origem

domingo, agosto 22, 2021

Difícil

Vencemos ontem o Gil Vicente em Barcelos por 2-0 e mantivemo-nos na frente do campeonato, juntamente com a lagartada, que derrotou o Belenenses SAD por 2-0, enquanto o CRAC empatou no Marítimo (1-1) e está com menos dois pontos. Continuo à espera que alguém me explique porque é que algumas eliminatórias da Champions têm seis dias de intervalo (4ª e 3ª feira) e outras oito (3ª e 4ª feira), em vez de terem ambas sete (as duas 3ªs feiras e as duas 4ªs, obviamente), mas assim sendo, e estando nós no primeiro caso, já era esperado que o Jesus fizesse alterações na equipa. O que tornou esta partida ainda mais complicada e só com a entrada dos titulares as coisas melhoraram, mas mesmo assim só marcámos o primeiro logo já bem dentro dos últimos 10’.

Entrámos bem no jogo e o Taarabt enganou-se atirando uma bola ao poste, tendo nós ainda outra bola ao poste e posterior golo de recarga do Gilberto, mas o Everton que fez a assistência estava claramente em fora-de-jogo. Controlávamos bem o Gil Vicente em termos defensivos, mas no ataque só tivemos mais duas boas ocasiões, num livre do Taarabt defendido pelo guarda-redes Kritciuk e noutro remate por cima do Yaremchuk, que deveria ter feito melhor porque estava em excelente posição, depois de ser isolado por um calcanhar do Everton. Do lado contrário, o Vlachodimos conseguiu resolver o pouco que lhe apareceu pela frente.

A 2ª parte começou logo com uma grande jogada individual do Gonçalo Ramos, que só não deu golo porque o Kritciuk cedeu canto in extremis. Tivemos novo golo anulado de cabeça por fora-de-jogo, desta feita do Yaremchuk, e íamos pressionando cada vez mais e empurrando o Gil Vicente para o seu meio-campo. O Jesus lançou o Pizzi, André Almeida e João Mário ainda antes da hora de jogo, mas logo a seguir das substituições foi o Vlachodimos a safar-nos com uma defesa com o corpo a um remate do Murilo praticamente isolado. O Gonçalo Ramos teve das melhores ocasiões num cabeceamento de cima para baixo, que nem se percebeu como o guarda-redes defendeu. O Gil Dias e o Pizzi também poderiam ter feito melhor em termos de remate quando estavam em boa posição e, a pouco menos de 20’ do fim, entraram o Darwin e o Grimaldo. O João Mário viu um remate seu prometedor a ser interceptado, como interceptado pelo Lucas Veríssimo foi também (e felizmente!) um fraquíssimo remate do Pizzi, com o central brasileiro a ter só de atirar para a baliza deserta, já que o Kritciuk se tinha lançado à primeira bola. Estávamos nos 84’ e o suspiro de alívio foi enorme! O Gil Vicente sentiu imenso o golo, como seria de esperar, e aos 88’ o Grimaldo fechou as contas com um golão de fora-da-área.

O destaque individual vai obviamente para o Lucas Veríssimo, cuja inteligência foi bem demonstrada na sua acção no primeiro golo: percebeu que o remate do Pizzi não ia a lado nenhum e resolveu corrigi-lo. Para além disso, em termos defensivos esteve irrepreensível. Neste capítulo defensivo, também menção muito honrosa para o Morato, que aparenta estar a crescer de jogo para jogo. No meio-campo, o Meïté fez uma exibição em crescendo e viu-se bem a diferença de quando entrou o João Mário para o lugar da abécula Taarabt. O Everton continua igual ao que começou a temporada passada e espero que reencontre rapidamente o Everton que acabou a época. O Yaremchuk esteve mais discreto do que em relação aos outros jogos e o Gonçalo Ramos acabou por ter algum azar, pois viu o guarda-redes tirar-lhe dois golos feitos. O Vlachodimos voltou a mostrar-se seguro e a não dar razão a algumas desvalorizações que o Jesus lhe faz.

Depois de ultrapassado este obstáculo bastante complicado, mas teremos outro ainda mais na próxima 3ª feira. É fundamental irmos à Liga dos Campeões e, para tal, teremos de fazer um jogo muito inteligente em Eindhoven. Espero que o descanso do Rafa o torne uma seta ao PSV, porque as rápidas transições ofensivas vão ser cruciais.

1 comentário:

Anónimo disse...

Esperemos é que Weigl e Grimaldo não joguem.... Um verdadeiro pavor estes dois!

PO