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segunda-feira, outubro 19, 2020

Categórico

Vencemos ontem o Rio Ave em Vila do Conde por 3-0 e, com o empate do CRAC no WC (2-2) no dia anterior, estamos agora com cinco pontos de vantagem sobre ambos, embora a lagartada tenha um jogo em atraso. Com apenas quatro jogos decorridos e 12 pontos em disputa, não se pode dizer que saiba mal esta vantagem numa fase tão precoce da competição.
 
Perante uma das melhores equipas do campeonato anterior e que esta temporada só não eliminou o Milan da fase de grupos da Liga Europa porque falhou três(!) penalties, voltámos a rubricar uma excelente exibição e a conseguir uma vitória indiscutível. Confesso que estava com alguma expectativa para esta partida, para ver se a menor qualidade exibicional frente ao Farense era uma excepção ou não. Aparentemente, foi. Entrámos muito bem no jogo e abrimos o marcador logo aos 6’, numa excelente intercepção do Gabriel já no meio-campo adversário, a bola sobra para o Rafa, que centra para a área, o Darwin toca de cabeça para trás, o Everton tira o guarda-redes do caminho com uma assistência de calcanhar para o Waldschmidt e o alemão fuzila. Grande golo! O Rio Ave teve uma boa reacção nos minutos seguintes, apesar de não ter conseguido criar grandes oportunidades de golo, e fomos nós a meter mais duas vezes a bola na baliza, através do Darwin e Waldschmidt, mas ambos os lances foram anulados pelo VAR por centímetros. Entretanto, já o André Almeida tinha sido substituído pelo Gilberto com suspeita de uma lesão nos ligamentos do joelho. Estávamos com uma malapata com o VAR, mas lá conseguimos marcar o segundo golo antes do intervalo, num bis do Waldschmidt depois de assistência do Darwin, que ganhou muito bem uma bola em profundidade a um defesa e não foi egoísta ao assistir o alemão em melhor posição.
 
Na 2ª parte, continuámos a estar por cima do jogo, com o Darwin logo de início a ter um remate rasteiro que saiu perto do poste. No entanto, o Rio Ave reequilibrou a posse de bola e o Piazon obrigou o Vlachodimos a uma boa defesa com o pé, num lance em que um avançado em fora-de-jogo estorva a movimentação do Vertonghen. Queria ver se tivesse sido golo... Começaram as substituições de parte a parte e ainda vimos um penalty ser revertido novamente pelo VAR por pretenso fora-de-jogo do Darwin no início da jogada. Das duas, uma: ou a relva estava mal cortada ou as linhas estavam tortas. É que não pareceu nada fora-de-jogo na repetição. Já se sabe que, com vantagem de dois golos, basta um do adversário para reabrir o jogo e esse esteve quase a vir, caso o Gilberto não tivesse interceptado muito bem com o peito um remate do Gabrielzinho já na área. E não foi o ‘zinho’, mas o nosso Gabriel a terminar com as dúvidas aos 84’, numa recarga vitoriosa a um cabeceamento muito torto do entretanto entrado Seferovic, depois de um centro do Pizzi na direita. Até final, o Sr. João Pinheiro entreteve-se a mostrar amarelos aos nossos jogadores, quando lances semelhantes do outro lado não valeram este tipo de sanções.
 
Com dois golos, seria difícil que o Waldschmidt não fosse o melhor em campo, mas também gostei bastante do Gabriel e do Vertonghen. O Gilberto não entrou mal e ainda bem, dado que ele será o titular nos próximos tempos por causa da lesão do André Almeida. Toda a equipa esteve globalmente bem, com o Darwin a somar mais uma assistência, mas ainda a não ter conseguido estrear-se a marcar.
 
Iremos entrar agora numa série frenética de jogos com o regresso das competições europeias e, se o campeonato é o objectivo principal, temos este ano por via do falhanço na Champions uma oportunidade muito boa de levar muito a sério a Liga Europa. Que é, deixemos de lirismos, a competição europeia que podemos almejar conquistar nos tempos mais próximos. E não é preciso recordar há quanto tempo não ganhamos um troféu europeu, pois não...?

3 comentários:

joão carlos disse...

Fizemos um bom jogo mas o que se viu é que somos uma equipa letal nas transições e produzimos muitas oportunidades assim mas com dificuldades no jogo posicional, curioso é que para muito isso era uma razão de critica sobretudo ao lage mas ao rui também mas agora para os mesmo é uma razão de elogio a este treinador, e o que vimos nos jogos anteriores é que quando as transições não entram passamos por mais dificuldades e se virmos os piores jogos, e resultados, foram com equipas que jogaram mais fechadas quase coladas à sua área.
Com a sequencia de jogos que se avizinha não percebo como não se esgotam todas as substituições para mais temos de aproveitar as extras que se podem fazer nas competições internas já que nas competições europeias estamos limitados às três normais.
Começa a ser algo preocupante a seca de finalização do nosso ponta de lança e embora seja um caso diferente do de Raul de tomas, já que neste caso o problema foi originado pelo jogador jogar numa posição que não era a sua e para a qual não se sentia apto que foi resultando numa cada vez maior falta de confiança, e por muito que muitos neguem o problema ele existe e é o próprio jogador a fazer notar o problema, basta ver as suas reacções, é que este problema acaba por ser ainda mais grave quanto a alternativa todos os sabemos não é um ponta de lança que saiba finalizar e que não nos dá garantias e não podemos ter dois ponta de lança que não finalizem.

aguiaalentejana disse...


Sr João Carlos, comparar RDT com o Darwin é como comparar o dia como a noite. Alguém conseguiu compreender qual a posição do RDT? È um caso de falta de classe, pois ele foi experimentado em várias posições e em nenhuma resultou.

Mark Trencher disse...

Categórica também foi a roubalheira.