segunda-feira, abril 29, 2019
Estofo
Vencemos em Braga por 4-1 e demos um passo muito importante
na desejada conquista do 37, porque o CRAC empatou no Rio Ave na 6ª feira
(2-2), depois de estar a ganhar por 2-0 aos 84’, e ficámos assim com dois
pontos de vantagem sobre eles. Foi um fim-de-semana absolutamente maravilhoso!
Com quase dois dias para absorver a benesse de Vila do
Conde, todos nós estávamos em pulgas
pelo jogo de domingo. Teoricamente seria o jogo mais complicado até final do campeonato
e havia que nos mentalizarmos que, quando o jogo começasse, estávamos um ponto
atrás do CRAC (e não dois à frente!). Com um Lexotan no bucho, porque eu não
arrisco nos finais dos campeonatos, estava obviamente muito nervoso e a 1ª
parte veio dar razão aos nossos temores. Fomos completamente manietados pelo
Braga, que raramente nos deixou sair a jogar, o Samaris e o Florentino no
meio-campo pareciam perdidos, a bola quase nunca chegou em condições aos dois
da frente e, para piorar as coisas, sofremos o 0-1 aos 35’ num penalty marcado
pelo Wilson Eduardo: duplo erro nosso, do Florentino que foi batido pelo Fransérgio
e não o derrubou, deixando-o entrar na área, e do Rúben Dias, que fez a falta
numa altura em que o jogador do Braga flectia para a direita e o Vlachodimos
estava pronto para fazer a mancha.
Apesar da pressão exercida sobre nós, as oportunidades de golo tinham-se
equivalido até então, com o Rafa a falhar escandalosamente um centro para o
Seferovic, que estava completamente isolado, logo aos 3’, e um remate rasteiro
do André Almeida, que saiu perto do poste. Quanto a eles, um lance do Paulinho
que rematou contra o Rúben Dias poderia ter criado grande perigo e uma cabeçada
do Wilson Eduardo, que se antecipou ao Grimaldo, saiu muito por cima.
Ao intervalo, o panorama estava muito negro, porque não só
estávamos a perder, como não tínhamos dado sinais na 1ª parte de conseguir
inverter isso. Havia, no entanto, também a expectativa de saber se o Braga
conseguiria manter o nível de pressão do primeiro tempo. Não conseguiu. Entrámos
fortíssimos na 2ª parte e um remate do João Félix foi defendido pelo Tiago Sá para
o poste logo no reinício e já depois de um livre do Grimaldo, ainda muito
longe, ter também sido defendido para o lado pelo guarda-redes. O Braga mal saía
do seu meio-campo e aos 59’ beneficiámos de um penalty por falta do Esgaio
sobre o João Félix. Há por aí muita polémica, mas é para malta que tem
problemas de visão (ou de verticalidade na coluna): vê-se bem numa repetição
que o pé esquerdo do Félix é tocado pelo defesa do Braga que, aliás, nem
protesta! Deve ter sido dos poucos penalties em Portugal em que um jogador não
esboçou um único protesto! O Pizzi rematou rasteiro para o lado esquerdo do
guarda-redes, que se atirou para o lado contrário. Ainda com a 1ª parte muito
fresca na memória, por mim, o jogo poderia ter acabado logo ali. No entanto,
ainda bem que os jogadores do Benfica tinham outras ideias. Aos 66’, o Sr.
Tiago Martins marcou o terceiro penalty do jogo, segundo a nosso favor, por mão
do Bruno Viana depois de uma boa combinação atacante entre o Pizzi e o João Félix.
O passe é um pouco à queima, mas o
jogador do Braga abre os braços. Já vi muitos penalties marcados por muito
menos. Pareceu-me nas imagens que o João Félix foi perguntar ao Pizzi se ele
queria marcar, o nº 21 disse que sim e ainda marcou melhor do que o primeiro:
remate para o mesmo lado, mas para o canto superior da baliza que não daria hipóteses
ao guarda-redes, mesmo que ele tivesse acertado no lado. Dávamos a volta ao
jogo e três minutos depois, aos 69’, criámos uma distância de segurança com o
1-3 pelo Rúben Dias, a corresponder muito bem de cabeça a um belo canto do
Pizzi. Foi a loucura no nosso banco e o meu grito também se deve ter ouvido em
Braga. Escaldados com o que se passou na 6ª e também com o nosso jogo frente ao
Belenenses, havia que ter muita concentração para não sofrer um golo que
pudesse abrir novamente o jogo. E jogámos de forma muito inteligente,
defendendo bem e tentando sempre o contra-ataque para colocar o Braga em
sentido. O Abel Ferreira ainda colocou o Dyego Sousa em campo, que numa bicicleta
criou perigo, mas a bola saiu à figura do Vlachodimos. Quanto a nós, tivemos
mais do que uma ocasião para aumentar a vantagem, com o João Félix a
proporcionar mais uma defesa ao Tiago Sá, com o Rafa na recarga de cabeça a
atirar também na direcção do guarda-redes, mas conseguimo-lo aos 90’: o Rafa isolou
o Seferovic, que permitiu uma defesa do guarda-redes com o pé, a bola sobrou
para um jogador do Braga que ficou a dormir, o Rafa roubou-a e fez uma jogada à
Maradona, passando por três adversários, e atirando a bola com o pé esquerdo
para um dos cantos da baliza. Estava dada a machadada final e selada a nossa brilhante
vitória.
Em termos individuais, óbvio destaque para o Pizzi com dois
golos e mais uma assistência, para o Rafa que dinamitou a defesa contrária na
2ª parte e para o Ferro, que foi sempre imperial na nossa defesa. O João Félix
não marcou, mas muito do nosso jogo passou por ele, e o Seferovic está numa
fase em que falha muitos golos, mas o seu trabalho de desgastar a defesa contrária
é insubstituível. Em geral, toda a equipa subiu muito na 2ª parte e a justeza
da vitória é indiscutível.
Faltam três jogos e sete pontos. Nunca é demais relembrar
que já estivemos numa situação ainda melhor que esta, em que também faltavam três
jogos, dois dos quais em casa, tínhamos não dois, mas quatro pontos de vantagem
e conseguimos perder esse campeonato.
Portanto, toda a concentração é pouca, porque ainda não ganhámos nada.
quarta-feira, abril 24, 2019
Moralizador
Vencemos o Marítimo por 6-0 na 2ª feira e reassumimos a
liderança do campeonato, com os mesmos pontos do CRAC, mas com uns incríveis 25
golos marcados a mais (87 contra 62). Foi uma boa exibição, mas só na 2ª parte,
apesar de os madeirenses raramente terem criado perigo durante todo o jogo.
O Marítimo trocou-nos as voltas e atacámos para a baliza sul
na 1ª parte, ao contrário do que costumamos fazer. Com o castigo do Rafa, foi o
Cervi a ocupar o seu lugar e não poderíamos ter começado melhor, com o 1-0 logo
aos 3’ num golão do João Félix, na sequência de um canto à Camacho do Pizzi (finalmente resultou!). O mais difícil estava
aparentemente feito, mas a nossa exibição foi um pouco descolorida no primeiro
tempo. O Marítimo continuava a fechar-se muito e nós não tínhamos a dinâmica de
jogos passados, sendo algo lentos nas variações de flanco. Mesmo assim, um
remate do Grimaldo permitiu ao Charles uma defesa incompleta e o Seferovic
começou a sua lista interminável de falhanços, ao permitir também a defesa do
guarda-redes, quando estava isolado depois de um passe fantástico do João Félix.
Pelo meio, o Marítimo colocou a bola na baliza num canto, mas o Vlachodimos não
lhe conseguiu tocar por causa de um defesa que lhe fez parede na pequena-área.
O Sr. Luís Godinho assinalou (e bem, para mim) a falta, mas o nosso guarda-redes
tinha obrigação de sair de outra forma.
Na ressaca de um jogo europeu, as segundas partes costumam
ser mais difíceis do que as primeiras, por causa da quebra física. No entanto,
e apesar de a chuva ter caído quase ininterruptamente durante o jogo todo, isso
não aconteceu desta vez. Voltámos a marcar muito cedo, aos 49’, pelo Pizzi na sequência
de um centro do André Almeida, depois de o canto do Grimaldo ter sido aliviado
para o nosso nº 34. O remate do Pizzi ainda desviou num defesa, antes de passar
por baixo das pernas do guarda-redes. O resultado já nos punha a salvo de um
erro que pudesse acontecer, mas uma das vantagens do Benfica actual é que não
se sacia e fomos à procura de aumentar o marcador. O que deveria ter acontecido
pouco depois, mas o Seferovic falhou provavelmente o golo mais fácil do ano, na
marca de penalty só com o guarda-redes pela frente, depois de um passe do
Pizzi. Aos 64’, dissipávamos as dúvidas de vez com o 3-0, num bis do João Félix de primeira depois de
um centro da direita do André Almeida. Aos 74’, começámos a construir a goleada
através do Cervi, que picou a bola à saída do Charles, depois de brilhantemente
desmarcado pelo João Félix. Com o jogo ganho, o nº 79 foi descansar para entrar
o Jonas. Jonas esse que assistiu a cabeça do Seferovic, mas o suíço estava
definitivamente infeliz na concretização e a bola saiu muito ao lado. Entretanto,
já o Rúben Dias tinha saído, não lhe fosse passar uma coisa má pela cabeça e
visse um amarelo que o tirasse de Braga, entrando o Taarabt e depois foi a vez
do Pizzi ir descansar para o Salvio poder acumular minutos. O Marítimo dava
pancada escusada (o Samaris e o Ferro que o digam), mas não se livrou de sofrer
mais um golo, aos 89’ num bis do
Cervi, com um remate de ressalto de fora da área que entrou rasteiro junto ao
poste. Em cima dos 90, ainda fizemos a meia-dúzia num excelente cabeceamento do
Salvio a corresponder ao centro largo do Grimaldo.
Em termos individuais, destaque para o João Félix com um bis e uma assistência. Apesar de o que disse
o nosso presidente, temo bem que tenha sido a antepenúltima vez que o vimos ao
vivo na Luz... O Cervi, que até nem estava a fazer uma grande exibição, também merece
destaque pelos golos, que espero que lhe aumentem a moral. O Samaris continua o
patrão do meio-campo, muito bem acompanhado pelo Florentino que foi dos melhores
em campo (seria mesmo o melhor para mim, caso o João Félix não tivesse feito dois
golos e uma assistência). Falando em assistências, o André Almeida lá somou
mais duas e o Pizzi mais uma para os respectivos currículos. O Vlachodimos não
teve grande trabalho, mas tem que melhorar bastante as saídas dos postes.
No próximo domingo, teremos possivelmente o jogo mais
complicado até final do campeonato. A ida a Braga poderá decidir muita coisa,
porque se um resultado negativo deitará tudo a perder, um positivo dar-nos-á
uma moral muito grande para os restantes três jogos. Espero que este resultado
frente ao Marítimo tenha dado o alento à equipa que ela precisa, para entrar
com tudo em Braga e voltar às exibições categóricas para o campeonato no WC e
Mordor. Se assim for, a probabilidade de sairmos contentes de Braga é bastante grande.
domingo, abril 21, 2019
Desilusão
Perdemos em Frankfurt frente ao Eintracht (0-2) na passada 5ª feira e
dissemos ingloriosamente adeus à Liga Europa. Depois do que vimos da 1ª mão, já
se sabia que ia ser complicado, mas o que não se esperava é que déssemos uma
tão pálida imagem daquilo que valemos.
O Bruno Lage lançou o Jardel, o Fejsa e o Gedson, como já tinha feito no jogo da Luz, mas o resto da equipa foram os habituais titulares. Apesar disto, cometemos o mesmo erro da Taça no WC: não entrámos para marcar um golo e ficámos na expectativa. Desde há muito tempo, e particularmente agora, que não temos equipa para estar à espera do que o adversário vai fazer. Quando entramos para ganhar, geralmente ganhamos. Foi assim no WC e em Mordor para o campeonato. Quando não fizemos, fomos eliminados de duas provas. Ao contrário do que eu esperaria, o Eintracht não entrou a todo o gás, parecendo temer o nosso contra-ataque que, diga-se de passagem, nunca existiu, até porque o Rafa terá feito dos piores jogos esta época. Obviamente que é mais fácil dizer isto a posteriori, mas colocá-lo na direita não terá sido grande ideia… Estava tudo a correr na modorra que pretendíamos, quando sofremos o primeiro golo aos 36’: remate ao poste do Gacinovic e o Kostic em claríssimo fora-de-jogo a marcar na recarga. Erro grosseiro da equipa de arbitragem do italiano Daniele Orsato que, como não há VAR na Liga Europa, não foi corrigido. Para piorar as coisas, o Bruno Lage foi expulso do banco por causa deste lance. A um golo da eliminação, ficou evidente que teríamos de mudar de atitude e tentar marcar.
E foi isso mesmo que tentámos fazer no início da 2ª parte, em que tivemos finalmente algumas oportunidades. Uma boa jogada pela esquerda do João Félix não encontrou o desvio pretendido na área e uma excelente abertura do Samaris para a cabeça do Seferovic deu a sensação que poderia ser golo, mas a bola não fez o arco suficiente para passar por cima do guarda-redes Trapp. Os alemães responderam e acabaram por marcar o golo da qualificação aos 67’: mau alívio da nossa defesa e remate do Rode à vontade à entrada da área, que fez a bola entrar no canto inferior direito da baliza. Tudo a dormir entre defesas e médios nossos! A necessitar de marcar um golo, o Bruno Lage começou a fazer substituições, mas a meu ver não foi feliz a escolher o Samaris para sair (estava a ser dos nossos menos maus jogadores) para entrar do Pizzi. Pouco depois, o Salvio regressou aos relvados desde o jogo de Istambul e saiu o Rafa. Na fase do desespero, ainda entrou o Jonas para o lugar do André Almeida. Os alemães foram defendendo bem, connosco a ter uma oportunidade ainda que relativa pelo João Félix de cabeça num livre e principalmente num remate de primeira do Salvio ao poste, após centro do Grimlado, com o guarda-redes a tocar muito ligeiramente na bola (nem canto foi), mas se calhar o suficiente para não entrar. Nos últimos minutos, não tomámos as melhores opções no ataque (muito mais coração do que cabeça) e não conseguimos criar mais perigo.
Em termos individuais, não vou destacar ninguém, porque a exibição foi fraca colectivamente. Quanto aos menos, se o Jardel começou mal, mas depois se recompôs, o mesmo não se poderá dizer do Fejsa: muito lento na reacção, os adversários passaram por ele com facilidade e as dificuldades habituais a fazer fluir o jogo. Neste momento, o jogador mais vezes campeão do plantel está completamente ‘fora dela’. Gosto imenso do Fejsa, mas até para ser protegido é melhor que só volte quando estiver em plena forma.
Jogaremos amanhã em casa frente ao Marítimo na única prova que poderemos ganhar este ano. Que é também o troféu mais desejado. Não podemos mesmo falhar, porque depois da recuperação que fizemos, morrer na praia seria inglório. Força Benfica!
O Bruno Lage lançou o Jardel, o Fejsa e o Gedson, como já tinha feito no jogo da Luz, mas o resto da equipa foram os habituais titulares. Apesar disto, cometemos o mesmo erro da Taça no WC: não entrámos para marcar um golo e ficámos na expectativa. Desde há muito tempo, e particularmente agora, que não temos equipa para estar à espera do que o adversário vai fazer. Quando entramos para ganhar, geralmente ganhamos. Foi assim no WC e em Mordor para o campeonato. Quando não fizemos, fomos eliminados de duas provas. Ao contrário do que eu esperaria, o Eintracht não entrou a todo o gás, parecendo temer o nosso contra-ataque que, diga-se de passagem, nunca existiu, até porque o Rafa terá feito dos piores jogos esta época. Obviamente que é mais fácil dizer isto a posteriori, mas colocá-lo na direita não terá sido grande ideia… Estava tudo a correr na modorra que pretendíamos, quando sofremos o primeiro golo aos 36’: remate ao poste do Gacinovic e o Kostic em claríssimo fora-de-jogo a marcar na recarga. Erro grosseiro da equipa de arbitragem do italiano Daniele Orsato que, como não há VAR na Liga Europa, não foi corrigido. Para piorar as coisas, o Bruno Lage foi expulso do banco por causa deste lance. A um golo da eliminação, ficou evidente que teríamos de mudar de atitude e tentar marcar.
E foi isso mesmo que tentámos fazer no início da 2ª parte, em que tivemos finalmente algumas oportunidades. Uma boa jogada pela esquerda do João Félix não encontrou o desvio pretendido na área e uma excelente abertura do Samaris para a cabeça do Seferovic deu a sensação que poderia ser golo, mas a bola não fez o arco suficiente para passar por cima do guarda-redes Trapp. Os alemães responderam e acabaram por marcar o golo da qualificação aos 67’: mau alívio da nossa defesa e remate do Rode à vontade à entrada da área, que fez a bola entrar no canto inferior direito da baliza. Tudo a dormir entre defesas e médios nossos! A necessitar de marcar um golo, o Bruno Lage começou a fazer substituições, mas a meu ver não foi feliz a escolher o Samaris para sair (estava a ser dos nossos menos maus jogadores) para entrar do Pizzi. Pouco depois, o Salvio regressou aos relvados desde o jogo de Istambul e saiu o Rafa. Na fase do desespero, ainda entrou o Jonas para o lugar do André Almeida. Os alemães foram defendendo bem, connosco a ter uma oportunidade ainda que relativa pelo João Félix de cabeça num livre e principalmente num remate de primeira do Salvio ao poste, após centro do Grimlado, com o guarda-redes a tocar muito ligeiramente na bola (nem canto foi), mas se calhar o suficiente para não entrar. Nos últimos minutos, não tomámos as melhores opções no ataque (muito mais coração do que cabeça) e não conseguimos criar mais perigo.
Em termos individuais, não vou destacar ninguém, porque a exibição foi fraca colectivamente. Quanto aos menos, se o Jardel começou mal, mas depois se recompôs, o mesmo não se poderá dizer do Fejsa: muito lento na reacção, os adversários passaram por ele com facilidade e as dificuldades habituais a fazer fluir o jogo. Neste momento, o jogador mais vezes campeão do plantel está completamente ‘fora dela’. Gosto imenso do Fejsa, mas até para ser protegido é melhor que só volte quando estiver em plena forma.
Jogaremos amanhã em casa frente ao Marítimo na única prova que poderemos ganhar este ano. Que é também o troféu mais desejado. Não podemos mesmo falhar, porque depois da recuperação que fizemos, morrer na praia seria inglório. Força Benfica!
segunda-feira, abril 15, 2019
Complicado
Vencemos o V. Setúbal na Luz por 4-2 e mantemo-nos na
liderança do campeonato com os mesmos pontos do CRAC, que venceu 3-0 em Portimão.
Foi mais um jogo em que tivemos que suar bastante para conseguir os três
pontos, mas a justeza da nossa vitória é incontestável.
Com o regresso dos titulares, o Florentino voltou a ocupar a posição do Gabriel e não poderíamos ter tido melhor entrada no jogo: marcámos logo aos 2’ através do Rafa, a corresponder bem a um centro da direita do João Félix. Depois da partida europeia há apenas três dias, marcar logo no início era o melhor que nos podia acontecer para nos tranquilizar. Durante os minutos seguintes, continuámos a exercer enorme pressão e tivemos mais duas oportunidades, num pontapé de bicicleta falhado pelo Pizzi e, principalmente, numa jogada do João Félix que passou por vários adversários e rematou com a bola a ser desviada por um defesa para canto, com o Makaridze preso ao relvado. Do lado contrário, só um remate do Jhonder Cádiz criou perigo, ainda que relativo, porque o Vlachodimos estava a controlar a trajectória da bola. Aos 26’ tivemos uma ocasião soberana para fazer o segundo golo num penalty a castigar mão do Rúben Micael a desviar o remate do João Félix. O Sr. Rui Gomes Costa (continuo a recusar-me poluir o nome ‘Rui Costa’ com este senhor) teve que ir ver as imagens para o assinalar, mas o Pizzi rematou para defesa do Makaridze. Pouco depois foi uma cabeçada por cima do João Félix e outra tentativa (dupla) do Rafa que deveriam ter tido melhor destino, mas aos 36’ fizemos finalmente o 2-0: bis do Rafa a corresponder bem a mais uma assistência do João Félix, que ganhou a bola a um defesa depois de uma insistência do Seferovic. Deveríamos ter ido para o intervalo com esse conforto de dois golos de vantagem, mas sofremos o 2-1 aos 39’ numa boa jogada de contra-ataque, conduzida pelo Berto na direita, que bateu o Ferro, e bem concretizada pelo Nuno Valente, depois de uma assistência do Rúben Micael.
Nas partidas depois das competições europeias, há sempre o temor resposta física da equipa, que geralmente costuma ressentir-se na 2ª parte. E, de facto, não recomeçámos bem ao permitir ao V. Setúbal ter mais bola, sem no entanto criar ocasiões para marcar. Era imprescindível aumentar-nos de novo a vantagem que nos desse alguma folga e assim o fizemos aos 56’ numa jogada em que o Florentino roubou uma bola a meio-campo (já se fizeram os testes devidos para saber se não estamos em presença de um plastic man...? Eu iria jurar que vi a perna aumentar para fazer o corte...), esta sobrou para o Pizzi, que centrou para o João Félix fuzilar de primeira. O V. Setúbal não desarmou e o Berto teve um remate por volta da hora de jogo que proporcionou ao Vlachodimos a defesa da noite. Iríamos conseguir selar definitivamente a vitória aos 77’ no golo da praxe do Seferovic, a corresponder bem com um remate muito colocado de pé esquerdo a uma assistência do Rafa, numa jogada iniciada pelo próprio suíço que colocou a bola no nº 27 para depois a receber de novo. A dois minutos dos 90’, o Sr. Rui Gomes Costa voltou a recorrer às imagens para assinalar um penalty contra nós, por pretensa falta do Rúben Dias sobre o Vasco Fernandes na sequência de um livre. O Jhonder Cádiz (a propósito, se calhar deveríamos considerá-lo para reforçar o plantel para o ano, não? Estamos com falta de pontas-de-lança, este é alto, rápido, marca golos e deu imenso trabalho aos nossos centrais) marcou à Panenka e fez o resultado final. Que poderia não o ter sido, se o Jonas (entrou para o lugar do Seferovic) não tivesse falhado um dos golos mais fáceis da carreira ao atirar de cabeça ao lado, quando só tinha o Makaridze pela frente, depois de um centro perfeito do Taarabt (que também tinha entrado para o lugar do João Félix).
Em termos individuais, destaque para a dupla Rafa e João Félix: o primeiro com um bis e uma assistência, e o segundo com um golo e duas assistências foram absolutamente vitais para a nossa vitória. Voltei a gostar muito do Samaris no meio-campo e o Florentino também fez uma boa partida. O Pizzi esteve uns furos abaixo do habitual, mas lá fez mais uma assistência. Os centrais tiveram muito trabalho com o Jhonder Cádiz e o Rúben Dias tem que ter mais cuidado na abordagem aos lances, porque embora o penalty seja duvidoso, não o seria se ele tivesse tido esse cuidado.
Iremos agora a Frankfurt tentar selar o nosso apuramento para as meias-finais da Liga Europa, antes de recebermos o Marítimo. Será uma partida complicadíssima, mas, apesar de o 37 ser a prioridade, esperemos que o nosso caminho para Baku não seja interrompido.
Com o regresso dos titulares, o Florentino voltou a ocupar a posição do Gabriel e não poderíamos ter tido melhor entrada no jogo: marcámos logo aos 2’ através do Rafa, a corresponder bem a um centro da direita do João Félix. Depois da partida europeia há apenas três dias, marcar logo no início era o melhor que nos podia acontecer para nos tranquilizar. Durante os minutos seguintes, continuámos a exercer enorme pressão e tivemos mais duas oportunidades, num pontapé de bicicleta falhado pelo Pizzi e, principalmente, numa jogada do João Félix que passou por vários adversários e rematou com a bola a ser desviada por um defesa para canto, com o Makaridze preso ao relvado. Do lado contrário, só um remate do Jhonder Cádiz criou perigo, ainda que relativo, porque o Vlachodimos estava a controlar a trajectória da bola. Aos 26’ tivemos uma ocasião soberana para fazer o segundo golo num penalty a castigar mão do Rúben Micael a desviar o remate do João Félix. O Sr. Rui Gomes Costa (continuo a recusar-me poluir o nome ‘Rui Costa’ com este senhor) teve que ir ver as imagens para o assinalar, mas o Pizzi rematou para defesa do Makaridze. Pouco depois foi uma cabeçada por cima do João Félix e outra tentativa (dupla) do Rafa que deveriam ter tido melhor destino, mas aos 36’ fizemos finalmente o 2-0: bis do Rafa a corresponder bem a mais uma assistência do João Félix, que ganhou a bola a um defesa depois de uma insistência do Seferovic. Deveríamos ter ido para o intervalo com esse conforto de dois golos de vantagem, mas sofremos o 2-1 aos 39’ numa boa jogada de contra-ataque, conduzida pelo Berto na direita, que bateu o Ferro, e bem concretizada pelo Nuno Valente, depois de uma assistência do Rúben Micael.
Nas partidas depois das competições europeias, há sempre o temor resposta física da equipa, que geralmente costuma ressentir-se na 2ª parte. E, de facto, não recomeçámos bem ao permitir ao V. Setúbal ter mais bola, sem no entanto criar ocasiões para marcar. Era imprescindível aumentar-nos de novo a vantagem que nos desse alguma folga e assim o fizemos aos 56’ numa jogada em que o Florentino roubou uma bola a meio-campo (já se fizeram os testes devidos para saber se não estamos em presença de um plastic man...? Eu iria jurar que vi a perna aumentar para fazer o corte...), esta sobrou para o Pizzi, que centrou para o João Félix fuzilar de primeira. O V. Setúbal não desarmou e o Berto teve um remate por volta da hora de jogo que proporcionou ao Vlachodimos a defesa da noite. Iríamos conseguir selar definitivamente a vitória aos 77’ no golo da praxe do Seferovic, a corresponder bem com um remate muito colocado de pé esquerdo a uma assistência do Rafa, numa jogada iniciada pelo próprio suíço que colocou a bola no nº 27 para depois a receber de novo. A dois minutos dos 90’, o Sr. Rui Gomes Costa voltou a recorrer às imagens para assinalar um penalty contra nós, por pretensa falta do Rúben Dias sobre o Vasco Fernandes na sequência de um livre. O Jhonder Cádiz (a propósito, se calhar deveríamos considerá-lo para reforçar o plantel para o ano, não? Estamos com falta de pontas-de-lança, este é alto, rápido, marca golos e deu imenso trabalho aos nossos centrais) marcou à Panenka e fez o resultado final. Que poderia não o ter sido, se o Jonas (entrou para o lugar do Seferovic) não tivesse falhado um dos golos mais fáceis da carreira ao atirar de cabeça ao lado, quando só tinha o Makaridze pela frente, depois de um centro perfeito do Taarabt (que também tinha entrado para o lugar do João Félix).
Em termos individuais, destaque para a dupla Rafa e João Félix: o primeiro com um bis e uma assistência, e o segundo com um golo e duas assistências foram absolutamente vitais para a nossa vitória. Voltei a gostar muito do Samaris no meio-campo e o Florentino também fez uma boa partida. O Pizzi esteve uns furos abaixo do habitual, mas lá fez mais uma assistência. Os centrais tiveram muito trabalho com o Jhonder Cádiz e o Rúben Dias tem que ter mais cuidado na abordagem aos lances, porque embora o penalty seja duvidoso, não o seria se ele tivesse tido esse cuidado.
Iremos agora a Frankfurt tentar selar o nosso apuramento para as meias-finais da Liga Europa, antes de recebermos o Marítimo. Será uma partida complicadíssima, mas, apesar de o 37 ser a prioridade, esperemos que o nosso caminho para Baku não seja interrompido.
sexta-feira, abril 12, 2019
Conversas à Benfica
Depois de convidados ilustres como o Nicolia, o ex-treinador Rui Vitória, o grande Ricardo Rocha e o enorme Nuno Gomes, o Sérgio Engrácia resolveu convidar um palerma...! Teme-se o pior!
P.S. - Muito obrigado ao Sérgio pelo convite! Foi obviamente um prazer e um honra. Se se divertirem tanto a ver como nós a fazer, terá valido a pena.
P.S. - Muito obrigado ao Sérgio pelo convite! Foi obviamente um prazer e um honra. Se se divertirem tanto a ver como nós a fazer, terá valido a pena.
João Félix
Vencemos o Eintracht Frankfurt por 4-2 na 1ª mão dos
quartos-de-final da Liga Europa. Se me propusessem este resultado antes do jogo,
assiná-lo-ia de cruz. Mas com as condicionantes da partida, nomeadamente o
facto de termos ficado a jogar contra dez aos 20’ e termos sofrido dois golos
em superioridade numérica, o resultado acaba por ser curto e iremos ter muitas
dificuldades na Alemanha na próxima semana.
O Bruno Lage rodou a equipa, como tem vindo a ser habitual
na Liga Europa. Confesso que estranhei tantas mudanças (não só entraram o Corchia,
Jardel, Fejsa, Cervi e Gedson, como jogámos em 4-3-3 com o João Félix a
ponta-de-lança e não no habitual 4-4-2), mas como costuma dizer-se “o treinador
é que sabe” e o Bruno Lage já provou que sabe mesmo. Mesmo assim, os primeiros
20’ foram muito complicados e, enquanto houve igualdade numérica, a superioridade
dos alemães foi clara, a justificar o facto de estarem em 4º lugar na
Bundesliga. A pressão deles a meio-campo era enorme e nós tínhamos grandes
dificuldades para sair a jogar. Uma enorme asneira do Jardel permitiu que o
Jovic se isolasse, mas felizmente o Grimaldo foi rápido na dobra. Jovic esse
que viu o primeiro amarelo do jogo logo aos 4’ por agarrar o Rafa num
contra-ataque nosso. (Se fosse no campeonato português, o árbitro teria
aconselhado calma porque estávamos no início do jogo. Diferenças...) Depois de mais
um par de remates à nossa baliza, aos 20’surgiu o lance que mudou o jogo: fabulosa
abertura do João Félix a isolar o Gedson, que foi claramente empurrado pelas
costas dentro da área, quando se preparava para rematar. Penalty claro e expulsão
do Ndicka. Sem Jonas, nem Pizzi, nem Salvio na equipa, estava curioso para ver quem
marcava o penalty. Foi o João Félix, que não acusou a responsabilidade e
rematou muito colocado para o lado esquerdo da baliza, tornando infrutífera a
estirada do Trapp (claro está que, pessimista como sou, quando vi que era ele a
marcar lembrei-me logo do penalty que falhou na pré-temporada frente à Juventus...
Felizmente não o repetiu!). Esperava que, em vantagem no marcador e em termos
numéricos, pudéssemos construir um resultado confortável para a 2ª mão, mas os
alemães deram logo mostras de que conseguiam equilibrar o jogo mesmo com dez. Naturalmente
que não fizeram a pressão do início, mas foi a suficiente para aproveitarem um
enorme erro do Fejsa aos 40’, que se deixou antecipar depois de receber um
passe do Corchia (que também esteve mal, porque movimentou-se em direcção aos
jogadores alemães, em vez de dar uma linha de passe ao sérvio) e proporcionou
um contra-ataque vitorioso concretizado pelo Jovic. Foi um balde de água fria,
bem escusado. No entanto, respondemos em grande três minutos depois num golão
do João Félix, que recebeu um passe do Cervi e rematou rasteiro de fora da área
ao canto inferior esquerdo da baliza. Antes do intervalo, o Cervi teve uma
dupla oportunidade, num remate que saiu à figura e noutro, na sequência desse
canto, muito por cima. Poderia e deveria ter feito melhor em ambos os casos.
Mesmo em cima do intervalo, os alemães tiveram um golo anulado por
fora-de-jogo, depois de um livre lateral em que eu não percebo como é que nós deixámos
um adversário rematar à vontade à entrada da área.
Reentrámos em grande na 2ª parte e tivemos 10’ ‘muita’
fortes (como diria o outro). O Rafa atirou ao poste numa boa jogada, mas o
lance foi invalidado por fora-de-jogo. Logo a seguir, aos 50’, fizemos o 3-1 na
sequência de um canto, com um desvio ao primeiro poste de cabeça do João Félix
e o Rúben Dias a mergulhar para colocar a bola na baliza. Os alemães abanaram e
aos 54’ o resultado avolumou-se para 4-1: boa jogada colectiva com a bola a passar
por vários jogadores, o Cervi abriu na esquerda no Grimaldo, este centrou e o
João Félix fez o seu primeiro hat-trick
com a gloriosa camisola, com um remate rasteiro de primeira que passou pelo meio
das pernas do Trapp. Aos 60’, o Bruno Lage tirou o Rafa para entrar o Seferovic
e aos 66’ tivemos o azar da lesão do Corchia, que fez com que o Gedson tivesse que
recuar para lateral, entrando o Pizzi. Perdemos um pouco de gás, mas mesmo
assim poderíamos ter feito mais um golo, com o Seferovic isolado brilhantemente
pelo João Félix a rematar rasteiro para grande defesa com o pé do guardião
contrário. Seria provavelmente o golpe de misericórdia na eliminatória, mas o
que aconteceu foi o inverso: aos 72’, num canto para os alemães, o entretanto
entrado Gonçalo Paciência reduziu para 4-2, com os nossos centrais a ficarem mal
na fotografia, dado que nem saltaram. A bola entrou em arco no poste oposto. Foi
outro balde de água fria, ainda mais escusado do que o primeiro. Abanámos com
este golo e foram os alemães que poderiam ter feito mais um, num remate por
cima do Kostic em boa posição. Ainda entrou o Zivkovic para o lugar do Samaris,
num sinal do Bruno Lage para o campo de que queria mais um golo, mas o resultado
não se alterou mais.
Em termos individuais, é impossível não destacar a noite de
sonho do João Félix: três golos, uma assistência (e outra para o penalty) e tem
a Europa a seus pés. Temo muito que tenhamos apenas mais sete (esperemos que dez)
jogos para usufruirmos dele com o manto sagrado. Vai ser muito difícil mantê-lo
apesar de, para a sua própria carreira, ser melhor que ficasse mais um (ou
dois) anos cá. Há ‘n’ casos de jogadores que saíram novos demais de Portugal e
não tiveram sucesso. Enfim, aguardemos para ver o que se irá passar. Outro que
fez um jogo fantástico foi o Samaris. Imprescindível no meio-campo, já mais que
justificou a renovação e tem o extra de ser uma das vozes mais importantes no
balneário. É para ficar! O Gedson também reapareceu em grande e foi o que mais
procurou entrar na defensiva contrária. Acabou a defesa-direito, onde não
comprometeu. Menos bem estiveram o Jardel e principalmente o Fejsa, que
denotaram clara falta de ritmo. O Corchia, que se acabou por lesionar, também
mostrou porque é que o André Almeida é um titular indiscutível. O Cervi
esforça-se imenso, ajuda muito o Grimaldo, mas as coisas já lhe correram
melhor.
Na próxima semana em Frankfurt, é imprescindível marcarmos
primeiro. Caso aconteça o contrário, iremos sofrer bastante, porque em
igualdade numérica os alemães revelaram um poderio considerável. Claro que o
foco principal é o campeonato, mas depois deste resultado seria frustrante não
chegarmos às meias-finais da Liga Europa.
segunda-feira, abril 08, 2019
Difícil
Vencemos o Feirense em Santa Maria da Feira por 4-1 e mantivemo-nos
em 1º lugar, em igualdade pontual com o CRAC (2-0 em casa com o Boavista, com
mais um penalty muito duvidoso que desbloqueou o marcador). Ao contrário do que
o resultado indica, foi um jogo muito complicado para nós e em que só perto do
apito final pude respirar de alívio.
Com a lesão do Gabriel e o castigo do Rafa, o Bruno Lage apostou
no Florentino e na surpresa Taarabt para os seus lugares. Entrámos bem na
partida, com o João Félix a tentar um par de remates, mas sem sucesso, no
entanto foi o Feirense a adiantar-se no marcador aos 10’ pelo Sturgeon de
cabeça, a aproveitar o espaço entre o André Almeida e o Vlachodimos. O nosso
defesa-direito não ficou bem na fotografia, já que não acompanhou a movimentação
do adversário. Reagimos bem, com a dupla de avançados Seferovic e João Félix em
destaque, porém com a pontaria desafinada. Todavia, foi o Feirense a colocar
novamente a bola na baliza, num livre lateral para a área que entrou directo,
mas com um jogador a movimentar-se à frente do Vlachodimos. O fiscal-de-linha levantou
a bandeirola e o VAR confirmou a posição irregular do jogador. A câmara disponível
não estava no enfiamento da jogada, mas deu para perceber uma camisola azul ligeiramente
à frente das vermelhas. Ora, como estava em diagonal, é fácil perceber que se
estivesse alinhada veríamos mais facilmente esse adiantamento. O Feirense começou
a fechar-se muito lá atrás e numa boa jogada individual, em que passou por vários
defesas, o Taarabt só pecou por rematar com pouca força. O mesmo Taarabt teve
uma oportunidade bem melhor, numa recarga a um remate do Pizzi bem defendido
pelo Caio Secco, mas a bola saiu muito por cima. Aos 40’ fizemos finalmente o
golo, através de um penalty do Pizzi a sancionar falta sobre ele mesmo. O Sr.
João Pinheiro não assinalou logo na altura, mas o VAR deu-lhe a indicação que o
jogador do Feirense tocou na bota do Pizzi quando estavam os dois a tentar
chegar à bola. Logo a seguir, o João Félix marcou na pequena-área na sequência
de um bom cruzamento do Seferovic, mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo
do nº 79. Era importante chegarmos ao intervalo em vantagem e conseguimo-lo já
nos descontos da 1ª parte, com o André Almeida a ser bem desmarcado pela cabeça
do Samaris, num canto marcado pelo Pizzi, e a fuzilar o guarda-redes.
A 2ª parte não poderia ser recomeçado melhor, com o 1-3 logo
aos 49’: bola bombeada pelo Grimaldo para a área, o guarda-redes sai, mas um
defesa corta-a de cabeça a frente, e o Seferovic de primeira faz um chapéu magnífico.
Grande golo! O Feirense sentiu o golo e, nos minutos seguintes, poderíamos (e deveríamos)
ter aproveitado esse facto: um cabeceamento do André Almeida, que se antecipou
ao guarda-redes num livre, saiu por cima da barra e um remate do Grimaldo na área
foi desviado por um braço de um defesa, mas o árbitro considerou casual. Não demos
o golpe de misericórdia e o Feirense deu um ar de sua graça a partir dos 70’.
Tiveram mais bola, acercaram-se da nossa baliza, mas não conseguiram criar
verdadeiras oportunidades. Só num par de vez, com o Vlachodimos a socar bolas
que deveria ter agarrado, conseguiram criar perigo relativo. Nós começámos a fazer
substituições, o Jonas entrou para o lugar do apagado João Félix e teve um remate
perigoso a passe do Seferovic, defendido para a frente pelo guarda-redes. No último
minuto, demos o golpe final num grande cruzamento do Grimaldo, depois de um canto
no lado oposto, a encontrar a cabeça do Seferovic, que cabeceou para o lado mais
distante do guarda-redes, ou seja, da maneira que deveria ter feito naquele último
lance no WC na passada 4ª feira.
Em termos individuais, bom regresso do Seferovic à
titularidade no campeonato com um bis.
O Ferro fez um jogão, com cortes impecáveis, e seria um sério candidato a homem
do jogo não tivéssemos nós feito quatro golos. O Grimaldo também foi muito importante
ao conduzir, como habitualmente, muito jogo nosso e a ter acção directa em dois
dos golos. Gostei igualmente bastante do Samaris, que continua rei do nosso
meio-campo e muito menos conflituoso do que no passado (se calhar, já renovava
o contrato, não?). O Pizzi subiu ligeiramente em relação aos jogos anteriores e
o Taarabt evidenciou o que de positivo tinha feito como substituto: muito critério
no passe, tentar jogar sempre para a frente e cabeça levantada para ter boas opções
na resolução das jogadas. O João Félix parece-me numa fase de menor fulgor, mas
esperemos que seja passageira.
Ultrapassado este obstáculo, iremos agora defrontar o
Eintracht Frankfurt na Luz na 5ª feira. É outra competição, eu gostaria muito
de voltar a outra final europeia, mas o principal objectivo é o campeonato.
P.S. – O CRAC e seus acólitos têm de facto uma lata
descomunal para vir protestar lances deste jogo, (ainda por cima sem razão
nenhuma) depois de tudo o que já beneficiaram (e ainda beneficiam) neste
campeonato. Já sabemos que eles gostam de reescrever a história (começam logo com
a da fundação do clube), mas nenhum de nós tem a memória curta. Não sejam ridículos!
sexta-feira, abril 05, 2019
Fracasso
Perdemos no WC (0-1) na passada 4ª feira e dissemos adeus ao
segundo grande objectivo da época, a Taça de Portugal. Depois da 1ª mão na Luz
há dois meses, em que fomos claramente mais fortes, mas deixámos a lagartada marcar um golo que manteve a
eliminatória viva, na 2ª mão tivemos uma versão muito pálida do Benfica, a
fazer lembrar tempos não muitos distantes. Jogámos para o empate, perdemos. É
quase sempre assim.
Como é hábito nas taças, o Bruno Lage voltou a apostar no Svilar em vez do Vlachodimos. Achei mal, mas não foi por aí que a corda se partiu. O Jardel também regressou à equipa (não jogava precisamente desde essa 1ª mão) e os outros foram os habituais titulares. A lagartada preferiu atacar para a baliza onde estão as suas claques na 1ª parte, quando o habitual é fazê-lo na 2ª. Estranhei a opção, mas o que é facto é que eles entraram bem no jogo, connosco a relevarmos uma apatia pouco habitual desde que o Bruno Lage tomou conta da equipa. O 2-4 do campeonato permitiu-lhes tirar ilações e tivemos sempre muitas dificuldades em sair a jogar desde a nossa baliza. Para piorar as coisas, o Gabriel lesionou-se com gravidade logo aos 18’, entrando o Gedson, e não volta a jogar esta época. A vontade que eles demonstravam não chegou para criarem grandes situações de golo, mas nós também não as tivemos, excepção feita a um remate do Fejsa quando tinha colegas melhor colocados e um lance perto do final da 1ª parte, em que um defesa desviou uma bola que ia chegar redondinha ao Seferovic, com o suíço a acertar mal nela por causa disso.
Na 2ª parte, tivemos logo no início uma oportunidade de ouro de acabar com a eliminatória, quando o Pizzi isolou o Seferovic, que não se posicionou bem e teve que rematar com o pé direito em vez do esquerdo, tendo a bola saído ao lado, quando só tinha o Renan pela frente. Logo a seguir, o inevitável Bruno Fernandes atirou um livre à barra. A lagartada continuava com o domínio do jogo, mas as ocasiões não abundavam. O Bruno Lage resolveu mexer, tirando o muito apagado João Félix e colocando o Jonas. Jonas, esse, que teve uma grande oportunidade aos 70’, num penalty em andamento que saiu muito por cima, depois de um centro do Pizzi na direita. Cinco minutos depois, aconteceu o balde de água fria: perda de bola do Rafa e depois do Grimaldo que tentaram sair a jogar muito perto da nossa área, o Bruno Fernandes ficou com ela, fintou o Grimaldo e rematou fortíssimo de pé esquerdo sem hipóteses para o Svilar. Ainda faltavam cerca de 15’ para o final, mais os descontos, mas não conseguimos pressioná-los tanto quanto deveríamos, porque houve uma tendência que se manteve no jogo todo: fizemos incontáveis passes errados. Ainda entrou o Taarabt para o lugar do Fejsa e o marroquino, mais uma vez, teve algum critério na posse de bola. Mas só uma cabeçada do Seferovic ao lado, a centro do Gedson, criou algum perigo. Falhámos ingloriamente um dos grandes objectivos da época e, como se isto e a lesão do Gabriel não fossem suficientes, o Rafa envolveu-se com uns jogadores lagartos já depois do final do jogo e viu o segundo amarelo, indo por isso falhar a deslocação ao Feirense.
Em termos individuais, não vou destacar ninguém. A equipa esteve mais uma vez (à semelhança do Tondela) algo presa de movimentos, a não conseguir sair a jogar e mudámos do dia para a noite em relação à ida ao WC em Fevereiro. Ainda continuamos em duas provas, mas o campeonato é obviamente o maior objectivo. Sem o Gabriel, as coisas vão ser mais complicadas e (espero bem que me engane) parece-me que os nossos melhores dias já passaram. O João Félix está a decrescer de forma, assim como o Pizzi, e deste modo o nosso jogo atacante sai muito menos fluído. Veremos como a equipa vai reagir a estes contratempos, mas seria muito frustrante acabar esta época sem nenhum título.
P.S. – A arbitragem do Sr. Hugo Miguel não teve influência directa no resultado, mas foi lamentável. O critério disciplinar foi absurdo, parecendo ser obrigatório termos que ser nós a levar o primeiro amarelo, mesmo depois de dois ou três lagartos o merecerem.
Como é hábito nas taças, o Bruno Lage voltou a apostar no Svilar em vez do Vlachodimos. Achei mal, mas não foi por aí que a corda se partiu. O Jardel também regressou à equipa (não jogava precisamente desde essa 1ª mão) e os outros foram os habituais titulares. A lagartada preferiu atacar para a baliza onde estão as suas claques na 1ª parte, quando o habitual é fazê-lo na 2ª. Estranhei a opção, mas o que é facto é que eles entraram bem no jogo, connosco a relevarmos uma apatia pouco habitual desde que o Bruno Lage tomou conta da equipa. O 2-4 do campeonato permitiu-lhes tirar ilações e tivemos sempre muitas dificuldades em sair a jogar desde a nossa baliza. Para piorar as coisas, o Gabriel lesionou-se com gravidade logo aos 18’, entrando o Gedson, e não volta a jogar esta época. A vontade que eles demonstravam não chegou para criarem grandes situações de golo, mas nós também não as tivemos, excepção feita a um remate do Fejsa quando tinha colegas melhor colocados e um lance perto do final da 1ª parte, em que um defesa desviou uma bola que ia chegar redondinha ao Seferovic, com o suíço a acertar mal nela por causa disso.
Na 2ª parte, tivemos logo no início uma oportunidade de ouro de acabar com a eliminatória, quando o Pizzi isolou o Seferovic, que não se posicionou bem e teve que rematar com o pé direito em vez do esquerdo, tendo a bola saído ao lado, quando só tinha o Renan pela frente. Logo a seguir, o inevitável Bruno Fernandes atirou um livre à barra. A lagartada continuava com o domínio do jogo, mas as ocasiões não abundavam. O Bruno Lage resolveu mexer, tirando o muito apagado João Félix e colocando o Jonas. Jonas, esse, que teve uma grande oportunidade aos 70’, num penalty em andamento que saiu muito por cima, depois de um centro do Pizzi na direita. Cinco minutos depois, aconteceu o balde de água fria: perda de bola do Rafa e depois do Grimaldo que tentaram sair a jogar muito perto da nossa área, o Bruno Fernandes ficou com ela, fintou o Grimaldo e rematou fortíssimo de pé esquerdo sem hipóteses para o Svilar. Ainda faltavam cerca de 15’ para o final, mais os descontos, mas não conseguimos pressioná-los tanto quanto deveríamos, porque houve uma tendência que se manteve no jogo todo: fizemos incontáveis passes errados. Ainda entrou o Taarabt para o lugar do Fejsa e o marroquino, mais uma vez, teve algum critério na posse de bola. Mas só uma cabeçada do Seferovic ao lado, a centro do Gedson, criou algum perigo. Falhámos ingloriamente um dos grandes objectivos da época e, como se isto e a lesão do Gabriel não fossem suficientes, o Rafa envolveu-se com uns jogadores lagartos já depois do final do jogo e viu o segundo amarelo, indo por isso falhar a deslocação ao Feirense.
Em termos individuais, não vou destacar ninguém. A equipa esteve mais uma vez (à semelhança do Tondela) algo presa de movimentos, a não conseguir sair a jogar e mudámos do dia para a noite em relação à ida ao WC em Fevereiro. Ainda continuamos em duas provas, mas o campeonato é obviamente o maior objectivo. Sem o Gabriel, as coisas vão ser mais complicadas e (espero bem que me engane) parece-me que os nossos melhores dias já passaram. O João Félix está a decrescer de forma, assim como o Pizzi, e deste modo o nosso jogo atacante sai muito menos fluído. Veremos como a equipa vai reagir a estes contratempos, mas seria muito frustrante acabar esta época sem nenhum título.
P.S. – A arbitragem do Sr. Hugo Miguel não teve influência directa no resultado, mas foi lamentável. O critério disciplinar foi absurdo, parecendo ser obrigatório termos que ser nós a levar o primeiro amarelo, mesmo depois de dois ou três lagartos o merecerem.
terça-feira, abril 02, 2019
A ferros
Um golo do Seferovic aos 84’ deu-nos a vitória sobre o
Tondela (1-0) no sábado e permitiu-nos assim continuar na frente do campeonato com
os mesmos pontos do CRAC (que ganhou em Braga por 3-2, com dois penalties a
favor). Todas as épocas há pelo menos um jogo destes em que temos que sofrer vários
AVCs até conseguir a vitória. Foi o golo do Jonas na época do tri, o do Jiménez
no tetra e esperemos que seja este o da reconquista.
A paragem das selecções deu para recuperar o Seferovic, que no entanto ficou no banco, tendo o Bruno Lage apostado na mesma equipa que derrotou o Moreirense. Apesar de não ter conseguido estrear-se na selecção por causa de uma lesão, o João Félix também conseguiu debelá-la e foi titular. Começámos bem, com oportunidades pelo Rafa (duas vezes, uma das quais isolado frente ao Cláudio Ramos) e João Félix, (também duas vezes) mas três dos remates saíram ao lado e no isolado o guarda-redes defendeu com a perna. Aos 10’, o Samaris entrou na área, mas foi rasteirado por um defesa. O Sr. Carlos Xistra nada assinalou e o VAR (Sr. Hélder Malheiro) inacreditavelmente também não. Um roubo autêntico! Pouco depois foi a perna do Jonas a estar ligeiramente adiantada, o que inviabilizou o golo do André Almeida. Em cima do intervalo, o Tondela teve uma grande oportunidade, mas o cruzamento não encontrou destino na área, porque o avançado deixou a bola passar-lhe ao lado.
No início da 2ª parte, o Bruno Lage optou logo pela entrada do Seferovic tendo saído o Samaris. O grego até estava a ser dos melhorzitos da equipa, com o Pizzi, por exemplo, a ter uma actuação muito fraca. É mais fácil comentar no final do jogo, mas a saída do Samaris desequilibrou-nos e o Tondela acabou por ter mais espaço na 2ª parte. Voltámos a colocar a bola na baliza aos 50’, mas o André Almeida tocou-lhe com o braço antes do remate vitorioso do Jonas. A equipa de arbitragem tinha a tendência muito irritante de nunca marcar foras-de-jogo contra nós à espera da decisão do VAR, o que fazia com que os nossos defesas se desgastassem em vão e o público se exasperasse com foras-de-jogo evidentes que não eram logo assinalados. Curiosamente a nosso favor eram logo marcados... Coincidências...! Não estávamos a conseguir entrar na defesa adversária e o Bruno Lage fez estrear o Taarabt no lugar do Pizzi. Achei mais fezada do que outra coisa, até porque estava o Gedson no banco, mas o marroquino nem entrou mal (excepção feita àquela entrada estúpida e imprudente perto do final). Logo a seguir, o Tondela proporcionou ao Vlachodimos a defesa da noite num remate em arco do Xavier. A cerca de 10’ do fim, o João Félix fez uma das poucas coisas boas do jogo e centrou para a cabeça do Jonas, que atirou ao lado quando raramente falha ocasiões daquelas. Pouco depois, um remate em arco do mesmo Jonas proporcionou ao Cláudio Ramos uma excelente defesa. E aos 84’ finalmente surgiu o tão desejado golo, num excelente cruzamento em arco do Grimaldo na esquerda, com o Seferovic a corresponder com um magnífico cabeceamento sem hipóteses para o guarda-redes. O jogo deveria ter acabado logo ali, mas ainda permitimos uma oportunidade flagrante ao Tondela no último minuto da compensação, num cruzamento da direita (culpa do João Félix que não cortou a linha de passe para o lateral) com o Patrick na pequena-área a atirar por cima, quando só tinha o Vlachodimos pela frente.
Em termos individuais, destaque para o Seferovic pelo golo. E poucos mais, porque a equipa pareceu muito presa de movimentos depois dos 15’ iniciais, com a paragem das selecções aparentemente a ter-nos feito mal. O Bruno Lage também não esteve particularmente brilhante nas substituições, com a equipa a ficar ainda mais perra na 2ª parte.
Iremos já amanhã tentar selar a ida à final do Jamor no WC e teremos jogos decisivos no campeonato e Liga Europa já na próxima semana. Esperemos que esta não tão-boa exibição seja apenas consequência de a equipa ter estado dispersa nas selecções, porque precisamos de estar na melhor forma possível para conseguir superar os opositores em campo. E na sala do VAR.
P.S. – Um misto de trabalho e normalização dos batimentos cardíacos, que param várias vezes no sábado, fizeram com que este post só pudesse sair hoje. Aqui ficam as minhas desculpas.
A paragem das selecções deu para recuperar o Seferovic, que no entanto ficou no banco, tendo o Bruno Lage apostado na mesma equipa que derrotou o Moreirense. Apesar de não ter conseguido estrear-se na selecção por causa de uma lesão, o João Félix também conseguiu debelá-la e foi titular. Começámos bem, com oportunidades pelo Rafa (duas vezes, uma das quais isolado frente ao Cláudio Ramos) e João Félix, (também duas vezes) mas três dos remates saíram ao lado e no isolado o guarda-redes defendeu com a perna. Aos 10’, o Samaris entrou na área, mas foi rasteirado por um defesa. O Sr. Carlos Xistra nada assinalou e o VAR (Sr. Hélder Malheiro) inacreditavelmente também não. Um roubo autêntico! Pouco depois foi a perna do Jonas a estar ligeiramente adiantada, o que inviabilizou o golo do André Almeida. Em cima do intervalo, o Tondela teve uma grande oportunidade, mas o cruzamento não encontrou destino na área, porque o avançado deixou a bola passar-lhe ao lado.
No início da 2ª parte, o Bruno Lage optou logo pela entrada do Seferovic tendo saído o Samaris. O grego até estava a ser dos melhorzitos da equipa, com o Pizzi, por exemplo, a ter uma actuação muito fraca. É mais fácil comentar no final do jogo, mas a saída do Samaris desequilibrou-nos e o Tondela acabou por ter mais espaço na 2ª parte. Voltámos a colocar a bola na baliza aos 50’, mas o André Almeida tocou-lhe com o braço antes do remate vitorioso do Jonas. A equipa de arbitragem tinha a tendência muito irritante de nunca marcar foras-de-jogo contra nós à espera da decisão do VAR, o que fazia com que os nossos defesas se desgastassem em vão e o público se exasperasse com foras-de-jogo evidentes que não eram logo assinalados. Curiosamente a nosso favor eram logo marcados... Coincidências...! Não estávamos a conseguir entrar na defesa adversária e o Bruno Lage fez estrear o Taarabt no lugar do Pizzi. Achei mais fezada do que outra coisa, até porque estava o Gedson no banco, mas o marroquino nem entrou mal (excepção feita àquela entrada estúpida e imprudente perto do final). Logo a seguir, o Tondela proporcionou ao Vlachodimos a defesa da noite num remate em arco do Xavier. A cerca de 10’ do fim, o João Félix fez uma das poucas coisas boas do jogo e centrou para a cabeça do Jonas, que atirou ao lado quando raramente falha ocasiões daquelas. Pouco depois, um remate em arco do mesmo Jonas proporcionou ao Cláudio Ramos uma excelente defesa. E aos 84’ finalmente surgiu o tão desejado golo, num excelente cruzamento em arco do Grimaldo na esquerda, com o Seferovic a corresponder com um magnífico cabeceamento sem hipóteses para o guarda-redes. O jogo deveria ter acabado logo ali, mas ainda permitimos uma oportunidade flagrante ao Tondela no último minuto da compensação, num cruzamento da direita (culpa do João Félix que não cortou a linha de passe para o lateral) com o Patrick na pequena-área a atirar por cima, quando só tinha o Vlachodimos pela frente.
Em termos individuais, destaque para o Seferovic pelo golo. E poucos mais, porque a equipa pareceu muito presa de movimentos depois dos 15’ iniciais, com a paragem das selecções aparentemente a ter-nos feito mal. O Bruno Lage também não esteve particularmente brilhante nas substituições, com a equipa a ficar ainda mais perra na 2ª parte.
Iremos já amanhã tentar selar a ida à final do Jamor no WC e teremos jogos decisivos no campeonato e Liga Europa já na próxima semana. Esperemos que esta não tão-boa exibição seja apenas consequência de a equipa ter estado dispersa nas selecções, porque precisamos de estar na melhor forma possível para conseguir superar os opositores em campo. E na sala do VAR.
P.S. – Um misto de trabalho e normalização dos batimentos cardíacos, que param várias vezes no sábado, fizeram com que este post só pudesse sair hoje. Aqui ficam as minhas desculpas.
Subscrever:
Mensagens (Atom)