terça-feira, agosto 26, 2025
Ensaio
Vencemos o Tondela no sábado na Luz por 3-0 e tudo correu de
feição antes de um jogo decisivo para a entrada na Champions. Já se sabe que estes jogos nacionais antes de
compromissos europeus podem ser uma fonte escusada de stress, mas desta feita
resolvemos as coisas da melhor maneira e ainda antes do intervalo.
O Bruno Lage rodou a equipa, mas só na baliza e defesa, dado que na frente a única alteração em relação a Istambul foi a entrada do Schjelderup e a saída do Aktürkoğlu. O Obrador estreou-se na lateral-esquerda, o Samuel Soares foi para a baliza e o Tomás Araújo voltou após lesão. A 1ª parte, apesar do nosso ritmo a espaços lento, foi um festival de oportunidades perdidas. Concretizámos duas, pelo Ivanović depois de uma jogada fantástica do Dedić aos 32’, e pelo Aursnes depois de uma brilhante assistência do Schjelderup aos 42’, mas tanto o Ivanović como o Pavlidis poderiam ter feito mais dois golos cada um, com o guarda-redes Bernardo Fontes a defender a maior parte dos remates, um dos quais com a cabeça! Do outro lado, o Tondela só se mostrou antes de sofrer o primeiro golo, mas o Samuel Soares resolveu a contento as (poucas) bolas que foram à baliza.
Com 2-0 ao intervalo, já se esperava que a 2ª parte fosse a uma rotação bastante mais baixa e isso aconteceu. De tal forma, que só voltámos a criar uma grande oportunidade já perto do final, quando uma bola picada pelo Pavlidis foi atirada para a barra por um cabeceamento de um defesa. Em termos defensivos, estivemos bastante bem com o Tondela a nunca conseguir chegar perto da baliza do Samuel Soares, excepção feita a um lance logo no reinício, em que o Obrador é batido por um defesa e fez falta no limite da área, com o Sr. Anzhony Rodrigues a assinalar penalty num primeiro momento e depois o VAR a corrigir, porque foi fora da área. Mas foi muito mal jogado pelo Obrador... Já na compensação, o entretanto entrado Prestianni fechou o marcador em 3-0, numa recarga a um remate seu, que tinha sido interceptado por um defesa.
Em termos individuais, e apesar de não ter feito os 90’, o Dedić foi quem mais sobressaiu, sendo um autêntico cavalo na direita e teve o extra nesta partida de fazer a assistência para o primeiro golo. O Ivanović estreou-se a marcar no campeonato e, não obstante revelar ainda alguns problemas no domínio de bola, é um perigo dentro da área, com um remate muito fácil. O Aursnes marcou um golo, jogou o que é costume nele (ou seja, bastante bem) e não percebi porque é que não foi poupado pelo Lage na altura das substituições, tendo acabado a lateral-direito. Por sua vez, o Obrador ainda tem de pedalar um bom bocado para chegar aos calcanhares do Dahl e o Tomás Araújo acusou um pouco a (natural) falta de ritmo. O Schjelderup fez uma boa assistência, mas jogue bem ou mal é sempre o primeiro a sair... Outro que acho que deveria ter sido poupado é o Barrenechea (e atenção que se exibiu em bom plano), porque ainda por cima o Florentino está castigado por causa do duplo amarelo, mas o entendimento do Lage foi outro.
Dois jogos no campeonato, duas vitórias era o que se pedia. Com ou sem brilhantismo. Mas teremos amanhã um dos momentos-chave da época, com a hipótese de chegar à Fase Liga da Champions. Porém, teremos de derrotar o Fenerbahçe. Haja competência para isso, se faz favor.
O Bruno Lage rodou a equipa, mas só na baliza e defesa, dado que na frente a única alteração em relação a Istambul foi a entrada do Schjelderup e a saída do Aktürkoğlu. O Obrador estreou-se na lateral-esquerda, o Samuel Soares foi para a baliza e o Tomás Araújo voltou após lesão. A 1ª parte, apesar do nosso ritmo a espaços lento, foi um festival de oportunidades perdidas. Concretizámos duas, pelo Ivanović depois de uma jogada fantástica do Dedić aos 32’, e pelo Aursnes depois de uma brilhante assistência do Schjelderup aos 42’, mas tanto o Ivanović como o Pavlidis poderiam ter feito mais dois golos cada um, com o guarda-redes Bernardo Fontes a defender a maior parte dos remates, um dos quais com a cabeça! Do outro lado, o Tondela só se mostrou antes de sofrer o primeiro golo, mas o Samuel Soares resolveu a contento as (poucas) bolas que foram à baliza.
Com 2-0 ao intervalo, já se esperava que a 2ª parte fosse a uma rotação bastante mais baixa e isso aconteceu. De tal forma, que só voltámos a criar uma grande oportunidade já perto do final, quando uma bola picada pelo Pavlidis foi atirada para a barra por um cabeceamento de um defesa. Em termos defensivos, estivemos bastante bem com o Tondela a nunca conseguir chegar perto da baliza do Samuel Soares, excepção feita a um lance logo no reinício, em que o Obrador é batido por um defesa e fez falta no limite da área, com o Sr. Anzhony Rodrigues a assinalar penalty num primeiro momento e depois o VAR a corrigir, porque foi fora da área. Mas foi muito mal jogado pelo Obrador... Já na compensação, o entretanto entrado Prestianni fechou o marcador em 3-0, numa recarga a um remate seu, que tinha sido interceptado por um defesa.
Em termos individuais, e apesar de não ter feito os 90’, o Dedić foi quem mais sobressaiu, sendo um autêntico cavalo na direita e teve o extra nesta partida de fazer a assistência para o primeiro golo. O Ivanović estreou-se a marcar no campeonato e, não obstante revelar ainda alguns problemas no domínio de bola, é um perigo dentro da área, com um remate muito fácil. O Aursnes marcou um golo, jogou o que é costume nele (ou seja, bastante bem) e não percebi porque é que não foi poupado pelo Lage na altura das substituições, tendo acabado a lateral-direito. Por sua vez, o Obrador ainda tem de pedalar um bom bocado para chegar aos calcanhares do Dahl e o Tomás Araújo acusou um pouco a (natural) falta de ritmo. O Schjelderup fez uma boa assistência, mas jogue bem ou mal é sempre o primeiro a sair... Outro que acho que deveria ter sido poupado é o Barrenechea (e atenção que se exibiu em bom plano), porque ainda por cima o Florentino está castigado por causa do duplo amarelo, mas o entendimento do Lage foi outro.
Dois jogos no campeonato, duas vitórias era o que se pedia. Com ou sem brilhantismo. Mas teremos amanhã um dos momentos-chave da época, com a hipótese de chegar à Fase Liga da Champions. Porém, teremos de derrotar o Fenerbahçe. Haja competência para isso, se faz favor.
quarta-feira, agosto 20, 2025
A zeros
Empatámos hoje em Istambul com o Fenerbahçe (0-0) na 1ª mão
do play-off de acesso à Champions e será na próxima semana na
Luz que tudo se irá resolver. Depois do jogo pavoroso na Amadora, tivemos
inevitavelmente de subir o nível e controlámos a partida durante a maior parte
do tempo, embora não tenhamos sido muito afoitos em termos ofensivos.
Como seria de calcular, o Bruno Lage não foi à Turquia jogar com dois pontas-de-lança, tendo deixado o Ivanović no banco e colocado o Florentino para povoar o meio-campo. A outra alteração foi a saída do Schjelderup (claro...) para a entrada do Aktürkoğlu. O jogo foi sempre muito dividido, connosco a tentar controlar a posse de bola, sem acelerar muito o que resultou em pouquíssimas oportunidades da nossa parte. O lado positivo foi que defendemos bem e não demos igualmente muitas chances aos turcos. Um livre do Aktürkoğlu, um cabeceamento do marroquino En-Nesyri e um remate de fora da área do Oosterwolde foram os lances mais perigosos, mas ambos os guarda-redes defenderam.
A 2ª parte não diferiu muito da primeira, mas pouco depois dos 60’ o Lage resolveu arriscar, colocando o Ivanović no lugar do amarelado Barrenechea. Infelizmente, o Florentino viu dois amarelos em dois minutos (imperdoável!) e a estratégia do Lage foi por água abaixo. O Mourinho colocou o Talisca e foi o brasileiro que sacou o amarelo ao Florentino, mas o Fenerbahçe acabou por não ter grandes oportunidades de desfeitear o Trubin, excepção feita aos 82’ quando o Trubin deu um grande frango e viu a bola posteriormente entrar na baliza num cabeceamento na recarga, mas felizmente o avançado que marcou estava em ligeiro fora-de-jogo. O Lage colocou o Leandro Barreiro pouco depois da expulsão e o luxemburguês foi importante para cortar o ritmo dos turcos. O objectivo, claramente assumido depois da expulsão, foi conseguido sem dificuldades de maior.
Em termos individuais, o Dedić foi dos melhores, mostrando grande personalidade e alguma qualidade na saída de bola. O resto da defesa esteve em geral muito segura, bem comandada pelo Otamendi. O Trubin mostrou-se seguro durante grande parte do jogo, mas teve um falhanço clamoroso, que só graças a um fora-de-jogo não foi golo. Do meio-campo para a frente, não houve grandes exibições, antes pelo contrário. O Florentino até nem estava a fazer um mau jogo, mas não pode pura e simplesmente levar dois amarelos em dois minutos! É indesculpável! O Pavlidis também esteve a léguas do que costuma fazer, mas o Aktürkoğlu não se exibiu em mau plano, enquanto teve pernas. O Richard Ríos continua com o andamento do Brasileirão, que é manifestamente pouco para o futebol europeu, além de ter falhas gritantes no capítulo do passe. Por 27M€, espera-se muito mais.
Daqui a três dias, receberemos o Tondela na Luz antes do jogo da 2ª mão. É expectável que o Lage faça algumas alterações e espero que isso aconteça mesmo, dado que a equipa titular tem sido basicamente igual e é preciso um pouco de descanso para a recepção aos turcos.
Como seria de calcular, o Bruno Lage não foi à Turquia jogar com dois pontas-de-lança, tendo deixado o Ivanović no banco e colocado o Florentino para povoar o meio-campo. A outra alteração foi a saída do Schjelderup (claro...) para a entrada do Aktürkoğlu. O jogo foi sempre muito dividido, connosco a tentar controlar a posse de bola, sem acelerar muito o que resultou em pouquíssimas oportunidades da nossa parte. O lado positivo foi que defendemos bem e não demos igualmente muitas chances aos turcos. Um livre do Aktürkoğlu, um cabeceamento do marroquino En-Nesyri e um remate de fora da área do Oosterwolde foram os lances mais perigosos, mas ambos os guarda-redes defenderam.
A 2ª parte não diferiu muito da primeira, mas pouco depois dos 60’ o Lage resolveu arriscar, colocando o Ivanović no lugar do amarelado Barrenechea. Infelizmente, o Florentino viu dois amarelos em dois minutos (imperdoável!) e a estratégia do Lage foi por água abaixo. O Mourinho colocou o Talisca e foi o brasileiro que sacou o amarelo ao Florentino, mas o Fenerbahçe acabou por não ter grandes oportunidades de desfeitear o Trubin, excepção feita aos 82’ quando o Trubin deu um grande frango e viu a bola posteriormente entrar na baliza num cabeceamento na recarga, mas felizmente o avançado que marcou estava em ligeiro fora-de-jogo. O Lage colocou o Leandro Barreiro pouco depois da expulsão e o luxemburguês foi importante para cortar o ritmo dos turcos. O objectivo, claramente assumido depois da expulsão, foi conseguido sem dificuldades de maior.
Em termos individuais, o Dedić foi dos melhores, mostrando grande personalidade e alguma qualidade na saída de bola. O resto da defesa esteve em geral muito segura, bem comandada pelo Otamendi. O Trubin mostrou-se seguro durante grande parte do jogo, mas teve um falhanço clamoroso, que só graças a um fora-de-jogo não foi golo. Do meio-campo para a frente, não houve grandes exibições, antes pelo contrário. O Florentino até nem estava a fazer um mau jogo, mas não pode pura e simplesmente levar dois amarelos em dois minutos! É indesculpável! O Pavlidis também esteve a léguas do que costuma fazer, mas o Aktürkoğlu não se exibiu em mau plano, enquanto teve pernas. O Richard Ríos continua com o andamento do Brasileirão, que é manifestamente pouco para o futebol europeu, além de ter falhas gritantes no capítulo do passe. Por 27M€, espera-se muito mais.
Daqui a três dias, receberemos o Tondela na Luz antes do jogo da 2ª mão. É expectável que o Lage faça algumas alterações e espero que isso aconteça mesmo, dado que a equipa titular tem sido basicamente igual e é preciso um pouco de descanso para a recepção aos turcos.
domingo, agosto 17, 2025
Imerecido
Vencemos ontem o Estrela da Amadora na Reboleira por 1-0 e
estreámo-nos com uma vitória no campeonato. É isto que vai ficar para a história
e é o mais importante. Mas é bom que tiremos ilações deste jogo, porque o resultado
é muito mentiroso e estivemos a léguas de merecer esta vitória.
O Bruno Lage voltou a repetir o onze das últimas partidas, mas nunca nos conseguimos encontrar em campo. Campo, esse, que há que frisar estava um autêntico batatal, o que é de difícil compreensão, ainda por cima estando nós em pleno Verão e no início da temporada... O Estrela fechou-se sempre muito bem na 1ª parte e nós nunca acelerámos convenientemente o nosso jogo. Um remate de fora da área do Dahl, que passou ao lado do poste, e um calcanhar falhado do Pavlidis, depois de remate do Aursnes, com o mesmo destino, foram as nossas duas ocasiões. As do Estrela foram bastante mais perigosas, com um desvio na pequena-área do Chernov que saiu inacreditavelmente por cima e uma defesa do Trubin a remate do Gastão, que desviou a bola para o poste. Em cima do intervalo, o Schjelderup dominou bem a bola na área depois de um centro do Aursnes, mas um defesa interceptou o remate.
Quando lhe esperava uma melhoria exibicional da nossa parte depois do intervalo, nada disso aconteceu. A partida continuou muito dividida, mas o Estrela esteve muito perto do marcar num livre directo, muito mal defendido pelo Trubin, que socou a bola para a frente, com o Godoy a falhar clamorosamente o cabeceamento, quando tinha tudo para inaugurar o marcador. Ao invés, fomos nós que o fizemos, com um penalty caído do céu, aos 60’: empurrão indiscutível ao Ivanović, quando este se preparava para receber um centro largo do Dahl, e o Pavlidis marcou o respectivo penalty com força para o meio da baliza, não dando hipóteses ao guarda-redes Renan Ribeiro. Estando em vantagem no marcador e com o expectável avanço no terreno dos anfitriões, esperava-se que nós tivéssemos mais espaço e produzíssemos melhor futebol, mas mais uma vez as expectativas saíram defraudadas. A 20’ do final, lá saiu o do costume (Schjelderup), que desta vez nem fez uma exibição por aí além (aliás, como a maioria da equipa), e entrou o Prestianni, que assistiu o Ivanović para a nossa outra grande ocasião da 2ª parte, já dentro dos últimos 10 minutos, com um remate de pé esquerdo, superiormente defendido pelo Renan Ribeiro. Por incrível que possa parecer, no tempo de compensação, o Estrela teve duas enormes oportunidades(!), com o Kikas a atirar por cima depois de um erro clamoroso do António Silva, que proporcionou uma jogada rápida do adversário, e num livre do Rodrigo Pinho ainda muito longe da área, que o Trubin ficou a olhar(!) com a bola a passar muito perto do poste. Àquela distância, não se compreende que o nosso guarda-redes não se tenha ao menos feito ao lance.
Em termos individuais, não vou destacar ninguém, porque a exibição colectiva foi má demais para ser verdade.
Sim, conseguimos algo inédito no nosso clube, que foi ganhar os primeiros quatro jogos da temporada sem sofrer nenhum golo, mas fizemo-lo sem brilho absolutamente nenhum e com uma elevada dose de sorte nesta partida. Na 4ª feira, iremos ao inferno de Istambul defrontar o Fenerbahçe e a melhoria exibicional tem de ser substancial, sob pena hipotecarmos logo ali o acesso à Champions.
O Bruno Lage voltou a repetir o onze das últimas partidas, mas nunca nos conseguimos encontrar em campo. Campo, esse, que há que frisar estava um autêntico batatal, o que é de difícil compreensão, ainda por cima estando nós em pleno Verão e no início da temporada... O Estrela fechou-se sempre muito bem na 1ª parte e nós nunca acelerámos convenientemente o nosso jogo. Um remate de fora da área do Dahl, que passou ao lado do poste, e um calcanhar falhado do Pavlidis, depois de remate do Aursnes, com o mesmo destino, foram as nossas duas ocasiões. As do Estrela foram bastante mais perigosas, com um desvio na pequena-área do Chernov que saiu inacreditavelmente por cima e uma defesa do Trubin a remate do Gastão, que desviou a bola para o poste. Em cima do intervalo, o Schjelderup dominou bem a bola na área depois de um centro do Aursnes, mas um defesa interceptou o remate.
Quando lhe esperava uma melhoria exibicional da nossa parte depois do intervalo, nada disso aconteceu. A partida continuou muito dividida, mas o Estrela esteve muito perto do marcar num livre directo, muito mal defendido pelo Trubin, que socou a bola para a frente, com o Godoy a falhar clamorosamente o cabeceamento, quando tinha tudo para inaugurar o marcador. Ao invés, fomos nós que o fizemos, com um penalty caído do céu, aos 60’: empurrão indiscutível ao Ivanović, quando este se preparava para receber um centro largo do Dahl, e o Pavlidis marcou o respectivo penalty com força para o meio da baliza, não dando hipóteses ao guarda-redes Renan Ribeiro. Estando em vantagem no marcador e com o expectável avanço no terreno dos anfitriões, esperava-se que nós tivéssemos mais espaço e produzíssemos melhor futebol, mas mais uma vez as expectativas saíram defraudadas. A 20’ do final, lá saiu o do costume (Schjelderup), que desta vez nem fez uma exibição por aí além (aliás, como a maioria da equipa), e entrou o Prestianni, que assistiu o Ivanović para a nossa outra grande ocasião da 2ª parte, já dentro dos últimos 10 minutos, com um remate de pé esquerdo, superiormente defendido pelo Renan Ribeiro. Por incrível que possa parecer, no tempo de compensação, o Estrela teve duas enormes oportunidades(!), com o Kikas a atirar por cima depois de um erro clamoroso do António Silva, que proporcionou uma jogada rápida do adversário, e num livre do Rodrigo Pinho ainda muito longe da área, que o Trubin ficou a olhar(!) com a bola a passar muito perto do poste. Àquela distância, não se compreende que o nosso guarda-redes não se tenha ao menos feito ao lance.
Em termos individuais, não vou destacar ninguém, porque a exibição colectiva foi má demais para ser verdade.
Sim, conseguimos algo inédito no nosso clube, que foi ganhar os primeiros quatro jogos da temporada sem sofrer nenhum golo, mas fizemo-lo sem brilho absolutamente nenhum e com uma elevada dose de sorte nesta partida. Na 4ª feira, iremos ao inferno de Istambul defrontar o Fenerbahçe e a melhoria exibicional tem de ser substancial, sob pena hipotecarmos logo ali o acesso à Champions.
sábado, agosto 16, 2025
Tranquilo
Voltámos a vencer o Nice pelo mesmo resultado (2-0) na
passada 3ª feira na Luz e iremos defrontar o Fenerbahçe no play-off de acesso à Liga dos Campeões. Realizámos uma boa exibição,
especialmente na 1ª parte, em que conseguimos os dois golos, e não demos a mínima
chance aos franceses.
O Bruno Lage repetiu a equipa da 1ª mão, mas não entrámos muito bem na partida, apresentando-nos algo desconcentrados e tendo permitido aos franceses os primeiros sustos à baliza do Trubin, que se revelou atento, nomeadamente numa saída a punhos. No entanto, a primeira vez que criámos perigo foi fatal para o Nice, com o Aursnes a fazer um 1-0 depois de assistência do Schjelderup, brilhantemente desmarcado pelo Enzo Barrenechea. Estávamos no minuto 19 e aos 27’ os papéis inverteram-se, com o Aursnes a centrar atrasado para o Schjelderup fazer o 2-0 num remate rasteiro sem hipóteses para o guarda-redes. Estava resolvida a eliminatória ainda antes da meia-hora. O único lance de verdadeiro perigo do Nice aconteceu precisamente aos 30’ com um remate de primeira ao poste, com o Trubin batido. Perto do intervalo, foi o Otamendi a fazer um cruzamento-remate com defesa para canto do guarda-redes Diouf.
A 2ª parte decresceu bastante em termos de qualidade, dado que nós estávamos satisfeitos com o resultado e o Nice nunca mostrou argumentos para colocar a baliza do Trubin em real perigo. Até porque, quando esteve perto disso, havia sempre um jogador do Benfica a cortar o lance, como aconteceu com o António Silva. Na baliza contrária, o Schjelderup esteve à beira de bisar, mas o remate de pé esquerdo bateu na trave, depois de jogada do Pavlidis. Claro está que o nº 21 foi dos primeiros a sair, pouco depois, quando o Lage começou a fazer substituições e o Prestianni, que entrou para o seu lugar, mexeu bastante com as águas. O pequeno argentino ia fazendo um golão, com um remate em arco do lado esquerdo a passar perto da trave. O Leandro Barreiro também não entrou mal e teve uma ocasião para marcar, todavia perdeu tempo na altura do remate. O último a entrar foi o Aktürkoğlu, que deste modo, se for transferido para o Fenerbahçe, não poderá jogar contra nós. Gosto bastante quando a estrutura do Benfica está atenta a estes pormenores. O Henrique Araújo, entretanto entrado, foi o protagonista da derradeira oportunidade, mas não conseguiu ter velocidade quando ficou isolado e deu hipótese ao defesa de recuperar a posição.
Em termos individuais, o Aursnes e o Schjelderup, cada um com um golo e uma assistência, foram os maiores destaques. Do Aursnes, já nada há mais a esperar, é fundamental e ponto final, mas finalmente que o Schjelderup está a ter oportunidade de mostrar a qualidade que quase todos nós víamos nele. Só falta agora ao Lage deixá-lo jogar mais tempo e não o escolher sempre que tem de fazer a primeira substituição... O Enzo Barrenechea a meio-campo está a consolidar-se, especialmente com os seus passes a rasgar, e o Dedic na direita está a revelar-se um autêntico cavalo. O Ivanović não esteve tão em destaque como em França, mas não há dúvidas de que é grande jogador.
O último obstáculo para chegar à Champions, o Fenerbahçe, vai ser complicadíssimo, mas antes disso temos hoje a estreia no campeonato frente ao E. Amadora na Reboleira. Dado que estamos com um jogo em atraso, é ainda mais importante entrarmos bem na Liga, que, convém nunca esquecer, é sempre o principal objectivo da temporada.
O Bruno Lage repetiu a equipa da 1ª mão, mas não entrámos muito bem na partida, apresentando-nos algo desconcentrados e tendo permitido aos franceses os primeiros sustos à baliza do Trubin, que se revelou atento, nomeadamente numa saída a punhos. No entanto, a primeira vez que criámos perigo foi fatal para o Nice, com o Aursnes a fazer um 1-0 depois de assistência do Schjelderup, brilhantemente desmarcado pelo Enzo Barrenechea. Estávamos no minuto 19 e aos 27’ os papéis inverteram-se, com o Aursnes a centrar atrasado para o Schjelderup fazer o 2-0 num remate rasteiro sem hipóteses para o guarda-redes. Estava resolvida a eliminatória ainda antes da meia-hora. O único lance de verdadeiro perigo do Nice aconteceu precisamente aos 30’ com um remate de primeira ao poste, com o Trubin batido. Perto do intervalo, foi o Otamendi a fazer um cruzamento-remate com defesa para canto do guarda-redes Diouf.
A 2ª parte decresceu bastante em termos de qualidade, dado que nós estávamos satisfeitos com o resultado e o Nice nunca mostrou argumentos para colocar a baliza do Trubin em real perigo. Até porque, quando esteve perto disso, havia sempre um jogador do Benfica a cortar o lance, como aconteceu com o António Silva. Na baliza contrária, o Schjelderup esteve à beira de bisar, mas o remate de pé esquerdo bateu na trave, depois de jogada do Pavlidis. Claro está que o nº 21 foi dos primeiros a sair, pouco depois, quando o Lage começou a fazer substituições e o Prestianni, que entrou para o seu lugar, mexeu bastante com as águas. O pequeno argentino ia fazendo um golão, com um remate em arco do lado esquerdo a passar perto da trave. O Leandro Barreiro também não entrou mal e teve uma ocasião para marcar, todavia perdeu tempo na altura do remate. O último a entrar foi o Aktürkoğlu, que deste modo, se for transferido para o Fenerbahçe, não poderá jogar contra nós. Gosto bastante quando a estrutura do Benfica está atenta a estes pormenores. O Henrique Araújo, entretanto entrado, foi o protagonista da derradeira oportunidade, mas não conseguiu ter velocidade quando ficou isolado e deu hipótese ao defesa de recuperar a posição.
Em termos individuais, o Aursnes e o Schjelderup, cada um com um golo e uma assistência, foram os maiores destaques. Do Aursnes, já nada há mais a esperar, é fundamental e ponto final, mas finalmente que o Schjelderup está a ter oportunidade de mostrar a qualidade que quase todos nós víamos nele. Só falta agora ao Lage deixá-lo jogar mais tempo e não o escolher sempre que tem de fazer a primeira substituição... O Enzo Barrenechea a meio-campo está a consolidar-se, especialmente com os seus passes a rasgar, e o Dedic na direita está a revelar-se um autêntico cavalo. O Ivanović não esteve tão em destaque como em França, mas não há dúvidas de que é grande jogador.
O último obstáculo para chegar à Champions, o Fenerbahçe, vai ser complicadíssimo, mas antes disso temos hoje a estreia no campeonato frente ao E. Amadora na Reboleira. Dado que estamos com um jogo em atraso, é ainda mais importante entrarmos bem na Liga, que, convém nunca esquecer, é sempre o principal objectivo da temporada.
segunda-feira, agosto 11, 2025
Superioridade
Vencemos em Nice na passada 4ª feira por 2-0 na 1ª mão da 3ª
pré-eliminatória de acesso à Liga dos Campeões. Perante o 4º classificado do
campeonato francês, em teoria o mais difícil que nos poderia calhar nesta fase,
demos uma boa resposta e temos a eliminatória bem encaminhada para o nosso lado.
Houve uma grande surpresa no onze inicial que foi a inclusão do recém-chegado Ivanović, em detrimento do Leandro Barreiro, e, com a lesão do Aktürkoğlu, avançou igualmente o Schjelderup. Logo desde o apito inicial, demos mostras de que somos bem melhores do que os franceses, que também estavam com problemas de lesões e de transferências dos melhores jogadores. Tivemos duas excelentes ocasiões na 1ª parte, com uma insistência do Schjelderup a bater um defesa contrário e atirar para defesa do guarda-redes Yehvann Diouf para canto e outra jogada do norueguês pela esquerda, com um centro para o Pavlidis, que só tinha de encostar, mas acertou mal na bola e o guarda-redes defendeu com o pé. Um livre directo do Ríos, ainda a uma certa distância da baliza, também foi defendido com alguma dificuldade pelo Diouf, enquanto do outro lado só houve um lance do ponta-de-lança que bateu o Otamendi, mas rematou ao lado da baliza do Trubin.
Na 2ª parte, foram os franceses os primeiros a criar perigo, com o lateral-direito Clauss a passar por dois defesas nossos, mas felizmente a rematar fraco para as mãos do Trubin. No entanto, aos 53’ fomos nós a inaugurar o marcador num golo à ponta-de-lança do Ivanović, a desviar na área um centro do Aursnes na direita, depois de jogada do Dedić. Bom cartão-de-visita do avançado croata! Os franceses acusaram o golo e nunca mais foram capazes de criar perigo para a nossa área. Por seu lado, o Ivanović teve uma boa chance de fazer um hat-trick logo na estreia, mas um remate em boa posição saiu muito por cima e noutro lance foi o guarda-redes a impedi-lo de ser feliz. O Bruno Lage ia refrescando a equipa e foi um dos substitutos, o Florentino, o outro herói improvável a fazer o 2-0 aos 88’ num remate de fora da área!
Em termos individuais, o Ivanović fez-se notar (e bem) e poderemos ter uma boa dupla de pontas-de-lança com ele e o Pavlidis, pelo menos na maioria dos jogos em que temos de atacar. Também gostei bastante do Schjelderup, que foi o nosso melhor jogador na 1ª parte, ao levar a equipa para a frente. No entanto, para (não) variar, foi o primeiro a ser substituído... A dupla de meio-campo (Barrenechea e Ríos) começa a pegar de estaca, mas o Florentino promete dar luta e o golo que marcou não deixará de o tornar mais confiante. O Aursnes, já se sabe, não consegue jogar mal e o Dedić também se exibiu em bom plano. A defesa esteve segura e o Trubin não teve muito trabalho.
Amanhã, voltaremos a defrontar o Nice no Estádio da Luz, onde se espera mais uma vitória e confirmação da ida ao play-off, onde já sabemos que nos irá calhar (outra vez) o pior adversário possível (Feyenoord ou Fenerbahçe).
Houve uma grande surpresa no onze inicial que foi a inclusão do recém-chegado Ivanović, em detrimento do Leandro Barreiro, e, com a lesão do Aktürkoğlu, avançou igualmente o Schjelderup. Logo desde o apito inicial, demos mostras de que somos bem melhores do que os franceses, que também estavam com problemas de lesões e de transferências dos melhores jogadores. Tivemos duas excelentes ocasiões na 1ª parte, com uma insistência do Schjelderup a bater um defesa contrário e atirar para defesa do guarda-redes Yehvann Diouf para canto e outra jogada do norueguês pela esquerda, com um centro para o Pavlidis, que só tinha de encostar, mas acertou mal na bola e o guarda-redes defendeu com o pé. Um livre directo do Ríos, ainda a uma certa distância da baliza, também foi defendido com alguma dificuldade pelo Diouf, enquanto do outro lado só houve um lance do ponta-de-lança que bateu o Otamendi, mas rematou ao lado da baliza do Trubin.
Na 2ª parte, foram os franceses os primeiros a criar perigo, com o lateral-direito Clauss a passar por dois defesas nossos, mas felizmente a rematar fraco para as mãos do Trubin. No entanto, aos 53’ fomos nós a inaugurar o marcador num golo à ponta-de-lança do Ivanović, a desviar na área um centro do Aursnes na direita, depois de jogada do Dedić. Bom cartão-de-visita do avançado croata! Os franceses acusaram o golo e nunca mais foram capazes de criar perigo para a nossa área. Por seu lado, o Ivanović teve uma boa chance de fazer um hat-trick logo na estreia, mas um remate em boa posição saiu muito por cima e noutro lance foi o guarda-redes a impedi-lo de ser feliz. O Bruno Lage ia refrescando a equipa e foi um dos substitutos, o Florentino, o outro herói improvável a fazer o 2-0 aos 88’ num remate de fora da área!
Em termos individuais, o Ivanović fez-se notar (e bem) e poderemos ter uma boa dupla de pontas-de-lança com ele e o Pavlidis, pelo menos na maioria dos jogos em que temos de atacar. Também gostei bastante do Schjelderup, que foi o nosso melhor jogador na 1ª parte, ao levar a equipa para a frente. No entanto, para (não) variar, foi o primeiro a ser substituído... A dupla de meio-campo (Barrenechea e Ríos) começa a pegar de estaca, mas o Florentino promete dar luta e o golo que marcou não deixará de o tornar mais confiante. O Aursnes, já se sabe, não consegue jogar mal e o Dedić também se exibiu em bom plano. A defesa esteve segura e o Trubin não teve muito trabalho.
Amanhã, voltaremos a defrontar o Nice no Estádio da Luz, onde se espera mais uma vitória e confirmação da ida ao play-off, onde já sabemos que nos irá calhar (outra vez) o pior adversário possível (Feyenoord ou Fenerbahçe).
terça-feira, agosto 05, 2025
Lisonjeiro
Vencemos a lagartada no Estádio do Algarve na passada 5ª feira e conquistámos a 10ª Supertaça do nosso historial. Foi uma vitória feliz da nossa parte, mas o que conta são os troféus que levamos para o museu. E, ao contrário da Taça de Portugal em que fomos claramente melhores e merecíamos ganhar, mesmo que o jogo tenha sido muito mais equilibrado, neste caso ganhámos com absoluta lisura.
Com três reforços no onze (Dedic, Barrenechea e Ríos), não entrámos nada bem na partida e a lagartada foi bastante melhor e mais perigosa na 1ª parte. Teve um golo invalidado por fora-de-jogo logo aos 7’, mas conseguiu desmontar a nossa defesa um bom par de vezes, enquanto nós praticamente não criámos perigo, dado que o nosso meio-campo tinha bastante tracção atrás, com os dois reforços já referidos juntamente com o Aursnes e Leandro Barreiro. Faltou (falta...) claramente magia e rasgos de génio ofensivo naquela zona.
Na 2ª parte, entrámos melhor, com as linhas mais juntas e a lagartada não pôde jogar tão à vontade. Claro que o facto de marcarmos relativamente cedo, aos 50’, num remate do Pavlidis e um enorme frango do Rui Silva ajudou a que tivéssemos controlado melhor as coisas. No entanto, pouco mais fizemos, dado que só noutro remate do Pavlidis, defendido para canto pelo guarda-redes, é que voltámos a criar perigo, enquanto do outro lado o António Silva foi um gigante a segurar a nossa muralha defensiva. A lagartada ainda ameaçou (aquele Luis Suárez parece-me bom jogador e o último avançado do Almería que veio para o futebol português chamava-se... Darwin), mas felizmente o resultado manteve-se até final.
Em termos individuais, o António Silva foi de longe o melhor em campo. É muito bom que comece assim a temporada e esperamos que tenha continuidade ao longo dela, para confirmar a qualidade que revelou no seu ano de estreia e que andou algo apagada nos últimos tempos. O Pavlidis merece menção por ter sido o protagonista dos nossos momentos de perigo. O Ríos fez uma 1ª parte péssima (só passes transviados e más conduções de bola), mas subiu exponencialmente na 2ª e a jogada do golo começou nele. O Barrenechea é um pêndulo a meio-campo, mas o Dedic precisa de treinar melhor os cruzamentos.
Começamos a jogar amanhã grande parte do que será a nossa temporada com o início da qualificação para a Champions frente ao Nice. O plantel ainda não está fechado (espero eu) e precisamos urgentemente de alguém com magia para o meio-campo e eventualmente outro extremo, fruto da lesão do Bruma na Eusébio Cup. Foi óptimo ganhar o primeiro troféu oficial da temporada, mas o jogo esteve longe de me encher as medidas. Aqueles reforços precisam-se e com urgência.
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