sábado, fevereiro 27, 2021
Benfica FM | Temporada 2004/05
A primeira temporada completa deste blog, que tinha nascido no final da época anterior, com a conquista do primeiro troféu em oito anos. O fim do jejum de 11 anos sem ganhar nenhum campeonato. Pouco futebol, muito sofrimento, mas também bastante querer, mística e um tsumani vermelho, que estava há tempo demais sem rebentar. Inolvidável!
Foi novamente uma honra partilhar isto tudo com os meus amigos Nuno Picado e Bakero do Benfica FM. Enjoy!
sexta-feira, fevereiro 26, 2021
Expectável
Perdemos na casa emprestada do Arsenal em Atenas (2-3) e fomos eliminados nos 16 avos de final da Liga Europa. É mais um objectivo desta temporada hedionda que fica pelo caminho numa fase precoce, mas tal não se deveu apenas a este jogo. Já lá iremos.
Voltámos a entrar em campo com os três centrais, tendo o Jesus alterado apenas o ataque em relação à primeira mão, com o Seferovic e Rafa desta feita a titular. O jogo começou equilibrado, embora connosco a demonstrar algum receio. Praticamente na primeira oportunidade que teve, o Arsenal marcou aos 21’ através do Aubameyang, que fugiu à marcação do Lucas Veríssimo e picou a bola sobre o Helton Leite. Nós respondemos já depois da meia-hora, com uma cabeçada do Vertonghen por cima num canto, num lance em que se fosse contra nós no campeonato português seria assinalado penalty, porque o belga foi agarrado pela camisola durante o tempo todo do salto. Aos 43’, aconteceu um milagre! Marcámos um golo de livre directo de pé direito (ou seja, sem ser pelo Grimaldo)! Falta indiscutível sobre o Weigl e o Diogo Gonçalves fez um golão, empatando o jogo e a eliminatória.
Na 2ª parte, a tendência do jogo manteve-se inalterada nos minutos iniciais, com as equipas a não quererem arriscar muito e o Jesus resolveu mexer relativamente mais cedo e a triplicar: Darwin, Everton e Gabriel para os lugares de Seferovic, Pizzi e Taarabt. Sem os dois jogadores que mais empecilham o nosso jogo a meio-campo, esperava um pouco mais de dinâmica na certeza de que um golo nosso colocaria o Arsenal em maus lençóis. E esse golo aconteceu aos 61’, com um pontapé longo do Helton Leite, um defesa adversário a falhar redondamente, a bola sobrar para o isolado Rafa, que fintou o guarda-redes e atirou para a baliza deserta. Foi o delírio e lembrei-me logo do Kulkov! A parte menos boa é que ainda faltava mais de meia-hora para o final e o Arsenal empatou pouco depois, aos 67’, num remate cruzado do Tierney, que passou pelo Everton como se este não estivesse lá e bateu o nosso guarda-redes. Ainda faltava bastante tempo para o final e nós felizmente lá nos lembrámos que havia uma baliza do outro lado, com um remate do Darwin a sair perigosamente ao lado. Pouco depois, ia-me dando uma coisa má quando o Gabriel não conseguiu fazer um passe relativamente fácil que isolaria o Rafa... O Jesus resolveu trocar o esgotado Grimaldo pelo Nuno Tavares (com o Cervi no banco...) e aos 87’ aconteceu o inevitável: centro da direita, perfeitamente à vontade, para a cabeçada vitoriosa do Aubameyang, que mais uma vez bateu o Lucas Veríssimo. Não foi aos 92’, mas andou lá perto... Até ao apito, ainda atirámos uma bola ao poste num livre para a área, mas o lance seria anulado por fora-de-jogo.
Em termos individuais, gostei novamente bastante do Weigl e o Rafa também esteve bastante activo, com a mais-valia de ter finalmente conseguido marcar um golo. O Diogo Gonçalves fez um golão, o que é sempre de realçar, e enquanto estávamos em desvantagem na eliminatória não se portou mal. O caso mudou de figura depois do 2-1 para nós, com os ingleses a atacarem preferencialmente pelo seu lado e não percebo porque é que o Jesus não colocou o Gilberto para fechar aquele lado. O Pizzi e o Taarabt continuam perfeitos desde que o objectivo seja jogar e tabelar para o lado e para trás, ou dar voltinhas e reter a bola... O Lucas Veríssimo não é mau jogador, mas fica ligado aos golos do Aubameyang. O Nuno Tavares tem de aprender rapidamente como é que se dificulta um adversário que quer fazer um centro...
Chegámos a sonhar, o que só torna esta eliminação ainda difícil de digerir. Logo a seguir ao nosso golo e durante grande parte da partida até final, cometemos o pecado capital de tentar ‘controlar o jogo’, algo que eu sempre abominei, porque nunca nos vi com capacidade para segurar um resultado. E isto já vem desde há vários anos. A máxima ‘a melhor defesa é o ataque’ é algo que deveria estar sempre no nosso ADN e, em especial, esta temporada, em que sofremos golos em catadupa. Não percebo como é que os nossos responsáveis, nomeadamente o treinador, não percebem isto! Nunca nos deveríamos ter remetido unicamente à defesa, porque se o Arsenal precisava de marcar dois golos era bem provável que o conseguisse. Como conseguiu. Mas o mal não esteve neste jogo: o Rangers eliminou o Antuérpia e no sorteio de hoje saiu-lhe o Slavia Praga. Se tivéssemos feito a nossa obrigação de ficar em primeiro num grupo em que éramos cabeças-de-série, teríamos possivelmente o caminho aberto para os quartos-de-final. Assim sendo, foi mais um objectivo da época a ir ao ar.
segunda-feira, fevereiro 22, 2021
Descalabro
Empatámos em Faro (0-0) e, completada apenas a 3ª jornada da 2ª volta, estamos a 15 pontos da lagartada (2-0 ao Portimonense) no 1º lugar e já a quatro do 2º, o Braga (4-2 em casa ao Tondela), que poderão ser cinco se o CRAC vencer no Marítimo hoje à noite. Ou seja, nem nos nossos piores pesadelos acharíamos isto possível, ainda por cima, numa temporada em que foi feito o investimento que foi.
Com o Weigl castigado, o Gabriel alinhou a seis, com o Taarabt à sua frente, e o Seferovic a fazer companhia ao Darwin. Nem entrámos mal na partida, com o Rafa a imprimir velocidade à direita, mas o Everton na esquerda a manter sempre a sua tendência de vir para o meio, o que naturalmente afunila imenso o nosso futebol. O Farense não se limitou a defender e também colocou o Helton Leite à prova. Fomos criando uma boa mão cheia de oportunidades, mas só num remate do Everton é que o Defendi se teve de aplicar. E aqui residiu o nosso maior mal: em 15 remates à baliza, dois foram enquadrados! Repito: DOIS em quinze! Treze por cento, com o Darwin em particular destaque pela negativa neste aspecto. Em cima do intervalo, 15 cm de fora-de-jogo impediram o Farense de se colocar em vantagem.
Temia o pior na 2ª parte, dado que tem sido tendência desta época baixarmos consideravelmente o nível neste período e, ainda por cima, vínhamos de jornada europeia. No entanto, embora a exibição não tenha sido tão má como isso, continuámos sem acertar na baliza. O Rafa lá falhou a sua bolita completamente isolado e só com o guarda-redes pela frente, o Seferovic atirou por cima em boa posição, tal como tinha feito, ao lado, na 1ª parte e o entretanto entrado Pizzi atirou ao poste, quando estava completamente solto já dentro da área. E o jogo lá acabou sem que nós tenhamos conseguido marcar um singelo golo a uma equipa que até esta jornada os tinha sofrido em todos os jogos! No final, o Jesus veio lamentar-se do facto de nos faltar um jogador que meta a bola dentro da baliza. Se nós ao menos tivéssemos no plantel... sei lá... alguém que tivesse sido, por exemplo, o melhor marcador da temporada passada... Se calhar, teria ajudado...!
Em termos individuais, os centrais (Otamendi e Vertonghen) foram dos menos maus, o Nuno Tavares fez uma 1ª parte razoável em termos ofensivos, mas decresceu imenso na 2ª, o Diogo Gonçalves veio agitar um pouco as águas quando entrou, ao contrário do Pizzi, cuja dinâmica tem sido nula desde que venha do banco. O meio-campo com Gabriel e Taarabt é o empecilho do costume (rodriguinhos, voltinhas, pisar a bola, travar o jogo) e leva-me ao desespero.
Há 70 anos(!) que não estávamos a esta distância da lagartada. Repito: s-e-t-e-n-t-a anos! E o pior é que esta tendência de incapacidade futebolística da nossa parte não é só desta temporada. Vem da altura do pentafalhado, só disfarçada com o milagre do Lage na 2ª volta de 2018/19. Vamos terminar esta temporada com um campeonato ganho em quatro anos, na melhor das hipóteses, uma Taça de Portugal (e tê-la-emos de ganhar), zero Taças da Liga e duas Supertaças. Estamos conversados quanto à “parte desportiva” do projecto. O Rui Vitória falhou, o Bruno Lage falhou e o Jorge Jesus está a falhar. Claramente a culpa não é do treinador. Fica já aqui escrito para memória futura: será absolutamente inconcebível que o presidente do Benfica, depois da total reversão da política desportiva este ano unicamente para garantir a sua reeleição, deixe cair o Jorge Jesus sem apresentar imediatamente a sua demissão e convocar eleições antecipadas. Para o bem e para o mal, por sua própria escolha, o futuro do Luís Filipe Vieira está intrinsecamente ligado ao de Jorge Jesus. E acrescento mais: se, no mínimo, não ganharmos a Taça de Portugal e ficarmos em 2º lugar, espero que o presidente tenha a hombridade de tomar a única atitude decente possível.
sábado, fevereiro 20, 2021
Benfica FM | Temporada 1993/94
Foi um prazer rever e comentar com os meus amigos Nuno Picado e Bakero do Benfica FM a maravilhosa época de 93/94, que nos deu memórias tão inolvidáveis como os 4-4 de Leverkusen e os 6-3 em Alvalade. Especialmente nos tempos actuais, ter este banho de mística foi um bálsamo e as horas passaram a voar. Acima de todos, uma enorme vénia ao GRANDE Sr. Toni!
P.S. - A maneira como (des)tratámos o Toni, e por três(!) vezes, ajuda muito a explicar o rumo que o clube teve.
sexta-feira, fevereiro 19, 2021
Lisonjeiro
Empatámos, na casa emprestada de Roma, frente ao Arsenal (1-1) e estamos em desvantagem para a 2ª mão dos 16 avos de final da Liga Europa, na casa emprestada do Arsenal em Atenas. Perante o futebol que apresentámos e o que tentámos tirar deste jogo (claramente não perder), foi um óptimo resultado.
O Jesus voltou a inovar com os três centrais, promovendo a estreia absoluta do Lucas Veríssimo. No meio-campo, alinharam o Weigl, Pizzi e Taarabt, e, na frente, o Waldschmidt fez companhia ao Darwin. Os primeiros 30’ da 1ª parte foram um suplício, em que praticamente não passámos do meio-campo, fomos esmagados na posse de bola, mas, facto positivo, defendemos relativamente bem e o Arsenal só teve uma grande ocasião pelo Aubameyang, que atirou ao lado só com o Helton Leite pela frente. A partir da meia-hora, reequilibrámos um pouco, o Darwin teve um remate que poderia ter sido com mais força e tivemos a grande oportunidade mesmo em cima do intervalo, quando o Grimaldo roubou bem uma bola à saída da grande-área adversária, mas depois centrou pessimamente e a bola foi cortada para canto.
Na 2ª parte, a tendência do jogo não foi tão vincadamente inglesa, embora continuassem a ser do Arsenal as melhores (poucas) oportunidades. O Rafa (que ficou no banco certamente para poder ver o resumo alargado do Arsenal – Benfica de 1991, que infelizmente ainda não teve oportunidade de ver nos cinco anos que leva de Benfica...!) entrou para o lugar do muito apagado Waldschmidt e as coisas melhoraram um bocado. Aos 55’, como não estávamos num jogo do campeonato nacional, uma clara mão na bola na área do Arsenal deu penalty a nosso favor (como me relembrou o D’Arcy, temos 4 penalty em 7 jogos na Liga Europa contra 0 em 19 na nossa Liga...!). O Pizzi não tremeu e, mesmo com aquele saltinho que me tira do sério, conseguiu desfeitear o guarda-redes Leno. No entanto, mal tivemos tempo de saborear a vantagem, porque o Arsenal igualou logo dois minutos depois através do Saka com assistência do Cédric, num lance em que beneficiou de alguma sorte num corte de um jogador nosso que fez a bola bater noutro jogador nosso(!) e ressaltar para o adversário. O Everton entrou por volta dos 65’ e teve um remate bastante perigoso, com a bola a rasar o poste, mas já antes, do outro lado, felizmente o Aubameyang não estava nos seus dias e teve mais uma ocasião em que atirou ao lado em boa posição. Até final, as equipas conseguiram anular-se mutuamente e pareceram satisfeitas com o resultado.
Em termos individuais, toda a defesa esteve bem com menção especial para o Lucas Veríssimo, que teve uma estreia promissora perante um adversário difícil. Gostei igualmente do Diogo Gonçalves sobre a direita, que vem evoluindo de jogo para jogo. Perante um adversário de outro calibre (apesar de estar em 10º na Premier League), confirma-se que o Weigl é um dos poucos jogadores de categoria internacional do nosso plantel, que aguenta o embate com eles. Continua a substituí-lo frequentemente, Jesus, não te esqueças...! O Pizzi esteve fraco e o Taarabt inenarrável, como quase sempre.
Deixo para o final algo que me esfrangalhou os nervos durante praticamente o jogo todo, mas em especial na 2ª parte: eu até compreendo a táctica mais cautelosa, com menor pendor ofensivo, etc. e tal, agora, por favor, alguém me explique PORQUE RAIO DE CARGA DE ÁGUA é que nós sucessivamente desacelerávamos no ataque, até quando tínhamos praticamente igualmente numérica? A sério, porque é que chegávamos em relativa boa posição ao meio-campo adversário e inevitavelmente travávamos a corrida, pisávamos a bola e voltávamos para trás? É que não aconteceu só uma ou duas vezes. Deve certamente haver uma boa explicação para tanta falta de ambição. Digo eu. Obrigado pela atenção.
terça-feira, fevereiro 16, 2021
Impensável
Empatámos na 2ª feira contra o Moreirense (1-1) em Moreira de Cónegos e, não só não aproveitámos o empate do CRAC na véspera em casa frente ao Boavista (2-2), como, com a vitória de ontem da lagartadafrente ao Paços de Ferreira (2-0), aumentámos a distância para o 1º lugar para uns impensáveis 13 pontos quando estamos somente na 2ª jornada da 2ª volta. Como o Braga também ganhou nos Açores ao Santa Clara (1-0), estamos agora em 4º lugar...
Confesso que, depois dos últimos dois jogos, não estava à espera de um resultado destes. O Jesus inventou ao dar a baliza ao Helton Leite em detrimento do Vlachodimos (porquê...?!), mas até fizemos uma boa 1ª parte, com um domínio quase total, que se consubstanciou aos 25’ com o golo do Seferovic, num remate cruzado de pé esquerdo depois de uma boa iniciativa do Taarabt. Já antes, o Rafa tinha dado continuação à sua viagem no tempo, aos primórdios da sua vinda para o Benfica, quando falhava golos em catadupa só com o guarda-redes pela frente, neste caso depois de ser muito bem desmarcado pelo Otamendi. Pouco depois do nosso golo, foi o Darwin a ter um remate perigoso de fora da área, mas a bola também saiu ao lado da baliza. Quando nada o fazia prever, o Moreirense empatou aos 40’ fruto de um penalty absolutamente idiota do Grimaldo, que foi batido de maneira quase escandalosa sobre a linha e depois derrubou o adversário na tentativa de chegar à bola. O Yan Matheus atirou para o meio da baliza e enganou o Helton Leite.
Tem sido um hábito desta temporada, à excepção do jogo anterior, baixarmos substancialmente o nível exibicional nas 2ªs partes, e este jogo manteve esta tendência. A circulação de bola deixou de ser feita com tanta rapidez, o Taarabt, que curiosamente até então estava mais objectivo, voltou à sua produção habitual das voltinhas e rodriguinhos, e não nos acercámos com tanto perigo da baliza como nos primeiros 45 minutos. Ou centrávamos mal, ou insistíamos pelo meio, ou o último passe era mal feito, ou o remate saía com pouca força, o que é certo é que só criámos uma verdadeira ocasião já perto dos 10 minutos finais numa cabeçada do Darwin, a corresponder bem a um centro do entretanto entrado Waldschmidt, que proporcionou ao Pasinato uma defesa magistral. Até final, até foi o Moreirense a ter mais lances de perigo, resultado da decisão incompreensível do Jesus de tirar o Weigl para colocar o Pizzi, deixando o Taarabt em campo. Como já sucedeu n vezes, perdemos completamente o meio-campo e, sem bola, não se consegue fazer nada. Aliás, o Jesus não esteve nada bem no banco, não fazendo as substituições todas e resolvendo fazer entrar o Cervi a dois minutos do fim da compensação, o que acabou por não acontecer dado que a bola não saiu e entretanto o jogo acabou.
Em termos individuais, não acho que ninguém se tenha destacado por aí além, mas menção positiva para os centrais (Otamendi e Vertonghen) e para o Diogo Gonçalves, que esteve bastante activo na direita e subiu em relação ao que tem feito especialmente em acções atacantes. Do lado oposto, claramente o Grimaldo, que fica ligado ao resultado, à grande diferença entre a 1ª e a 2ª parte do Taarabt, que espelha bem o que se passou com a equipa, e à entrada completamente falhada do Pizzi, que não trouxe nada ao jogo.
Foi um enorme balde de água fria, que não permitiu que reduzíssemos a distância para o 2º lugar, o real objectivo desta época em termos de campeonato. Teremos na 5ª feira o regresso da Liga Europa, onde só uma hipotética vitória nos poderia fazer esquecer a desilusão que se prevê que vá ser esta temporada. Iremos defrontar o Arsenal que, embora esteja a fazer um campeonato medíocre, é sempre um adversário temível. No entanto, pode ser que uma eventual eliminação dos ingleses seja o ponto de viragem da época. Não é que eu acredite minimamente nisso, mas enfim...
P.S. - Não invalidando a pouca qualidade do futebol que temos vindo a apresentar, há que dizer que arbitragem do Sr. Manuel Oliveira foi uma vergonha! Há um penalty descarado sobre o Vertonghen (impedido de se fazer à bola pelo braço de um adversário), que nem o árbitro, nem o VAR, Sr. Fábio Melo, quiseram ver. Ao contrário de um lance sobre o Weigl, que o árbitro começou por assinalar penalty, mas o VAR fê-lo ir ao ecrã e posteriormente reverter a situação. Sendo que, na repetição por trás da baliza, se vê um toque no pé esquerdo do alemão. É que, parecendo que não, só nos últimos jogos tivemos uma mão descarada de um jogador do Nacional, um empurrão ao Pizzi frente ao V. Guimarães e agora estes lances frente ao Moreirense. E assim voaram seis pontos...
sábado, fevereiro 13, 2021
Quase
Vencemos o Estoril na Amoreira na passada 5ª feira por 3-1 e só uma catástrofe de proporções bíblicas nos tirará da final da Taça de Portugal. Foi um jogo em que a nossa superioridade ficou bem vincada, apesar de o Estoril apresentar um futebol interessante, o que não é de espantar dado que está nos primeiros lugares da II Liga.
O Jesus fez cinco alterações em relação à partida com o Famalicão, entrando o Diogo Gonçalves, Gabriel, Pizzi, Pedrinho e Rafa. Começámos ‘muita’ fortes, como diria o nosso treinador, com o Rafa a ter duas excelentes ocasiões para marcar, numa delas com uma jogada à Maradona cujo remate saiu ao lado e noutra a picar a bola para a trave. O Estoril mal passava do meio-campo, mas da primeira vez que foi com perigo à nossa baliza inaugurou o marcador aos 23’ pelo André Vidigal, numa jogada em que vimos a bola cruzar a nossa área por duas vezes sem a conseguirmos cortar. Era importante chegarmos ao intervalo sem estarmos a perder, mas nos minutos subsequentes sentimos um pouco o golo contrário e deixámos de circular a bola com a velocidade com que tínhamos feito até então. Mesmo assim, fomos criando oportunidades, em remates de longe do Pedrinho e Pizzi, e numa óptima cabeçada do Darwin depois de um não-menos óptimo cruzamento do Diogo Gonçalves, que proporcionou ao guarda-redes contrário a defesa da noite. Foi mesmo em cima do intervalo, mas na sequência desse mesmo canto marcámos finalmente através do Darwin a corresponder de cabeça a um desvio do Gabriel ao primeiro poste.
Na 2ª parte, não criámos tanto volume de jogo, mas consubstanciámos a nossa superioridade. O Rafa continuou na sua boda aos pobres em termos de falhanços incríveis ao não acertar na baliza, quando estava sem oposição na área, depois de um centro da direita do Diogo Gonçalves. Por volta da hora de jogo, o Jesus mudou o meio-campo, fazendo entrar o Weigl e Taarabt, juntamente com o Seferovic, e foi o suíço a atirar ao poste de ângulo difícil depois de ter ultrapassado o guarda-redes, aproveitando uma bola perdida do Estoril em zona proibida. Aos 68’, o mesmo Seferovic colocou-nos finalmente em vantagem, com um remate forte de pé esquerdo já na área, depois de uma jogada envolvente entre o Everton, Darwin e o Rafa, com a bola a sobrar para o suíço não perdoar. Aos 77’, fizemos o terceiro golo num quase inédito contra-ataque bem conduzido pelo Taarabt na direita, que assistiu o Darwin no meio para o uruguaio fazer o seu bis. Até final, o Helton Leite ainda foi posto à prova por duas vezes, mas conseguiu segurar a nossa vantagem de dois golos.
Em termos individuais, destaque para o Darwin com o seu bis, para o Rafa, que foi o principal responsável pelas acelerações que baralharam a defesa do Estoril, apesar de ter estado muito infeliz na concretização, e para o Everton, que releva uma progressiva subida de forma. O Diogo Gonçalves não esteve brilhante, mas será provavelmente dos jogadores do plantel que melhor centra, algo que deveria ser melhor aproveitado. Ao invés, o Pedrinho desaproveitou a oportunidade, fruto de uma falta de intensidade que convém rever, especialmente no aspecto defensivo, e notou-se bem a diferença quando entrou o Weigl em relação ao Gabriel, que a seis simplesmente não dá.
A equipa esteve melhor durante mais tempo do que frente ao Famalicão e espero que esta subida seja gradual e se confirme nos próximos jogos. Ainda há objectivos muitos importantes para conseguir esta época.
terça-feira, fevereiro 09, 2021
Regresso
Cinco jogos depois, voltámos finalmente às vitórias derrotando o Famalicão ontem na Luz por 2-0. Aos 7’ minutos o resultado estava feito, mas o que se passou nos restantes 83’ não nos pode tranquilizar, antes pelo contrário. A nossa oscilação exibicional num mesmo jogo e a falta de consistência tem sido um problema desde praticamente o início da temporada.
Com o Rafa e o Waldschmidt ainda de fora por lesão, apresentámos praticamente a mesma equipa que empatou com o V. Guimarães, somente com o Seferovic na frente em vez do Pizzi. A nossa entrada foi bastante forte e uma óptima jogada individual do Everton logo aos 3’ proporcionou ao Darwin a obtenção do primeiro golo. Por pouco mais de 20 cm, o nosso avançado saiu da sua zona de conforto, ou seja, o fora-de-jogo... O Famalicão mal passava do meio-campo e aumentámos para 2-0 aos 7’ na estreia do Otamendi a marcar com a gloriosa camisola, numa recarga a um remate do Taarabt que o guarda-redes contrário não conseguiu segurar. A partir daqui, pensei que finalmente iríamos ter um jogo sem stress e com um resultado que se iria avolumando naturalmente, ou não estivéssemos a defrontar o último classificado. Infelizmente, isso esteve longe de acontecer. O Famalicão reforçou-se com nomes conhecidos neste mercado de Inverno e foi conseguindo reequilibrar o jogo, embora de forma bem mais marcada depois do intervalo. Quanto a nós, fomos no sentido contrário, perdendo gás com o decorrer do tempo. Mesmo assim, uma cabeçada do Taarabt deu a sensação de golo, e outra do Seferovic e um remate do Weigl deveriam ter tido melhor direcção. Quanto ao Famalicão, só teve uma oportunidade, mas foi a melhor de todas dado que o remate do Gil Dias bateu em cheio no poste.
A 2ª parte veio confirmar a tendência dos últimos tempos de nos apagarmos completamente. Ainda tivemos um remate do Darwin logo no reinício, mas foi o Famalicão a única equipa a procurar o golo na maior parte do tempo. O Vlachodimos assumiu-se como um dos melhores em campo e defendeu mais do que uma bola de golo, principalmente do Gil Dias. Para variar um bocado, melhorámos ligeiramente com as substituições e reassumimos o controlo nos últimos 15’, com o Darwin a ter um falhanço escandaloso perto dos 90’, depois de uma assistência perfeita do Seferovic, que o colocou sobre a linha da pequena-área, mas o seu remate saiu inacreditavelmente por cima. Também o Everton proporcionou ao guarda-redes Luiz Júnior uma boa defesa já sob o apito final.
Em termos individuais, o Everton voltou a dar-nos um cheirinho do que já o vimos fazer e criou bastante desequilíbrios na direita. No lado oposto, o Cervi não esteve tão feliz e foi por isso o primeiro a sair. O Otamendi merece destaque pelo golo e o Vertonghen também fez uma exibição muito equilibrada. O Darwin voltou aos golos, o que é sempre bom para lhe dar confiança. O Vlachodimos foi essencial para manter a nossa baliza a zeros e, eventualmente garantir a vitória, porque se o Famalicão tem marcado um golo, provavelmente tremeríamos como varas verdes...
Bastante melhor do que a nossa exibição em campo, foi a exibição do Jesus na flash interview e conferência de imprensa. Culpou a Covid-19 pelo abaixamento de forma do plantel nos últimos tempos, o que até se pode compreender, ou não fôssemos nós a equipa do campeonato mais fustigada pela doença. Como só sobram três jogadores sem ter tido a doença, o Jesus prometeu que as coisas só poderiam melhorar a partir de agora dado que temos praticamente imunidade de grupo. Se ganharmos todos os jogos até final da temporada, conseguiremos o segundo lugar, ganharemos a Taça de Portugal e a Liga Europa, pelo que acho que não se poderia considerar uma má época... Não estou obviamente à espera que ganhemos os jogos todos até final, mas conseguir os dois primeiros objectivos é o mínimo que se exige à equipa.
sábado, fevereiro 06, 2021
Arrasados
Empatámos ontem na Luz frente ao V. Guimarães (0-0) e, não só não aproveitámos o empate no dia anterior do CRAC no Jamor frente ao Belenenses SAD (0-0), como nos distanciámos da lagartada, que ganhou ao Marítimo na Madeira (2-0). Com as vitórias igualmente do Braga e Paços de Ferreira, estamos, no final da 1ª volta, num impensável 4º lugar com 34 pontos, a 11(!) da lagartada (nunca na minha vida me lembro de uma diferença destas...!), a cinco do CRAC, dois do Braga e com o Paços de Ferreira com os mesmos pontos do que nós! Ou seja, era difícil prever pior nesta altura da época. Temos o campeonato mais que perdido e ainda só vamos começar a 2ª volta agora!
Com o Jesus ainda retido em casa por causa da Covid-19, a inovação táctica dos três centrais no WC foi sol de pouca dura e voltámos ao habitual figurino do 4-4-2 (gosto sempre da racionalidades destas decisões, sempre bem pensadas e reflectidas...) O problema foi que só tivemos um avançado (Seferovic) na frente, que ainda por cima saía muitas vezes da área, tornando-a uma terra de ninguém. Mesmo assim, não acho que tivéssemos feito uma má 1ª parte, antes pelo contrário, dominámos bastante e tivemos 14 remates à baliza, embora muito poucos com a direção correcta. De qualquer maneira, deveríamos ter saído para o intervalo já em vantagem, dado que o Vertonghen, Seferovic e Everton tiveram mais do que uma situação para marcar.
Na 2ª parte, se era expectável a entrada do Darwin para dar mais peso ao ataque, o que eu não esperava era a saída do Everton, que até estava a ser dos mais interventivos a jogar na ala. O resultado, estava mesmo a ver-se, traduziu-se num afunilamento progressivo do nosso jogo e, consequentemente, a deixar de criar tantas oportunidades como no primeiro tempo. O Gonçalo Ramos entrou mais cedo do que o costume, por volta da hora de jogo, para substituir o inconsequente Seferovic, mas também ele teve a sua quota de golos falhados de forma incrível, com uma cabeçada perfeitamente à vontade que nem à baliza foi (já o suíço, na 1ª parte, não dominou uma bola relativamente fácil, dada pelo calcanhar do Gilberto, que o colocaria frente a frente com o guarda-redes). O tempo ia passando, a equipa ia ficando cada vez mais nervosa e as decisões do banco só a foram piorando, fazendo-a esquecer por completo os corredores: saíram também o Pizzi e o Cervi, entrando o Pedrinho e Chiquinho, o que contribuiu para um aumento exponencial de tentativas pelo meio, que não nos ajudou nada. Mesmo assim, foi no malfadado minuto 92 que tivemos a melhor ocasião da partida (de longe!) com um falhanço inacreditável do Pedrinho praticamente na pequena-área, assistido pela cabeça do Gonçalo Ramos, que por sua vez recebeu um passe também de cabeça do Darwin, depois de um centro do Grimaldo na esquerda. Até final, ainda deu para o entretanto entrado Gabriel (para o lugar do Weigl) fazer uma segunda assistência, ao falhar um passe numa transição ofensiva, para um desperdício contrário, neste caso do Edwards, cujo remate ainda agora estou para saber como não entrou... Seria o culminar do karma negativo em que todo este jogo esteve envolvido.
Não vou destacar ninguém em termos individuais, porque de facto não houve ninguém que se tenha salientado dos demais. A equipa lutou bastante, tentou combater a adversidade, mas falhou clamorosamente na altura de rematar a baliza. Numa altura em que isso não poderia acontecer! O problema não esteve só neste jogo, o problema vem-se arrastando há bastante tempo e a solução, NESTE MOMENTO, não é fácil. Não adianta estar a correr constantemente com treinadores (já é o terceiro e a promessa de “arrasar” conjuga-se agora no particípio passado), não se pode correr com o plantel inteiro e tivemos eleições há pouco mais de três meses. Se eu escrevi ‘neste momento’ em maiúsculas não foi por acaso. Todos os que estão em funções neste momento TÊM OBRIGAÇÃO de fazer a equipa sair desta situação o mais depressa possível. No final da época, far-se-á o balanço, sendo que se as coisas não melhorarem significativamente (leia-se: NO MÍNIMO, o 2º lugar e a Taça de Portugal ganha), espero que quem de direito perceba que, depois do investimento megalómano desta temporada, não tem condições nenhumas para continuar.
P.S. – Completámos uma volta inteira do campeonato sem um único(!) penalty a nosso favor. Se não é inédito, alguém que me diga, sff. Ainda ontem, na 2ª parte, há um empurrão claro do André André ao Pizzi. O Pizzi está com o tronco (que é empurrado) fora da área, mas os pés dentro da área. O Sr. Nuno Almeida, que foi o VAR que não viu a mão do Nacional há duas jornadas, nada assinalou. Assim, de facto, ainda é mais complicado.
terça-feira, fevereiro 02, 2021
Finito
Perdemos ontem no WC por 0-1 e dissemos adeus ao título. Sim, ainda nem chegámos ao final da 1ª volta, sim, “ainda falta muito campeonato”, mas recuperar 14 pontos aos rivais (nove à lagartada e cinco ao CRAC, que venceu o Rio Ave em casa por 2-0) é uma tarefa praticamente impossível. Até porque, sejamos francos, da maneira como (não) estamos a jogar, só por milagre é que isso poderia acontecer.
Com o Jesus infectado com Covid-19, resolvemos inventar e entrámos em campo com três centrais (Jardel, Otamendi e Vertonghen). Sim, eu sei, que já contra o Braga na Taça da Liga, o Weigl jogou muito tempo ali, mas uma coisa é o Weigl e outra é o Jardel. Claro que aos 10’ aconteceu o previsível: a enésima lesão muscular do Jardel, que o obrigou a sair para entrar o Gabriel, recuando o Weigl para central. E, apesar de o Gabriel não ter estado tão mal quanto em jogos passados, uma coisa é jogar com o alemão à frente da defesa, outra é jogar com ele. Até porque, outra diferença significativa em relação à Taça da Liga, é que o Darwin estava sozinho na frente, o que o torna uma presa demasiado fácil para os defesas, dado que o uruguaio aparenta ser um forte concorrente do Mantorras na arte de ainda não ter percebido o conceito de fora-de-jogo... Como é que, num jogo tão decisivo, se muda assim uma táctica que desde o Manuel José em 1997/98 não é utilizada no Benfica, ainda por cima com o treinador impossibilitado de estar no banco, é algo que nunca irei perceber. Sem surpresa, andámos completamente aos papéis na 1ª parte e só um remate do Pizzi ao lado criou relativo perigo. Do outro lado, a lagartada mostrava muito mais ganas e falhou uma clamorosa oportunidade já perto do intervalo, com um cabeceamento do Neto ao lado, estando o Vlachodimos batido.
Na 2ª parte, entrámos melhor e nos primeiros cinco minutos já tínhamos feito mais do que nos 45’ da primeira. No seu único lance de jeito, o Darwin recepcionou uma bola e peito e rematou de pé esquerdo para defesa do Adán. O jogo prosseguiu dividido com oportunidades (relativas) de parte a parte. No entanto, e à semelhança de alguns jogos desta época, as substituições não vieram ajudar nada, antes pelo contrário. O Cervi não estava de todo a fazer uma exibição brilhante, mas o Taarabt é sempre aquele camião de areia despejado numa engrenagem. Aliás, Gabriel e Taarabt no meio-campo é dos sistemas de travagem hidráulica mais perfeitos que tenho visto... Fluidez de jogo, soltar a bola rapidamente e jogar para a frente são algo que não lhes assiste de todo. A sensivelmente 10’ do fim, o nosso banco deu a estocada final nas nossas poucas hipóteses ao resolver trocar o Grimaldo pelo Nuno Tavares, o que cortou de vez o desenvolvimento do ataque pela esquerda. O Seferovic também entrou para o lugar do apagado Darwin, que passou finalmente a estar fora do jogo sem estragar as nossas jogadas de ataque. E ficou uma quinta substituição por fazer, quando eventualmente a velocidade do Diogo Gonçalves ou Pedrinho pudesse ter acrescentado alguma coisa à equipa. Retomando uma maldição que está na história do Benfica, aos 92’ sofremos o golo que nos derrotou: o Weigl teve a única má abordagem a um lance ao longo do jogo todo, não impediu o contra-ataque contrário, o Nuno Tavares deu todo o espaço do mundo a um adversário para que este pudesse centrar à vontade, o Vlachodimos afastou a bola, mas infelizmente para a frente e o Matheus Nunes atirou de cabeça para a baliza deserta. Depois do golo, ainda tivemos tempo para fazer o único centro de jeito no jogo inteiro(!) (todos os outros foram para as mãos do Adán), mas o Neto não deixou a bola chegar ao Seferovic, que, até ele, teria dificuldade em não marcar.
Em termos individuais, o Otamendi e Vertonghen foram dos únicos a safar-se a uma nota negativa, com o Weigl logo atrás, penalizado por estar indirectamente ligado ao golo sofrido. O Rafa também fez uma exibição em esforço, até porque esteve algo limitado graças a uma pantufada que o Sr. Artur Soares Dias nem falta considerou... Todos os outros estiveram bem abaixo do que podem fazer.
Estamos em Fevereiro e já falhámos o acesso à fase de grupos da Champions, já perdemos a Supertaça, não conseguimos sequer chegar à final da Taça da Liga e o campeonato só por inexplicável fé é que não se pode considerar já perdido. Resta-nos a Taça de Portugal e a Liga Europa. Só ganhando ambas, repito, AMBAS, é que poderá tornar esta época (ainda) positiva. Eu continuo na minha a esperar que alguém de direito me explique o que raio se passou na época transacta: como é que passámos da melhor 1ª volta de sempre para uma das piores de todos os tempos...? É que dá toda a sensação que aí está a chave da explicação para o que se está a passar agora. O que quer que fosse o problema não foi de todo resolvido e está a conseguir trucidar um treinador titulado e 100M€ de reforços. Como já trucidou o Bruno Lage. Portanto, o problema é gravíssimo e objectivamente estrutural. E, tal como o nome indica, cabe à ‘estrutura’ resolvê-lo. Nem que seja, no limite, assumir que não o consegue fazer e dar o lugar a outros. Porque, o que é evidente para todos os benfiquistas, é assim é que não podemos continuar.
P.S. – Eu bem tinha avisado os amigos do Benfica Independente que era muito arriscado convidarem-me para um pós-jogo, dado o meu lamentável histórico. Não me ouviram e deu no que deu... Enfim... a catarse pode ser vista aqui.
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