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quinta-feira, agosto 18, 2022

Bem encaminhado

Vencemos hoje por 2-0 o Dínamo Kiev em Lodz e estamos em excelente posição para chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões. Fizemos uma exibição inteligente em grande parte do encontro, mas o resultado deveria ter sido um pouco mais dilatado, porque especialmente no segundo tempo relaxámos mais do que deveríamos e baixámos de produção.
 
Entrámos em campo com o onze base deste início de temporada e marcámos logo aos 9’ num óptimo remate do Gilberto, sem hipóteses para o guarda-redes, depois de uma jogada de envolvimento, em que a bola passou por vários jogadores nossos. Do outro lado, era o Tsygankov a visar mais a nossa baliza, mas felizmente os remates saíram ao lado. A meio da 1ª parte, o João Mário num remate em arco, com o guarda-redes batido, viu a bola rasar o poste, mas aos 37’ aumentámos a vantagem para 2-0 numa perda de bola adversária, com recuperação do David Neres e concretização do Gonçalo Ramos. Até ao intervalo, poderíamos ter fechado a eliminatória de vez, com remates do David Neres e Rafa a passarem muito perto do alvo. O Dínamo Kiev foi-se abaixo com a perda de bola de que resultou o segundo golo e nós deveríamos ter sabido aproveitar esse facto.
 
A 2ª parte foi mais dividida, porque não apresentámos uma pressão tão grande quanto na primeira, mas a nossa vitória nunca esteve em causa. Mesmo assim um remate de fora da área do David Neres obrigou o Bushchan a uma defesa a dois tempos. Com as substituições que serviram para fazer algumas poupanças, o nosso ritmo baixou consideravelmente e foram do Dínamo Kiev as melhores oportunidades até final, especialmente pelo Karavaev, porém o Vlachodimos voltou a demonstrar o quão pouco lógico é eventualmente estarmos a pensar num novo guarda-redes, com um trio de defesas que impediram que fôssemos para Lisboa com a vantagem mínima. No ataque, os substitutos não tomaram tão boas decisões quanto os titulares e, tirando uma cabeçada do Henrique Araújo num canto, não conseguimos criar muito perigo.
 
Em termos individuais, o Florentino foi um gigante no meio-campo, o Gilberto marcou um golo e penso que defende melhor do que o Bah (que entrou a meio da 2ª parte), o David Neres desequilibrou muito enquanto as pilhas duraram e o Gonçalo Ramos continua a molhar o bico. O Vlachodimos foi fundamental para manter a nossa baliza a zeros, o Enzo Fernández não sabe jogar mal e o João Mário melhorou imenso em relação ao Casa Pia. Menos bem, esteve o Morato com umas duas ou três perdas de bola em saídas a jogar, que poderiam ter sido comprometedoras, e o Yaremchuk que, entrando na 2ª parte, continua muito fora dela.
 
Numa boa decisão, até porque temos somente seis dias entre os dois jogos, adiámos a jornada do campeonato no fim-de-semana, para prepararmos melhor a 2ª mão. Temos tudo a nosso favor e teria de haver um resultado escandaloso na nossa própria casa para não nos qualificarmos. No entanto, nunca fiando e, como diz o Roger Schmidt, há que manter a concentração e não dar nada como garantido. Faltam somente 90’ para voltarmos à Liga dos Campeões.

2 comentários:

dezazucr disse...

Epa, desta vez não tiveste muito delay a disponibilizar o post :) :P
Florentino monstro mais uma vez. Dá que pensar após jogarmos 2 anos sem médio defensivo.

joão carlos disse...

O ritmo baixou muito antes das substituições e foi devido em grande parte porque os jogadores como são sempre os mesmos e como não são substituídos baixam eles o ritmo do jogo num sistema tão exigente fisicamente ou se vai gerindo os titulares ou se fazem muitas substituições e cedo e no caso tem temos feito nem uma nem outra coisa.
Na segunda parte para além de baixarmos o ritmo decidimos fomos complicativos na definição dos lances e muito trapalhões no ataque, mas isso não foram só os que entraram mesmo os que se mantiveram, e os outros até saírem também o foram em comparação ao que até ai tinham feito.
O que me preocupa no nosso jovem central são mais as paragens cerebrais naqueles lances que tem controlados e depois por displicência se deixa bater do que as perdas de bola a sair a jogar é que neste caso até foi só uma as outros que aconteceram foram do outro central e dos médios defensivos, mas depois fica a ideia, errada, que que foi sempre o mesmo, no caso o elo mais fraco, a cometer todos os erros.