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sexta-feira, abril 26, 2024

Rotação – parte II

Vencemos em Faro o Farense na passada 2ª feira (3-1) e continuamos a sete pontos da lagartada (3-0 em casa ao V. Guimarães), com o CRAC a 11 de nós (2-1 em casa do Casa Pia). Ou seja, com quatro jornadas para disputar só um golpe de teatro nos fará sair da posição em que estamos.
 
Na ressaca do desastre europeu em Marselha, o Roger Schmidt fez alguma rotação no onze, colocando de início o Carreras, João Mário, Kökçü, Tiago Gouveia e Arthur Cabral. E o que se se pode dizer é que, à semelhança do Moreirense, estes jogadores provaram que poderiam (e deveriam) ter tido mais minutos em campo, seja como titulares, seja como substitutos. Entrámos com um bom ritmo e com oportunidades pelo Di María e Arthur Cabral, em remates de longe que o guarda-redes Ricardo Velho não conseguiu segurar. Inaugurámos o marcador aos 16’ numa boa combinação atacante entre o Di María e o Bah, com este a centrar directo para o Kökçü marcar de pé esquerdo. No entanto, o Farense igualou pouco depois, aos 23’, na sequência de um pontapé de canto com um remate do Belloumi de ângulo apertado, em que o Trubin deveria ter tido reflexos mais rápidos. Onze minutos volvidos, aos 34’, voltámos para a frente do marcador em nova combinação na direita entre o Di María e o Bah, com este a assistir desta feita o Arthur Cabral para outro bonito golo de calcanhar. E como os golos dão logo um boost de confiança, especialmente aos avançados, pouco depois o Arthur Cabral atirou uma bola ao poste num remate de longe.
 
A 2ª parte começou mais lenta da nossa parte, naquele ritmo muito perigoso de tentar adormecer o adversário, em vez de tentar forçar um segundo golo de vantagem, mas que invariavelmente nos costuma sair caro. Por volta da hora de jogo o Schmidt começou a mexer na equipa, colocando o David Neres e João Neves para os lugares do Tiago Gouveia e Florentino (este já amarelado). O Farense teve um remate perigoso de fora da área, que o Trubin defendeu, mas fechámos a partida pouco depois com o 3-1, na estreia do Carreras a marcar enquanto sénior, de pé direito(!), depois de uma assistência do Di María. Logo a seguir, tivemos sorte com um remate do Rui Costa, avançado do Farense entretanto entrado (já disse mais de uma vez que este nome deveria estar registado para ser de uma só pessoa...), que saiu a rasar o poste e poderia ter relançado o jogo. Até final, ainda houve dois lances que merecem ser realçados: um choque de cabeças que fez com que o João Neves tivesse de sair (e vamos lá a ver se recupera para o Braga) e um pontapé-de-bicicleta do Cabral, que o guarda-redes defendeu.
 
Em termos individuais, destaque para o Di María, que esteve nos nossos três golos, para o Bah, que fez a assistência para dois deles, e para o Arthur Cabral, que marcou um golão, atirou uma bola ao poste e ainda fez uma bicicleta perigosa. Como é um facto raro, vale a pena mencionar que o João Mário não esteve mal no centro do terreno.
 
Foi um regresso às vitórias já com um ar de fim de ciclo. Temos naturalmente de tentar vencer os jogos todos até ao fim, mas a desilusão que vai ser esta temporada terá de ter consequências.
 
P.S. – Novamente frente ao Farense, e apesar da vitória, houve contestação ao Roger Schmidt desta vez no final da partida, com insultos, arremessos de água e uma garrafa. Claro que se ultrapassou a linha, mas a performance deste ano da equipa merece uma boa assobiadela.

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