quinta-feira, novembro 28, 2019
Frustrante
Empatámos
em Leipzig por 2-2 e dissemos adeus à Liga dos Campeões. Se me propusessem este
resultado antes do jogo (e dado o nosso miserável histórico recente), diria
logo que sim, mas chegar aos 89’ a ganhar por 2-0 e depois empatar a partida
foi uma desilusão muito grande.
Finalmente,
ao quinto jogo da Champions,
resolvemos jogar com os habituais titulares. E, surpresa das surpresas(...!),
fizemos a nossa melhor exibição. O meio-campo foi formado pelo Gabriel e
Taarabt, e estivemos compactos a maior parte do tempo, embora a não sair tantas
vezes para o ataque como seria desejável. Inaugurámos o marcador aos 20’, numa
rara jogada de transição ofensiva, com uma troca de bola de primeira entre o
Vinícius e o Taarabt, o marroquino a centrar atrasado, um defesa a cortar mal,
e o Pizzi a rematar de primeira de pé esquerdo, com a bola ainda a desviar num
defesa antes de entrar. Os alemães sentiram um pouco o golo, apesar de logo a
seguir a ele nos ter valido o Vlachodimos que defendeu o remate de um
adversário isolado. Até ao intervalo, ainda tiveram um par de remates algo
perigosos, mas com o desenrolar do tempo conseguimos ir sacudindo a pressão e
em cima do intervalo tivemos uma óptima oportunidade, com o Pizzi a atirar à
barra depois de um canto.
Na 2ª
parte, defendemos um pouco melhor e, devido a esse facto, conseguimos passar
mais vezes do meio-campo. Numa dessas ocasiões, aos 59’, o Taarabt fez um passe
para o Carlos Vinícius, que dominou mal a bola, mas defesa atrás dele escorregou,
o que o permitiu isolar-se e, perante a saída do guarda-redes, desviasse a bola
para a baliza, fazendo o 2-0. Como acidentalmente bateu com a perna na cabeça do
guarda-redes Gulácsi, este teve que ser substituído, o que, juntamente com a verdadeira
agressão que o Vlachodimos sofreu um pouco antes (e que o árbitro nem amarelo mostrou)
fez com que houvesse nove minutos de compensação no final da partida, o que
acabou por nos prejudicar. Se este resultado se mantivesse no final, bastar-nos-ia ganhar ao Zenit para nos
qualificamos para os oitavos da Champions. Os alemães pressionaram-nos, mas a
nossa defesa esteve bem durante grande parte do jogo, embora ainda apanhássemos
um ou outro susto. A pouco menos de dez minutos do fim, o Raúl de Tomás entrou
para o lugar do estourado C. Vinícius e logo depois esteve perto de marcar o
golo do ano: remate de antes do meio-campo que o guarda-redes contrário
defendeu com a ponta dos dedos…! Estava tudo mais ou menos controlado, quando
aos 89’ numa bola bombeada para a área, o Rúben Dias mancha a sua fantástica
exibição até ao momento e faz um penalty por agarrão ao adversário. É certo que
este tinha ganho a posição ao nosso central e estava preparado para rematar,
mas um penalty por agarrão é sempre um penalty estúpido, porque nem sequer se
tenta jogar a bola. O Forberg não perdoou e reduziu para 1-2. Ainda com nove
minutos para jogar, igualávamos o resultado de Lisboa, o que faria com que
estivéssemos dependentes de uma não-vitória do Lyon no último jogo para
podermos seguir na Champions (tendo
sempre que ganhar aos russos, claro está). Só que aos 93’, os neurónios do
Bruno Lage só podem ter adormecido, porque ele achou que o que precisávamos era
de colocar o Caio Lucas em campo…! Claro que o Pizzi estava estourado, mas era
óbvio que era o Florentino quem devia ter entrado para travar o forcing final alemão. Ou ele ou até o
Zlobin para o meio-campo, mas nunca alguém que preenche a quota da CERCI futebolística
brasileira, que aparentemente temos sempre que ter no nosso plantel (Paulo Almeida,
Everson, Edcarlos, Éder Luís, Felipe Meneses, Bruno Cortez, Emerson, Felipe
Augusto, Douglas a lista é infelizmente infindável). Aos 95’, um erro de
marcação na área permitiu ao Forberg cabecear à vontade, empatar o jogo,
qualificar os alemães, atirar-nos para fora da Champions e com a ida à Liga Europa muito tremida (não basta só ganhar aos russos). No último lance
do jogo, tivemos uma excelente oportunidade, mas infelizmente a bola foi para o
Caio Lucas e abstenho-me de comentar aquilo
que ele fez…
Em
termos individuais, o Rúben Dias estava a ser dos melhores, mas aquele penalty
estragou tudo. O Chiquinho também se movimentou muito bem em termos defensivos.
O Vlachodimos salvou-nos um par de vezes e não teve culpa nos golos. De resto,
não houve grandes exibições individuais, mas muita capacidade de luta e
sacrifício. Quanto ao Caio Lucas, desejo-lhe um feliz Natal no Brasil e que dê
a todos nós a melhor prenda possível: leve todos os seus pertences de volta!
Tivemos
nós jogado sempre a Liga dos Campeões com este empenho (e esta equipa, já
agora) e não estaríamos a chorar agora uma eliminação. Aliás, o que me preocupa
mais é mesmo a possível não ida à Liga Europa (ou ganhamos 2-0 aos russos ou,
se eles marcarem, terá de ser por uma diferença de três golos). Ver a Europa no
sofá em 2020 é péssimo para o nosso prestígio, que já tem sido bem posto em causa
com estas prestações vergonhosas nas três últimas Champions.
segunda-feira, novembro 25, 2019
Penoso
Vencemos
em Vizela por 2-1 e qualificámo-nos para os oitavos-de-final da Taça de
Portugal. E, pronto, (quase) tudo de positivo sobre o jogo de sábado resume-se
a este facto. Foi mais uma exibição da nossa parte a roçar o hediondo perante
uma equipa do Campeonato de Portugal (na prática a III Divisão nacional), que
jogou mais de uma hora com dez jogadores!
O Bruno
Lage não fez grandes alterações na equipa habitualmente titular (Zlobin,
Jardel, Samaris, Jota e Raúl de Tomás foram as novidades), mas entrámos em
campo a dormir. De tal forma, que aos
9’ já estávamos a perder por 0-1 com um golo do Samu num remate rasteiro de
fora de área, em que o Zlobin se fez à bola em câmara lenta. Um livre do
Grimaldo, que passou perto da barra, foi o nosso lance mais perigoso da 1ª
parte e nem a expulsão por (justo) segundo amarelo aos 26’ nos motivou a jogar
com mais velocidade, o que teria permitido que criássemos mais desequilíbrios
na defesa contrária.
Na 2ª
parte, entrou o Carlos Vinícius, mas continuámos a ter muitas dificuldades para
criar perigo. Perante uma equipa do Campeonato de Portugal a jogar com dez
jogadores. Repito: perante uma equipa do Campeonato de Portugal a jogar com dez
jogadores...! As coisas estavam a ficar feias e o tempo a passar, mas aos 70’
lá conseguimos finalmente marcar num bom lance do Jota pela direita, com um
centro bem medido para o Raúl de Tomás só ter que encostar. Logo a seguir, o
Vizela ia-se adiantando novamente, mas felizmente o avançado chegou atrasado a
um centro da esquerda. Mas nós também tivemos um remate do Grimaldo, que bateu
com estrondo na barra, e uma cabeçada do C. Vinícius bem defendida pelo
guarda-redes. Quando já se perspectiva o prolongamento, aos 86’, o entretanto
entrado Caio Lucas enganou-se e fez um passe óptimo que isolou o C. Vinícius,
que protegeu bem a bola do defesa nas suas costas e atirou rasteiro sem
hipóteses para o guarda-redes.
Em
termos individuais, menção apenas para o Jota que, no lado esquerdo do ataque,
foi o único a ir para cima dos defesas e a tentar algo diferente das
exasperante tabelinhas e lateralizações do nosso jogo. A sério, alguém que diga
ao Chiquinho que não tem no contrato a obrigatoriedade de tabelar com o Pizzi,
sempre que este lhe passa a bola...! O problema com o Jota é que me parece que ele
rende melhor no flanco esquerdo do que no meio, mas esse lugar no flanco
esquerdo será do Rafa quando este voltar. O C. Vinícius voltou a ser decisivo
com o golo. Quanto aos menos, o Pizzi esteve muito longe do que tem feito, o
Gabriel continua horrível desde os Açores (com a agravante de ter visto um
amarelo bastante idiota por pontapear a bola depois de o árbitro lhe assinalar
uma falta; o Bruno Lage devê-lo-ia ter substituído logo ali) e o Samaris também
não esteve nada bem, talvez fruto da falta de ritmo. O Raúl de Tomás estava a
fazer um jogo péssimo, mas pode ser que o golo lhe dê a confiança de que
necessita (aqueles domínios de bola na grande-área não podem ser só fruto por
acaso...). Quanto ao Zlobin, segurar a bola à primeira é algo que não lhe
assiste… O Caio Lucas fez um bom passe para a desmarcação do C. Vinícius no 2-1
e já pode dizer aos netos que a sua passagem pelo Benfica teve um ponto alto.
Exibição
para esquecer num jogo em que, se não tivesse havido a expulsão, não estava bem
a ver como o poderíamos ganhar. Veremos quem nos vai calhar no sorteio de
amanhã, mas a jogar assim duvido que consigamos grandes feitos esta época.
quarta-feira, novembro 20, 2019
No Euro 2020
Vencemos na passada 5ª feira a Lituânia no Algarve por 6-0 e
no domingo no Luxemburgo por 2-0, e estamos na fase final do Euro 2020. Foi uma
qualificação mais complicada do que se previa, fruto de só termos vencido um de
quatro jogos perante adversários directos.
A partida frente aos lituanos foi fácil demais, ou não fosse
eles a pior equipa do grupo. O Cristiano Ronaldo aproveitou para fazer um hat-trick, com o Pizzi, Gonçalo Paciência
e Bernardo Silva a marcar os restantes golos. Um penalty logo aos 7’ ajuda a
desbloquear qualquer jogo e o adversário praticamente nem passou do meio-campo.
Três dias depois, no Luxemburgo, as coisas seriam mais
complicadas. Os luxemburgueses estão longe de ser aquela selecção que sofria
goleadas nos anos 80 (juntamente com Malta). Aliás, na 1ª parte tiveram até as
melhores ocasiões para marcar, mas a eficácia esteve do nosso lado com uma
abertura fabulosa do Bernardo Silva para o Bruno Fernandes dominar e rematar de
primeira aos 39’, fazendo o primeiro golo. Num relvado em péssimo estado,
marcar antes do intervalo ajudou imenso a acalmar a selecção nacional, que
estava a fazer um jogo péssimo. Na 2ª parte, não demos tantas veleidades aos
luxemburgueses, mas a exibição continuou muito medíocre. Aos 86’, lá marcámos o
golo que selou a vitória, através do C. Ronaldo, depois de um remate do
entretanto entrado Diogo Jota, que entraria na mesma sem o toque do capitão.
Como a nossa fase de qualificação não foi brilhante, iremos
ficar no pote 3 no sorteio, o que pode levar a que fiquemos num grupo com
Alemanha e França, por exemplo. Mas dia 30 de Novembro lá saberemos a nossa
sorte. E temos sempre a jurisprudência de 2016, em que fomos campeões europeus
a jogar muito pouco. Pode ser que se repita...
quarta-feira, novembro 13, 2019
Poucochinho
E estes dias poderiam ter começado muito mal, porque a nossa exibição foi simplesmente lamentável. Então os primeiros 45 minutos foram dos piores da era Lage. Trocas de bola lentíssimas, incapacidade gritante de entrar na área contrária (o nosso primeiro remate foi já no tempo de compensação!), o Gabriel a falhar n variações de flanco (com passes directamente... para a linha lateral) e, para piorar tudo, o André Almeida a dormir na forma aos 17’ e a ser batido infantilmente de cabeça pelo Carlos Carvalho, que inaugurou assim o marcador. Do nosso lado, só um penalty indiscutível sobre o Cervi que o Sr. Artur Soares Dias não quis ver é que se salvou do marasmo completo.
Na 2ª parte, entrou o Carlos Vinícius para o lugar do apagado Florentino, mas os primeiros minutos foram novamente do Santa Clara, que criou perigo em duas ocasiões, com um remate ao lado e uma falha incrível do Jardel a proporcionar depois uma boa defesa ao Vlachodimos. Eu estava a ver o panorama mesmo muito negro, quando o Pizzi resolveu inventar pela direita a jogada do nosso primeiro golo aos 54’, com um cruzamento rasteiro para o C. Vinícius só ter que encostar (mas a ter o mérito de estar lá). O Santa Clara protestou uma eventual falta do Chiquinho no início do lance, mas há um empurrão mútuo com o jogador adversário. Um pouco antes, já tínhamos criado perigo num remate de primeira do Rúben Dias num canto, com o guarda-redes a defender por instinto, mas depois continuámos a revelar inúmeras dificuldades em superar a boa organização defensiva dos açorianos. Estávamos mais subidos no terreno e a pressionar mais, mas sem criar grandes ocasiões até ao golo salvador aos 78’ pelo Pizzi: mau passe do Santa Clara na saída para o ataque, jogada do Seferovic que isolou o Pizzi, que à saída do guarda-redes desviou a bola subtilmente para a baliza. Foi um golo caído do céu! Logo a seguir, o Seferovic teve uma oportunidade de acabar com o jogo, mas o remate saiu à figura. No entanto, já nos descontos, as coisas poderiam ter piorado muito, porque o entretanto entrado Ukra teve um remate cruzado que saiu a rasar o poste. Demorei algum tempo a recuperar os batimentos cardíacos depois deste lance.
Em termos individuais, destaque óbvio para o Pizzi com uma assistência e um golo. O C. Vinícius continua com uma média de golos por minuto muito interessante, embora não tenha tido muitas mais oportunidades, porque não lhe chegou muito jogo. Todos os outros estiveram a um nível muito medíocre, com o Gabriel a subir muito ligeiramente na 2ª parte depois de uma 1ª para esquecer.
O campeonato irá agora parar duas semanas com as selecções e a Taça de Portugal. Eu sei que tivemos muitos jogos seguidos e que esta saída não era nada fácil. Mas isso não serve de desculpa para a nossa paupérrima exibição. Há que dizer que não perdemos pontos com alguma sorte e duvido que cheguemos longe a continuar a jogar desta maneira.
quarta-feira, novembro 06, 2019
Confrangedor
Perdemos em Lyon (1-3), hipotecámos quase definitivamente as hipóteses
de continuar na Champions e mesmo a
Liga Europa não é nada fácil. As últimas exibições pareciam indicar que
estávamos novamente no bom caminho, mas tivemos um choque de realidade na Europa.
Não há como fugir às evidências: não temos andamento para este nível futebolístico
e o que temos exibido tem roçado o patético.
Jogo decisivo para a continuidade na Liga dos Campeões e o Tomás
Tavares é titular do Benfica pela 4ª vez, todas na maior competição de clubes
do mundo. Ou seja, deixa-se o André Almeida esgotar-se no campeonato para
descansar na Champions. Racional
isto? Não faço ideia. Por outro lado, o Bruno Lage deu igualmente a titularidade
ao Gedson na direita, ele que, cada vez que entra, tem sido invariavelmente o
pior jogador do Benfica. Mais uma vez, conferiu. A nossa 1ª parte foi de fugir.
Sofremos o primeiro golo logo aos 4’ pelo Andersen de cabeça, num canto curto
muito mal defendido por todos, especialmente os centrais. A este começo maravilhoso, seguiu-se uma 1ª parte que
não lhe ficou atrás. Lentidão exasperante de processos, o Lyon chegava sempre
primeiro à bola, muito pouca precisão nos passes e nos remates, enfim, um
marasmo quase por completo. Para além disso, ao contrário de nós na Luz, os
franceses tentavam sempre contra-atacar com perigo, apesar de nos darem a
iniciativa. E foi num desses lances que fizeram o 2-0 aos 33’: o Tomás Tavares
ficou duas vezes nas covas na
direita, centro para a área e o Depay não perdoou. Até ao intervalo, poderíamos
ter reduzido num canto, mas o Gedson falhou o desvio ao segundo poste.
Na 2ª parte, entrámos finalmente com onze com o Seferovic no lugar do
Gedson. Era a segunda substituição, porque já tínhamos perdido o Ferro relativamente
cedo devido a um choque com o Vlachodimos. Melhorámos um bocado, mas sempre a
fazer as coisas em esforço e sem desenvoltura nenhuma. Ainda assim, um livre do
Chiquinho e um remate do Seferovic criaram algum perigo ao Anthony Lopes.
Entretanto, esgotámos as substituições a pouco mais de 15’ do fim, com a
entrada do Pizzi para o lugar do esgotado Cervi. E foi o Pizzi a fazer uma
óptima abertura para o Seferovic reduzir para 1-2 aos 76’. O fiscal-de-linha
começou por levantar a bandeirola, mas o VAR confirmou que não havia fora-de-jogo
nenhum. Ainda houve a esperança de pressionar o Lyon com vista à igualdade, mas
os franceses defenderam-se muito bem e nós não tivemos arte para sequer chegar
à baliza deles. Ao invés, foram eles a chegar à nossa aos 89’ e a fazer o 3-1:
o Jardel não só deixou o Traoré virar-se depois de correr para apanhar a bola,
como lhe deu o lado de dentro do campo, mesmo a jeito do seu pé esquerdo, que
rematou em arco não dando hipóteses ao Vlachodimos. Outra péssima acção
defensiva, ainda mais incompreensível por ter sido feita pelo Jardel, que está
longe de ser inexperiente.
Em termos individuais, o Gabriel foi dos poucos a tentar remar contra a
maré, o Cervi lutou muito, mas sem resultados atacantes visíveis, e o Chiquinho
a espaços ainda conseguiu fazer qualquer coisa. O Vlachodimos também não esteve
mal sempre que foi chamado, não tendo tido culpa nenhuma nos golos, e o Pizzi
fez uma boa assistência para o Seferovic marcar. Todos os outros estiveram num
nível muito baixo, em especial o já referido Gedson, o Florentino, que deve ter
feito dos piores jogos com a camisola do Benfica, e o Tomás Tavares, que se
arrisca a ficar queimado se só for titular na Champions.
Os números não enganam: 13 derrotas nos últimos 17 jogos na Champions envergonham a nossa história.
Parece que entramos em campo já vencidos, manietados por um temor que
sinceramente não se percebe. Estamos a jogar a mais prestigiante competição de
clubes do mundo com o espírito da Taça da Liga (com o devido respeito). É algo
que tem de ser mudado. E rapidamente.
segunda-feira, novembro 04, 2019
Retoma
Vencemos
o Rio Ave por 2-0 no sábado e mantivemos os dois pontos de vantagem para o CRAC
(1-0 em casa ao Aves). Foi uma vitória justa, em que a exibição na 2ª parte nos
deixou a todos mais esperançados.
Três dias depois, novo jogo para o campeonato, e os regressos do Florentino e Pizzi ao onze em detrimento do Samaris e Gedson. Comandado pelo Carlos Carvalhal, o Rio Ave apresentou-se muito bem na Luz e o jogo foi muito complicado na 1ª parte. Sem medo de sair a jogar desde o guarda-redes, os vilacondenses trocavam muito bem a bola, saíam da nossa pressão com mestria, embora não tenham conseguido criar oportunidades de golo. Só que nós também não, porque éramos demasiado lentos a sair para o ataque e nunca conseguímos apanhar o adversário em contrapé. Um remate do Cervi de fora da área foi o lance de maior perigo antes do 1º golo aos 32’. Só podia ser de bola parada: canto do Pizzi na direita e entrada fulminante de cabeça do Rúben Dias. Até ao intervalo, uma oportunidade para cada lado, com um estoiro do Carlos Vinícius de pé esquerdo de fora da área (a fazer lembrar o grande Tacuara), a sair ligeiramente por cima, e o nosso ex-jogador Nuno Santos numa boa arrancada pela esquerda a deixar o André Almeida para trás, mas felizmente a bola bateu no poste (no entanto, há uma falta clara sobre o Cervi no início da jogada, que o sr. Carlos Xistra não quis ver).
A 2ª parte foi totalmente diferente, porque conseguimos manietar por completo o Rio Ave e estivemos quase sempre instalados no seu meio-campo. Claro que a nossa melhoria exibicional foi ajudada pelo 2-0 logo aos 51’ numa abertura do Gabriel para o Grimaldo na esquerda, este deixou para o Cervi, que centrou atrasado e o Pizzi, depois de tirar um defesa do caminho, rematou forte sem hipóteses para o Kieszek. A partir daqui, tivemos um cheirinho do que se passou na época transacta, porque recuperávamos a bola cedo e muito à frente no campo, e fazíamos combinações atacantes que baralharam a defesa do Rio Ave. O Rúben Dias teve oportunidade de bisar num livre, mas o seu desvio saiu ligeiramente ao lado, o Cervi teve uma boa iniciativa individual, porém o remate na passada também saiu ao lado, e o mesmo Cervi, depois de assistido pelo C. Vinícius, atirou de pé direito para defesa difícil do guarda-redes. Foi pena não termos conseguido marcar mais um golo, porque a nossa exibição neste período assim o merecia.
Em termos individuais, destaque para o Rúben Dias, que voltou a estar em evidência na defesa e teve a mais-valia de abrir o marcador, continuo a gostar bastante do Cervi, que com a confiança está a melhorar a olhos vistos, e a dupla Chiquinho-C. Vinícius também esteve bem, apesar de não ter marcado nesta partida. O Pizzi nem estava a fazer um jogo por aí além, mas quem marca um golo nunca pode ser criticado.
Iremos amanhã jogar a nossa continuidade nas competições europeias. Não podemos perder em Lyon, sob pena de irmos para o sofá ver a Europa em 2020. No entanto, um jogo desta importância não poderia ter vindo em melhor altura, porque o nosso nível exibicional está a melhorar. Esperemos é que isto se reflicta também na Champions.
P.S. – Disseram-me que este é o último ano em que teremos o (des)prazer de ver o Sr. Carlos Xistra espalhar a sua magia pelos relvados. Ainda falta todo um ano, diria eu! O empurrão ao André Almeida na área é grosseiro, mas coitado do Xistra não teve sorte nenhuma, porque do canto resultou o nosso primeiro golo. E esse era impossível anular. Isso e uma dualidade de critérios gritante na 1ª parte, que naturalmente não valia a pena continuar na 2ª quando o marcador passou para uma diferença de dois golos, é algo que não vai deixar saudades nenhumas no futuro. Que ainda está tão longe…
P.S. 2 – À atenção da organização de jogos: quando é que acaba esta fantochada dos foguetes e fogo preso na entrada das equipas…?! Já ganhámos o 38 e ninguém me avisou…?! Quantas quotas de quantos sócios são desperdiçadas naquele disparate…?! Será que quem se lembrou daquilo já se deu conta que com barulho nem dá para ouvir os aplausos à equipa na vénia…?! Vamos lá acabar com esse circo, por favor, que ir ver o Benfica é uma coisa séria. Obrigado.
Três dias depois, novo jogo para o campeonato, e os regressos do Florentino e Pizzi ao onze em detrimento do Samaris e Gedson. Comandado pelo Carlos Carvalhal, o Rio Ave apresentou-se muito bem na Luz e o jogo foi muito complicado na 1ª parte. Sem medo de sair a jogar desde o guarda-redes, os vilacondenses trocavam muito bem a bola, saíam da nossa pressão com mestria, embora não tenham conseguido criar oportunidades de golo. Só que nós também não, porque éramos demasiado lentos a sair para o ataque e nunca conseguímos apanhar o adversário em contrapé. Um remate do Cervi de fora da área foi o lance de maior perigo antes do 1º golo aos 32’. Só podia ser de bola parada: canto do Pizzi na direita e entrada fulminante de cabeça do Rúben Dias. Até ao intervalo, uma oportunidade para cada lado, com um estoiro do Carlos Vinícius de pé esquerdo de fora da área (a fazer lembrar o grande Tacuara), a sair ligeiramente por cima, e o nosso ex-jogador Nuno Santos numa boa arrancada pela esquerda a deixar o André Almeida para trás, mas felizmente a bola bateu no poste (no entanto, há uma falta clara sobre o Cervi no início da jogada, que o sr. Carlos Xistra não quis ver).
A 2ª parte foi totalmente diferente, porque conseguimos manietar por completo o Rio Ave e estivemos quase sempre instalados no seu meio-campo. Claro que a nossa melhoria exibicional foi ajudada pelo 2-0 logo aos 51’ numa abertura do Gabriel para o Grimaldo na esquerda, este deixou para o Cervi, que centrou atrasado e o Pizzi, depois de tirar um defesa do caminho, rematou forte sem hipóteses para o Kieszek. A partir daqui, tivemos um cheirinho do que se passou na época transacta, porque recuperávamos a bola cedo e muito à frente no campo, e fazíamos combinações atacantes que baralharam a defesa do Rio Ave. O Rúben Dias teve oportunidade de bisar num livre, mas o seu desvio saiu ligeiramente ao lado, o Cervi teve uma boa iniciativa individual, porém o remate na passada também saiu ao lado, e o mesmo Cervi, depois de assistido pelo C. Vinícius, atirou de pé direito para defesa difícil do guarda-redes. Foi pena não termos conseguido marcar mais um golo, porque a nossa exibição neste período assim o merecia.
Em termos individuais, destaque para o Rúben Dias, que voltou a estar em evidência na defesa e teve a mais-valia de abrir o marcador, continuo a gostar bastante do Cervi, que com a confiança está a melhorar a olhos vistos, e a dupla Chiquinho-C. Vinícius também esteve bem, apesar de não ter marcado nesta partida. O Pizzi nem estava a fazer um jogo por aí além, mas quem marca um golo nunca pode ser criticado.
Iremos amanhã jogar a nossa continuidade nas competições europeias. Não podemos perder em Lyon, sob pena de irmos para o sofá ver a Europa em 2020. No entanto, um jogo desta importância não poderia ter vindo em melhor altura, porque o nosso nível exibicional está a melhorar. Esperemos é que isto se reflicta também na Champions.
P.S. – Disseram-me que este é o último ano em que teremos o (des)prazer de ver o Sr. Carlos Xistra espalhar a sua magia pelos relvados. Ainda falta todo um ano, diria eu! O empurrão ao André Almeida na área é grosseiro, mas coitado do Xistra não teve sorte nenhuma, porque do canto resultou o nosso primeiro golo. E esse era impossível anular. Isso e uma dualidade de critérios gritante na 1ª parte, que naturalmente não valia a pena continuar na 2ª quando o marcador passou para uma diferença de dois golos, é algo que não vai deixar saudades nenhumas no futuro. Que ainda está tão longe…
P.S. 2 – À atenção da organização de jogos: quando é que acaba esta fantochada dos foguetes e fogo preso na entrada das equipas…?! Já ganhámos o 38 e ninguém me avisou…?! Quantas quotas de quantos sócios são desperdiçadas naquele disparate…?! Será que quem se lembrou daquilo já se deu conta que com barulho nem dá para ouvir os aplausos à equipa na vénia…?! Vamos lá acabar com esse circo, por favor, que ir ver o Benfica é uma coisa séria. Obrigado.
Subscrever:
Mensagens (Atom)