Com o Arthur Cabral e o Marcos Leonardo lesionados, o Rafa jogou na frente apoiado pelo Kökçü. O próprio teve duas boas ocasiões logo no início, mas atirou por cima numa delas e permitiu um desvio importante ao Arruabarrena na segunda. O João Mário, assistido pelo Rafa, desviou uma bola ao poste, antes de o Di María fazer o 1-0 de penalty aos 25’ a castigar mão na bola de um adversário, depois de um cruzamento do João Mário. O argentino ainda tentou oferecer o penalty ao Rafa, mas este tem, de facto, um feitio muito especial e recusou... Aos 27’, todo o público da Luz se levantou para aplaudir o Rafa, mas este nem esboçou reacção... Aos 32’, aumentámos para 2-0 com novo penalty, desta feita por derrube do guarda-redes ao Kökçü, que o próprio turco marcou com sucesso. Em cima do intervalo, surgiu o tão desejado golo do Rafa apareceu, num bom remate já dentro da área ao ângulo da baliza. Grande festa no estádio, mas o Rafa fez um festejo normal...
Com o jogo ganho ao intervalo, não poderíamos ter entrado melhor na 2ª parte, com o bis do Rafa aos 46’, a rodar bem sobre um defesa, manter o equilíbrio e picar a bola sobre o guarda-redes à sua saída, fazendo o 4-0. Ao igualar o Pizzi na lista dos melhores marcadores do Benfica, festejou fazendo a continência característica do seu amigo. Por volta a hora de jogo, o Di María fez um golo absolutamente genial, num chapéu ao guarda-redes, mas foi anulado por fora-de-jogo do Rafa no início da jogada... O jogo já estava decidido, eu acho que, a bem do futebol, deveria ter sido deixado passar...! O Schmidt começou a fazer substituições e foi o Tengstedt, acabadinho de entrar, a fechar o resultado aos 77’, contornando bem o guarda-redes, depois de ter sido isolado pelo Rafa. Aos 86’, saída do Rafa para a grande ovação final, retribuída por este por um bater de palmas ao público. Qualquer outro jogador provavelmente emocionar-se-ia, mas não o Rafa... No último minuto, ainda deu para o Rollheiser falhar um golo feito, atirando ao lado à saída do guarda-redes, depois de ter sido isolado pelo também entretanto entrado Tiago Gouveia.
Destaque individual óbvio para o Rafa, com dois golos e uma assistência. Iremos ter saudades dele, nomeadamente da sua velocidade. Mas aquele feitio está muito longe de ser típico de um jogador de futebol... O resto da equipa exibiu-se a um nível aceitável, mas o adversário deu menos luta do que se esperava.
Fecharemos esta temporada triste em Vila do Conde na última jornada, ainda sem sabermos se irá ser o último jogo do Roger Schmidt enquanto treinador do Benfica. Será bastante arriscado se ele continuar e, se as coisas começarem a correr mal (e o histórico do treinador nas terceiras épocas nos clubes não é nada famoso...), a própria continuidade do Rui Costa estará certamente em causa. Para mim, a decisão seria óbvia, mas esse balanço far-se-á no final do campeonato.
1 comentário:
A maioria das pessoas até nem tem uma relação forte com o jogador, que agora nos vai deixar, muito por esse feitio especial dele e um pouco pela sua frieza e distanciamento, para mim, no entanto isso nunca foi motivo para considerar menos o jogador não tem para mim qualquer importância nem incomodo, o que para mim sempre provocou um menos apego ao jogador foi a sua inconstância que o leva em muito pouco tempo do oitenta ao oito.
Iremos ter saudades dos momentos bons não iremos ter de certeza dos momentos em que ele desaparecia por completo de jogos e de parte de épocas, mas as saudades dele vão sempre depender da qualidade, ou falta dela, de quem o substituir e atendendo às péssimas substituições que tem acontecido patrocinadas por este treinador e por esta direção as saudades até tem tudo para acontecerem.
Vejo por ai muito a ideia de que o presidente poderá ficar em causa se mantiver um treinador que não tem condições para continuar pelos erros cometidos, mas sobretudo por ter optado pelo confrontos com os adeptos mesmo que esses adeptos não tenham razão, mas duvido muito que tal seja uma realidade alias basta ver o que aconteceu em todas as eleições nos últimos vinte e cinco anos e mesmo o vale ainda conseguiu quarenta por cento dos votos com um descalabro desportivo, financeiro, que agora não existe, e com as certezas que já existiam de vigarice que com o atual presidente não se colocam.
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