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sábado, março 01, 2025

A caminho do Jamor

Vencemos o Braga (1-0) na Luz na passada 4ª feira e qualificámo-nos para as meias-finais da Taça de Portugal, onde iremos defrontar o Tirsense do Campeonato de Portugal. Dado que é um adversário do quarto escalão do futebol nacional, que está a lutar para não descer às distritais e que é uma eliminatória a duas mãos, era só o que mais faltava não irmos à final da Taça em Maio. Seria o maior escândalo da nossa história.

Sabedor que este era verdadeiramente o jogo que decidida a ida à final, o Bruno Lage voltou a apostar na equipa mais forte, com as novidades Dahl e Bruma em vez dos habituais Leandro Barreiro e Schjelderup (de quem decididamente o Lage não gosta muito...). Entrámos muito bem na partida e o Aktürkoğlu atirou ao poste, depois de um bom lance individual, com o Pavlidis a não conseguir marcar na recarga. Pouco depois, o Braga teve a única verdadeira oportunidade numa cabeçada do Racic num canto que saiu a rasar o poste, num lance em que o António Silva foi, à semelhança de muitos outros iguais, mais uma vez batido... O Bruma ainda meteu a bola na baliza, mas o Pavlidis estava fora-de-jogo no decurso da jogada e o guarda-redes Horníček defendeu um remate do Aktürkoğlu, bem desmarcado pelo Kökçü, até que aos 38’ marcámos finalmente num bom remate do Pavlidis de fora da área, depois de uma assistência do Dahl, que a aproveitou um mau passe do Paulo Oliveira. Era um golo mais do que merecido tamanhas foram as oportunidades que tivemos e, em cima do intervalo, foi o Kökçü a não conseguir desviar quase sobre a linha um centro do Carreras. Ou seja, deveríamos ter chegado ao descanso com a eliminatória resolvida e o jogo ainda ficou em aberto.

Na 2ª parte, o ritmo não foi tão elevado, mas tivemos uma soberana ocasião para fechar a partida, pouco depois do reinício,  com o Bruma isolado pelo Carreras a permitir a defesa do Horníček. Logo a seguir, foi o Pavlidis a não conseguir acertar bem na bola depois de um centro do Aktürkoğlu, que desviou num defesa. O extremo Roger era o jogador mais perigoso do Braga, mas conseguimos controlá-los minimamente e não permitimos grandes chances para marcarem. Foi, aliás, nossa a melhor ocasião até final, com o entretanto entrado Schjelderup a ter uma boa jogada individual, culminada com um remate defendido pelo guarda-redes, mas o norueguês deveria ter dado para o lado, porque o Belotti estava isolado... Não merecíamos ter ansiado tanto pelo final do jogo pelas enormes oportunidades que tivemos para o resolver mais cedo.

Em termos individuais, o Pavlidis merece destaque por ter decidido a eliminatória. O Kökçü também esteve em bom plano, especialmente na 1ª parte, juntamente com o Aktürkoğlu na direita. O Dahl não esteve tão bem como em partidas anteriores, mas existem já poucas dúvidas sobre termos de exercer a opção de compra. O Bruma fez o jogo mais fraco desde que está no Benfica, o Otamendi esteve imperial na defesa e o Samuel Soares acabou por ter pouco trabalho.

Teremos agora uma semana para preparar o Barcelona, dado que a ida ao Gil Vicente foi adiada para o final do mês. Mas convém não nos esquecermos que o campeonato (e a Taça) são as nossas prioridades.