sábado, dezembro 24, 2011
Feliz Natal
Que todos os desportistas em geral e os benfiquistas em particular tenham um óptimo Natal.
(roubado descaradamente ao Facebook do J.G.)
sábado, dezembro 17, 2011
Goleada natalícia
Tal como na época passada, o último jogo do ano foi frente ao Rio Ave em casa e mais uma vez voltámos a golear (5-1). Foi uma exibição bastante agradável, com grande eficácia na concretização, embora o resultado esconda um pouco as dificuldades que sentimos na 1ª parte, em que até começámos a perder. Mas os últimos 11’ do 1º tempo foram fantásticos e marcámos três golos neste período, acabando com as dúvidas frente ao vencedor.
Até entrámos bem na partida, com muito mais dinâmica do que nos paupérrimos jogos anteriores, mas o Rio Ave chegou à vantagem aos 24’. Nós não nos desconcentrámos e pressionámos ainda mais o adversário, com o Saviola a reaparecer em bom plano e o Nolito a ser um quebra-cabeças na esquerda. Chegámos à igualdade aos 34’ pelo Cardozo num penalty indiscutível por braço de um defesa. E logo no minuto seguinte, colocámo-nos em vantagem numa grande jogada do Nolito, culminada com um golo de ângulo quase impossível. Era muito importante para tranquilizar a equipa que não fôssemos para o intervalo a perder e fizemos melhor do que isso. Fomos a ganhar e não por um, mas sim por dois golos de diferença, já que o Saviola fez o 3-1 no último minuto, depois de um toque maravilhoso do Aimar.
Entrámos de um modo fantástico na 2ª parte, com a estreia do Garay a marcar com a gloriosa camisola, numa boa antecipação de cabeça na sequência de um livre do Aimar aos 47’. Se dúvidas houvesse, ficaram logo dissipadas. A equipa tirou um pouco o pé do acelerador e permitimos que o Rio Ave tivesse mais bola, sem no entanto criar perigo. Aos 77’ fechámos a contagem, com um bis do Nolito, numa jogada estudada na sequência de um canto. O Jesus aproveitou para dar minutos ao Nélson Oliveira, entrando igualmente o Rodrigo e o regressado Gaitán. O resultado estava feito e duas ou três boas defesas do guarda-redes, Huanderson, impediram o seu avolumar, principalmente a remates do Rodrigo.
Em termos individuais, o destaque vai inteirinho para o Nolito. Desde o 1º minuto que estava a dar nas vistas e abrilhantou a sua exibição com dois golos. Se no ano passado foi o Salvio que se começou a mostrar neste jogo, pode ser que este ano tenhamos o regresso do Nolito, depois de um fulgurante início de época. Espero que o Jesus se tenha convencido de vez a não o deixar tantas vezes no banco… Como não o tenho elogiado ultimamente, acho que é merecido referir também o Saviola, que se apresentou mais dinâmico do que nos últimos tempos. O Cardozo marcou pelo 3º jogo consecutivo e também correu mais que o costume. O Aimar continua a espalhar magia pelos relvados e o Garay finalmente lá se estreou a marcar pelo Benfica. O Artur continua a fazer tudo com uma calma impressionante, mas não percebi os três passes consecutivos para fora, quando tentava pôr a bola nos laterais. Menos bem esteve o Maxi Pereira, que foi muitas vezes batidos pelo extremo contrário.
Finalmente um jogo calmo na Luz e vamos para a pausa natalícia com um espírito mais alegre. Depois de vários jogos seguidos a marcar apenas um golo, tirámos a barriga de misérias e esperemos que esta senda goleadora se mantenha no novo ano.
Até entrámos bem na partida, com muito mais dinâmica do que nos paupérrimos jogos anteriores, mas o Rio Ave chegou à vantagem aos 24’. Nós não nos desconcentrámos e pressionámos ainda mais o adversário, com o Saviola a reaparecer em bom plano e o Nolito a ser um quebra-cabeças na esquerda. Chegámos à igualdade aos 34’ pelo Cardozo num penalty indiscutível por braço de um defesa. E logo no minuto seguinte, colocámo-nos em vantagem numa grande jogada do Nolito, culminada com um golo de ângulo quase impossível. Era muito importante para tranquilizar a equipa que não fôssemos para o intervalo a perder e fizemos melhor do que isso. Fomos a ganhar e não por um, mas sim por dois golos de diferença, já que o Saviola fez o 3-1 no último minuto, depois de um toque maravilhoso do Aimar.
Entrámos de um modo fantástico na 2ª parte, com a estreia do Garay a marcar com a gloriosa camisola, numa boa antecipação de cabeça na sequência de um livre do Aimar aos 47’. Se dúvidas houvesse, ficaram logo dissipadas. A equipa tirou um pouco o pé do acelerador e permitimos que o Rio Ave tivesse mais bola, sem no entanto criar perigo. Aos 77’ fechámos a contagem, com um bis do Nolito, numa jogada estudada na sequência de um canto. O Jesus aproveitou para dar minutos ao Nélson Oliveira, entrando igualmente o Rodrigo e o regressado Gaitán. O resultado estava feito e duas ou três boas defesas do guarda-redes, Huanderson, impediram o seu avolumar, principalmente a remates do Rodrigo.
Em termos individuais, o destaque vai inteirinho para o Nolito. Desde o 1º minuto que estava a dar nas vistas e abrilhantou a sua exibição com dois golos. Se no ano passado foi o Salvio que se começou a mostrar neste jogo, pode ser que este ano tenhamos o regresso do Nolito, depois de um fulgurante início de época. Espero que o Jesus se tenha convencido de vez a não o deixar tantas vezes no banco… Como não o tenho elogiado ultimamente, acho que é merecido referir também o Saviola, que se apresentou mais dinâmico do que nos últimos tempos. O Cardozo marcou pelo 3º jogo consecutivo e também correu mais que o costume. O Aimar continua a espalhar magia pelos relvados e o Garay finalmente lá se estreou a marcar pelo Benfica. O Artur continua a fazer tudo com uma calma impressionante, mas não percebi os três passes consecutivos para fora, quando tentava pôr a bola nos laterais. Menos bem esteve o Maxi Pereira, que foi muitas vezes batidos pelo extremo contrário.
Finalmente um jogo calmo na Luz e vamos para a pausa natalícia com um espírito mais alegre. Depois de vários jogos seguidos a marcar apenas um golo, tirámos a barriga de misérias e esperemos que esta senda goleadora se mantenha no novo ano.
sexta-feira, dezembro 16, 2011
Sorteio da Liga dos Campeões
Calhou-nos o Zenit de São Petersburgo nos oitavos-de-final da Champions. Em teoria, não foi um mau sorteio, embora entre os possíveis adversários só o Milan fosse de facto um tubarão. Mas mais vale o Zenit do que o Nápoles, Lyon ou Marselha.
A nosso favor, temos o facto de o campeonato russo estar a sair da pausa de Inverno na altura dos jogos, o que nos pode dar vantagem na questão do ritmo de jogo (porém, convém não esquecer que na época do Trapattoni defrontámos o CSKA Moscovo também em Fevereiro e fomos eliminados). Independentemente disso, há que assumir sem complexos o favoritismo nesta eliminatória, já que, para além de nós sermos cabeças-de série, é a primeira vez que o Zenit se qualifica para os oitavos-de-final da Champions e eles encontram-se abaixo de nós no ranking da Uefa.
Eu sei que o Zenit deu recentemente uma grande alegria a todos os desportistas ao eliminar da Champions um clube assumidamente corrupto, mas por isso mesmo a sua tarefa já foi cumprida. Escusa de ir mais além, no entanto o Danny que fique descansado que cá estaremos nós para continuar a defender o bom-nome de Portugal, tal como ele o fez.
P.S. – Todavia, atenção que todas as cautelas são poucas. Também no ano passado fiquei contente com o sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões e depois da Liga Europa, e foi o que se viu… Muito cuidado com o jogo da 1ª mão, se eles ficarem em vantagem, são muito bons no catenaccio, ou não fossem treinados por um italiano.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
A nosso favor, temos o facto de o campeonato russo estar a sair da pausa de Inverno na altura dos jogos, o que nos pode dar vantagem na questão do ritmo de jogo (porém, convém não esquecer que na época do Trapattoni defrontámos o CSKA Moscovo também em Fevereiro e fomos eliminados). Independentemente disso, há que assumir sem complexos o favoritismo nesta eliminatória, já que, para além de nós sermos cabeças-de série, é a primeira vez que o Zenit se qualifica para os oitavos-de-final da Champions e eles encontram-se abaixo de nós no ranking da Uefa.
Eu sei que o Zenit deu recentemente uma grande alegria a todos os desportistas ao eliminar da Champions um clube assumidamente corrupto, mas por isso mesmo a sua tarefa já foi cumprida. Escusa de ir mais além, no entanto o Danny que fique descansado que cá estaremos nós para continuar a defender o bom-nome de Portugal, tal como ele o fez.
P.S. – Todavia, atenção que todas as cautelas são poucas. Também no ano passado fiquei contente com o sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões e depois da Liga Europa, e foi o que se viu… Muito cuidado com o jogo da 1ª mão, se eles ficarem em vantagem, são muito bons no catenaccio, ou não fossem treinados por um italiano.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
segunda-feira, dezembro 12, 2011
Milagre
Um golo do Cardozo aos 85’ permitiu-nos vencer o Marítimo na Madeira e conservar assim o 1º lugar ex-aequo com o CRAC. Foi um triunfo justo, já que tivemos mais oportunidades flagrantes que o adversário, mas mais uma vez a exibição deixou muito a desejar. Além disso, jogámos quase toda a 2ª parte com mais um jogador por duplo amarelo (justo), o que acabou por ser importante para o desfecho final.
Como se esperava, o Gaitán não recuperou a tempo e o Jesus apostou no Rodrigo à direita. O Marítimo defendia muito bem, mas mesmo assim tivemos duas enormes oportunidades de golo pelo Aimar e Cardozo. Aliás, já no ano passado, o Tacuara falhou um golo de baliza aberta nos Barreiros, tal e qual como agora. Foi inacreditável e merece uma adenda a isto! Nós íamos fazendo um jogo muito lento, à semelhança de 4ª feira passada e acabámos por não criar muitas situações de golo iminentes.
Na 2ª parte, dá-se a tal expulsão logo de início, mas o que é certo é que tivemos que esperar até à entrada do Nolito, aos 81’, para começar a criar verdadeiro perigo. O Jorge Jesus tem grandes culpas no cartório, porque protelou a entrada do extremo espanhol, quando estava na cara que o que era necessário era impor mais velocidade, dado que o Marítimo jogava com menos um e fechava-se muito na defesa. Até que a cinco minutos de final, o Cardozo lá se livra de estar na história do jogo só pela negativa e marcou um daqueles golos que foi “só encostar”, mas há que lá estar.
Em termos individuais, não houve ninguém que se sobrepusesse muito aos demais, já que a exibição foi globalmente fraquita. Quando, à semelhança da partida frente ao Otelul, o Jardel é dos melhores em campo, está tudo dito. O Cardozo mereceria o destaque caso não tivesse um dos falhanços do século. E gostaria que alguém me explicasse o que é que o Jorge Jesus tem contra o Nolito, que, no pouco tempo que esteve em campo, foi fundamental para a vitória…
Daqui a uns tempos, ninguém se vai lembrar da exibição, já que o resultado é o mais importante. Estou de acordo com isto, mas a fazer exibições destas, não iremos muito longe. A falta de velocidade é o que mais me preocupa, já que jogar a passo parece ser o lema por estes dias. Estar quase toda a 2ª parte a jogar com mais um e sem criar perigo é inadmissível num clube como o Benfica.
P.S. – O Sr. Jorge de Sousa lá preparou o caminho do seu clube para a semana que vem: um vermelho por duplo amarelo e outros dois amarelos impedem o Marítimo de apresentar os três titulares de meio-campo no campo do CRAC. Nada de novo no reino da Dinamarca, portanto…
Como se esperava, o Gaitán não recuperou a tempo e o Jesus apostou no Rodrigo à direita. O Marítimo defendia muito bem, mas mesmo assim tivemos duas enormes oportunidades de golo pelo Aimar e Cardozo. Aliás, já no ano passado, o Tacuara falhou um golo de baliza aberta nos Barreiros, tal e qual como agora. Foi inacreditável e merece uma adenda a isto! Nós íamos fazendo um jogo muito lento, à semelhança de 4ª feira passada e acabámos por não criar muitas situações de golo iminentes.
Na 2ª parte, dá-se a tal expulsão logo de início, mas o que é certo é que tivemos que esperar até à entrada do Nolito, aos 81’, para começar a criar verdadeiro perigo. O Jorge Jesus tem grandes culpas no cartório, porque protelou a entrada do extremo espanhol, quando estava na cara que o que era necessário era impor mais velocidade, dado que o Marítimo jogava com menos um e fechava-se muito na defesa. Até que a cinco minutos de final, o Cardozo lá se livra de estar na história do jogo só pela negativa e marcou um daqueles golos que foi “só encostar”, mas há que lá estar.
Em termos individuais, não houve ninguém que se sobrepusesse muito aos demais, já que a exibição foi globalmente fraquita. Quando, à semelhança da partida frente ao Otelul, o Jardel é dos melhores em campo, está tudo dito. O Cardozo mereceria o destaque caso não tivesse um dos falhanços do século. E gostaria que alguém me explicasse o que é que o Jorge Jesus tem contra o Nolito, que, no pouco tempo que esteve em campo, foi fundamental para a vitória…
Daqui a uns tempos, ninguém se vai lembrar da exibição, já que o resultado é o mais importante. Estou de acordo com isto, mas a fazer exibições destas, não iremos muito longe. A falta de velocidade é o que mais me preocupa, já que jogar a passo parece ser o lema por estes dias. Estar quase toda a 2ª parte a jogar com mais um e sem criar perigo é inadmissível num clube como o Benfica.
P.S. – O Sr. Jorge de Sousa lá preparou o caminho do seu clube para a semana que vem: um vermelho por duplo amarelo e outros dois amarelos impedem o Marítimo de apresentar os três titulares de meio-campo no campo do CRAC. Nada de novo no reino da Dinamarca, portanto…
quinta-feira, dezembro 08, 2011
Lentidão exasperante
Vencemos o Otelul Galati por 1-0 e conseguimos o primeiro lugar no grupo da Champions. É um feito de realçar e é isto que irá ser lembrado no futuro quando falarmos deste jogo. E ainda bem que assim é, porque é sinal que o conseguimos. Só que da mesma maneira que uma derrota após uma boa exibição não é o fim do mundo, uma vitória com uma exibição miserável deve ser motivo de reflexão.
O mais importante (a qualificação para os oitavos-de-final) estava já conseguido, mas jogando contra o último classificado (com zero pontos!) em casa seria péssimo que desperdiçássemos esta oportunidade de ouro de evitar os tubarões no sorteio. Com um golo do Cardozo logo aos 7’ depois de uma assistência do Gaitán, pensei que finalmente iríamos assistir a uma partida calma. Pura ilusão. O Otelul Galati veio à Luz com dois camiões-tir, claramente para perder por poucos, e era raro passar de meio-campo. Por tudo isto, não se compreende que nós tivéssemos produzido uma tão má exibição. Tenham lá paciência, mas se nós marcássemos um golo ao Paços de Ferreira no início da partida e depois ficássemos a “controlar o jogo” até final, o Estádio da Luz viria abaixo com protestos. Com o devido respeito, defrontámos o Paços de Ferreira da Liga dos Campeões e foi precisamente isso que fizemos. Eu ainda perceberia que realizássemos este tipo de jogo perante o Manchester United ou o Basileia, mas contra o Otelul?! Poupem-me!
Isto não quer dizer que tivéssemos que ir à maluca para cima deles, mas bastava que fizéssemos as transições um pouco mais rápido e certamente o marcador seria outro. Jogámos devagar ou parados, o que perante a muralha defensiva dos romenos tornou muito difícil a criação de desequilíbrios. O Artur ainda se viu e bem, quando defendeu dois golos certos na mesma jogada, a única de verdadeiro perigo criada pelo adversário. No entanto, custa-me imenso a perceber como é que o Benfica dá o flanco desta maneira e se torna vulnerável a um qualquer lance fortuito que nos poderia lançar para, por exemplo, Camp Nou! Seria quase uma derrota se isso acontecesse e, depois da eliminação da Taça de Portugal, o mínimo que se pedia era uma exibição que nos orgulhasse. Não aconteceu.
Perante uma pobreza franciscana tão generalizada, é difícil eleger alguém, mas como o Cardozo marcou o golo (foi só encostar) e o Artur fez duas defesas muito importantes merecem destaque. O Nolito veio mexer um pouco com o jogo na 2ª parte e o Gaitán também apareceu a espaços.
Quanto ao sorteio, desde que evitemos o Milan, acho que nos podemos ter boas hipóteses com os outros adversários possíveis (Marselha, Lyon, Zenit, Nápoles, CSKA Moscovo e Bayer Leverkusen). E há um jogo que eu não me importaria nada que acontecesse nos oitavos: Apoel – Basileia. Se já houve outros que jogaram meias-finais da Champions com o Corunha e finais com o Mónaco, acho que está na altura de nós também termos um pouco de sorte nos sorteios.
A má notícia da noite foi a lesão do Gaitán, que não deverá recuperar a tempo para o Marítimo. Espero que o nosso nível exibicional suba, pois caso contrário será difícil ganhar lá.
O mais importante (a qualificação para os oitavos-de-final) estava já conseguido, mas jogando contra o último classificado (com zero pontos!) em casa seria péssimo que desperdiçássemos esta oportunidade de ouro de evitar os tubarões no sorteio. Com um golo do Cardozo logo aos 7’ depois de uma assistência do Gaitán, pensei que finalmente iríamos assistir a uma partida calma. Pura ilusão. O Otelul Galati veio à Luz com dois camiões-tir, claramente para perder por poucos, e era raro passar de meio-campo. Por tudo isto, não se compreende que nós tivéssemos produzido uma tão má exibição. Tenham lá paciência, mas se nós marcássemos um golo ao Paços de Ferreira no início da partida e depois ficássemos a “controlar o jogo” até final, o Estádio da Luz viria abaixo com protestos. Com o devido respeito, defrontámos o Paços de Ferreira da Liga dos Campeões e foi precisamente isso que fizemos. Eu ainda perceberia que realizássemos este tipo de jogo perante o Manchester United ou o Basileia, mas contra o Otelul?! Poupem-me!
Isto não quer dizer que tivéssemos que ir à maluca para cima deles, mas bastava que fizéssemos as transições um pouco mais rápido e certamente o marcador seria outro. Jogámos devagar ou parados, o que perante a muralha defensiva dos romenos tornou muito difícil a criação de desequilíbrios. O Artur ainda se viu e bem, quando defendeu dois golos certos na mesma jogada, a única de verdadeiro perigo criada pelo adversário. No entanto, custa-me imenso a perceber como é que o Benfica dá o flanco desta maneira e se torna vulnerável a um qualquer lance fortuito que nos poderia lançar para, por exemplo, Camp Nou! Seria quase uma derrota se isso acontecesse e, depois da eliminação da Taça de Portugal, o mínimo que se pedia era uma exibição que nos orgulhasse. Não aconteceu.
Perante uma pobreza franciscana tão generalizada, é difícil eleger alguém, mas como o Cardozo marcou o golo (foi só encostar) e o Artur fez duas defesas muito importantes merecem destaque. O Nolito veio mexer um pouco com o jogo na 2ª parte e o Gaitán também apareceu a espaços.
Quanto ao sorteio, desde que evitemos o Milan, acho que nos podemos ter boas hipóteses com os outros adversários possíveis (Marselha, Lyon, Zenit, Nápoles, CSKA Moscovo e Bayer Leverkusen). E há um jogo que eu não me importaria nada que acontecesse nos oitavos: Apoel – Basileia. Se já houve outros que jogaram meias-finais da Champions com o Corunha e finais com o Mónaco, acho que está na altura de nós também termos um pouco de sorte nos sorteios.
A má notícia da noite foi a lesão do Gaitán, que não deverá recuperar a tempo para o Marítimo. Espero que o nosso nível exibicional suba, pois caso contrário será difícil ganhar lá.
sábado, dezembro 03, 2011
Chateadíssimo
Perdemos com o Marítimo por 1-2 e pelo sétimo(!) ano consecutivo estamos fora da Taça de Portugal antes de chegarmos à final. Isto equivale a dizer que há oito anos que não a ganhamos, o que só nos envergonha enquanto clube que mais Taças de Portugal conquistou. Não basta dizer-se que é um objectivo, e dos mais importantes, é preciso mostrar-se em campo que assim o é e, depois de estarmos a ganhar ao intervalo, permitirmos a reviravolta no marcador é uma demonstração que esta partida não foi encarada com o espírito que deveria ter sido.
Houve algumas alterações na equipa titular e percebeu-se que o Maxi Pereira, Javi García e, principalmente, o Aimar são pouco menos que insubstituíveis. Na 1ª parte, controlámos completamente a partida, mas sempre jogando a passo e colocámo-nos na frente com um penalty transformado pelo Saviola (foi a única coisa de jeito que fez enquanto jogou). Confesso que me pareceu simulação do Nolito, mas na repetição vê-se que ele é empurrado por trás e, aliás, é esse jogador que leva o amarelo e não o outro que tirou a perna antes de ele passar.
Na 2ª parte, desperdiçámos algumas boas ocasiões (e o fiscal-de-linha ajudou ao assinalar um ou outro fora-de-jogo inexistente que impediu de ficarmos com jogadores isolados), mas foi inadmissível a forma como (não) defendemos. Demos imenso espaço ao Marítimo e eles foram criando situações de perigo, acabando por dar a volta ao marcador. Se o Eduardo fez duas boas defesas que salvaram dois golos, esteve muito mal no 2º golo ao ficar a meio caminho e permitir um chapéu adversário. Quanto ao 1º golo, com um remate a 35m da baliza, era indefensável. Até final, poderíamos ter chegado ao empate, especialmente pelo entrado Aimar, com duas boas ocasiões, mas não concretizámos e fomos ingloriamente eliminados.
Quando o melhor do Benfica é o Jardel está praticamente tudo dito. O Nolito também se esforçou bastante e, no seu jeito fossão, acabou por ser o que mais perigo criou. O Gaitán voltou a durar só uma parte. O Rodrigo mal se viu, o Saviola viu-se, mas era melhor que não se tivesse visto (tirando, como já disse, o penalty), o Ruben Amorim fez dos piores jogos de águia ao peito e o Eduardo defendeu o que o Artur defenderia, e sofreu o que o Artur não sofreria.
Parece que no nosso clube há algum tempo que não se percebe o seguinte: por ser uma prova com muita tradição, pela envolvência e simbolismo do local da final, por ser um troféu que nos tem a nós como clube mais vitorioso, porque melhor que ganhar o campeonato é fazer-se a dobradinha e, PRINCIPALMENTE, por ser o último jogo da temporada (tornando-se, portanto, a última imagem desta), a conquista da Taça de Portugal tem o condão de tornar uma época positiva. E ao longo destes anos, nós temos desprezado esse facto. De uma maneira que me custa MUITO a compreender. Com a eliminação de hoje (e como eu defendo já há bastante tempo que o Benfica TEM QUE ganhar um troféu todos os anos), só a conquista do campeonato poderá tornar esta uma boa temporada (a Champions é obviamente uma utopia e ninguém de bom senso dirá que ganhar-se a Taça da Liga salva uma época…). À atenção da equipa do Benfica que daqui a uma semana voltará ao Estádio dos Barreiros para o campeonato…
Houve algumas alterações na equipa titular e percebeu-se que o Maxi Pereira, Javi García e, principalmente, o Aimar são pouco menos que insubstituíveis. Na 1ª parte, controlámos completamente a partida, mas sempre jogando a passo e colocámo-nos na frente com um penalty transformado pelo Saviola (foi a única coisa de jeito que fez enquanto jogou). Confesso que me pareceu simulação do Nolito, mas na repetição vê-se que ele é empurrado por trás e, aliás, é esse jogador que leva o amarelo e não o outro que tirou a perna antes de ele passar.
Na 2ª parte, desperdiçámos algumas boas ocasiões (e o fiscal-de-linha ajudou ao assinalar um ou outro fora-de-jogo inexistente que impediu de ficarmos com jogadores isolados), mas foi inadmissível a forma como (não) defendemos. Demos imenso espaço ao Marítimo e eles foram criando situações de perigo, acabando por dar a volta ao marcador. Se o Eduardo fez duas boas defesas que salvaram dois golos, esteve muito mal no 2º golo ao ficar a meio caminho e permitir um chapéu adversário. Quanto ao 1º golo, com um remate a 35m da baliza, era indefensável. Até final, poderíamos ter chegado ao empate, especialmente pelo entrado Aimar, com duas boas ocasiões, mas não concretizámos e fomos ingloriamente eliminados.
Quando o melhor do Benfica é o Jardel está praticamente tudo dito. O Nolito também se esforçou bastante e, no seu jeito fossão, acabou por ser o que mais perigo criou. O Gaitán voltou a durar só uma parte. O Rodrigo mal se viu, o Saviola viu-se, mas era melhor que não se tivesse visto (tirando, como já disse, o penalty), o Ruben Amorim fez dos piores jogos de águia ao peito e o Eduardo defendeu o que o Artur defenderia, e sofreu o que o Artur não sofreria.
Parece que no nosso clube há algum tempo que não se percebe o seguinte: por ser uma prova com muita tradição, pela envolvência e simbolismo do local da final, por ser um troféu que nos tem a nós como clube mais vitorioso, porque melhor que ganhar o campeonato é fazer-se a dobradinha e, PRINCIPALMENTE, por ser o último jogo da temporada (tornando-se, portanto, a última imagem desta), a conquista da Taça de Portugal tem o condão de tornar uma época positiva. E ao longo destes anos, nós temos desprezado esse facto. De uma maneira que me custa MUITO a compreender. Com a eliminação de hoje (e como eu defendo já há bastante tempo que o Benfica TEM QUE ganhar um troféu todos os anos), só a conquista do campeonato poderá tornar esta uma boa temporada (a Champions é obviamente uma utopia e ninguém de bom senso dirá que ganhar-se a Taça da Liga salva uma época…). À atenção da equipa do Benfica que daqui a uma semana voltará ao Estádio dos Barreiros para o campeonato…
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