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segunda-feira, abril 15, 2019

Complicado

Vencemos o V. Setúbal na Luz por 4-2 e mantemo-nos na liderança do campeonato com os mesmos pontos do CRAC, que venceu 3-0 em Portimão. Foi mais um jogo em que tivemos que suar bastante para conseguir os três pontos, mas a justeza da nossa vitória é incontestável.

Com o regresso dos titulares, o Florentino voltou a ocupar a posição do Gabriel e não poderíamos ter tido melhor entrada no jogo: marcámos logo aos 2’ através do Rafa, a corresponder bem a um centro da direita do João Félix. Depois da partida europeia há apenas três dias, marcar logo no início era o melhor que nos podia acontecer para nos tranquilizar. Durante os minutos seguintes, continuámos a exercer enorme pressão e tivemos mais duas oportunidades, num pontapé de bicicleta falhado pelo Pizzi e, principalmente, numa jogada do João Félix que passou por vários adversários e rematou com a bola a ser desviada por um defesa para canto, com o Makaridze preso ao relvado. Do lado contrário, só um remate do Jhonder Cádiz criou perigo, ainda que relativo, porque o Vlachodimos estava a controlar a trajectória da bola. Aos 26’ tivemos uma ocasião soberana para fazer o segundo golo num penalty a castigar mão do Rúben Micael a desviar o remate do João Félix. O Sr. Rui Gomes Costa (continuo a recusar-me poluir o nome ‘Rui Costa’ com este senhor) teve que ir ver as imagens para o assinalar, mas o Pizzi rematou para defesa do Makaridze. Pouco depois foi uma cabeçada por cima do João Félix e outra tentativa (dupla) do Rafa que deveriam ter tido melhor destino, mas aos 36’ fizemos finalmente o 2-0: bis do Rafa a corresponder bem a mais uma assistência do João Félix, que ganhou a bola a um defesa depois de uma insistência do Seferovic. Deveríamos ter ido para o intervalo com esse conforto de dois golos de vantagem, mas sofremos o 2-1 aos 39’ numa boa jogada de contra-ataque, conduzida pelo Berto na direita, que bateu o Ferro, e bem concretizada pelo Nuno Valente, depois de uma assistência do Rúben Micael.

Nas partidas depois das competições europeias, há sempre o temor resposta física da equipa, que geralmente costuma ressentir-se na 2ª parte. E, de facto, não recomeçámos bem ao permitir ao V. Setúbal ter mais bola, sem no entanto criar ocasiões para marcar. Era imprescindível aumentar-nos de novo a vantagem que nos desse alguma folga e assim o fizemos aos 56’ numa jogada em que o Florentino roubou uma bola a meio-campo (já se fizeram os testes devidos para saber se não estamos em presença de um plastic man...? Eu iria jurar que vi a perna aumentar para fazer o corte...), esta sobrou para o Pizzi, que centrou para o João Félix fuzilar de primeira. O V. Setúbal não desarmou e o Berto teve um remate por volta da hora de jogo que proporcionou ao Vlachodimos a defesa da noite. Iríamos conseguir selar definitivamente a vitória aos 77’ no golo da praxe do Seferovic, a corresponder bem com um remate muito colocado de pé esquerdo a uma assistência do Rafa, numa jogada iniciada pelo próprio suíço que colocou a bola no nº 27 para depois a receber de novo. A dois minutos dos 90’, o Sr. Rui Gomes Costa voltou a recorrer às imagens para assinalar um penalty contra nós, por pretensa falta do Rúben Dias sobre o Vasco Fernandes na sequência de um livre. O Jhonder Cádiz (a propósito, se calhar deveríamos considerá-lo para reforçar o plantel para o ano, não? Estamos com falta de pontas-de-lança, este é alto, rápido, marca golos e deu imenso trabalho aos nossos centrais) marcou à Panenka e fez o resultado final. Que poderia não o ter sido, se o Jonas (entrou para o lugar do Seferovic) não tivesse falhado um dos golos mais fáceis da carreira ao atirar de cabeça ao lado, quando só tinha o Makaridze pela frente, depois de um centro perfeito do Taarabt (que também tinha entrado para o lugar do João Félix).

Em termos individuais, destaque para a dupla Rafa e João Félix: o primeiro com um bis e uma assistência, e o segundo com um golo e duas assistências foram absolutamente vitais para a nossa vitória. Voltei a gostar muito do Samaris no meio-campo e o Florentino também fez uma boa partida. O Pizzi esteve uns furos abaixo do habitual, mas lá fez mais uma assistência. Os centrais tiveram muito trabalho com o Jhonder Cádiz e o Rúben Dias tem que ter mais cuidado na abordagem aos lances, porque embora o penalty seja duvidoso, não o seria se ele tivesse tido esse cuidado.

Iremos agora a Frankfurt tentar selar o nosso apuramento para as meias-finais da Liga Europa, antes de recebermos o Marítimo. Será uma partida complicadíssima, mas, apesar de o 37 ser a prioridade,  esperemos que o nosso caminho para Baku não seja interrompido.

1 comentário:

Anónimo disse...

Cádiz? Pelo que vem fazendo, pelo que mostrou ontem, também acho que poderia ser um bom reforço interessante para o Benfica da próxima época - os Frutas devem estar com o olho nele. E é barato.