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sexta-feira, outubro 25, 2024

Falta de pedalada

Perdemos na 4ª feira passada frente ao Feyenoord (1-3) para a Champions, na primeira derrota do Bruno Lage neste seu regresso ao Benfica. Foi um balde de água fria em relação ao que vínhamos demonstrando e perdemos uma boa oportunidade de, com três vitórias, quase selar a nossa ida ao play-off de acesso aos oitavos-de-final.

Depois da rotação na Taça, voltámos a apresentar a equipa habitual, novamente com o Tomás Araújo no lugar do António Silva. E logo desde início ficou muito perceptível a diferença de andamento dos holandeses para nós. Eram sempre mais rápidos e mais agressivos na disputa dos lances, conseguiam sair a jogar desde trás com relativa facilidade, sendo quase imunes à nossa pressão. Não espantou, por isso, o primeiro golo sofrido logo aos 12’ pelo Ueda, depois de uma jogada na esquerda que nos apanhou em descompensação defensiva. À passagem dos 20’, tivemos a primeira e melhor oportunidade da etapa inicial, com uma cabeçada do Bah à barra, depois de um cruzamento do Di María, quando já estava dentro da pequena-área...! Mas logo a seguir vimos o VAR anular um golo ao Feyenoord devido a uma falta prévia sobre o Otamendi, que provavelmente não seria marcada em Portugal. Pensei que nos tivéssemos livrado de boa, mas foi por pouco tempo, dado que aos 33’ o Feyenoord fez mesmo o 0-2 através do Milambo, depois de ter feito uma cueca ao Otamendi e outra ao Trubin. Antes do intervalo, o Pavlidis ainda colocou a bola na baliza, mas infelizmente o Aktürkoğlu estava fora-de-jogo no início da jogada.
 
Na 2ª parte, apesar de não ter havido logo substituições, entrámos com outra garra e empurrámos os holandeses para o seu meio-campo nos minutos iniciais. O Pavlidis bem desmarcado teve um remate cruzado que o guarda-redes Wellenreuther defendeu com o pé, mas foi o Feyenoord a meter outra vez a bola na nossa baliza, tendo visto novamente o VAR anular o golo, por causa de um fora-de-jogo. Pouco depois da hora de jogo, o Lage mostrou que é diferente do Schmidt e tirou o Di María (que passou completamente ao lado da partida) para colocar o Beste, tendo igualmente entrado o Amdouni em vez do Florentino. Mas foi o alemão a ter acção directa no nosso golo, aos 66’, num remate cruzado que o guarda-redes defendeu para o lado, para o Aktürkoğlu só ter de encostar. Voltámos todos a acreditar que seria possível não sairmos derrotado desta partida e o Amdouni teve essa oportunidade, mas o óptimo cabeceamento foi defendido pelo guarda-redes contra a barra. Entretanto, houve o regresso do Renato Sanches à competição, juntamente com o Arthur Cabral, e o Aktürkoğlu teve a nossa última oportunidade num remate já dentro da área, que só foi defendido à segunda. Já em tempo de compensação, ficámos todos a dormir num livre lateral (por falta escusada do Amdouni) e o Milambo (completamente sozinho à entra da área!) bisou num remate rasteiro de fora-da-área, em que o Trubin nem se atirou.
 
Em termos individuais, não considero que tenha havido um jogador que tenha sobressaído muito em relação aos companheiros. A exibição de toda a equipa foi fraca e a vitória dos holandeses é justa. Já iniciámos um ciclo infernal, com bastantes jogos e esperemos que este tenha ido sintoma apenas de um dia mau. Claro que fazer o Totobola à 2ª feira é mais fácil, mas tendo o nosso jogo na Choupana sido adiado, se calhar, não foi das melhores ideias do mundo ter prescindido dos titulares todos contra o Pevidem...
 
P.S. – Este árbitro turco, Sr. Halil Umut Muler, foi bastante permissivo com o antijogo dos holandeses, exasperou-nos algumas vezes, mas não foi por ele que perdemos.

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