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quarta-feira, março 20, 2024

Difícil, mas justo

Vencemos o Casa Pia em Rio Maior no passado domingo por 1-0, mas tudo se mantém igual na frente, porque o CRAC já tinha ganho em casa ao Vizela (4-1) e a lagartada goleou o Boavista por 6-1. Foi uma vitória muito importante e justa.
 
Estas partidas a seguir a jornadas europeias são sempre deveras complicadas. Especialmente se forem da Liga Europa, porque geralmente só há três dias entre jogos, e fora de casa, como foi o caso. Em relação a Glasgow, o Roger Schmidt só tirou o David Neres e fez entrar o João Mário. Não se percebe esta decisão dado que o brasileiro é muito mais ofensivo, mas enfim... Na 1ª parte, facilitámos bastante e o Casa Pia em contra-ataque criou-nos alguns problemas, tendo-nos valido a tremenda aselhice dos seus jogadores em pelo menos duas ocasiões. Na terceira, foi o Trubin a safar-nos. Em relação ao ataque, revelámos a lentidão habitual e não tivemos assim grandes ocasiões. Uma cabeçada do António Silva já perto do intervalo, terá sido a melhor delas, já depois de o João Neves ter visto um golo de cabeça anulado por fora-de-jogo.
 
Na 2ª parte, as coisas tinham de mudar, mas o Schmidt não mexeu no onze logo no reinício. Típico. No entanto, acelerámos um pouco mais e começámos a criar ocasiões, com o Rafa a atirar ao lado já de ângulo algo difícil, o Di María a atirar por cima num ressalto e o António Silva a falhar clamorosamente de cabeça, quando estava em boa posição num livre. Entretanto, já tinham entrado o David Neres e o Arthur Cabral para os lugares do amarelado Florentino e do Marcos Leonardo. O Casa Pia deixou de existir em termos ofensivos, mas o Aursnes teve uma paragem cerebral e agarrou a bola com as mãos, com ela já fora do terreno, mas por muito pouco... O tempo ia passando, mas finalmente lá marcámos aos 74’ numa iniciativa individual do Arthur Cabral, bem lançado pelo João Mário na direita num contra-ataque, que depois flectiu para o centro e rematou em arco de pé esquerdo, sem hipóteses para o guarda-redes Ricardo Baptista. Um golão daquele que é, neste momento, o nosso menos mau avançado. O mesmo Arthur Cabral voltou a ter uma oportunidade num forte remate que o guarda-redes defendeu com dificuldade para canto. Até final conseguimos controlar as coisas minimamente, porque só por uma vez o Casa Pia chegou à nossa baliza, mas o Trubin resolveu com êxito.
 
Em termos individuais, destaque para o Arthur Cabral que desbloqueou o nosso jogo. Quando finalmente estava numa senda goleadora e a fazer assistências, o Schmidt mandou-o de volta para o banco. Espero que não volte a acontecer o mesmo, até porque, sim, Sr. Schmidt, o mais importante nos avançados é que marquem golos! O João Neves continua o motor de todo o nosso jogo e voltei a gostar do Florentino enquanto esteve em campo. No entanto, concordei com a sua substituição por causa do amarelo e o João Mário até subiu de rendimento quando foi para o meio. Mas uma coisa é ele jogar no meio contra o Casa Pia, outra é jogar em Mordor ou no WC...! O Aursnes, é bom que não repita mais gracinhas daquelas, porque arriscou imenso...
 
Iremos ter agora a pausa para as selecções antes de voltarmos para a fase decisiva da época. Mas temos de subir o nosso nível exibicional sob pena de não termos alegrias este ano. É que continuamos a jogar muito pouco para o plantel que temos.

1 comentário:

joão carlos disse...

Mas mais difícil se tornam os jogos após as competições europeias se de um para o outro não se fazem alterações significativas, alias basta ver a diferença entre jogos nas mesmas condições em que se alterou muito e este que quase nada se alterou, e nem é preciso fazer tantas, nem arriscar tanto, como noutros jogos em que se fizeram muitas substituições bastava ter feito uma três em vez da única alteração.
De facto não se percebe certas paragens cerebrais dos jogadores e se nalguns a inteligência futebolística não abunda e por isso essas paragens não são de estranhar agora em jogadores inteligentes, como é este o caso, é incompreensível e despropositado.
Mais uma vez uma enorme dificuldade em ultrapassar equipa que defendem com muito, o que nem é de estranhar devido ao afunilamento do jogo que fazemos e a determinada altura tínhamos os jogadores da nossa equipa apenas num quarto do terreno e de um lado do campo apenas, com o outro completamente vazio quando somos nos a concentrar jogadores, facilitando a tarefa do adversário, nem é preciso eles defenderem bem sequer depois temos que só conseguimos marcar de contra ataque e nem sequer é caso único este ano contra este tipo de equipas.