origem

terça-feira, outubro 22, 2024

Pevidém

Vencemos no passado sábado o Pevidém em Moreira de Cónegos (2-0) e seguimos em frente, como se esperava, na Taça de Portugal. Não me cansarei de referir que esta prova é o melhor exemplo da nossa degradação futebolística dos últimos (largos) anos, dado que temos o vergonhoso histórico de três taças conquistadas nas últimos 28 temporadas, a última das quais já há sete épocas! Urge corrigir isso rapidamente!
 
Depois da fantochada do nevoeiro na Choupana, que nos fez adiar o jogo do campeonato antes da pausa para as selecções, apresentámo-nos nesta partida perante um adversário do Campeonato de Portugal basicamente com suplentes. Neste tipo de jogos, o primeiro golo costuma desbloquear as coisas e marcámo-lo logo aos 3’ através do Beste (a jogar a extremo-esquerdo), a corresponder bem a um centro do Kaboré na direita. Nem houve tempo para ficar nervoso, com este golo madrugador, que, no entanto, não nos galvanizou para uma boa exibição. A maioria dos jogadores não aproveitou para se constituir verdadeiramente como opção para o Bruno Lage. Até ao intervalo, ainda tivemos um bom remate do Arthur Cabral de fora da área, defendido pelo guarda-redes, e uma cabeçada do Tomás Araújo por cima num canto, que nos poderiam ter feito aumentar o marcador.
 
Na 2ª parte, o Bruno Lage colocou o Schjelderup em vez do apagado Amdouni e o norueguês teve uma ou outra boa iniciativa. Mas foi novamente o Beste a marcar, num lance em que o Arthur Cabral acabou por lhe fazer uma assistência involuntária para um remate colocado do alemão aos 75’. Púnhamo-nos assim a salvaguardo de qualquer imprevisto até final, porque já se sabe que um golo pode sempre surgir a qualquer momento (e todos nós nos lembramos do Caldas há duas épocas...). Até final, ainda deu para estrear o Gerson Sousa na equipa principal.
 
Em termos individuais, óbvio destaque para o Beste com um bis. O resto da equipa apresentou-se a um nível mediano, com o Samuel Soares a nem tocar na bola e o Arthur Cabral a desperdiçar a oportunidade de marcar pontos na discussão com o Pavlidis por um lugar na equipa.
 
Teremos amanhã a Liga dos Campeões de regresso, mas antes o sorteio da próxima eliminatória de uma caminhada que se espera que termine no Jamor com a taça.
 
P.S. – As competições nacionais pararam duas semanas por causa da Liga das Nações. Portugal terá feito das melhores exibições na era Martínez ao ganhar na Polónia por 3-1, com um grande jogo do Rafael Leão, mas três dias depois voltou à modorra do costume com um empate a zeros na Escócia. De qualquer forma, apurando-se duas selecções para os quartos-de-final, essa nossa qualificação só muito dificilmente nos fugirá.

Sem comentários: