segunda-feira, março 30, 2015
Final Europeia no Voleibol
Não poderia deixar passar
em claro uma referência para a nossa equipa de Voleibol, que conseguiu
brilhantemente a qualificação inédita para uma final europeia ao derrotar o CMC
Ravenna (3-2 em Itália já depois de um 3-0 em Lisboa), equipa italiana que já
foi tricampeã europeia. É apenas a segunda vez que uma equipa portuguesa consegue
acesso a uma final europeia, neste caso da Challenge
Cup (a única competição a que as equipas portuguesas, por via do ranking de
Portugal, podem aceder nesta altura), e esperemos que seja o segundo troféu ganho
(o outro foi do Espinho na Top Teams Cup
em 2000/2001).
Desde os jogadores,
treinadores, secção e direcção, os meus sinceros parabéns a todos os que
possibilitaram esta página de ouro na história do Sport Lisboa e Benfica.
VIVA O BENFICA!
Portugal - Sérvia
Vencemos a Sérvia
por 2-1 e estamos em excelente posição para nos qualificarmos para o Euro 2016.
Já estamos na frente do grupo com nove pontos em quatro jogos e dois de
vantagem sobre a concorrência e portanto só uma calamidade impediria tal
desiderato.
Faço sempre questão
de ir ver jogos oficiais da selecção na Luz. Para já, como nunca fico no meu
lugar, é sempre uma oportunidade de ver a perspectiva de outro local no estádio
(e tenho confirmado que se vê bem praticamente de todo o lado) e, para variar, gosto
de ir à bola sem estar excessivamente nervoso com o jogo. Claro que gosto que a
selecção ganhe, mas não comparemos a importância desta com o Glorioso.
Obviamente!
Entrámos bem na
partida e o Ricardo Carvalho fez o 1-0 logo aos 11’ num cabeceamento depois de um centro do Fábio Coentrão num canto curto. Adormecemos um bocado e,
aos 61’, o Matic fez a igualdade num semi-pontapé de bicicleta. Ia levantar-me
para festejar um golão do Matic frente ao Rui Patrício, mas lembrei-me a tempo que
era um jogo de selecções e, principalmente, que já não estamos no início da
época passada… Felizmente, a resposta foi imediata e fizemos o 2-1 dois minutos
depois. Golo do Coentrão depois de um bom centro do Moutinho. Até final,
a Sérvia praticamente não criou perigo nenhum e a vitória foi justa.
No meio-campo de
Portugal, esteve a chave da vitória: o Tiago continua com uns pés maravilhosos
e o Moutinho também fez uma bela exibição. Com um golo e uma assistência, o Fábio Coentrão foi indiscutivelmente o homem do jogo. O C. Ronaldo não marcou, mas esteve
muito em jogo e com uma capacidade de luta nada habitual. Ao lado do jogo
passaram o Nani e o Danny. E o Bosingwa teve o condão de praticamente não
conseguir cortar um único lance ao extremo-esquerdo contrário.
Quando saiu o
sorteio destas qualificações, tínhamos três jogadores na equipa da Sérvia. Como
disse, de certa maneira, ainda bem que o jogo foi só agora, porque assim não
estive muito dividido a ver o Matic, o Markovic e (muito menos) o Djuricic do
outro lado. Aliás, não se percebe como é que uma selecção com tão bons
jogadores está apenas com um ponto em quatro jogos e em risco de nem ir aos play-off…
domingo, março 22, 2015
Inadmissível
Perdemos em Vila do Conde (1-2) e as coisas só não ficaram terrivelmente
complicadas, porque duas horas depois o Nacional empatou com o CRAC (1-1) na
Choupana. Assim sendo, vimos a diferença reduzir para apenas três de vantagem,
o que parece uma enormidade a comparar com um único ponto com que muitos de nós
contávamos assim que terminou o jogo contra o Rio Ave.
O fato de o Gaitán ter levado uma amarelo idiota frente ao Braga deixou-me
logo de pé atrás. Esta saída era bem complicada e nós sem o argentino somos
outra equipa. No entanto, as coisas não poderiam começar melhor, porque logo
aos 5’ uma abertura fabulosa do Pizzi isolou o Salvio que desviou com sucesso
do guarda-redes. Pensei eu que o mais difícil estava feito e ainda por cima na
1ª parte o Rio Ave ficou sem dois dos seus melhores jogadores por se terem
magoado sozinhos (Marcelo e Hassan). O Talisca, que substituiu o Gaitán, esteve
ligeiramente melhor do que em outros jogos a extremo, mas o que é facto é que
não conseguíamos criar situações claras de golo.
Esperava eu que na 2ª parte aumentássemos um pouco o ritmo para dar a estocada final, mas nada disso
aconteceu. De certo modo, fomos deixando o jogo correr, sempre a atacar, mas
sem grande velocidade. Aos 60’, o Pedro Martins colocou o Diego Lopes e o jogo
mudou: foi ele mesmo a dar o aviso, atirando à trave aos 63’. Até que aos 72’,
o Samaris meteu o braço à bola na sequência de um livre lateral. Temos o
primeiro prémio indiscutível da estupidez do ano! Como geralmente acontece
nestas ocasiões, lá tivemos um ex-CRAC a marcar o penalty, Ukra, e não falhou.
O golo abananou-nos um bocado, mas
mesmo assim aos 82’ tivemos uma fantástica oportunidade, numa boa jogada do
entretanto entrado Ola John, que centrou para o Lima, só com o Ederson pela
frente, conseguiu não acertar na
baliza. É uma das perdidas do ano! A seguir, deixámos o Tiago Pinto seguir à
vontade e teve que ser o Luisão a derrubá-lo à entrada da área. Resultado: viu
naturalmente o vermelho directo. A partir daqui, pensei sinceramente que a
equipa tivesse aprendido com o que se passou em Paços. Não estou a dizer para
abdicarmos do ataque (obviamente!), mas para fazê-lo só em segurança. É que,
como dizia muitas vezes a velha raposa Trapattoni, “se não podes ganhar, ao
menos não percas.” E foi isso que mais uma vez não conseguimos fazer e, de modo
incrível, consentimos o golo da derrota nos descontos na sequência de um
lançamento lateral a nosso favor! O Maxi lançou mal, houve o contra-ataque e
bola no fundo das redes. É difícil de acreditar. O jogo terminaria pouco
depois.
Em termos individuais, há muitos mais destaques pela negativa do que pela
positiva. O único a estar num nível alto foi o Salvio, que melhorou inclusive
em relação a partidas passadas, mais objectivo e menos complicativo. Também o
passe do Pizzi merece destaque, mas pouco mais fez até ser substituído. O Jonas
teve um choque de cabeças logo no início e pareceu que nunca mais se recompôs.
Quando ao Lima, desde Mordor que já tem o seu lugar no Olimpo, mas o que é facto
é que o penalty falhado em Paços e esta perdida inacreditável nos colocariam
agora com nove pontos de vantagem… E o Samaris NÃO pode voltar a fazer aquilo!
É completamente injustificável e custou-nos muito caro.
Confesso que, quando acabou o jogo, pensei “lá se foi o campeonato”. O momentum estava todo do lado do CRAC,
que poderia ter estado a nove pontos e agora estaria teoricamente só a um.
Nunca pensei que não ganhassem na Madeira, mas felizmente temos um grande
aliado em Mordor: o fantástico Lopetegui!
Um mestre no comportamento canino de seguir a voz do dono, mas que quanto a
treinador deixa muito a desejar. Mesmo assim, é bom que o Lucas João não me
apareça à frente nos próximos jogos (aquele falhanço na pequena área é
inacreditável…!). Os estragos foram reduzidos em relação ao que se esperava,
mas temos que ver o que é que se passa nos jogos fora, em que as dificuldades
são enormes e nada habituais. Isto vai ser um campeonato muito coladinho com
cuspo.
P.S. – Oh Jorge Jesus, deixe lá isso, homem! É mais do que justa a expulsão
do Luisão e não há interferência nenhuma do adversário perante o Júlio César no
lance do segundo golo. Desta vez, o Sr. Marco Ferreira até esteve bem.
domingo, março 15, 2015
Sem mácula
Vemos o Braga por 2-0 e, na pior das hipóteses, vamos manter a distância
pontual para o CRAC. Era um jogo que nos preocupava (pelo histórico negro desta
época) e nos quais os anti tinham
grandes esperanças, mas felizmente tudo foi diferente desta vez. Entrámos bem,
dominámos completamente, o Braga foi inofensivo e a vitória foi justíssima.
Depois de duas derrotas era expectável que tivéssemos estudado melhor o
adversário e assim aconteceu. Começámos a todo o gás e o Jardel teve um
cabeceamento num livre que poderia ter tido melhor sorte. Continuámos a
pressionar e aos 21’ inaugurámos o marcador através de um excelente remate fora
da área, muito colocado, do Jonas depois de uma fantástica triangulação entre o
Lima, Gaitán e ele próprio. Os 60.222 rejubilaram com o 90º(!) jogo seguido do
Benfica para o campeonato a marcar na Luz. Até ao intervalo poderíamos ter
aumentado o marcador, noutro óptimo lance atacante com o Pizzi a isolar-se, a
desviar bem do Matheus, mas o defesa Santos a tirar quase sob a linha de golo.
Em termos atacantes, o Braga não criou perigo nenhum para a nossa baliza.
A 2ª parte principiou de maneira diferente, connosco a baixar o ritmo e o
Braga a jogar mais no nosso meio-campo, mas sem conseguir entrar na área.
Pareceu ser estratégia do Benfica, mas durou pouco menos de 10’, porque depois
voltámos a ser mais incisivos na procura do golo que selasse a vitória. Aos
59’, o Tiago Gomes rasteira o Salvio na direita e leva naturalmente o segundo
amarelo. Haverá certamente alguns acéfalos que virão ladrar contra mais uma
expulsão de um nosso adversário, mas enquanto não se criar uma nova lei no
futebol que dirá que contra o Benfica ninguém pode ser expulso, não se pode
fazer nada… No livre que resultou desta jogada, o Lima teve uma grande
oportunidade, mas o Matheus fez bem a mancha
e o Jonas desviou a recarga posterior ligeiramente ao lado. À semelhança da
semana passada, desconcentrámo-nos um pouco a jogar contra dez. A equipa
pareceu que ficou naquele limbo entre “temos que marcar mais um” e “é
inadmissível que soframos um golo a jogar contra dez”, e durante um período
deixou de atacar como estava a fazer. Claro que o facto de o Braga se ter
fechado a sete chaves também ajudou a que não se encontrassem os espaços
necessários. O Eliseu já tinha ensaiado antes, mas o guarda-redes defendeu, no
entanto, aos 76’ o jogo terminou com um grande remate do defesa-esquerdo depois
de uma boa abertura do Samaris e com o Gaitán a inteligentemente deixar passar
a bola. Colocámo-nos a salvo de qualquer eventualidade a até final o Braga teve
a única oportunidade, numa recarga que passou ligeiramente ao lado.
Em termos individuais, destaque para o Jonas pelo golo e pelo que fez
jogar. Além disso, aquele domínio na 1ª parte, com a bola a cair a pique, pagou
por si só o preço do red pass! Também gostei bastante do meio-campo com o
Samaris e o Pizzi, e da segurança do Jardel na defesa, à qual acrescentou um
par de iniciativas atacantes bem conseguidas (sabe centrar e tudo!). O Salvio
esteve esforçado, mas o Gaitán passou um pouco ao lado do jogo com a agravante
de ter simulado um penalty e ter levado um amarelo que o vai tirar de Vila do
Conde. Foi a nota negativa do jogo. Menção igualmente para os 40.000 minutos(!)
do Luisão com a águia ao peito.
Numa partida de elevado grau de dificuldade, passámos com nota mais do que
positiva. Temos pena, cambada de aziados que pululam por aí! Segue-se a ida ao
Rio Ave, na qual é preciso concentração máxima, porque temos tido muitos mais
problemas fora de casa. E é obrigatório não perdermos pontos até à visita do
CRAC.
domingo, março 08, 2015
Sofrimento
Vencemos em Arouca
(3-1) e mantivemos a distância de quatro pontos para o CRAC que venceu no amigável em Braga por 1-0. A diferença
de dois golos não deixa transparecer o quão complicado foi este jogo, em que
pela quarta vez consecutiva fora de casa sofremos um golo primeiro e em que, à
semelhança de Moreira de Cónegos, chegámos ao intervalo a perder.
Fico sempre nervoso
quando joga o Benfica, mas principalmente neste dia, especial para mim
(refiro-me obviamente ao facto de fazer nove anos desde que conseguimos um dos
nossos melhores resultados europeus… :-), ainda estava mais. Confesso que não
gosto nada de fazer anos em dias em que joga o Benfica, porque como sou
pessimista tenho sempre medo que corra mal e me estrague o dia. E a 1ª parte de
ontem ia-me deixando à beira de um ataque de nervos. Entrámos pessimamente e o
Arouca marcou logo aos 7’ num grande golo do Iuri Medeiros, cedido pela lagartada, mas em que o Eliseu andou completamente aos papéis. Até aos 15’ estivemos a vê-las passar, mas depois lá
estabilizámos e demos um arzinho da
nossa graça, mas sempre perante uma oposição muito forte, que parecia que
estava a jogar a final da Champions. O
empenho e a vontade era tão grande quanto a do Braga frente ao CRAC… Já sabemos
o que a casa gasta e só é pena que estas equipas não sejam sempre assim nos
jogos contra um determinado adversário, e que não haja um crescimento súbito da
relva e tempestades de areia sobre o
terreno de jogo nessas alturas… Apesar de termos melhorado, ainda estávamos
muito longe do exigível, mas mesmo assim o Salvio teve duas boas hipóteses para
marcar, entre as quais a habitual bola à barra, o Lima também, mas o intervalo
lá chegou e o meu nível de ansiedade a bater no vermelho.
Na 2ª parte, o
Jesus colocou o Talisca, mas em vez do Pizzi (uma nulidade na 1ª parte) tirou o
Samaris. O brasileiro entrou bem na partida, começámos a pressionar mais o
adversário e aproveitámos da melhor maneira um erro num pontapé para a frente
do guarda-redes Goicoechea,
que atirou a bola contra o Lima, sobrando esta para o Jonas ainda de fora da
área ter feito um remate muito colocado para dentro da baliza. Estávamos no minuto
51’ e deu logo a sensação que o Arouca dificilmente nos poderia conter. E assim
aconteceu logo quatro minutos depois, com um centro em esforço do Gaitán, um
bom lance do Jonas a tirar um adversário do caminho e quase sem ângulo a
proporcionar uma boa defesa ao guarda-redes, com a bola a sobrar para o Lima
praticamente em cima da linha rematar para um defesa em carrinho desviar para o poste e a bola ressaltar já para dentro da
baliza! O guarda-redes ainda a agarrou, mas a bola claramente transpôs a linha.
Foi um golo demasiado confuso para o que deveria ter sido, porque o Lima estava
de facto muito perto da baliza e tinha obrigação de fazer a bola entrar directamente
(aliás, logo a seguir ao primeiro golo, o Lima em excelente posição atirou por
cima da barra, quando só tinha o guarda-redes pela frente). O que interessa é
que entrou mesmo e pouco depois o Sr. Vasco Santos não assinalou um penalty
clamoroso por braço de um defesa depois de uma finta do Jonas (logo no início
da 2ª parte, ainda com 0-0, julgo que há falta sobre o Gaitán na área, porque o
defesa se atirou completamente para cima dele e não para jogar a bola). Aos
62’, o Lima fez a bola passar por cima de um defesa e ia isolar-se quando foi
agarrado. Só gente profundamente desonesta em termos intelectuais é que pode
achar que não era lance para expulsão. Parecia que o jogo se poderia tornar
mais fácil, mas era imperativo não abrandar o ritmo para nos colocarmos a salvo
de qualquer lance fortuito, até porque o Arouca era perigoso nas bolas paradas.
E foi só quando o Lima bisou aos 75’, depois de uma boa desmarcação do
entretanto entrado Ola John, que pudemos finalmente descansar. Até final,
referência para uma cabeçada por cima do Lima, que lhe poderia ter dado o hat-trick, e para o amarelo (algo forçado)
ao Talisca que o vai tirar do difícil jogo frente ao Braga.
Em termos
individuais, realce óbvio para o Lima: dois golos, intervenção decisiva no
primeiro e a expulsão provocada fazem dele o homem do jogo. O Jonas também
esteve bem, principalmente na 2ª parte. O Gaitán, mesmo ainda longe dos 100%,
continua a ser o nosso jogador mais decisivo. Em menor destaque, estivram o
Salvio, que passou ao lado do jogo apesar da bola ao poste e o Pizzi, que
baixou imenso em relação à partida anterior. O Júlio César voltou à baliza, mas
praticamente não tocou na bola.
Já se percebeu que
isto vai ser assim até ao fim: contra nós, é como se a vida deles dependesse
disso, atitude que não se reflecte quando defrontam outra equipa. Aliás, vai
ser curioso observar no próximo fim-de-semana como é que o Braga e o Arouca vão
jogar. Aposto que vão inverter posições! Temos que nos manter muito
concentrados até final e não podemos de todo perder pontos antes do CRAC nos
visitar.
domingo, março 01, 2015
De gala
Os melhores 45’ da época ajudaram-nos a golear o Estoril por 6-0 e
conseguir o resultado mais desnivelado do campeonato até agora. No dia do seu
111º aniversário, o Benfica resolveu brindar os seus sócios com a melhor prenda
possível, porque não foram só os golos, mas também a elevada nota artística que
nos entusiasmou todos.
Treinada pelo lagarto Couceiro,
não é de espantar que o Estoril não tenha respeitado o acordo tácito que existe
entre as equipas de deixar a equipa da casa escolher o lado do campo para onde
vai atacar. Só que essa esperteza saloia saiu-lhes mal e foi na baliza talismã
da Luz que lhes enfiámos quatro batatas na 1ª parte. As coisas começaram com um
habitué que é a nossa bola ao poste,
novamente pelo Jonas (tal como em Moreira de Cónegos). Com o Gaitán de regresso
à equipa, o Benfica parecia outro em relação à má exibição da jornada passada.
É que não é só o que o argentino joga, é o que os companheiros se motivam por vê-lo
em campo, elevando igualmente os seus níveis exibicionais. Com os dois centrais
titulares castigados, o Estoril abria brechas por tudo o que era lado e sofreu
o primeiro golo aos 17’ pelo Luisão numa cabeçada na sequência de um canto. Aos
26’, foi a vez do Salvio aumentar o marcador, depois de um centro do Lima,
invertendo os papéis habituais. Aos 33’, um golão do Pizzi de fora da área
punha-nos a salvo de qualquer eventualidade. E dois minutos depois, uma das
melhores jogadas do campeonato, com tabelinhas e primeiros toques entre vários
jogadores, culminou no quarto golo do Jonas. Até ao intervalo, poderíamos ter
aumentado o score através do Gaitán,
depois de uma abertura magnífica do Samaris que o isolou, mas a bola saiu ao
lado.
Na 2ª parte, diminuímos um bocado o ritmo, mas ainda fizemos mais dois
golos, através de um penalty do Lima aos 56’, a castigar uma falta sobre o
Jonas, e com este a bisar aos 86’ na recarga a um remate do Ola John. Como
disse (e bem) o Jesus, a parte menos boa foi o amarelo escusado ao Gaitán que o
deixa com quatro e à beira da suspensão quando se aproximam jogos com o Braga e
CRAC… O Estoril só teve uma verdadeira oportunidade de golo, mas o Artur
conseguiu desviar a bola para o poste perante um adversário isolado. Referência
obrigatória para a arbitragem do Sr. João Capela. Foi das piores que tenho
visto! Aliás, quem se lembra do modo de ele apitar (critério muito largo, a
deixar jogar), pôde constatar que o condicionamento de que foi alvo modificou-o
completamente. Lei da vantagem era mentira, qualquer toque (especialmente da
nossa parte) era falta, enfim um sem-número de interrupções completamente
escusadas. O penalty é indiscutível, mas foi a primeira vez que vi um árbitro
esperar por uma substituição para mostrar um amarelo (que, por acaso, foi o
segundo, o que torna tudo ainda mais caricato, porque houve espectadores que não
se aperceberam do que se passou). Ridículo!
Em termos individuais, como referiu o JJ, é de facto difícil destacar
alguém. A equipa esteve toda muito bem, com o Pizzi a movimentar-se cada vez
melhor (só lhe falta ser agressivo a defender), o Samaris a confirmar o bom
momento de forma, o Jonas com um veia goleadora de registar, o Salvio menos
trapalhão e individualista, e o Gaitán a tornar tudo mais fácil. E foi bonito
ser o capitão a abrir o marcador em dia de festa.
Infelizmente, a lagartada
confirmou hoje a sua inutilidade ao ir perder a Mordor por 3-0, quando confesso
que estava com alguma esperança que pudesse sacar pelo menos um empatezito. Por
isso, mantemos os quatro pontos de vantagem perante as forças do Mal, vendo
agora os lagartos a 12 pontos. Será
sem dúvida uma corrida a dois, em que o nosso calendário é teoricamente mais
favorável. Se as lesões tiverem acabado de vez e mantendo este nível
exibicional, poderemos ser muito felizes em Maio.
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