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quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Estamos no Natal?!?!

Oferecemos ao Braga a passagem à final da Taça da Liga ao perder nos penalties por 3-2 depois de um 0-0 nos 90 minutos. Independentemente de ser a terceira prova do calendário nacional em termos de importância, éramos os detentores desta Taça e o acesso a uma final nunca deveria ser encarado de ânimo leve. Ou com espírito natalício (muito tardio). Escusado será dizer que estou furioso com esta derrota!

E não, não é pelo facto de termos (e bem) poupado o Matic, Salvio e Lima, que nem sequer viajaram a Braga. Também não é por termos deixado alguns habituais titulares (Garay, Maxi, Enzo Pérez e Ola John) no banco. Não é igualmente por termos jogado com a abécula do Roderick a trinco. E nem é por termos feito um jogo abaixo das nossas possibilidades, com poucos remates (mesmo assim, um ao poste logo no início pelo Rodrigo) preteridos a favor de rodriguinhos inconsequentes muito perto da zona de remate (Gaitán, Aimar e Carlos Martins em destaque negativo neste campo).

O que me tirou do sério é não termos encarado os penalties como devia ser. Não me venham com a história da “sorte” ou a “lotaria”. Se o Cardozo era para jogar só 45’, por que não jogar os segundos em vez dos primeiros?! Será que a ida aos penalties era assim tão pouco provável?! Menos um especialista a marcá-los. Já nem falo do Lima, que nem foi. Ok, muito bem, ainda tínhamos 11 jogadores em campo. O que decidimos? Colocar a abécula do Roderick (já agora, qual foi a ideia de renovar contrato com um jogador dispensado pelo último classificado da liga espanhola e que já tinha um contrato longo…?!) a marcar um deles… Resultado? A bola nem à baliza foi! Era de esperar. Outra: desde quando o Luisão marcou um penalty na vida? Outro falhanço. E isto com o Ola John e o Aimar em campo. Só para referir dois exemplos de jogadores que estão mais habituados a rematar à baliza do que o Luisão e Roderick (o Aimar não remata tanto como deveria, mas enfim…). Mais uma acha: aos 82’ o Carlos Martins lesiona-se (típico…), ele que era outro jogador que poderia marcar penalties. Tudo bem. Tínhamos o Kardec no banco, Kardec esse que há dois anos era segundo na lista dos marcadores de penalties (só atrás do Cardozo). O que fizemos? Colocámos o Ola John em campo… Para a coisa ser ainda pior, começámos nós a marcar e o Alan falhou o primeiro penalty do Braga. Ou seja, tínhamos tudo a nosso favor, mas desperdiçámos estupidamente a possibilidade de voltar a uma final. E de tentar algo inédito em Portugal: conseguir o triplete nacional. Mas vamos todos ficar muito contentes, porque temos menos um jogo até ao fim da época e já podemos descansar mais…

No meio desta desgraça, salvou-se o Artur com uma óptima exibição. O Jardel também esteve bem, assim como o André Almeida. O Gaitán apareceu a espaços (houve um penalty a nossa favor por tesoura a ele, mas o Sr. Marco Ferreira preferiu assinalar campo…) e todos os outros estiveram muito sofríveis. Alguns horríveis, mesmo.

P.S. – E sim, ainda estou mais fulo por não ir comer um belo leitão à Mealhada!

P.P.S. - Para (não) variar o nosso autocarro foi apedrejado na autoestrada e as pedras acertaram num dos vidros. Felizmente, não estava ninguém no lugar ao lado desse vidro. Quando se permite que excrementos humanos estejam em viadutos nas autoestradas é isto que acontece. Porcos imundos!

1 comentário:

José Rama disse...

Para o JJ era o desejado. Ficou aliviado pois doutro modo teria provavelmente que que defrontar o FCP na final.