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segunda-feira, novembro 01, 2021

Previsível

Empatámos no sábado no Estoril (1-1) e perdemos a liderança do campeonato, descendo para 3º lugar a um ponto dos primeiros, porque o CRAC ganhou 4-1 em casa ao Boavista e a lagartada 1-0 ao V. Guimarães. Foi um resultado muito desapontante, porque não soubemos matar o jogo e colocámo-nos a jeito de um lance fortuito que acabou mesmo por acontecer.
 
A partida não poderia ter começado melhor, dado que inaugurámos o marcador logo aos 2’ através da cabeça do Lucas Veríssimo na sequência de um canto do João Mário. Olha que coincidência...! Um canto marcado de forma directa, um golo! O que vale é que aprendemos a lição e raramente repetimos a graça durante o resto do jogo...! Voltámos aos cantos a dois toques, que repetimos ad nauseam desde o início da época, com os resultados brilhantes que conhecemos... A seguir ao golo, fomos diminuindo progressivamente o ritmo, mas conseguimos controlar o Estoril, que não teve grandes oportunidades. O que me foi tirando muito do sério foi a nossa extraordinária incapacidade para sermos inteligentes a conduzir um contra-ataque...! Ou o jogador que o conduzia não levantava a cabeça e via colegas muito bem posicionados (olá, Darwin...), ou o passe saía imperfeito, o que nos fazia perder o momentum (olá, Rafa...). Tivemos um bom par de oportunidade para colocar alguém isolado em frente ao guarda-redes, mas nunca o conseguimos.
 
Na 2ª parte, o Jesus tirou o inexistente Yaremchuk e colocou o Gonçalo Ramos. Melhorámos um pouco e tivemos melhores chances para marcar, mas o Darwin viu um defesa cortar uma bola que muito possivelmente lhe daria o golo, o Lucas Veríssimo fez um remate fraco quando estava em boa posição e o Grimaldo chegou adiantado(!) a um centro do Gonçalo Ramos depois de uma óptima jogada sua. O mesmo Gonçalo Ramos e o entretanto entrado Everton viram igualmente o guarda-redes Dani Figueira defender remates seus. Do outro lado, um centro-remate e um livre directo colocaram o Vlachodimos à prova. Nas mensagens trocadas com um grupo de amigos, a opinião entre nós era unânime: ainda nos arriscávamos a levar um golo...! E assim aconteceu no último minuto: o fiscal-de-linha inacreditavelmente não viu que o Pizzi não tocou na bola e deu lançamento ao Estoril, do qual resultou depois um canto. Nesse mesmo canto, o Gonçalo Ramos não chegou à bola e o Rosier antecipou-se ao Lucas Veríssimo, fazendo a igualdade de cabeça sem hipóteses para o Vlachodimos. Foi um enorme balde de água fria, mas que castiga a nossa ineficácia.
 
Em termos individuais, o Lucas Veríssimo estava a ser o melhor em campo, mas fica ligado ao golo do empate. No meio-campo, o Weigl não dá para tudo e não houve assim mais ninguém que se destacasse, sendo preocupante a forma de alguns dos jogadores que foram essenciais no início da época, especialmente o João Mário e o Yaremchuk. O Darwin e o Rafa têm velocidade a mais e lucidez a menos. O Radonijc foi uma aposta completamente falhada na lateral-direita e o Everton continua a não acrescentar muito quando entra.
 
Já amanhã iremos a Munique e o que eu espero é que não levemos mais do que cinco. O mais importante é o jogo do próximo domingo, em que receberemos o Braga, e veremos se este abaixamento de forma consegue ser estancado ou não.

2 comentários:

Anónimo disse...

O Gonçalo Ramos não chegou à bola porque foi empurrado pelo Rosier. Logo, o golo deveria ter sido invalidado.

Anónimo disse...

Já agora. A antecipação do jogador do Estoril só foi possível devido a um empurrão descarado ao Gonçalo Ramos. Nas barbas do árbitro que fez que não viu e do VAR que fez o mesmo. Não jogamos grande coisa mas assim com estas arbitagens fica mais difícil. Os jogadores nem podem encostar-se aos adversários que correm riscos de amarelos por qq entrada mais agressiva. Dos outros lados nem por isso. Talvez daí decorra em parte a falta de intensidade dos nossos jogadores, a que vamos assistindo.