O Roger Schmidt fez entrar o David Neres e o Gonçalo Guedes para o onze inicial, tendo remetido o Rafa e o Chiquinho para o banco. E, de facto, entrámos bem na partida, remetendo o Vizela ao seu meio-campo durante os minutos iniciais. O Guedes foi dos mais interventivos em campo, embora nem sempre tenha tomado as melhores decisões. Foram dele os primeiros remates perigosos, com o Gonçalo Ramos a ter igualmente outra oportunidade num remate interceptado por um defesa. A partir dos 15’, o Vizela equilibrou as coisas e até teve a melhor oportunidade, com um erro do António Silva a atrasar uma bola muito difícil para o Vlachodimos e este a dominar ainda pior de peito, tendo a bola ficado à mercê de um avançado, que conseguiu atirar por cima quando tinha a baliza à disposição. Antes disso, o nosso guardião tinha sido importante ao defender com o pé uma bola que entraria na baliza. Uma boa jogada do Grimaldo foi mal resolvida pelo próprio, quando rematou já na área de pé direito com os Gonçalos ao lado, até que aos 38’ inaugurávamos o marcador, num contra-ataque muito rápido conduzido pelo Guedes, com a bola a sobrar para o David Neres, que depois assistiu o João Mário na área para um remate que ainda desviou num defesa e foi tocado pelo guarda-redes, mas o que interessou foi que entrou...!
Na 2ª parte, esperava-se uma exibição mais bem conseguida da nossa parte, mas nada disso sucedeu. Antes pelo contrário. O Vizela foi muito mais agressivo do que nós na disputa dos lances e ganhou a maioria das segundas bolas. Ainda tivemos um remate do Neres à figura no reinício, mas depois sofrermos bastante, porque nunca tivemos engenho para reter a bola e a fazer circular. Num livre em que estávamos a dormir, o Vlachodimos defendeu um remate cruzado que ia na direcção da baliza, mas a melhor oportunidade dos vizelenses, com um duplo remate aos ferros pareceu-me nitidamente fora-de-jogo no primeiro deles (com a Sport TV a ter a habilidade de nunca mostrar uma repetição para esclarecer esse facto...!). O Vizela fartava-se de protestar com cada decisão contrária do árbitro e reclamou um pretenso penalty do Bah, mas, apesar de haver um encosto do nosso jogador, sinceramente não vi onde é que ele terá pisado o adversário. O Chiquinho entrou aos 60’ para o lugar do Guedes e isso ajudou a estabilizar o nosso meio-campo, mas mesmo assim só com as entradas do Rafa e Musa já bem dentro dos 10’ finais voltámos a aproximarmo-nos da grande área contrária, o que foi igualmente ajudado pelo segundo amarelo a um defesa contrário. Já no período de compensação, o Grimaldo foi derrubado na área e o João Mário, desta feita, não falhou o penalty, apesar de ter atirado rasteiro (bastava o guarda-redes ter adivinhado o lado que...). Até final, ainda vimos o nosso treinador ser expulso por ter devolvido uma garrafa da água para a bancada, que lhe tinha sido atirada...!
Em termos individuais, destaque para novo bis do João Mário, que assim assumiu a liderança dos melhores marcadores com 14 golos. De resto, mais ninguém se destacou e, aliás, até houve pêndulos da equipa que estiveram muito abaixo do seu nível, como, por exemplo, o Aursnes.
Se formos felizes no final da temporada, estes dois jogos com o Vizela serão dois capítulos incontornáveis para esse desenlace. Dependendo do resultado hoje do Braga em Guimarães, logo veremos se ficamos com sete ou oito pontos de diferença para o segundo classificado. É certo que ainda estamos muito longe de final, mas esta é obviamente uma vantagem importante.