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terça-feira, fevereiro 16, 2021

Impensável

Empatámos na 2ª feira contra o Moreirense (1-1) em Moreira de Cónegos e, não só não aproveitámos o empate do CRAC na véspera em casa frente ao Boavista (2-2), como, com a vitória de ontem da lagartadafrente ao Paços de Ferreira (2-0), aumentámos a distância para o 1º lugar para uns impensáveis 13 pontos quando estamos somente na 2ª jornada da 2ª volta. Como o Braga também ganhou nos Açores ao Santa Clara (1-0), estamos agora em 4º lugar...
 
Confesso que, depois dos últimos dois jogos, não estava à espera de um resultado destes. O Jesus inventou ao dar a baliza ao Helton Leite em detrimento do Vlachodimos (porquê...?!), mas até fizemos uma boa 1ª parte, com um domínio quase total, que se consubstanciou aos 25’ com o golo do Seferovic, num remate cruzado de pé esquerdo depois de uma boa iniciativa do Taarabt. Já antes, o Rafa tinha dado continuação à sua viagem no tempo, aos primórdios da sua vinda para o Benfica, quando falhava golos em catadupa só com o guarda-redes pela frente, neste caso depois de ser muito bem desmarcado pelo Otamendi. Pouco depois do nosso golo, foi o Darwin a ter um remate perigoso de fora da área, mas a bola também saiu ao lado da baliza. Quando nada o fazia prever, o Moreirense empatou aos 40’ fruto de um penalty absolutamente idiota do Grimaldo, que foi batido de maneira quase escandalosa sobre a linha e depois derrubou o adversário na tentativa de chegar à bola. O Yan Matheus atirou para o meio da baliza e enganou o Helton Leite.
 
Tem sido um hábito desta temporada, à excepção do jogo anterior, baixarmos substancialmente o nível exibicional nas 2ªs partes, e este jogo manteve esta tendência. A circulação de bola deixou de ser feita com tanta rapidez, o Taarabt, que curiosamente até então estava mais objectivo, voltou à sua produção habitual das voltinhas e rodriguinhos, e não nos acercámos com tanto perigo da baliza como nos primeiros 45 minutos. Ou centrávamos mal, ou insistíamos pelo meio, ou o último passe era mal feito, ou o remate saía com pouca força, o que é certo é que só criámos uma verdadeira ocasião já perto dos 10 minutos finais numa cabeçada do Darwin, a corresponder bem a um centro do entretanto entrado Waldschmidt, que proporcionou ao Pasinato uma defesa magistral. Até final, até foi o Moreirense a ter mais lances de perigo, resultado da decisão incompreensível do Jesus de tirar o Weigl para colocar o Pizzi, deixando o Taarabt em campo. Como já sucedeu n vezes, perdemos completamente o meio-campo e, sem bola, não se consegue fazer nada. Aliás, o Jesus não esteve nada bem no banco, não fazendo as substituições todas e resolvendo fazer entrar o Cervi a dois minutos do fim da compensação, o que acabou por não acontecer dado que a bola não saiu e entretanto o jogo acabou.
 
Em termos individuais, não acho que ninguém se tenha destacado por aí além, mas menção positiva para os centrais (Otamendi e Vertonghen) e para o Diogo Gonçalves, que esteve bastante activo na direita e subiu em relação ao que tem feito especialmente em acções atacantes. Do lado oposto, claramente o Grimaldo, que fica ligado ao resultado, à grande diferença entre a 1ª e a 2ª parte do Taarabt, que espelha bem o que se passou com a equipa, e à entrada completamente falhada do Pizzi, que não trouxe nada ao jogo.
 
Foi um enorme balde de água fria, que não permitiu que reduzíssemos a distância para o 2º lugar, o real objectivo desta época em termos de campeonato. Teremos na 5ª feira o regresso da Liga Europa, onde só uma hipotética vitória nos poderia fazer esquecer a desilusão que se prevê que vá ser esta temporada. Iremos defrontar o Arsenal que, embora esteja a fazer um campeonato medíocre, é sempre um adversário temível. No entanto, pode ser que uma eventual eliminação dos ingleses seja o ponto de viragem da época. Não é que eu acredite minimamente nisso, mas enfim...
 
P.S. - Não invalidando a pouca qualidade do futebol que temos vindo a apresentar, há que dizer que arbitragem do Sr. Manuel Oliveira foi uma vergonha! Há um penalty descarado sobre o Vertonghen (impedido de se fazer à bola pelo braço de um adversário), que nem o árbitro, nem o VAR, Sr. Fábio Melo, quiseram ver. Ao contrário de um lance sobre o Weigl, que o árbitro começou por assinalar penalty, mas o VAR fê-lo ir ao ecrã e posteriormente reverter a situação. Sendo que, na repetição por trás da baliza, se vê um toque no pé esquerdo do alemão. É que, parecendo que não, só nos últimos jogos tivemos uma mão descarada de um jogador do Nacional, um empurrão ao Pizzi frente ao V. Guimarães e agora estes lances frente ao Moreirense. E assim voaram seis pontos...

1 comentário:

joão carlos disse...

Só que a diferença deste jogo para o anterior é que no anterior por volta da hora de jogo foram feitas três substituições e o miolo do meio campo foi todo mudado e desta vez foi apenas uma substituição e conseguimos deixar em campo o jogador do meio campo mais desgastado e ter dois que nenhum deles sabe defender e isto tem dois nomes ou estupidez ou sabotagem é só escolher e querer fazer uma substituição nos descontos com um resultado que não nos favorece é apenas uma coisa aberrante.
Começar um jogo com os dois únicos pontas de lança que temos ao mesmo tempo e não ter mais nenhum no banco para uma alteração ou para fazer mais pressão sobre o adversário é só parvoíce mais nem sequer estava o jogador que temos no plantel que não sendo ponta de lança pelo menos é o segundo avançado mais robusto que temos mas pelos vistos o objectivo desta equipa é conquistar cantos em vez de tentar colocar a bola entre aqueles dois postes, e uma trave, que existem nessa linha de fundo.
Isto precisa de uma sapatada que só é conseguida com a mudança de treinador manter este até ao fim vai ser só penoso como foi a sua segunda época na sua primeira passagem porque quem faz sempre as mesmas coisas tem sempre o mesmo resultado, mas o pior disto tudo é que apenas uma mudança de treinador será apenas um cuidado paliativo porque como já vimos pela amostra das últimas cinco épocas o problema mais grave, e estrutural, é outro.