quinta-feira, fevereiro 13, 2025
Imperdoável
Fomos ao Mónaco ontem vencer por 1-0 e colocarmo-nos em vantagem no play-off de acesso aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. No entanto, saí do jogo com um enorme sentimento de frustração, dado que perdemos uma oportunidade de ouro de sair de França com a eliminatória resolvida, dado que jogámos contra dez durante grande parte da etapa complementar.
Com a equipa-tipo de volta, até nem entrámos mal nos primeiros minutos, com um remate de longe do Carreras ao lado e uma perda de bola infantil dos monegascos, com o Pavlidis e Aursnes a fazerem o mais difícil, que foi não terem criado perigo nenhum. Do outro lado, valeu-nos o Trubin num remate sob o lado esquerdo, fazendo uma grande defesa para canto. Depois daqueles dois lances, deixámos que o Mónaco tomasse conta da partida praticamente até ao intervalo. No então, apesar de entrar na nossa defesa com relativo à-vontade, não chegou a colocar o Trubin muito à prova. Mesmo antes do final dos primeiros 45’, tivemos duas óptimas ocasiões, num remate do Carreras de pé direito, depois de boa jogada do Pavlidis, defendido pelo guarda-redes (não se percebe porque é que não rematou de primeira com o pé esquerdo...) e um desvio de calcanhar do António Silva, depois de um remate de primeira do Aktürkoğlu na sequência de um canto, que também não passou muito longe do poste.
A 2ª parte não poderia ter começado melhor, com o nosso golo a surgiu logo aos 48’ de uma óptima abertura do Tomás Araújo para o Pavlidis (mesmo no limite do fora-de-jogo!), que bateu o defesa (embora este tenha sido um pouco anjinho...!) e depois picou a bola com muita classe por cima do guarda-redes. Um golão! Quatro minutos depois, o jogo tornou-se ainda mais fácil para nós, dado que o Al Musrati pediu o segundo amarelo para o Carreras ao árbitro e este, ao invés, mostrou-lhe a ele. Eu sei que está nas regras, mas acho que o Sr. Maurizio Mariani poderia ter usado mais o senso comum e não mandar um jogador para a rua por causa daquilo... Com mais um elemento em campo, tínhamos uma oportunidade de ouro para decidir já a eliminatória a nosso favor. Mas infelizmente não só não o conseguimos, como em muitas alturas deu a sensação, pela falta de intensidade atacante, de que estávamos satisfeitos. O Bruno Lage veio dizer no final que não tivemos killer instinct, mas quem o tem de fornecer à equipa é ele! Até parece que está fora de todo o processo...! Claro que tivemos oportunidades para aumentar a vantagem, sendo a do Pavlidis , porventura, a maior delas todas, com um desvio já na pequena-área a centro do Schjelderup, que o Majecki defendeu. Também o entretanto entrado Amdouni falhou claramente um remate na área, que teria dado golo. Terminámos o jogo com três(!) pontas-de-lança em campo, mas desperdiçámos esta soberana hipótese. Se, por acaso, alguma coisa correr mal no jogo de cá, bem podemos lamentar esta oportunidade perdida. E, como se já não bastasse isto, ainda vimos o Tomás Araújo e o Di María (entrado na 2ª parte), saírem lesionados. O argentino tem um problema muscular e vai certamente parar durante uns tempos.
Em termos individuais, destaque para o Pavlidis pelo golão que marcou. O Florentino voltou a estar imperial no meio-campo, mas teve de sair mais cedo, por causa do amarelo que levou e que o vai afastar da 2ª mão. O Otamendi comandou as tropas defensivas da melhor maneira. Todos os outros estiveram num nível médio, com o Leandro Barreiro a ser dos que melhor entraram vindos do banco.
Nunca percebi porque é que, na Champions, há equipas que têm oito dias entre jogos e outras seis. Vai ser o nosso caso desta vez, ainda por cima com a dificílima deslocação a casa do Santa Clara pelo meio. Vão ser dias muitos intensos, com pouco descanso e, para complicar ainda mais as coisas, com lesionados na equipa. Veremos que temos estofo para isto...
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