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domingo, março 15, 2015

Sem mácula

Vemos o Braga por 2-0 e, na pior das hipóteses, vamos manter a distância pontual para o CRAC. Era um jogo que nos preocupava (pelo histórico negro desta época) e nos quais os anti tinham grandes esperanças, mas felizmente tudo foi diferente desta vez. Entrámos bem, dominámos completamente, o Braga foi inofensivo e a vitória foi justíssima.

Depois de duas derrotas era expectável que tivéssemos estudado melhor o adversário e assim aconteceu. Começámos a todo o gás e o Jardel teve um cabeceamento num livre que poderia ter tido melhor sorte. Continuámos a pressionar e aos 21’ inaugurámos o marcador através de um excelente remate fora da área, muito colocado, do Jonas depois de uma fantástica triangulação entre o Lima, Gaitán e ele próprio. Os 60.222 rejubilaram com o 90º(!) jogo seguido do Benfica para o campeonato a marcar na Luz. Até ao intervalo poderíamos ter aumentado o marcador, noutro óptimo lance atacante com o Pizzi a isolar-se, a desviar bem do Matheus, mas o defesa Santos a tirar quase sob a linha de golo. Em termos atacantes, o Braga não criou perigo nenhum para a nossa baliza.

A 2ª parte principiou de maneira diferente, connosco a baixar o ritmo e o Braga a jogar mais no nosso meio-campo, mas sem conseguir entrar na área. Pareceu ser estratégia do Benfica, mas durou pouco menos de 10’, porque depois voltámos a ser mais incisivos na procura do golo que selasse a vitória. Aos 59’, o Tiago Gomes rasteira o Salvio na direita e leva naturalmente o segundo amarelo. Haverá certamente alguns acéfalos que virão ladrar contra mais uma expulsão de um nosso adversário, mas enquanto não se criar uma nova lei no futebol que dirá que contra o Benfica ninguém pode ser expulso, não se pode fazer nada… No livre que resultou desta jogada, o Lima teve uma grande oportunidade, mas o Matheus fez bem a mancha e o Jonas desviou a recarga posterior ligeiramente ao lado. À semelhança da semana passada, desconcentrámo-nos um pouco a jogar contra dez. A equipa pareceu que ficou naquele limbo entre “temos que marcar mais um” e “é inadmissível que soframos um golo a jogar contra dez”, e durante um período deixou de atacar como estava a fazer. Claro que o facto de o Braga se ter fechado a sete chaves também ajudou a que não se encontrassem os espaços necessários. O Eliseu já tinha ensaiado antes, mas o guarda-redes defendeu, no entanto, aos 76’ o jogo terminou com um grande remate do defesa-esquerdo depois de uma boa abertura do Samaris e com o Gaitán a inteligentemente deixar passar a bola. Colocámo-nos a salvo de qualquer eventualidade a até final o Braga teve a única oportunidade, numa recarga que passou ligeiramente ao lado.

Em termos individuais, destaque para o Jonas pelo golo e pelo que fez jogar. Além disso, aquele domínio na 1ª parte, com a bola a cair a pique, pagou por si só o preço do red pass! Também gostei bastante do meio-campo com o Samaris e o Pizzi, e da segurança do Jardel na defesa, à qual acrescentou um par de iniciativas atacantes bem conseguidas (sabe centrar e tudo!). O Salvio esteve esforçado, mas o Gaitán passou um pouco ao lado do jogo com a agravante de ter simulado um penalty e ter levado um amarelo que o vai tirar de Vila do Conde. Foi a nota negativa do jogo. Menção igualmente para os 40.000 minutos(!) do Luisão com a águia ao peito.

Numa partida de elevado grau de dificuldade, passámos com nota mais do que positiva. Temos pena, cambada de aziados que pululam por aí! Segue-se a ida ao Rio Ave, na qual é preciso concentração máxima, porque temos tido muitos mais problemas fora de casa. E é obrigatório não perdermos pontos até à visita do CRAC.

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