domingo, outubro 30, 2011
Desnecessário
Um bis do Rodrigo nos primeiros 13 minutos do jogo deu-nos a vitória sobre o Olhanense (2-1) e permitiu manter-nos a par do CRAC no 1º lugar do campeonato. A exibição prometeu imenso logo de início, mas acabámos o jogo a sofrer, algo que nos deverá fazer pensar de futuro.
Não poderíamos ter melhor entrada na partida. Aos 25 segundos deu-se (arrisco-me a dizer) o golo mais rápido que alguma vez se viu na nova Luz: excelente passe do Gaitán e óptimo remate em arco do Rodrigo. Pouco depois, aos 13’, um ataque rápido desmarcou o Maxi Pereira na direita, este centrou, um defesa do Olhanense interceptou, a bola subiu e o Rodrigo só teve que encostar de cabeça. Tal como disse o Jesus na conferência de imprensa, também a mim me passou pela cabeça uma possível goleada. Até sensivelmente à meia-hora protagonizámos bom futebol, com velocidade, boas desmarcações e passes longos, mas não criámos grandes situações iminentes de golo. O que valeu foi que estivemos bem na defesa e os algarvios também não criaram perigo nenhum.
A 2ª parte foi muito diferente para (bastante) pior. O Witsel entrou para o lugar do Aimar, numa troca a indicar poupança para o Basileia, mas sofremos o golo logo aos 47’ numa incrível desatenção defensiva, em que um adversário consegue centrar no meio de três(!) jogadores nossos e a bola cruza a nossa área sem que seja interceptada! Este golo poder-nos-ia ter espicaçado para repetir o início do jogo e fazer mais golos que nos dessem a tranquilidade total. Mas não, os jogadores pareciam que já estavam a pensar no Basileia, e a exibição neste período foi bastante sofrível. Claro está que lá tivemos um golito anulado ao Cardozo por fora-de-jogo inexistente, mas um enorme disparate do Maxi (fintar em zona proibida!) quase valia o empate se não fosse o grande Luisão a interceptar o remate. Em termos de oportunidades de golo, não construímos o número habitual e devemos ter acabado o jogo com tantos remates como o adversário.
Em termos individuais, o destaque vai obviamente para o Rodrigo pelos dois golos. O Matic não esteve ao seu nível habitual, o que quer dizer que fez uma boa exibição… ;-) Durante aqueles primeiros 30’ destacou-se igualmente o Gaitán. Todos os outros estiveram em plano bastante sofrível, mas o Artur lá sofreu mais um golo sem praticamente ter tocado na bola.
Como se costuma dizer, o mais importante é o resultado (e é), mas os srs. jogadores do Benfica têm que se mentalizar que um 2-0 aos 13’ não é sinónimo de que o jogo esteja ganho (o Jesus veio dizer que alguns deixaram de correr). Bem vistas as coisas, o Olhanense só teve duas oportunidades: o golo e a tal intercepção do Luisão, mas mesmo assim deveríamos ter evitado colocar-nos nessa situação e ter um sofrimento desnecessário naqueles minutos finais. Agora, é virar agulhas para a Champions e aproveitar esta oportunidade para carimbar já o passaporte para os oitavos-de-final.
Não poderíamos ter melhor entrada na partida. Aos 25 segundos deu-se (arrisco-me a dizer) o golo mais rápido que alguma vez se viu na nova Luz: excelente passe do Gaitán e óptimo remate em arco do Rodrigo. Pouco depois, aos 13’, um ataque rápido desmarcou o Maxi Pereira na direita, este centrou, um defesa do Olhanense interceptou, a bola subiu e o Rodrigo só teve que encostar de cabeça. Tal como disse o Jesus na conferência de imprensa, também a mim me passou pela cabeça uma possível goleada. Até sensivelmente à meia-hora protagonizámos bom futebol, com velocidade, boas desmarcações e passes longos, mas não criámos grandes situações iminentes de golo. O que valeu foi que estivemos bem na defesa e os algarvios também não criaram perigo nenhum.
A 2ª parte foi muito diferente para (bastante) pior. O Witsel entrou para o lugar do Aimar, numa troca a indicar poupança para o Basileia, mas sofremos o golo logo aos 47’ numa incrível desatenção defensiva, em que um adversário consegue centrar no meio de três(!) jogadores nossos e a bola cruza a nossa área sem que seja interceptada! Este golo poder-nos-ia ter espicaçado para repetir o início do jogo e fazer mais golos que nos dessem a tranquilidade total. Mas não, os jogadores pareciam que já estavam a pensar no Basileia, e a exibição neste período foi bastante sofrível. Claro está que lá tivemos um golito anulado ao Cardozo por fora-de-jogo inexistente, mas um enorme disparate do Maxi (fintar em zona proibida!) quase valia o empate se não fosse o grande Luisão a interceptar o remate. Em termos de oportunidades de golo, não construímos o número habitual e devemos ter acabado o jogo com tantos remates como o adversário.
Em termos individuais, o destaque vai obviamente para o Rodrigo pelos dois golos. O Matic não esteve ao seu nível habitual, o que quer dizer que fez uma boa exibição… ;-) Durante aqueles primeiros 30’ destacou-se igualmente o Gaitán. Todos os outros estiveram em plano bastante sofrível, mas o Artur lá sofreu mais um golo sem praticamente ter tocado na bola.
Como se costuma dizer, o mais importante é o resultado (e é), mas os srs. jogadores do Benfica têm que se mentalizar que um 2-0 aos 13’ não é sinónimo de que o jogo esteja ganho (o Jesus veio dizer que alguns deixaram de correr). Bem vistas as coisas, o Olhanense só teve duas oportunidades: o golo e a tal intercepção do Luisão, mas mesmo assim deveríamos ter evitado colocar-nos nessa situação e ter um sofrimento desnecessário naqueles minutos finais. Agora, é virar agulhas para a Champions e aproveitar esta oportunidade para carimbar já o passaporte para os oitavos-de-final.
domingo, outubro 23, 2011
Devagarinho
Vencemos o Beira-Mar em Aveiro (1-0) e continuamos na frente do campeonato. Um golo do Cardozo depois de um erro monumental do guarda-redes Rui Rêgo bastou para fazer o resultado, mas a nossa exibição deixou muito a desejar. É verdade que o adversário criou muito pouco perigo (por alguma razão tem apenas três golos na Liga e todos marcados num só jogo), mas estes jogos com vantagem mínima tiram-me sempre anos de vida.
O Jesus veio falar no final do cansaço de Basileia, mas sinceramente é algo que me custa a entender, especialmente porque do meio-campo para a frente só o Witsel e Bruno César jogaram os 90’ na 3ª feira. Os outros quatro ficaram no banco e só dois entraram (Cardozo e Nolito). Portanto, não percebo muito bem como é que a equipa poderia estar cansada. Até entrámos bem na partida, com alguma dinâmica, mas rapidamente se esfumou. Não éramos rápidos nas transições, nem no último terço do campo e o Beira-Mar provou por que é a equipa menos batida do campeonato, só com dois golos sofridos. Depois daqueles primeiros minutos, o jogo tornou-se bastante lento e previsível, até que aos 42’ o guarda-redes falhou um pontapé e o Cardozo cabeceou para a baliza deserta. Foi um golo muito importante, porque nos permitia tranquilizar e era fundamental que fôssemos para o intervalo em vantagem.
A 2ª parte foi pior que a 1ª, em que mesmo assim ainda criámos uma ou outra oportunidade, e a nossa exibição foi piorando, porque cada vez estávamos menos velozes. Vá lá que em termos defensivos não tenhamos estado mal, se bem que o Matic não é, nem de longe nem de perto, o Javi García. O Jesus ainda tentou mudar as coisas, fazendo entrar o Aimar e Gaitán, mas também não era a noite deles. Um fora-de-jogo descarado e não assinalado resultou na grande oportunidade do Beira-Mar, mas para não variar lá estava o Artur a resolver. O Cardozo teve uma boa chance para marcar, mas andou à procura do pé esquerdo e deixou que a defesa se recompusesse. Até final, ainda me enervei com alguns livres perigosos desnecessariamente consentidos, mas felizmente que não resultaram em nada.
Em termos individuais, o Witsel foi o melhor em campo, pelo que fez especialmente na 1ª parte. O Cardozo também jogou bem, fartou-se de ganhar bolas de cabeça, e no golo revelou muita concentração. Os centrais (Luisão e Garay) estiveram globalmente seguros e o Artur voltou a ser fundamental, apesar do pouco trabalho que teve. Ao invés, o Matic continua a não me convencer e o Saviola persiste em falhar passes muito simples. O Bruno César está em boa forma e melhor que o Nolito nesta altura. O Rúben Amorim substituiu o lesionado Maxi Pereira e, apesar de não ser a mesma coisa, não esteve mal. Menos bem esteve igualmente o Emerson, que depois de grandes exibições na Europa, já não é a 1ª vez que faz jogos internos fracos.
Costuma dizer-se que são nestes jogos que se ganham campeonatos, especialmente quando não se joga nada bem, mas se vence na mesma. Eu olho para eles como partidas que se esquecem rapidamente se vencemos e não nos perdoamos se isso não acontece. Felizmente, verificou-se a primeira hipótese. Mas tenho sempre esperança que consigamos tirar ilações para o futuro e não deixemos que apenas um golo de vantagem decida um jogo como este, em que a nossa superioridade é muitíssimo evidente. São três pontos muito importantes e é isso que afinal conta, mas eu acabei esta partida tão cansado como se tivesse estado em campo.
O Jesus veio falar no final do cansaço de Basileia, mas sinceramente é algo que me custa a entender, especialmente porque do meio-campo para a frente só o Witsel e Bruno César jogaram os 90’ na 3ª feira. Os outros quatro ficaram no banco e só dois entraram (Cardozo e Nolito). Portanto, não percebo muito bem como é que a equipa poderia estar cansada. Até entrámos bem na partida, com alguma dinâmica, mas rapidamente se esfumou. Não éramos rápidos nas transições, nem no último terço do campo e o Beira-Mar provou por que é a equipa menos batida do campeonato, só com dois golos sofridos. Depois daqueles primeiros minutos, o jogo tornou-se bastante lento e previsível, até que aos 42’ o guarda-redes falhou um pontapé e o Cardozo cabeceou para a baliza deserta. Foi um golo muito importante, porque nos permitia tranquilizar e era fundamental que fôssemos para o intervalo em vantagem.
A 2ª parte foi pior que a 1ª, em que mesmo assim ainda criámos uma ou outra oportunidade, e a nossa exibição foi piorando, porque cada vez estávamos menos velozes. Vá lá que em termos defensivos não tenhamos estado mal, se bem que o Matic não é, nem de longe nem de perto, o Javi García. O Jesus ainda tentou mudar as coisas, fazendo entrar o Aimar e Gaitán, mas também não era a noite deles. Um fora-de-jogo descarado e não assinalado resultou na grande oportunidade do Beira-Mar, mas para não variar lá estava o Artur a resolver. O Cardozo teve uma boa chance para marcar, mas andou à procura do pé esquerdo e deixou que a defesa se recompusesse. Até final, ainda me enervei com alguns livres perigosos desnecessariamente consentidos, mas felizmente que não resultaram em nada.
Em termos individuais, o Witsel foi o melhor em campo, pelo que fez especialmente na 1ª parte. O Cardozo também jogou bem, fartou-se de ganhar bolas de cabeça, e no golo revelou muita concentração. Os centrais (Luisão e Garay) estiveram globalmente seguros e o Artur voltou a ser fundamental, apesar do pouco trabalho que teve. Ao invés, o Matic continua a não me convencer e o Saviola persiste em falhar passes muito simples. O Bruno César está em boa forma e melhor que o Nolito nesta altura. O Rúben Amorim substituiu o lesionado Maxi Pereira e, apesar de não ser a mesma coisa, não esteve mal. Menos bem esteve igualmente o Emerson, que depois de grandes exibições na Europa, já não é a 1ª vez que faz jogos internos fracos.
Costuma dizer-se que são nestes jogos que se ganham campeonatos, especialmente quando não se joga nada bem, mas se vence na mesma. Eu olho para eles como partidas que se esquecem rapidamente se vencemos e não nos perdoamos se isso não acontece. Felizmente, verificou-se a primeira hipótese. Mas tenho sempre esperança que consigamos tirar ilações para o futuro e não deixemos que apenas um golo de vantagem decida um jogo como este, em que a nossa superioridade é muitíssimo evidente. São três pontos muito importantes e é isso que afinal conta, mas eu acabei esta partida tão cansado como se tivesse estado em campo.
quarta-feira, outubro 19, 2011
Personalidade
Uma categórica exibição fez-nos derrotar o Basileia na Suíça (2-0) e conseguir uma importante vantagem na corrida para a qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Qualquer semelhança com a equipa que no ano passado perdeu os três jogos fora de casa e teve 0-7 em golos é pura coincidência. Agora sabemos controlar os diferentes ritmos do jogo, impor ou tirar velocidade quando é preciso, enfim, estamos adultos esta época.
O Jorge Jesus reservou uma enorme surpresa que foi a inclusão do Rodrigo e a colocação do Cardozo no banco. Fiquei muito céptico com esta opção, mas embora o Rodrigo não tenha estado mal (até teve participação directa no 1º golo), o Tacuara quando entrou marcou logo. Conseguimos controlar bem o jogo e na 1ª parte foram nossas as melhores situações de golo. Marcámos relativamente cedo, aos 20’, numa óptima jogada colectiva concretizada pelo Bruno César, que raramente falha quando está frente-a-frente com o guarda-redes. Na defesa, o Artur fez duas ou três intervenções que seguraram o resultado e os centrais estiveram imperiais. Até poderíamos ter chegado ao intervalo com uma vantagem maior, mas o Gaitán não conseguiu concretizar em dois lances em que poderia ter feito melhor.
Na 2ª parte, o Basileia ainda criou menos perigo do que na 1ª. Claro que uma vantagem mínima é sempre perigosa e foi com satisfação que vi o Benfica a tentar aumentá-la. Depois de o Artur ter feito uma mancha fundamental que evitou o empate, o Cardozo que entretanto tinha entrado aproveitou um livre perto da área aos 75’ para dar a machadada final na partida. Grande golo do tal que não presta, porque “é lento”…! Até final, aconteceram duas coisas muito dispensáveis: o 2º amarelo ao Emerson (cá está a razão pela qual deixar o Capdevila fora da lista foi um erro logo no início) e a expulsão do Jesus por protestos. Aliás, o húngaro Viktor Kassai esteve bastante caseiro e não gostei nada da arbitragem. Outras duas coisas que espero não tenham repercussões no futuro são as lesões do Maxi Pereira (teve que ser substituído pelo Miguel Vítor) e a do Gaitán, que acabou o jogo de rastos.
Em termos individuais, o Bruno César merece destaque por ter marcado mais um golo, o Gaitán enquanto teve pernas foi dos mais desequilibradores, o Luisão e Garay estiveram irrepreensíveis, o Artur é um rei e o Witsel tem classe que não acaba. Em geral, toda a equipa esteve bastante bem, inclusive o Emerson que, se tivesse evitado a expulsão, teria sido igualmente dos melhores. Ah, e o Cardozo é o maior!
Com dois jogos em casa na 2ª volta, seria um escândalo se não nos apurássemos para a fase seguinte. Concentremo-nos na recepção ao Basileia, mas acho que temos que nos capacitar que podemos lutar pelo 1º lugar do grupo. Estamos dois pontos à frente do Manchester United e, se tudo correr normalmente, um empate em Old Trafford bastará para conseguir esse desiderato. É que ficar em 1º ou 2º pode significar a diferença entre o CSKA Moscovo ou o Barcelona…
O Jorge Jesus reservou uma enorme surpresa que foi a inclusão do Rodrigo e a colocação do Cardozo no banco. Fiquei muito céptico com esta opção, mas embora o Rodrigo não tenha estado mal (até teve participação directa no 1º golo), o Tacuara quando entrou marcou logo. Conseguimos controlar bem o jogo e na 1ª parte foram nossas as melhores situações de golo. Marcámos relativamente cedo, aos 20’, numa óptima jogada colectiva concretizada pelo Bruno César, que raramente falha quando está frente-a-frente com o guarda-redes. Na defesa, o Artur fez duas ou três intervenções que seguraram o resultado e os centrais estiveram imperiais. Até poderíamos ter chegado ao intervalo com uma vantagem maior, mas o Gaitán não conseguiu concretizar em dois lances em que poderia ter feito melhor.
Na 2ª parte, o Basileia ainda criou menos perigo do que na 1ª. Claro que uma vantagem mínima é sempre perigosa e foi com satisfação que vi o Benfica a tentar aumentá-la. Depois de o Artur ter feito uma mancha fundamental que evitou o empate, o Cardozo que entretanto tinha entrado aproveitou um livre perto da área aos 75’ para dar a machadada final na partida. Grande golo do tal que não presta, porque “é lento”…! Até final, aconteceram duas coisas muito dispensáveis: o 2º amarelo ao Emerson (cá está a razão pela qual deixar o Capdevila fora da lista foi um erro logo no início) e a expulsão do Jesus por protestos. Aliás, o húngaro Viktor Kassai esteve bastante caseiro e não gostei nada da arbitragem. Outras duas coisas que espero não tenham repercussões no futuro são as lesões do Maxi Pereira (teve que ser substituído pelo Miguel Vítor) e a do Gaitán, que acabou o jogo de rastos.
Em termos individuais, o Bruno César merece destaque por ter marcado mais um golo, o Gaitán enquanto teve pernas foi dos mais desequilibradores, o Luisão e Garay estiveram irrepreensíveis, o Artur é um rei e o Witsel tem classe que não acaba. Em geral, toda a equipa esteve bastante bem, inclusive o Emerson que, se tivesse evitado a expulsão, teria sido igualmente dos melhores. Ah, e o Cardozo é o maior!
Com dois jogos em casa na 2ª volta, seria um escândalo se não nos apurássemos para a fase seguinte. Concentremo-nos na recepção ao Basileia, mas acho que temos que nos capacitar que podemos lutar pelo 1º lugar do grupo. Estamos dois pontos à frente do Manchester United e, se tudo correr normalmente, um empate em Old Trafford bastará para conseguir esse desiderato. É que ficar em 1º ou 2º pode significar a diferença entre o CSKA Moscovo ou o Barcelona…
sábado, outubro 15, 2011
Tranquilo
Vencemos em Portimão (2-0) e passámos à próxima eliminatória da Taça de Portugal. Foi um jogo de sentido único, em que o Portimonense se limitou a defender e o resultado peca por escasso. Apesar de só termos marcado na 2ª parte, a nossa vitória nunca esteve em causa.
Alinhámos com uma equipa maioritariamente de segundas linhas, com excepção do Luisão, Garay, Nolito e Bruno César. A 1ª parte foi complicada, porque o Portimonense não passava (literalmente) do meio-campo e tivemos muito pouco espaço para desenvolver o nosso futebol. Um remate cruzado do Nélson Oliveira e uma bola ao poste do Capdevila num livre foram os nossos melhores lances. Não utilizámos muita velocidade e as oportunidades foram escassas.
Na 2ª parte, entrou o Saviola e pouco depois o Witsel, e aos 59’ colocámo-nos finalmente em vantagem pelo Bruno César num livre directo, em que foi visível a sua concentração antes do remate. As coisas tornaram-se mais fáceis, já que os dois autocarros do Portimonense teriam finalmente de ser desfeitos e foi com naturalidade que aumentámos o marcador aos 72’ numa excelente abertura do Bruno César para um bom golo do Rodrigo isolado perante o guarda-redes. O triunfo estava seguro e até final ainda poderíamos ter marcado mais golos, mas a equipa baixou o ritmo para controlar a partida e começou já a pensar na Suíça.
Em termos individuais, o melhor em campo foi indiscutivelmente o Bruno César, com um golo e uma assistência. Também gostei bastante do Miguel Vítor, mesmo actuando a defesa-direito, ou seja, fora da sua posição habitual, e do Rodrigo que melhorou imenso na 2ª parte depois de uma 1ª mais fraca. O Saviola e o Witsel acrescentaram naturalmente qualidade à equipa, porque em alguns jogadores notou-se a falta de ritmo de jogo (nomeadamente no Capdevila, David Simão e Nélson Oliveira).
Obstáculo ultrapassado está na altura de nos concentrarmos no jogo frente o Basileia, em que uma vitória nos lançará definitivamente no caminho da qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Quanto à Taça de Portugal, o plantel demonstrou que leva a competição a sério e ainda bem, porque estou com muitas saudades de voltar ao Jamor.
Alinhámos com uma equipa maioritariamente de segundas linhas, com excepção do Luisão, Garay, Nolito e Bruno César. A 1ª parte foi complicada, porque o Portimonense não passava (literalmente) do meio-campo e tivemos muito pouco espaço para desenvolver o nosso futebol. Um remate cruzado do Nélson Oliveira e uma bola ao poste do Capdevila num livre foram os nossos melhores lances. Não utilizámos muita velocidade e as oportunidades foram escassas.
Na 2ª parte, entrou o Saviola e pouco depois o Witsel, e aos 59’ colocámo-nos finalmente em vantagem pelo Bruno César num livre directo, em que foi visível a sua concentração antes do remate. As coisas tornaram-se mais fáceis, já que os dois autocarros do Portimonense teriam finalmente de ser desfeitos e foi com naturalidade que aumentámos o marcador aos 72’ numa excelente abertura do Bruno César para um bom golo do Rodrigo isolado perante o guarda-redes. O triunfo estava seguro e até final ainda poderíamos ter marcado mais golos, mas a equipa baixou o ritmo para controlar a partida e começou já a pensar na Suíça.
Em termos individuais, o melhor em campo foi indiscutivelmente o Bruno César, com um golo e uma assistência. Também gostei bastante do Miguel Vítor, mesmo actuando a defesa-direito, ou seja, fora da sua posição habitual, e do Rodrigo que melhorou imenso na 2ª parte depois de uma 1ª mais fraca. O Saviola e o Witsel acrescentaram naturalmente qualidade à equipa, porque em alguns jogadores notou-se a falta de ritmo de jogo (nomeadamente no Capdevila, David Simão e Nélson Oliveira).
Obstáculo ultrapassado está na altura de nos concentrarmos no jogo frente o Basileia, em que uma vitória nos lançará definitivamente no caminho da qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Quanto à Taça de Portugal, o plantel demonstrou que leva a competição a sério e ainda bem, porque estou com muitas saudades de voltar ao Jamor.
quarta-feira, outubro 12, 2011
Dinamarca - 2 - Portugal - 1
Perdemos em Copenhaga e, com a vitória da Suécia frente à Holanda, teremos de ir ao play-off para nos qualificarmos para o Euro 2012. Foi uma exibição muito pobre da selecção nacional e a vitória dos dinamarqueses só peca por defeito.
Num jogo decisivo, não se percebe a apatia com que os jogadores entraram em campo. Muita lentidão nos processos, pouca vontade, reduzida velocidade, foi tudo muito mau. Este era inequivocamente o jogo oficial mais difícil desde que o Paulo Bento assumiu o comando da selecção e foi de longe a nossa pior exibição. Mas também há que ter noção de que o Pepe e o Coentrão estavam lesionados (aquele Rolando tem que ir para avançado, pois esteve em quatro dos cinco golos sofridos por Portugal nestes dois jogos…), o Bosingwa tem que voltar rapidamente (o seu estranho afastamento é a única coisa que eu recrimino ao Paulo Bento), já que o João Pereira é muito mediano, e o Hugo Almeida também acaba por fazer falta, especialmente dada a inoperância do Postiga. Junte-se a isto um jogo péssimo do Cristiano Ronaldo (salvou-se o livre que deu o nosso golo) e um Nani muito esforçado, mas pouco desequilibrador, e temos uma selecção que quase não cria perigo nenhum. Para ajudar à festa, o Moutinho é outro que mal se vê em campo, o Carlos Martins melhorou ligeiramente na 2ª parte e o Raul Meireles correu bastante, mas andou igualmente perdido. O Rui Patrício acabou por ser o menos mau da equipa.
Enfim, é esquecer rapidamente esta desilusão, mas também depois do início horripilante da qualificação conseguirmos ir aos play-offs até nem é nada mau. Sendo cabeças-de-série pode calhar-nos aIrlanda Turquia (correcção feita pela própria Uefa), Bósnia, Montenegro ou Estónia. As duas últimas serão teoricamente mais fáceis que as duas primeiras, mas de qualquer maneira será um escândalo se não nos apurarmos.
Num jogo decisivo, não se percebe a apatia com que os jogadores entraram em campo. Muita lentidão nos processos, pouca vontade, reduzida velocidade, foi tudo muito mau. Este era inequivocamente o jogo oficial mais difícil desde que o Paulo Bento assumiu o comando da selecção e foi de longe a nossa pior exibição. Mas também há que ter noção de que o Pepe e o Coentrão estavam lesionados (aquele Rolando tem que ir para avançado, pois esteve em quatro dos cinco golos sofridos por Portugal nestes dois jogos…), o Bosingwa tem que voltar rapidamente (o seu estranho afastamento é a única coisa que eu recrimino ao Paulo Bento), já que o João Pereira é muito mediano, e o Hugo Almeida também acaba por fazer falta, especialmente dada a inoperância do Postiga. Junte-se a isto um jogo péssimo do Cristiano Ronaldo (salvou-se o livre que deu o nosso golo) e um Nani muito esforçado, mas pouco desequilibrador, e temos uma selecção que quase não cria perigo nenhum. Para ajudar à festa, o Moutinho é outro que mal se vê em campo, o Carlos Martins melhorou ligeiramente na 2ª parte e o Raul Meireles correu bastante, mas andou igualmente perdido. O Rui Patrício acabou por ser o menos mau da equipa.
Enfim, é esquecer rapidamente esta desilusão, mas também depois do início horripilante da qualificação conseguirmos ir aos play-offs até nem é nada mau. Sendo cabeças-de-série pode calhar-nos a
sábado, outubro 08, 2011
Portugal - 5 - Islândia - 3
Vencemos a Islândia e estamos a um ponto de sermos os primeiros classificados no grupo e de nos qualificarmos para o Europeu de 2012. Foi conseguido o mais importante, mas não deixa de ser preocupante que tenhamos sofrido três golos perante uma selecção que ainda não tinha marcado fora de casa!
Fomos muito penalizados pelas ausências (especialmente o Pepe e o Fábio Coentrão) e no jogo aéreo fomos sistematicamente batidos. Se jogarmos assim em Copenhaga, estamos bem lixados. Chegámos ao intervalo a ganhar por 3-0 (dois golos do Nani e um do Hélder Postiga) e pensou-se que o resultado estaria feito, apesar de a Islândia ter entrado no jogo bem melhor do que nós. Na 2ª parte, o Cristiano Ronaldo atirou à barra, mas sofremos dois golos inexplicáveis que lançaram a incerteza na partida. Um forcing final devolveu-nos os três golos de diferença (Moutinho e Eliseu), mas o Rolando ainda teve tempo para oferecer um penalty que fez o resultado.
Em termos individuais, o Nani destacou-se por ter marcado dois golos e o Eliseu por ter marcado um e ter feito assistências para mais dois. O Carlos Martins fez uma boa 1ª parte. Negativamente, o foco vira-se inteirinho para o Rolando que conseguiu a proeza de estar nos três(!) golos sofridos. Aliás, em termos defensivos, a exibição esteve muito longe de ser brilhante e demos muito espaço ao adversário. Mas o que valeu foi que não estivemos mal na altura de colocar a bola da baliza. De qualquer maneira, há muito para corrigir na defesa para a próxima 3ª feira.
E, pronto, quando o Paulo Bento entrou a coisa estava muito preta e agora só precisamos de um ponto para conseguir o objectivo. Mérito total para ele. As coisas geralmente resultam melhor quando se tem um treinador no banco, algo que a selecção já não tinha há três anos.
Fomos muito penalizados pelas ausências (especialmente o Pepe e o Fábio Coentrão) e no jogo aéreo fomos sistematicamente batidos. Se jogarmos assim em Copenhaga, estamos bem lixados. Chegámos ao intervalo a ganhar por 3-0 (dois golos do Nani e um do Hélder Postiga) e pensou-se que o resultado estaria feito, apesar de a Islândia ter entrado no jogo bem melhor do que nós. Na 2ª parte, o Cristiano Ronaldo atirou à barra, mas sofremos dois golos inexplicáveis que lançaram a incerteza na partida. Um forcing final devolveu-nos os três golos de diferença (Moutinho e Eliseu), mas o Rolando ainda teve tempo para oferecer um penalty que fez o resultado.
Em termos individuais, o Nani destacou-se por ter marcado dois golos e o Eliseu por ter marcado um e ter feito assistências para mais dois. O Carlos Martins fez uma boa 1ª parte. Negativamente, o foco vira-se inteirinho para o Rolando que conseguiu a proeza de estar nos três(!) golos sofridos. Aliás, em termos defensivos, a exibição esteve muito longe de ser brilhante e demos muito espaço ao adversário. Mas o que valeu foi que não estivemos mal na altura de colocar a bola da baliza. De qualquer maneira, há muito para corrigir na defesa para a próxima 3ª feira.
E, pronto, quando o Paulo Bento entrou a coisa estava muito preta e agora só precisamos de um ponto para conseguir o objectivo. Mérito total para ele. As coisas geralmente resultam melhor quando se tem um treinador no banco, algo que a selecção já não tinha há três anos.
domingo, outubro 02, 2011
Espectáculo
Vencemos o Paços Ferreira por 4-1 e continuamos na liderança do campeonato. Fizemos uma boa exibição e a justiça da nossa vitória é inquestionável. Estamos inquestionavelmente numa boa fase e esperemos que esta paragem no campeonato não nos faça mal.
Entrámos muito bem na partida e o Sr. Bruno Esteves fez-nos a cortesia de anular um golo limpo do Cardozo por inexistente fora-de-jogo. Continuámos a criar oportunidades e chegámos à vantagem de forma meio acrobática pelo Saviola aos 22’, depois de uma assistência de cabeça do Tacuara. O Paços Ferreira não criava perigo nenhum e nós aumentámos o marcador aos 43’ novamente pelo Conejo na sequência de um canto do Bruno César. No último lance da 1ª parte, o Aimar isolou-se, mas um defesa do Paços desarmou-o já na área. No estádio pareceu-me uma jogada legal, mas ao ver na TV já não tenho assim tanta certeza. O jogo parecia resolvido, mas a 2ª parte trar-nos-ia algumas surpresas.
Voltámos a entrar muito fortes e não deixámos o adversário respirar nos primeiros minutos da 2ª parte. Há um lance em que me pareceu claro que o Matic é praticamente montado por um adversário, que se encavalita nele em plena área, mas o Sr. Bruno Esteves mais uma vez decidiu contra nós. Ao invés, no lado contrário foi muito lesto a marcar um penalty contra nós por derrube do Luisão. O 2-1 foi feito aos 51’ e pouco depois foi o Artur a safar-nos de uma inesperada igualdade, ao defender com o corpo uma cabeçada do Melgarejo (bons pormenores do nosso emprestado ao Paços) à queima-roupa. O guarda-redes adversário, Cássio, continuava a abrir o livro na 2ª parte e fartou-se de defender (remates do Cardozo, Saviola e Emerson), mas quando o Luisão lhe surgiu isolado pela frente aos 65’ não pode fazer nada. Golo de cabeça do capitão na sequência de um livre do Aimar. Logo no minuto seguinte, o Nolito, que entretanto tinha entrado para o lugar do Bruno César, acabou de vez com a partida ao fazer o 4-1. Até final, baixámos o ritmo e o espectáculo veio das bancadas com os No Name Boys a puxar pelo público e um cântico colectivo que durou os últimos 15’. Foi um momento fantástico na Catedral!
Em termos individuais, o destaque vai obviamente para o Saviola que com dois golos regressou às grandes exibições e ainda viu o Cássio negar-lhe outros tantos. O Aimar justifica a cada jogo o que escrevi aqui. O Gaitán também mantém a sua boa forma e o Cardozo não esteve mal, fez uma assistência para golo, mas poderia ter marcado num lance em que preferiu ficar a reclamar um penalty (que até pode ter existido, mas nunca se vira as costas a um remate à vontade que muito provavelmente daria golo). O Artur foi fundamental para a vitória, ao fazer uma defesa fabulosa naquele tal lance que poderia ter dado a igualdade.
Esperamos agora para ver o que fazem CRAC e Braga, mas estamos a demonstrar uma consistência exibicional e uma segurança que não tínhamos no ano passado. Mesmo sofrendo golos em quase todos os jogos, algo que temos decididamente que melhorar. Vamos descansar, ver se a selecção se qualifica para o Euro 2012 e depois temos a ida a Portimão para a Taça de Portugal. E atenção que todos nós estamos com muita vontade de voltar ao Jamor.
Entrámos muito bem na partida e o Sr. Bruno Esteves fez-nos a cortesia de anular um golo limpo do Cardozo por inexistente fora-de-jogo. Continuámos a criar oportunidades e chegámos à vantagem de forma meio acrobática pelo Saviola aos 22’, depois de uma assistência de cabeça do Tacuara. O Paços Ferreira não criava perigo nenhum e nós aumentámos o marcador aos 43’ novamente pelo Conejo na sequência de um canto do Bruno César. No último lance da 1ª parte, o Aimar isolou-se, mas um defesa do Paços desarmou-o já na área. No estádio pareceu-me uma jogada legal, mas ao ver na TV já não tenho assim tanta certeza. O jogo parecia resolvido, mas a 2ª parte trar-nos-ia algumas surpresas.
Voltámos a entrar muito fortes e não deixámos o adversário respirar nos primeiros minutos da 2ª parte. Há um lance em que me pareceu claro que o Matic é praticamente montado por um adversário, que se encavalita nele em plena área, mas o Sr. Bruno Esteves mais uma vez decidiu contra nós. Ao invés, no lado contrário foi muito lesto a marcar um penalty contra nós por derrube do Luisão. O 2-1 foi feito aos 51’ e pouco depois foi o Artur a safar-nos de uma inesperada igualdade, ao defender com o corpo uma cabeçada do Melgarejo (bons pormenores do nosso emprestado ao Paços) à queima-roupa. O guarda-redes adversário, Cássio, continuava a abrir o livro na 2ª parte e fartou-se de defender (remates do Cardozo, Saviola e Emerson), mas quando o Luisão lhe surgiu isolado pela frente aos 65’ não pode fazer nada. Golo de cabeça do capitão na sequência de um livre do Aimar. Logo no minuto seguinte, o Nolito, que entretanto tinha entrado para o lugar do Bruno César, acabou de vez com a partida ao fazer o 4-1. Até final, baixámos o ritmo e o espectáculo veio das bancadas com os No Name Boys a puxar pelo público e um cântico colectivo que durou os últimos 15’. Foi um momento fantástico na Catedral!
Em termos individuais, o destaque vai obviamente para o Saviola que com dois golos regressou às grandes exibições e ainda viu o Cássio negar-lhe outros tantos. O Aimar justifica a cada jogo o que escrevi aqui. O Gaitán também mantém a sua boa forma e o Cardozo não esteve mal, fez uma assistência para golo, mas poderia ter marcado num lance em que preferiu ficar a reclamar um penalty (que até pode ter existido, mas nunca se vira as costas a um remate à vontade que muito provavelmente daria golo). O Artur foi fundamental para a vitória, ao fazer uma defesa fabulosa naquele tal lance que poderia ter dado a igualdade.
Esperamos agora para ver o que fazem CRAC e Braga, mas estamos a demonstrar uma consistência exibicional e uma segurança que não tínhamos no ano passado. Mesmo sofrendo golos em quase todos os jogos, algo que temos decididamente que melhorar. Vamos descansar, ver se a selecção se qualifica para o Euro 2012 e depois temos a ida a Portimão para a Taça de Portugal. E atenção que todos nós estamos com muita vontade de voltar ao Jamor.
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