-de-semana) e não deve ganhar na casa do Lille. Assim sendo, e como as quatro equipas estão todas muito próximas (2, 3, 4 e 5 pontos), todas elas ainda devem ter possibilidades de qualificação para os oitavos-de-final depois desta jornada. Por causa disto, estes três pontos são importantíssimos para nos tornarmos um dos favoritos a este objectivo. Espero que os benfiquistas tenham consciência disto e não repitam a vergonhosa assistência do jogo contra o Lille. Estamos a jogar um futebol como já não se via há uns bons anos pelo que a equipa mais que merece que o estádio esteja cheio.
Para além da falta dos jogadores referidos, ainda nos tivemos que deparar com um dilúvio, que já não acontecia há dois anos. Sim, o campo estava igual para os dois, mas é óbvio que a equipa mais prejudicada é aquela que tem que construir lances atacantes. Ainda assim, na 1ª parte tivemos uma ocasião claríssima de golo quando o Anderson atira por cima da barra a dois (!) metros da baliza, depois de um remate do Nuno Gomes na sequência de um livre do Manuel Fernandes, que o guarda-redes defendeu com dificuldade para a frente. A Naval também teve uma boa oportunidade, com um remate de cabeça ao lado, na única falha do Nélson em toda a partida, quando se deixou antecipar por um adversário.
Na 2ª parte jogámos com maior velocidade e, com as entradas do Mantorras e Nuno Assis (não percebi a saída do Karyaka, que até nem estava a ser dos piores, e a manutenção do João Pereira na equipa), fomos ainda mais pressionantes. Só que o balde de água fria surgiu aos 70 minutos. Numa inacreditável perda de bola do Petit a meio-campo, a Naval faz um contra-ataque e o Bruno Fogaça (de longe, o melhor jogador deles) é lançado em velocidade, só que está ligeiramente adiantado em relação ao Anderson. Curiosamente (ou talvez não…) o fiscal-de-linha do Sr. António Costa nada assinala e a Naval marca num lance em que o Anderson é mal batido pelo Fogaça (com a simulação deste, sai disparado pela linha-de-fundo e dá o interior do campo a um jogador esquerdino no lado direito do ataque; duvido que o Ricardo Rocha, que tinha sido substituído, tivesse permitido isto) e em que a bola ressalta num jogador nosso e passa por baixo das pernas do Rui Nereu (que, caso contrário, estou convencido teria defendido com o pé). No entanto, felizmente temos um defesa como o Nélson e um ponta-de-lança como o Nuno Gomes. O primeiro é um perigo sobre a linha e centra como poucos, e o segundo está numa forma fantástica e já tem nove golos em nove jogos. Ambos impediram aquilo que teria sido uma das maiores injustiças que já se teria visto em jogos de futebol. Até ao fim da partida a nossa pressão foi enorme e ainda tivemos oportunidades para ganhá-la, mas infelizmente não o conseguimos. Deste modo, não aproveitámos o deslize do clube regional, que empatou em casa com o V. Setúbal, para o ultrapassar na classificação (de qualquer maneira, a diferença na forma como nós e eles acabámos os respectivos jogos foi directamente proporcional à diferença entre o desportivismo e o clube regional).
Resta agora descansarmos bem e recuperarmos o Simão e o Quim para o decisivo jogo da próxima 4ª feira frente ao Villarreal. Ainda por cima, o Manchester está numa fase péssima (perdeu 4-1 frente ao Middlesbrough neste fim-de-semana) e não deve ganhar na casa do Lille. Assim sendo, e como as quatro equipas estão todas muito próximas (2, 3, 4 e 5 pontos), todas elas ainda devem ter possibilidades de qualificação para os oitavos-de-final depois desta jornada. Por causa disto, estes três pontos são importantíssimos para nos tornarmos um dos favoritos a este objectivo. Espero que os benfiquistas tenham consciência disto e não repitam a vergonhosa assistência do jogo contra o Lille. Estamos a jogar um futebol como já não se via há uns bons anos pelo que a equipa mais que merece que o estádio esteja cheio.
sexta-feira, outubro 28, 2005
Azeite Gabriel (Instantâneos I)
A dizer mal do Benfica desde (pelo menos) 1982...
(Para além das relíquias dos resumos em si, uma das curiosidades deste projecto – que será objecto de um post com um update muito proximamente - é poder recordar o aspecto destas grandes figuras do nosso meio audiovisual há 20 anos atrás)
(Para além das relíquias dos resumos em si, uma das curiosidades deste projecto – que será objecto de um post com um update muito proximamente - é poder recordar o aspecto destas grandes figuras do nosso meio audiovisual há 20 anos atrás)
quinta-feira, outubro 27, 2005
O capitão
Estava com bastante receio deste jogo para a Taça contra o Leixões, por várias razões: vimos de uma série de jogos consecutivos de três em três dias; o Leixões adiou o seu jogo do campeonato no passado fim-de-semana e estaria supostamente mais fresco do que nós; como era contra uma equipa da Liga de Honra, havia a possibilidade de o Benfica relaxar e achar que o jogo seria mais fácil; a maioria dos jogadores titulares não iria jogar de início; como estamos num bom momento no campeonato e Liga dos Campeões poderíamos tender a desprezar um pouco a Taça de Portugal. Só que felizmente temos... Simão!
No entanto, entrámos bem no jogo e foi com naturalidade que chegámos ao golo, aliás, a um golaço do Simão que fez um chapéu por cima do guarda-redes. Já antes o Mantorras tinha-se isolado e caído na área num despique com um defesa num lance que me deixou algumas dúvidas. A seguir ao golo, uma grande defesa do guarda-redes impediu que o Karagounis se estreasse a marcar pelo Benfica. No entanto, nunca conseguimos controlar completamente o meio-campo, apesar de o Leixões não ter propriamente criado situações claras de golo. Só que os adversários tinham liberdade de manobra quase até à nossa grande-área, demonstrando que o Petit faz muita falta à equipa, já que o Beto fez uma 1ª parte muito má e não foi o trinco que precisávamos. Aliás, foi numa falta escusada dele (dominou mal uma bola e ajeitou-a com a mão) que o Leixões chegou ao empate na sequência de um livre perto da linha lateral. Um golo que foi um grande frango do Rui Nereu, que não estica o braço e deixa a bola passar-lhe por cima. Sem ter criado perigo, o Leixões chegou ao intervalo empatado.
Na 2ª parte o Leixões deu o berro em termos físicos, o que é muito estranho dado que não jogavam há 15 (!) dias, e começou a fazer faltas sucessivas que quebraram o ritmo da partida. Quanto a nós, só melhorámos com as entradas do Nuno Gomes e Karyaka. Este falhou duas boas oportunidades antes de a cinco minutos o Simão ter resolvido mais um jogo a nosso favor com um golo monumental fora-da-área. Como disse o Trapattoni no ano passado, “graças a Deus que temos o Simão”! O destaque do jogo vai inteirinho para ele, demostrando mais uma vez que é um jogador insubstituível no nosso plantel (nem quero pensar o que sucederá se ele sair em Janeiro...). Jogando bem ou mal, de uma coisa não pode ser acusado: falta de empenho. Aquela camisola chega ao fim do jogo, seja contra a Oliveirense ou seja contra o Manchester United, sempre ensopada em suor. Faz lembrar o João Pinto que, enquanto esteve no Benfica, também nunca vi fazer um frete em campo. E o que é um capitão senão um jogador destes que dá sempre tudo pela camisola que representa e é um exemplo para os companheiros? (Só no clube diferente é que um capitão tenta separar companheiros desavindos num treino e acaba por agredir um deles a soco; ainda bem que nós somos um clube igual). O Manuel Fernandes demonstrou mais uma vez a sua boa forma e o Léo que é bom jogador e em condições normais (ou seja, se não apanharmos muitas vezes o Lucílio Baptista) é dele o lado esquerdo da defesa. Quanto ao resto toda a equipa esteve num nível sofrível: o Rui Nereu teve culpas no golo, mas não teve que fazer nenhuma defesa digna desse nome; o João Pereira, o Beto e o Mantorras não são o Nélson, o Petit ou o Nuno Gomes; o Anderson teve uma falha imperdoável a 10 minutos do fim (deixando-se bater e fazendo com que o adversário se isolasse) que nos ia custando muito caro; o Carlitos continua a não existir (neste momento é um caso perdido e terá de rodar num outro clube para ver se recupera a confiança e demonstra que pode ser útil no futuro, ou então que vai engrossar o rol de “grandes promessas não concretizadas do futebol português”); o Karagounis tem muita classe, mas continua em má forma física. Na ausência do Miccoli, o Karyaka é definitivamente uma opção a ter em conta, porque cria sempre muito perigo na grande-área contrária com as suas entradas vindo detrás e respectivos remates, além de dar muito mais apoio ao ponta-de-lança que o grego.
Na 2ª parte demos sempre a ideia que estávamos à espera do momento certo para a estocada final e livrámo-nos mesmo a tempo de um prolongamento que seria muito prejudicial nesta altura da época. Enfim, não foi brilhante mas conseguimos o mais importante. Sim, porque eu quero estar pela 3ª vez consecutiva no Jamor!
P.S. – Tenho bastante simpatia de Manuel Cajuda (basta ter tido a coragem de ter dito, há uns anos atrás na casa do clube regional, que ia tirar um jogador seu - do Braga - poucos minutos depois de ter sido amarelado, mas que infelizmente não foi a tempo porque o árbitro se antecipou e mostrou-lhe o segundo amarelo logo na jogada seguinte), todavia não compreendo a sua resposta ao Koeman. Eu também acho que o Benfica teve receio em Manchester, mas se a Naval não teve medo do Benfica porque é que adiou o jogo da Taça? Terá sido culpa do Pontassolense?
No entanto, entrámos bem no jogo e foi com naturalidade que chegámos ao golo, aliás, a um golaço do Simão que fez um chapéu por cima do guarda-redes. Já antes o Mantorras tinha-se isolado e caído na área num despique com um defesa num lance que me deixou algumas dúvidas. A seguir ao golo, uma grande defesa do guarda-redes impediu que o Karagounis se estreasse a marcar pelo Benfica. No entanto, nunca conseguimos controlar completamente o meio-campo, apesar de o Leixões não ter propriamente criado situações claras de golo. Só que os adversários tinham liberdade de manobra quase até à nossa grande-área, demonstrando que o Petit faz muita falta à equipa, já que o Beto fez uma 1ª parte muito má e não foi o trinco que precisávamos. Aliás, foi numa falta escusada dele (dominou mal uma bola e ajeitou-a com a mão) que o Leixões chegou ao empate na sequência de um livre perto da linha lateral. Um golo que foi um grande frango do Rui Nereu, que não estica o braço e deixa a bola passar-lhe por cima. Sem ter criado perigo, o Leixões chegou ao intervalo empatado.
Na 2ª parte o Leixões deu o berro em termos físicos, o que é muito estranho dado que não jogavam há 15 (!) dias, e começou a fazer faltas sucessivas que quebraram o ritmo da partida. Quanto a nós, só melhorámos com as entradas do Nuno Gomes e Karyaka. Este falhou duas boas oportunidades antes de a cinco minutos o Simão ter resolvido mais um jogo a nosso favor com um golo monumental fora-da-área. Como disse o Trapattoni no ano passado, “graças a Deus que temos o Simão”! O destaque do jogo vai inteirinho para ele, demostrando mais uma vez que é um jogador insubstituível no nosso plantel (nem quero pensar o que sucederá se ele sair em Janeiro...). Jogando bem ou mal, de uma coisa não pode ser acusado: falta de empenho. Aquela camisola chega ao fim do jogo, seja contra a Oliveirense ou seja contra o Manchester United, sempre ensopada em suor. Faz lembrar o João Pinto que, enquanto esteve no Benfica, também nunca vi fazer um frete em campo. E o que é um capitão senão um jogador destes que dá sempre tudo pela camisola que representa e é um exemplo para os companheiros? (Só no clube diferente é que um capitão tenta separar companheiros desavindos num treino e acaba por agredir um deles a soco; ainda bem que nós somos um clube igual). O Manuel Fernandes demonstrou mais uma vez a sua boa forma e o Léo que é bom jogador e em condições normais (ou seja, se não apanharmos muitas vezes o Lucílio Baptista) é dele o lado esquerdo da defesa. Quanto ao resto toda a equipa esteve num nível sofrível: o Rui Nereu teve culpas no golo, mas não teve que fazer nenhuma defesa digna desse nome; o João Pereira, o Beto e o Mantorras não são o Nélson, o Petit ou o Nuno Gomes; o Anderson teve uma falha imperdoável a 10 minutos do fim (deixando-se bater e fazendo com que o adversário se isolasse) que nos ia custando muito caro; o Carlitos continua a não existir (neste momento é um caso perdido e terá de rodar num outro clube para ver se recupera a confiança e demonstra que pode ser útil no futuro, ou então que vai engrossar o rol de “grandes promessas não concretizadas do futebol português”); o Karagounis tem muita classe, mas continua em má forma física. Na ausência do Miccoli, o Karyaka é definitivamente uma opção a ter em conta, porque cria sempre muito perigo na grande-área contrária com as suas entradas vindo detrás e respectivos remates, além de dar muito mais apoio ao ponta-de-lança que o grego.
Na 2ª parte demos sempre a ideia que estávamos à espera do momento certo para a estocada final e livrámo-nos mesmo a tempo de um prolongamento que seria muito prejudicial nesta altura da época. Enfim, não foi brilhante mas conseguimos o mais importante. Sim, porque eu quero estar pela 3ª vez consecutiva no Jamor!
P.S. – Tenho bastante simpatia de Manuel Cajuda (basta ter tido a coragem de ter dito, há uns anos atrás na casa do clube regional, que ia tirar um jogador seu - do Braga - poucos minutos depois de ter sido amarelado, mas que infelizmente não foi a tempo porque o árbitro se antecipou e mostrou-lhe o segundo amarelo logo na jogada seguinte), todavia não compreendo a sua resposta ao Koeman. Eu também acho que o Benfica teve receio em Manchester, mas se a Naval não teve medo do Benfica porque é que adiou o jogo da Taça? Terá sido culpa do Pontassolense?
segunda-feira, outubro 24, 2005
5ª seguida
Há dois anos, desde os tempos de Camacho, que não conseguíamos mais de um mês de vitórias consecutivas no campeonato. Finalmente quebrámos a malapata no sábado, com um triunfo de 2-0 sobre o Estrela da Amadora. Considero que o Benfica fez um jogo muito inteligente e que a vitória é mais do que justa, apesar de o E. Amadora ter feito um bom jogo. O futebol é de facto muito injusto, já que uma equipa como o Gil Vicente, que simulou lesões e queimou tempo desde o 1º minuto (a partir desse jogo tornou-se o meu favorito número um para descer de divisão), veio ganhar à Luz e o futebol agradável e honesto do E. Amadora leva zero pontos.
Na 1ª parte o nosso jogo não foi muito bem conseguido, mas há que não esquecer que tivemos dois jogos bastante difíceis no espaço de uma semana e é perfeitamente natural que os jogadores se ressintam disso. Por outro lado, a falta do Miccoli sente-se mais nestes jogos em que temos que atacar durante a maior parte do tempo e nos faz falta um segundo ponta-de-lança para acompanhar o Nuno Gomes. Pertenceram ao Karyaka, que jogou em vez do Karagounis (uma opção acertada quanto a mim, já que ele dá muito mais apoio ao Nuno Gomes do que o grego) as duas únicas oportunidade de golo na 1ª parte, com um remate acrobático que embateu num defesa e um outro defendido pelo guarda-redes. No resto do tempo estivemos bastante lentos e não conseguimos criar perigo, mas tanto a equipa como o público não desesperaram, e bem (como disse o Koeman no final, os jogos têm 90 minutos).
A 2ª parte correu-nos bastante melhor muito devido ao golo logo aos cinco minutos. Um bom golo de cabeça do Karyaka na sequência de um centro teleguiado com o pé esquerdo do Nélson. A partir daí o nosso jogo foi mais agradável, não obstante o E. Amadora ter criado a sua única oportunidade de golo pouco depois, num remate do Semedo ao lado. Com o Karagounis em campo, passámos a controlar a posse de bola e a circulação da mesma melhorou bastante. Um outro centro bestial do Nélson fez com que o Nuno Gomes marcasse um golão também de cabeça e praticamente acabasse com o jogo. O resultado poderia ter sido ainda mais desnivelado se o árbitro tivesse visto uma excelente defesa com a mão do Amoreirinha que impediu o Nuno Gomes de bisar. Já na parte final do jogo oiço um dos repórteres da rádio dizer que o jogo estava ganho e o público estava a “saborear a vitória”. Foi isso mesmo e o sabor foi muito bom. Raramente no ano passado pudemos “saborear vitórias” durante um jogo, já que invariavelmente acabávamos com o coração nas mãos. É inquestionável que estamos a jogar muito melhor agora do que quando fomos campeões, o que só nos pode dar mais confiança.
O destaque individual vai inteirinho para o Nélson que (acho que não é exagero considerar desde já) é melhor que o Miguel. Para além de atacar e defender como ele tem a grande vantagem de saber fazer (e bem) aquilo que o Miguel era incapaz: cruzamentos. Quatro assistências para golo em apenas oito jogos não é para todos, ainda para mais tratando-se de um defesa. Há males que vêm por bem e devemos agradecer ao Miguel (e sua corja) ter feito o que fez (como refere o D'Arcy), bem como ao Wolfsburgo por ter vindo buscar o Alex (e ao Scolari por o ter promovido, como já ouvi dizer por aí). Outro que esteve em destaque foi o Nuno Gomes que realmente parece ter voltado a ser o jogador de antigamente. Para além do golito da ordem, ganhou algumas bolas de cabeça (e não esqueçamos que do outro lado estava o Maurício, um dos jogadores mais altos da Liga) e fez jogar os companheiros. Apesar do golo que marcou, acho que o Karyaka poderia ter estado melhor, já que teve alguns domínios de bola dignos do Karadas (o que me surpreendeu já que me parece ser um jogador tecnicamente bom) e algumas perdas da mesma a meio-campo (terá sido o nervosismo da titularidade?). O Simão, depois de uma 1ª parte algo fraca, melhorou imenso na 2ª e o Geovanni sobe lentamente de forma (foi uma insistência dele que permitiu ao Nélson fazer o cruzamento do 1º golo). Os médios-centro estiveram igualmente bem, com o Manuel Fernandes a estar cada vez mais exímio na protecção da bola. Os centrais não deram abébias, mas não gosto de ver o Ricardo Rocha à esquerda. Se os jogos são em casa e o adversário é teoricamente mais fraco não percebo porque é que, na impossiblidade de jogar o Léo, não joga o Dos Santos. Ou então, porque é que o Dos Santos está no plantel se não conta?
Na baliza temos um grande, ou melhor, dois grandes problemas. Como se já não bastasse o Moreira estar de baixa por seis meses, o Quim também vai ser operado e estar fora dos relvados por duas a três semanas. Agora pergunto: porque é que ele jogou contra o E. Amadora se ao primeiro pontapé na bola com mais força teve que ser substituído? Não terá agravado a lesão por causa disso? Não teria sido preferível que ele recuperasse durante uma semana a arriscar ter que ser operado? Parece que vamos pedir permissão à Liga e à FIFA para ir buscar outro guarda-redes, o que acho uma medida bastante sensata. Sim, porque milagres como o de Villarreal não acontecem sempre e não podemos colocar a responsabilidade toda num jovem de 19 anos. Como se viu frente ao E. Amadora, o Rui Nereu ainda está muito verde. É muito mal batido naquela bola de calcanhar que entra na nossa baliza no fim da 1ª parte, mas que não foi golo porque o árbitro já tinha (e bem) cortado a jogada devido ao facto de a bola ter sido centrada fora de campo. Na 2ª parte também falhou o tempo de saída a um jogador do E. Amadora e depois teve que ceder um canto in extremis. Espero bem que sejamos autorizados a inscrever outro guarda-redes, porque temos jogos muito importantes à porta e seria muito frustrante não obter bons resultados por causa destes azares na baliza.
Na 1ª parte o nosso jogo não foi muito bem conseguido, mas há que não esquecer que tivemos dois jogos bastante difíceis no espaço de uma semana e é perfeitamente natural que os jogadores se ressintam disso. Por outro lado, a falta do Miccoli sente-se mais nestes jogos em que temos que atacar durante a maior parte do tempo e nos faz falta um segundo ponta-de-lança para acompanhar o Nuno Gomes. Pertenceram ao Karyaka, que jogou em vez do Karagounis (uma opção acertada quanto a mim, já que ele dá muito mais apoio ao Nuno Gomes do que o grego) as duas únicas oportunidade de golo na 1ª parte, com um remate acrobático que embateu num defesa e um outro defendido pelo guarda-redes. No resto do tempo estivemos bastante lentos e não conseguimos criar perigo, mas tanto a equipa como o público não desesperaram, e bem (como disse o Koeman no final, os jogos têm 90 minutos).
A 2ª parte correu-nos bastante melhor muito devido ao golo logo aos cinco minutos. Um bom golo de cabeça do Karyaka na sequência de um centro teleguiado com o pé esquerdo do Nélson. A partir daí o nosso jogo foi mais agradável, não obstante o E. Amadora ter criado a sua única oportunidade de golo pouco depois, num remate do Semedo ao lado. Com o Karagounis em campo, passámos a controlar a posse de bola e a circulação da mesma melhorou bastante. Um outro centro bestial do Nélson fez com que o Nuno Gomes marcasse um golão também de cabeça e praticamente acabasse com o jogo. O resultado poderia ter sido ainda mais desnivelado se o árbitro tivesse visto uma excelente defesa com a mão do Amoreirinha que impediu o Nuno Gomes de bisar. Já na parte final do jogo oiço um dos repórteres da rádio dizer que o jogo estava ganho e o público estava a “saborear a vitória”. Foi isso mesmo e o sabor foi muito bom. Raramente no ano passado pudemos “saborear vitórias” durante um jogo, já que invariavelmente acabávamos com o coração nas mãos. É inquestionável que estamos a jogar muito melhor agora do que quando fomos campeões, o que só nos pode dar mais confiança.
O destaque individual vai inteirinho para o Nélson que (acho que não é exagero considerar desde já) é melhor que o Miguel. Para além de atacar e defender como ele tem a grande vantagem de saber fazer (e bem) aquilo que o Miguel era incapaz: cruzamentos. Quatro assistências para golo em apenas oito jogos não é para todos, ainda para mais tratando-se de um defesa. Há males que vêm por bem e devemos agradecer ao Miguel (e sua corja) ter feito o que fez (como refere o D'Arcy), bem como ao Wolfsburgo por ter vindo buscar o Alex (e ao Scolari por o ter promovido, como já ouvi dizer por aí). Outro que esteve em destaque foi o Nuno Gomes que realmente parece ter voltado a ser o jogador de antigamente. Para além do golito da ordem, ganhou algumas bolas de cabeça (e não esqueçamos que do outro lado estava o Maurício, um dos jogadores mais altos da Liga) e fez jogar os companheiros. Apesar do golo que marcou, acho que o Karyaka poderia ter estado melhor, já que teve alguns domínios de bola dignos do Karadas (o que me surpreendeu já que me parece ser um jogador tecnicamente bom) e algumas perdas da mesma a meio-campo (terá sido o nervosismo da titularidade?). O Simão, depois de uma 1ª parte algo fraca, melhorou imenso na 2ª e o Geovanni sobe lentamente de forma (foi uma insistência dele que permitiu ao Nélson fazer o cruzamento do 1º golo). Os médios-centro estiveram igualmente bem, com o Manuel Fernandes a estar cada vez mais exímio na protecção da bola. Os centrais não deram abébias, mas não gosto de ver o Ricardo Rocha à esquerda. Se os jogos são em casa e o adversário é teoricamente mais fraco não percebo porque é que, na impossiblidade de jogar o Léo, não joga o Dos Santos. Ou então, porque é que o Dos Santos está no plantel se não conta?
Na baliza temos um grande, ou melhor, dois grandes problemas. Como se já não bastasse o Moreira estar de baixa por seis meses, o Quim também vai ser operado e estar fora dos relvados por duas a três semanas. Agora pergunto: porque é que ele jogou contra o E. Amadora se ao primeiro pontapé na bola com mais força teve que ser substituído? Não terá agravado a lesão por causa disso? Não teria sido preferível que ele recuperasse durante uma semana a arriscar ter que ser operado? Parece que vamos pedir permissão à Liga e à FIFA para ir buscar outro guarda-redes, o que acho uma medida bastante sensata. Sim, porque milagres como o de Villarreal não acontecem sempre e não podemos colocar a responsabilidade toda num jovem de 19 anos. Como se viu frente ao E. Amadora, o Rui Nereu ainda está muito verde. É muito mal batido naquela bola de calcanhar que entra na nossa baliza no fim da 1ª parte, mas que não foi golo porque o árbitro já tinha (e bem) cortado a jogada devido ao facto de a bola ter sido centrada fora de campo. Na 2ª parte também falhou o tempo de saída a um jogador do E. Amadora e depois teve que ceder um canto in extremis. Espero bem que sejamos autorizados a inscrever outro guarda-redes, porque temos jogos muito importantes à porta e seria muito frustrante não obter bons resultados por causa destes azares na baliza.
sexta-feira, outubro 21, 2005
II Jantar de Bloguiquistas
Na sequência do retumbante êxito do I jantar de bloguiquistas (bem expresso aqui, aqui, aqui, aqui e aqui), vem a “comissão organizadora” (o HMémnon, o D’Arcy e eu próprio) propor uma 2ª edição. Assim, estão desde já convidados todos os bloggers benfiquistas (os que estão na coluna aí do lado esquerdo e não só) que desejem juntar-se a este magnífico evento. A “comissão organizadora” chegou à conclusão que o melhor dia para o repasto será no sábado, 12 de Novembro, principalmente por duas razões: por ser um sábado, o que facilitará a vida a quem vive fora de Lisboa, e por ser um fim-de-semana sem campeonato (vão decorrer os play-off do apuramento para o Mundial). O local e a hora serão os mesmos da outra vez, ou seja, a Catedral da Cerveja em pleno Estádio da Luz, às 20h. Claro que a data é passível de ser alterada, caso haja uma maioria interessada nisso. Todavia, pelas razões acima referidas convém ser sempre num sábado e não poderá ser num dia em que o Benfica jogue na Luz.
Quem estiver interessado em participar (ou fazer sugestões) é favor enviar um email para naosemencioneoexcremento@hotmail.com. VIVA O BENFICA!
Quem estiver interessado em participar (ou fazer sugestões) é favor enviar um email para naosemencioneoexcremento@hotmail.com. VIVA O BENFICA!
quinta-feira, outubro 20, 2005
Deus não existe
Caso contrário como é que se explica a inacreditável sorte que o clube regional teve ontem frente ao Inter? Ganhou por 2-0 com dois golos absolutamente incríveis: no 1º há um centro para a grande-área do Inter, o Materazzi estava virado para o seu meio-campo, a bola bate nele e ressalta para trás, para dentro da baliza!; no 2º, num livre à entrada da área, o McCarthy remata, a bola bate na barreira, ressalta para ele que volta a rematar e a bola iria passar ao lado da baliza se não batesse outra vez num jogador da barreira e entrasse! Para além de tudo isto, o Inter tem quatro, q-u-a-t-r-o (!) claríssimas oportunidades de golo (uma das quais do Cruz isolado frente ao Baía ainda antes do 1-0 e outra do Figo ao poste) e não marca nenhum golo! Como se não bastasse tudo isto, no outro jogo aconteceu o resultado que mais convinha ao clube regional: 0-0. Ou seja, continua em último lugar no grupo, mas apenas com menos um ponto do que o 2º classificado. Se a sorte protege quem tem frequentes atitudes de antidesportivismo, desrespeito pelo adversário e intimidação de tudo e de todos (leiam este post, sff) o que será isto senão uma prova cabal da não-existência de Deus?
Aliás, esta vaca descomunal tem vindo a acompanhar o clube regional nas competições europeias desde há uns tempos para cá. Senão vejamos:
- No (trágico) ano em que foram campeões europeus tiveram a sorte de o árbitro ter anulado por fora-de-jogo um golo limpo ao Scholes que daria o 2-0 ao Manchester e terem marcado o golo do empate (e da qualificação para os quartos-de-final) aos 90 minutos;
- Nesse mesmo ano tiveram a sorte de ver três tubarões eliminados nos quartos-de-final, ou alguém acha que com Real Madrid, Arsenal e Milão, em vez de Mónaco, Deportivo da Corunha e Chelsea (pré-Mourinho) as coisas ter-se-iam passado da mesma maneira?
- No ano passado chegaram à penúltima jornada da fase de grupos sem vitórias e apenas com dois pontos, precisavam de ganhar os dois últimos jogos e esperar resultados favoráveis nos outros dois para passarem aos oitavos-de-final e... conseguiram!
Parece isto tudo muito rebuscado? Admito que sim. Afinal a sorte faz parte do futebol, mas tê-la de maneira tão frequente no próprio jogo e em outros jogos em que não se é interveniente, já acho um pouco demais. Ainda por cima uma equipa sempre tão “cheia” de fair-play como é o clube regional. Porque será que a sorte os protege? Terão feito um pacto com o Diabo?
Aliás, esta vaca descomunal tem vindo a acompanhar o clube regional nas competições europeias desde há uns tempos para cá. Senão vejamos:
- No (trágico) ano em que foram campeões europeus tiveram a sorte de o árbitro ter anulado por fora-de-jogo um golo limpo ao Scholes que daria o 2-0 ao Manchester e terem marcado o golo do empate (e da qualificação para os quartos-de-final) aos 90 minutos;
- Nesse mesmo ano tiveram a sorte de ver três tubarões eliminados nos quartos-de-final, ou alguém acha que com Real Madrid, Arsenal e Milão, em vez de Mónaco, Deportivo da Corunha e Chelsea (pré-Mourinho) as coisas ter-se-iam passado da mesma maneira?
- No ano passado chegaram à penúltima jornada da fase de grupos sem vitórias e apenas com dois pontos, precisavam de ganhar os dois últimos jogos e esperar resultados favoráveis nos outros dois para passarem aos oitavos-de-final e... conseguiram!
Parece isto tudo muito rebuscado? Admito que sim. Afinal a sorte faz parte do futebol, mas tê-la de maneira tão frequente no próprio jogo e em outros jogos em que não se é interveniente, já acho um pouco demais. Ainda por cima uma equipa sempre tão “cheia” de fair-play como é o clube regional. Porque será que a sorte os protege? Terão feito um pacto com o Diabo?
quarta-feira, outubro 19, 2005
Com um pouco mais de ambição…
Confesso que estava com muito medo deste jogo. Só passaram 72 horas sobre a soberba vitória de Sábado, a equipa não deveria estar tão fresca quanto desejável e o Villarreal tinha feito descansar o Riquelme e o Forlán no fim-de-semana tendo o Sorin jogado só durante uma hora. Na constituição inicial, o Koeman surpreendeu ao colocar o Ricardo Rocha a defesa-esquerdo, tendo o Léo ficado no banco. Fiquei um pouco céptico em relação a isto, já que presumivelmente abdicaríamos de ter um defesa-esquerdo que apoiasse o (contra-)ataque, o que se veio mais ou menos a confirmar, embora sem consequências negativas.
Todavia, este meu temor não se justificava de todo já que assim que começou o jogo ficou bem visível a diferença de potencial neste momento entre as duas equipas. O Villarreal desiludiu-me bastante, já que entrou com muito medo e não conseguiu ligar o jogo do meio-campo para a frente. Nós controlámos perfeitamente a situação durante toda a 1ª parte, tendo criado algumas situações de perigo. Infelizmente, não as concretizámos pelo que o empate ao intervalo me pareceu algo injusto. Para além de tudo, ainda tivemos o azar da lesão do Quim que fez com que um guarda-redes de 19 anos, Rui Nereu, fizesse a estreia na equipa principal logo na Liga dos Campeões e no campo do (teoricamente) 2º adversário mais difícil!
Na 2ª parte a pressão dos espanhóis foi ligeiramente superior, mas só tiveram uma verdadeira oportunidade de golo, em que o Rui Nereu faz uma defesa magistral para canto num remate à queima-roupa. No entanto, acabaríamos por sofrer um golo num penalty um pouco polémico. Não me parece que o Ricardo Rocha vá com intenção de fazer falta, mas o que é certo é que não toca na bola e toca no adversário. Se tivesse entrado menos à bruta, certamente não teria cometido a infracção. É esta a diferença em relação ao Anderson, que para o bem e para o mal é muito mais cuidadoso a disputar a bola. Estávamos a pouco mais de um quarto-de-hora do fim do jogo e o sentimento de injustiça era enorme. Logo na jogada seguinte, o Simão cai na área, mas o árbitro não assinala nada (como não houve repetição não se percebeu bem se era falta ou não, mas o lance parece-me semelhante ao do Ricardo Rocha…). O que valeu foi que o momento do jogo (atrevo-me a dizer de toda a Liga dos Campeões até agora) aconteceu pouco depois. Na sequência de uma tabela com o Nuno Gomes (a meias com o defesa contrário), a bola ressalta para o Manuel Fernandes que a domina com o peito e, sem a deixar cair na relva, remata de primeira fazendo a bola passar por cima do guarda-redes! Um golão! Aproveitem para apreciar bem ao vivo o Manuel Fernandes durante esta época que para o ano de certeza não vai haver mais… A justiça estava reposta e até final voltámos a controlar completamente o jogo e tivemos uma grande oportunidade, em que o Nuno Gomes isolado frente ao guarda-redes lhe faz um passe para as mãos.
Quanto aos jogadores estiveram outra vez todos muito bem, tal como na casa do clube regional, sendo o destaque desta vez para o Manuel Fernandes não só pelo golão que marcou como por ter anulado o Riquelme durante a maior parte do jogo. O Nuno Gomes voltou a mostrar que está em forma, só foi pena ter falhado o 2-1 perto do fim, o Petit foi o tampão do costume e o Nelson é cada vez mais uma certeza. O Rui Nereu entrou a frio, mas portou-se muito bem (pareceu-me pela sujidade na sua camisola no início a 2ª parte - não tendo ele feito nenhuma defesa até ao intervalo - que durante o descanso esteve a trabalhar com o treinador de guarda-redes; se assim aconteceu, foi uma medida acertadíssima do nosso treinador).
A impressão com que se ficou deste jogo é que o Benfica jogou para o empate e conseguiu, mas com um pouco mais de audácia poderíamos perfeitamente ter ganho o jogo. É um óptimo resultado fora de casa, mas poderia ter sido ainda bem melhor. Não sei se teve a ver com um pouco de cansaço trazido de Sábado, mas houve momentos em que me exasperei por passarmos a bola para o lado e para trás, em vez de procurarmos a baliza. Ainda por cima com o empate em casa do Manchester com o Lille teríamos voltado ao 1º lugar do grupo. Este resultado em Old Trafford não nos favorece, já que as equipas estão todas muito juntas (2, 3, 4 e 5 pontos) e a última coisa que precisamos é que o Manchester necessite do último jogo na Luz para se apurar para os oitavos-de-final. Daqui a 15 dias é fundamental ganhar ao Villarreal, já que assim certamente pelo menos a Taça Uefa não nos fugirá. Com o que se viu até agora somos claramente uma das equipas mais fortes do grupo e a passagem à fase seguinte está perfeitamente ao nosso alcance.
Todavia, este meu temor não se justificava de todo já que assim que começou o jogo ficou bem visível a diferença de potencial neste momento entre as duas equipas. O Villarreal desiludiu-me bastante, já que entrou com muito medo e não conseguiu ligar o jogo do meio-campo para a frente. Nós controlámos perfeitamente a situação durante toda a 1ª parte, tendo criado algumas situações de perigo. Infelizmente, não as concretizámos pelo que o empate ao intervalo me pareceu algo injusto. Para além de tudo, ainda tivemos o azar da lesão do Quim que fez com que um guarda-redes de 19 anos, Rui Nereu, fizesse a estreia na equipa principal logo na Liga dos Campeões e no campo do (teoricamente) 2º adversário mais difícil!
Na 2ª parte a pressão dos espanhóis foi ligeiramente superior, mas só tiveram uma verdadeira oportunidade de golo, em que o Rui Nereu faz uma defesa magistral para canto num remate à queima-roupa. No entanto, acabaríamos por sofrer um golo num penalty um pouco polémico. Não me parece que o Ricardo Rocha vá com intenção de fazer falta, mas o que é certo é que não toca na bola e toca no adversário. Se tivesse entrado menos à bruta, certamente não teria cometido a infracção. É esta a diferença em relação ao Anderson, que para o bem e para o mal é muito mais cuidadoso a disputar a bola. Estávamos a pouco mais de um quarto-de-hora do fim do jogo e o sentimento de injustiça era enorme. Logo na jogada seguinte, o Simão cai na área, mas o árbitro não assinala nada (como não houve repetição não se percebeu bem se era falta ou não, mas o lance parece-me semelhante ao do Ricardo Rocha…). O que valeu foi que o momento do jogo (atrevo-me a dizer de toda a Liga dos Campeões até agora) aconteceu pouco depois. Na sequência de uma tabela com o Nuno Gomes (a meias com o defesa contrário), a bola ressalta para o Manuel Fernandes que a domina com o peito e, sem a deixar cair na relva, remata de primeira fazendo a bola passar por cima do guarda-redes! Um golão! Aproveitem para apreciar bem ao vivo o Manuel Fernandes durante esta época que para o ano de certeza não vai haver mais… A justiça estava reposta e até final voltámos a controlar completamente o jogo e tivemos uma grande oportunidade, em que o Nuno Gomes isolado frente ao guarda-redes lhe faz um passe para as mãos.
Quanto aos jogadores estiveram outra vez todos muito bem, tal como na casa do clube regional, sendo o destaque desta vez para o Manuel Fernandes não só pelo golão que marcou como por ter anulado o Riquelme durante a maior parte do jogo. O Nuno Gomes voltou a mostrar que está em forma, só foi pena ter falhado o 2-1 perto do fim, o Petit foi o tampão do costume e o Nelson é cada vez mais uma certeza. O Rui Nereu entrou a frio, mas portou-se muito bem (pareceu-me pela sujidade na sua camisola no início a 2ª parte - não tendo ele feito nenhuma defesa até ao intervalo - que durante o descanso esteve a trabalhar com o treinador de guarda-redes; se assim aconteceu, foi uma medida acertadíssima do nosso treinador).
A impressão com que se ficou deste jogo é que o Benfica jogou para o empate e conseguiu, mas com um pouco mais de audácia poderíamos perfeitamente ter ganho o jogo. É um óptimo resultado fora de casa, mas poderia ter sido ainda bem melhor. Não sei se teve a ver com um pouco de cansaço trazido de Sábado, mas houve momentos em que me exasperei por passarmos a bola para o lado e para trás, em vez de procurarmos a baliza. Ainda por cima com o empate em casa do Manchester com o Lille teríamos voltado ao 1º lugar do grupo. Este resultado em Old Trafford não nos favorece, já que as equipas estão todas muito juntas (2, 3, 4 e 5 pontos) e a última coisa que precisamos é que o Manchester necessite do último jogo na Luz para se apurar para os oitavos-de-final. Daqui a 15 dias é fundamental ganhar ao Villarreal, já que assim certamente pelo menos a Taça Uefa não nos fugirá. Com o que se viu até agora somos claramente uma das equipas mais fortes do grupo e a passagem à fase seguinte está perfeitamente ao nosso alcance.
terça-feira, outubro 18, 2005
Ooooohhhhh!!!
Agora é que foi de vez! Os Indomáveis ficaram sem quem os domasse. O José Peseiro demitiu-se e o Dias da Cunha foi “forçado e violentado” (sic!) a aceitar. Que grande chatice! Disse o Dias da Cunha, numa conferência de imprensa surreal, que “é um dia triste para o Sporting”. Meu caro Dias da Cunha, não é só um dia triste para o Sporting, há pelo menos mais seis milhões de almas que também estão destroçadas...
Acho que só há uma maneira de tentar amenizar esta tristeza e estou a pensar fazer uma petição online (agora está muito na moda) para além de organizar manifestações só com duas palavras de ordem (pelo que tenho visto na blogosfera, acho que há seis milhões de pessoas que me acompanham nisto): LU-ÍS CAM-POS! LU-ÍS CAM-POS!
P.S. – Um já está! Queres ver que esta minha previsão natalícia de 19 de Agosto se confirma ainda antes do S. Martinho?
Acho que só há uma maneira de tentar amenizar esta tristeza e estou a pensar fazer uma petição online (agora está muito na moda) para além de organizar manifestações só com duas palavras de ordem (pelo que tenho visto na blogosfera, acho que há seis milhões de pessoas que me acompanham nisto): LU-ÍS CAM-POS! LU-ÍS CAM-POS!
P.S. – Um já está! Queres ver que esta minha previsão natalícia de 19 de Agosto se confirma ainda antes do S. Martinho?
domingo, outubro 16, 2005
Épico
Digo sem nenhum exagero que ontem, dia 15 de Outubro de 2005, foi um dos dias mais felizes da minha vida. Não foi apenas uma vitória num jogo e na casa de um clube onde já não ganhávamos há mais de uma década. Foi muito mais do que isso. Foi uma vitória contra tudo o que sofremos desde há 14 anos para cá: incontáveis expulsões, penalties inventados contra e outros não assinalados a favor, agressões sofridas sem serem sancionadas, enfim um sem-número de roubos de igreja que tivemos que engolir em jogos consecutivos a jogar contra 14. Para além do que se passou no campo, há ainda toda a estratégia de intimidação que sofremos sempre que vamos àquele antro. Desde o célebre jogo de há 14 anos, com os golos do César Brito mesmo contra a lixívia no balneário, as agressões do guarda Abel aos nossos dirigentes, até aos petardos e ameaças de bomba da madrugada de ontem no nosso hotel (ainda há dúvidas porque é que eu não os menciono?), muito se passou neste período de tempo que torna o gozo de ganhar na casa do clube regional substancialmente maior.
Por outro lado, estamos a ouvir desde o início da época as hossanas da nossa imprensa ao “futebol-espectáculo”, à “cultura de ataque”, à “lufada de ar fresco” que a vinda do treinador do clube regional trouxe ao nosso futebol. Um treinador “muito conceituado”, mas que curiosamente com 58 anos tem… ZERO títulos conquistados! E que perante o nosso treinador tem a excelente performance de sete derrotas e dois empates. Bestial, sem dúvida! Ontem demos, há que dizê-lo com todas as letras, um banho de bola. O clube regional teve uma (!) oportunidade de golo durante o jogo todo (McCarthy ainda na 1ª parte), enquanto nós tivemos pelo menos três (para além dos golos, a cabeçada do Simão no final da 1ª parte, já para não falar do remate do Geovanni às malas laterais). Defensivamente estivemos seguríssimos e FINALMENTE fizemos uma óptima transição defesa-ataque, criando várias situações de perigo através de contra-ataque. Concordo com o Koeman quando ele diz que a nossa 1ª parte foi fraca, apesar de o clube regional só ter criado perigo uma única vez. Mas na 2ª o nosso domínio foi avassalador. Aquela jogada de três para um, em que o Simão não consegue passar a bola para o Geovanni ou o Nuno Gomes vai ficar-me atravessada durante muito tempo. Seria o 3-0! O desportivismo daquele clube inominável foi mais uma vez expresso na atitude do Bruno Alves, que depois de lhe ver perdoada a expulsão ao agredir o Petit num canto, teve uma atitude que honra grandes nomes daquela casa como o Paulinho Santos, André ou Jorge Costa ao atingir à cabeçada (!), depois de uma entrada a matar, o Nuno Gomes (“é bem feito, para ver se da próxima vez não marcas dois golos!”). A tradição ainda é o que era para aqueles lados...
Em relação aos nossos jogadores, estiveram quase todos brilhantes. Acima de todos, claro está, o Nuno Gomes que, como já vi escrito na blogosfera, esteve a afinar a pontaria no jogo da selecção naquele mesmo estádio para aplicá-la contra o clube regional (eh, eh, eh!). O último dos borregos que tinha para matar (marcar golos ao clube regional) foi morto ontem e ainda por cima a dobrar! Gostei especialmente dele a apontar para as quinas depois de cada golo. Mas afinal quem é que são os campeões? Embrulha! Na defesa, o Quim esteve muito seguro no pouco trabalho que teve, o Luisão foi imperial como é hábito, o Anderson é melhor que o Ricardo Rocha nestes jogos porque é muito menos faltoso, o Léo esteve igualmente muito bem (teve o azar de ter sido o primeiro jogador nosso já amarelado a fazer uma falta depois da expulsão do Bruno Alves, já que o Lucílio Baptista estava mortinho por repor a igualdade no número de jogadores de ambas as equipas; sim, porque é mais fácil Cristo voltar à Terra do que o Benfica acabar um jogo contra o clube regional em superioridade numérica) e o Nélson esteve brilhante (o centro para o 1º golo foi fabuloso). No meio-campo, o Petit e o Manuel Fernandes parece que voltaram à boa forma (a rápida transição para o ataque passou muito pela pouca retenção de bola que fizeram), o Karagounis esteve discreto, mostrando não estar na melhor forma física, e o Karyaka não pareceu que esteve dois meses sem jogar, constituindo-se como uma mais-valia e sendo determinante no lance do 2º golo. O Simão lutou muito como de costume (só foi pena aquela cabeçada não ter entrado e aquele passe no lance dos três isolados não ter sido concretizado), o Geovanni entrou mal no jogo, mas melhorou imenso na 2ª parte e foi dele o centro para o 2º golo. Baixa importante vai ser o Miccoli que aparentemente tem uma rotura muscular que o vai impedir de jogar nas próximas semanas. Como já aqui escrevi, espero sinceramente que contratemos outro ponta-de-lança em Janeiro, já que para além das possíveis lesões e castigos, o Mantorras estará na Taça das Nações Africanas durante um mês.
Com esta saborosíssima vitória, e como previu o Pl@ka aqui a seguir à nossa derrota em Alvalade, já só estamos a um ponto do clube regional e a quatro do 1º lugar. Quem diria, quando somente há quatro jornadas atrás estávamos a oito pontos dos dois grandes rivais? VIVA O BENFICA!
P.S. – O jogo da próxima 3ª feira contra o Villarreal vai ser muito complicado, porque para além de só termos três dias de descanso, o Miccoli está lesionado, o Karagounis saiu com aparentes dificuldades físicas e o Villarreal poupou o Riquelme e o Forlán neste fim-de-semana. Vamos ver se damos sequência a esta vitória épica, mas eu já ficava contente com um empatezito.
Por outro lado, estamos a ouvir desde o início da época as hossanas da nossa imprensa ao “futebol-espectáculo”, à “cultura de ataque”, à “lufada de ar fresco” que a vinda do treinador do clube regional trouxe ao nosso futebol. Um treinador “muito conceituado”, mas que curiosamente com 58 anos tem… ZERO títulos conquistados! E que perante o nosso treinador tem a excelente performance de sete derrotas e dois empates. Bestial, sem dúvida! Ontem demos, há que dizê-lo com todas as letras, um banho de bola. O clube regional teve uma (!) oportunidade de golo durante o jogo todo (McCarthy ainda na 1ª parte), enquanto nós tivemos pelo menos três (para além dos golos, a cabeçada do Simão no final da 1ª parte, já para não falar do remate do Geovanni às malas laterais). Defensivamente estivemos seguríssimos e FINALMENTE fizemos uma óptima transição defesa-ataque, criando várias situações de perigo através de contra-ataque. Concordo com o Koeman quando ele diz que a nossa 1ª parte foi fraca, apesar de o clube regional só ter criado perigo uma única vez. Mas na 2ª o nosso domínio foi avassalador. Aquela jogada de três para um, em que o Simão não consegue passar a bola para o Geovanni ou o Nuno Gomes vai ficar-me atravessada durante muito tempo. Seria o 3-0! O desportivismo daquele clube inominável foi mais uma vez expresso na atitude do Bruno Alves, que depois de lhe ver perdoada a expulsão ao agredir o Petit num canto, teve uma atitude que honra grandes nomes daquela casa como o Paulinho Santos, André ou Jorge Costa ao atingir à cabeçada (!), depois de uma entrada a matar, o Nuno Gomes (“é bem feito, para ver se da próxima vez não marcas dois golos!”). A tradição ainda é o que era para aqueles lados...
Em relação aos nossos jogadores, estiveram quase todos brilhantes. Acima de todos, claro está, o Nuno Gomes que, como já vi escrito na blogosfera, esteve a afinar a pontaria no jogo da selecção naquele mesmo estádio para aplicá-la contra o clube regional (eh, eh, eh!). O último dos borregos que tinha para matar (marcar golos ao clube regional) foi morto ontem e ainda por cima a dobrar! Gostei especialmente dele a apontar para as quinas depois de cada golo. Mas afinal quem é que são os campeões? Embrulha! Na defesa, o Quim esteve muito seguro no pouco trabalho que teve, o Luisão foi imperial como é hábito, o Anderson é melhor que o Ricardo Rocha nestes jogos porque é muito menos faltoso, o Léo esteve igualmente muito bem (teve o azar de ter sido o primeiro jogador nosso já amarelado a fazer uma falta depois da expulsão do Bruno Alves, já que o Lucílio Baptista estava mortinho por repor a igualdade no número de jogadores de ambas as equipas; sim, porque é mais fácil Cristo voltar à Terra do que o Benfica acabar um jogo contra o clube regional em superioridade numérica) e o Nélson esteve brilhante (o centro para o 1º golo foi fabuloso). No meio-campo, o Petit e o Manuel Fernandes parece que voltaram à boa forma (a rápida transição para o ataque passou muito pela pouca retenção de bola que fizeram), o Karagounis esteve discreto, mostrando não estar na melhor forma física, e o Karyaka não pareceu que esteve dois meses sem jogar, constituindo-se como uma mais-valia e sendo determinante no lance do 2º golo. O Simão lutou muito como de costume (só foi pena aquela cabeçada não ter entrado e aquele passe no lance dos três isolados não ter sido concretizado), o Geovanni entrou mal no jogo, mas melhorou imenso na 2ª parte e foi dele o centro para o 2º golo. Baixa importante vai ser o Miccoli que aparentemente tem uma rotura muscular que o vai impedir de jogar nas próximas semanas. Como já aqui escrevi, espero sinceramente que contratemos outro ponta-de-lança em Janeiro, já que para além das possíveis lesões e castigos, o Mantorras estará na Taça das Nações Africanas durante um mês.
Com esta saborosíssima vitória, e como previu o Pl@ka aqui a seguir à nossa derrota em Alvalade, já só estamos a um ponto do clube regional e a quatro do 1º lugar. Quem diria, quando somente há quatro jornadas atrás estávamos a oito pontos dos dois grandes rivais? VIVA O BENFICA!
P.S. – O jogo da próxima 3ª feira contra o Villarreal vai ser muito complicado, porque para além de só termos três dias de descanso, o Miccoli está lesionado, o Karagounis saiu com aparentes dificuldades físicas e o Villarreal poupou o Riquelme e o Forlán neste fim-de-semana. Vamos ver se damos sequência a esta vitória épica, mas eu já ficava contente com um empatezito.
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