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quinta-feira, setembro 29, 2011

quarta-feira, setembro 28, 2011

Serviços mínimos

Um golo do Bruno César permitiu-nos derrotar o Otelul Galati e conseguir uma infelizmente pouco habitual vitória fora na fase de grupos da Liga dos Campeões. A nossa superioridade foi evidente durante todo o jogo e o resultado peca por muito escasso.

Desde o início da partida que tomámos conta da mesma. Sejamos honestos, pelo que mostrou hoje, o Otelul Galati está ao nível de um V. Setúbal (sem ofensa). Por isso mesmo, o empate seria sempre um mau resultado, tal como o é no Bonfim. Contra as equipas teoricamente mais fracas dos grupos (vindas do pote 4), o objectivo tem que ser sempre conquistar seis pontos (a não ser que haja excepções tipo o Dortmund ou o Nápoles) para ter meio caminho andado para a qualificação. Entrámos com essa mentalidade e ainda bem, só que fomos demasiado perdulários e nem sempre estivemos eficazes no último passe. Remates do Witsel, Bruno César e Saviola criaram perigo, antes de o Gaitán abrir o livro com uma abertura fenomenal para o Bruno César fazer o resultado da partida aos 40’. Era importante ir para o intervalo a vencer, esperar que o Otelul Galati abrisse um bocado a muralha defensiva na 2ª parte e tentar aumentar a vantagem com mais espaços.

Só que infelizmente isso não aconteceu. Continuámos donos e senhores da partida, os romenos raramente conseguiram criar perigo, mas não demos o golpe de misericórdia. E, já se sabe, que quando isso não acontece estamos sujeitos a algum dissabor num lance fortuito. Por isso, é que eu detesto este tipo de jogos em que maioritariamente “controlamos a partida”. “Controlar”, sim, mas com pelo menos dois golos de vantagem, sff! São já muitos anos a ver bola e lembro-me bem de “n” jogos que empatámos assim, depois de sermos superiores durante quase toda a partida. E não havia mesmo necessidade de sofrermos um bocado durante os minutos finais. Um pouco mais de concentração no último passe ou na finalização e teríamos ganho nas calmas. Assim, teve que ser o Artur a safar-nos no último minuto e termos tido a sorte de a recarga ter saído ao lado. Teria sido um péssimo resultado, ainda para mais com o empate do Basileia em Manchester.

Destaque individual para o Bruno César, pelo golo que marcou, para o Gaitán, pela abertura e toques de classe durante quase toda a partida, para o Luisão, por ter sido mais uma vez o patrão da defesa e se ter tornado no jogador do Benfica com mais presenças na Europa, e para o Cardozo, por se ter farto de ganhar bolas nas alturas e ter feito três ou quatro passes de ruptura a desmarcar os colegas. Boa 1ª parte do Witsel e muita atenção do Artur nas poucas vezes em que foi solicitado.

Estamos em 1º lugar no nosso grupo em igualdade pontual com o Basileia. O Jesus disse que preferia uma vitória do Manchester, mas este resultado dá-nos algumas hipóteses de lutar pelo 1º lugar. Se, por acaso, ganharmos os dois jogos aos suíços, iremos de certeza a Old Trafford à frente do grupo e, se não perdermos aí, teremos grandes possibilidades de terminar na frente. Mas não nos adiantemos ao calendário: para já, iremos ter um duplo confronto com o Basileia, em que quatro pontos praticamente nos darão a qualificação. No entanto, e para já, pensemos é em ganhar ao Paços de Ferreira no próximo Sábado.

sexta-feira, setembro 23, 2011

Soube a pouco

Empatámos em casa do CRAC (2-2), o que, dado o historial dos nossos jogos naquele antro, acaba por ser um resultado agradável. Teria assinado de cruz se alguém me propusesse este resultado antes de a partida começar, mas no final do jogo fiquei com a sensação que poderíamos ter feito melhor. Se tivéssemos jogado para ganhar, provavelmente tê-lo-íamos conseguido.

A 1ª parte foi muito má da nossa parte. Muito lentos nas transições, praticamente não criámos perigo e demos sempre a sensação de estar a jogar para o empate. O CRAC também não teve assim tantas oportunidades (um remate do Hulk e uma grande defesa do Artur a remate isolado do Fucile), mas marcou aos 37’ pelo Kléber na sequência de um livre escusado do Maxi Pereira.

Na 2ª parte, não poderíamos ter entrado melhor, porque fizemos a igualdade logo aos 47’. Boa jogada de insistência do Nolito e assistência para o Cardozo, que protegeu bem a bola do defesa e do Hélton, e rematou por debaixo do corpo deste. Só que novo erro infantil custou-nos a desvantagem três minutos depois. Canto curto do CRAC, centro rasteiro para a área, a nossa defesa toda a dormir e golo do Otamendi. Nem queria acreditar que, depois de termos empatado, consentíssemos um golo desta maneira! O CRAC praticamente morreu aí. Pouco mais fez até final da partida e ainda estávamos no minuto 50. Nós tivemos uma grande oportunidade dez minutos depois, na sequência de um dos poucos lances em que fizemos uma transição rápida para o ataque, mas o Cardozo isolado rematou contra o pé do Hélton. Aos 69’, o Jesus colocou o Bruno César e o Saviola, e a nossa superioridade continuou a ser vincada. Chegámos finalmente ao empate aos 82’ através do Gaitán, depois de uma assistência fabulosa do Saviola e também de dois bons toques do Cardozo. Até final nada mais de relevante se passou e foi pena que não tivéssemos aproveitado melhor o último esforço atacante do CRAC, porque tivemos uma ou outra possibilidade de sair com perigo para o ataque.

Em termos individuais, o Cardozo merece realce, porque marcou um golo (lá se vai a crítica de nunca ter marcado em casa do CRAC…) e esteve presente noutro. O Gaitán continua a decidir os momentos em que deve ou não correr, mas quando o faz ninguém o apanha. E marcou um golão! O Nolito também não esteve mal, embora mais discreto que o seu colega extremo. O Luisão foi um patrão durante quase o jogo todo e só foi pena ter ficado a dormir, como toda a defesa, no 2-1. O Artur fez um par de boas defesas e apenas não gostei da perna esticada perante o Guarín. O Saviola entrou muito bem na partida e foi preponderante na assistência para o Gaitán. O Emerson esteve regular, o que, apanhando com o Hulk pela frente, se pode considerar positivo. Menos bem, e porque também tem direito, esteve o Maxi Pereira.

Não perdemos num campo em que infelizmente isso acontece com regularidade e acabámos com os 11 em campo (coisa raramente vista), mas um pouco mais de ambição, especialmente na 1ª parte, poderia ter-nos valido uma vitória. Foi pena, mas podemos já corrigir isso na 3ª feira com uma vitória na Roménia para a Liga dos Campeões.

P.S. – Apesar de alguma inclinação do campo, fez bem ao Sr. Jorge Sousa estar a ser alegadamente observado pela Uefa. E, principalmente, fez bem a quem gosta de uma arbitragem sem influência no resultado.

P.P.S. – É oficial: o Fucile é um porco nojento!

segunda-feira, setembro 19, 2011

Ex-aequo

Vencemos a Académica por 4-1 e, com o empate do CRAC na casa emprestada do Feirense, estamos agora no 1º lugar com os mesmos pontos deles. O resultado não espelha as dificuldades que sentimos, já que a Briosa apresentou bom futebol na Luz e aos 81’ estava 2-1 no marcador, no entanto, a justiça da nossa vitória é indiscutível.

O Jesus rodou (e bem), o plantel, ficando o Aimar, Javi García e Gaitán no banco e foram dois dos substitutos, Nolito e Bruno César, as grandes figuras do Benfica. A Académica entrou em campo desinibida e havia ataques de parte a parte. A 1ª parte foi bastante agradável e, depois de duas boas defesas do Peiser a remates do Cardozo e Saviola, chegámos à vantagem aos 26’ através do Chuta-Chuta, na sequência de uma grande abertura de El Conejo (a única coisa de jeito que fez no jogo todo). Pouco depois, este mesmo Saviola falhou outra óptima oportunidade de baliza aberta, com o Cardozo sozinho ao lado e, claro, como comentava com os meus colegas de bancada, teríamos de marcar pelo menos dois golos, porque um sofrido é garantido. E assim foi aos 40’, num remate fora da área em que o Artur ainda tocou na bola e acho que poderia ter feito mais para a desviar. Mas no minuto seguinte aconteceu o momento do jogo, já que o Nolito colocou-nos novamente em vantagem e nem deu tempo à Académica para saborear o empate. Era muito importante chegar ao intervalo na frente e assim aconteceu.

Na 2ª parte, a Briosa arriscou mais e passou a jogar com a linha defensiva muito subida, o que proporcionou vários ataques perigosos ao Benfica. Infelizmente, não estivemos muito inspirados especialmente no último passe, mas o que é certo é que também não permitimos muito perigo ao adversário. Aos 71’ entraram o Aimar e Gaitán, que nove minutos depois fabricaram o golo da tranquilidade, com centro do nº 20, falha do Peiser e El Mago a cabecear à vontade para a baliza deserta. Finalmente à 5ª jornada, iríamos ter 10’ de descanso com mais de um golo de vantagem até final da partida. O que ainda permitiu a estreia do Rodrigo e o bis do Nolito, depois de um excelente passe do Aimar.

Em termos individuais, salienta-se naturalmente o Nolito, com dois golos, e o Bruno César, que parece outro jogador, bastante mais rápido a executar do que no início da época (embora, já nessa, altura, eu tenha escrito que ele não enganava quanto à qualidade). O Cardozo está com mais confiança, que se nota na forma como disputa os lances, mas desta vez ficou a zeros. Ao invés, o Saviola está em nítida baixa de forma, poucas coisas lhe saem bem, mas tem o mérito de nunca se esconder do jogo. O Emerson também é outro cheio de confiança e voltou a fazer um bom jogo. Quanto ao fe(Ma)tiche do Jesus, confirma cada vez mais o que eu suspeitava: vamos ter muitas saudades do Airton… Quanto à Académica, gostei do Éder (nº 17, ponta-de-lança), bastante melhor que os seus clones
Abdoulaye (nº 21) e Pape Sow (nº 8). A sério, foi a primeira vez que vi três gémeos na mesma equipa! :-)

O Sr. Vasco Santos confirmou que é um mau árbitro, ao perdoar um penalty a cada uma das equipas (a mão do Bruno César é dentro da área, mas um remate deste é desviado por um cotovelo também ainda com 0-0 no marcador), ao usar um critério disciplinar que não se entende (o Saviola levou uma cotovelada e o adversário ficou em campo) e os fiscais-de-linha assinalaram mal vários foras-de-jogo. Uma arbitragem para esquecer.

Com o empate dos assumidamente corruptos, iremos defrontá-los em sua casa na próxima 6ª feira em igualdade pontual, o que infelizmente tem sido raro na última década. Era fundamental não deixar escapar esta escorregadela deles. Estamos a subir de forma e eles provaram que sem o Hulk não são a mesma coisa. Se arranjarmos forma de o parar, teremos boas possibilidades de ganhar.

P.S. – Outra boa notícia é o facto do James Rodríguez já ter interiorizado a cultura daquele clube e ter dado um murro a um adversário, sendo expulso e não nos defrontando. Vá lá que o Sr. Bruno Esteves, depois de ter perdoado um penalty claríssimo ao CRAC, não teve coragem de não expulsar um jogador deles perante um lance tão evidente.

quinta-feira, setembro 15, 2011

Bom resultado

No 200º jogo oficial na Nova Luz, empatámos com o Manchester United na 1ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Foi uma partida que fez jus à competição, com uma intensidade muito pouco vista no campeonato português e que agradou certamente aos 63.822 espectadores. Os ingleses têm uma equipa fabulosa, só de olhar para o banco deles dava medo (Nani, Hernández, Berbatov, Anderson, Owen), mas batemo-nos muito bem e até poderíamos, com um pouco mais de sorte, ter ganho o jogo.

O Jorge Jesus assumiu naturais cautelas e colocou o Rúben Amorim a titular em detrimento do Nolito. De resto, o esperado 4-2-3-1 com o Witsel ao lado do Javi García. A 1ª parte foi muito disputada, mas sem grandes ocasiões de golo. Houve um bom remate rasteiro do Cardozo (com o pé direito) para defesa do guarda-redes e outro do Gaitán ao lado, antes de estes mesmos dois jogadores fabricarem o 1-0. Foi aos 24’ num passe de trivela do argentino e um domínio no peito, seguido de rotação, do paraguaio a marcar um grande golo com o pé direito! Até ao intervalo, poderíamos ter feito o 2-0 num contra-ataque que o Javi García desperdiçou ao não rematar à baliza e preferir fazer um passe para o Gaitán, que acabou por ser interceptado por um defesa. Só que aos 41’ apareceu o velhote Ryan Giggs a aproveitar uma desconcentração da nossa defesa e meio-campo, que o deixaram seguir à vontade para um remate de fora da área sem hipóteses para o Artur. Um remate, um golo, é assim a eficácia das grandes equipas. Com espaço à entrada da área, não há cá remates ao lado.

Nos primeiros minutos da 2ª parte, deu a ideia que não íamos aguentar o ritmo do “Naite” (como diz o Jesus, uma variação interessante do “Manster” do Fernando Santos) que nos começou a empurrar para a nossa área. Um disparate do Emerson poderia ter dado mau resultado, mas começámos a equilibrar novamente com a entrada do Nolito para o lugar do Amorim. E foram mesmo do espanhol as duas grandes oportunidades de golo, num remate muito bem defendido pelo suplente Lindegaard (que foi titular em vez do De Gea e eles não ficaram nada a perder) e noutro lance já muito perto do final em que rematou ao lado, quando só tinha o guarda-redes pela frente. Guarda-redes esse, que fez uma óptima defesa num pontapé que é a imagem de marca do Gaitán (em arco sob a direita para o ângulo oposto da baliza). Quanto ao Naite, uma arrancada do Giggs que passou por metade da nossa defesa e só esbarrou no Artur foi praticamente o único lance de iminente golo que criaram no segundo tempo.

Em termos individuais, destaco o Cardozo, Gaitán e Luisão. O paraguaio lá continua a marcar golos “só de encostar” a “equipas fraquinhas” e o que importante é que é “muito lento e não presta”. É uma pena, de facto, que não o tenhamos trocado pelo Hugo Almeida…! O argentino irá ser a próxima grande venda do Benfica (podem escrever) e sabe bem em que jogos é que se tem que mostrar. Parece por vezes alheado da partida, mas a arrancada que fez para assistir o Nolito diz tudo. O Luisão é, naturalmente, o maior (em todos os sentidos)! O resto da equipa esteve bem e muito concentrada, merecendo também referência o Javi García e o Maxi Pereira. Apesar de não terem jogado mal, esperava que o Aimar e o Witsel tivessem sobressaído mais. Ao invés, um dos fe(Ma)tiche do Jesus continua a não me convencer nada. É bom para segurar bolas nas partes finais do jogo, mas falhou dois ou três passes que até um iniciado faria.

Conseguir um ponto perante uma equipa que esteve presente em três das últimas quatro finais da Champions é um bom resultado sob qualquer ponto de vista. Só o Giggs deve ter mais jogos na Liga dos Campeões que o nosso plantel todo somado. Foi pena que na outra partida não tivesse havido também um empate, mas o Jesus que não se ponha com histórias: sim, vão ser três equipas a lutar pelo apuramento com o Naite, mas era só o que mais faltava que não nos qualificássemos para os oitavos! Com o devido respeito, estamos a falar do Basileia e do Otelul Galati! Basta que entremos em campo com humildade e concentração, que a nossa maior valia virá inevitavelmente ao de cima. Não é preciso passar do “vamos lutar pela Champions” do ano passado para o “vamos lutar pela qualificação com o Basileia e o Otelul”. Nem 80 nem oito!

quarta-feira, setembro 14, 2011

Relembrar XXV - Noites europeias

Como já não faço um “relembrar” há quase dois anos (mea culpa, mea culpa...), aqui fica este hoje para nos inspirar para mais logo frente ao Manchester United. Como na altura era muito puto e era à noite, não fui ver este jogo frente ao Olympiacos ao vivo (mais pormenores aqui), mas ele sempre me fascinou pela recuperação que fizemos no marcador (perdemos 0-1 fora e ganhámos 3-0 na Luz), pelos três golões (sim, são todos grandes golos) e, last but not least, pela beleza das camisolas brancas e dos calções encarnados do equipamento alternativo.

Este jogo foi há quase 30 anos (época 1983/84), faz parte das minhas memórias de infância e simboliza para mim as célebres noites europeias da Luz em que, ajudado por um terceiro anel vibrante, o Benfica fazia grandes exibições e amedrontava os adversários. Que o mesmo se passe mais logo... Enjoy!

domingo, setembro 11, 2011

Mediano

Vencemos o V. Guimarães por 2-1 em mais um jogo em que tivemos que sofrer até final. Já era tempo de os jogadores do Benfica darem um bocado de descanso ao coração dos sócios e adeptos, e resolverem as partidas mais cedo. Este jogo vai dar paleio para o resto da época, porque o Sr. Duarte Gomes assinalou três penalties a nosso favor e ainda por cima em apenas 12’.

Não entrámos bem na partida e sentimos muito a falta do Aimar, que esteve no banco provavelmente a ser poupado para o Manchester na 4ª feira. Não tínhamos ninguém no meio-campo para pegar no jogo, já que os potenciais substitutos (Gaitán e Bruno César) estavam nas alas e o Witsel provou que não é um 10, o que me leva a questionar a opção de dispensar o Carlos Martins, que era o único do plantel que poderia substituir El Mago. Estava tudo mais ou menos morno, quando um defesa do V. Guimarães resolveu atropelar o Saviola. Penalty convertido em jeito pelo Cardozo, rasteiro para o lado esquerdo do guarda-redes, que nos colocou na frente aos 32’. Um minuto depois, novo penalty por braço na bola, mas desta vez o Cardozo acertou na quina da barra. A repetição na TV não é elucidativa, mas o braço do jogador está nitidamente aberto, embora pareça que a bola lhe bate na barriga. E em cima do intervalo, o terceiro penalty novamente por braço na bola, com o Cardozo a marcar exactamente como o primeiro e a fazer o 2-0. O jogador do Guimarães levanta ambos os braços quando tenta interceptar um remate do Saviola, mas mais uma vez a repetição na TV não esclarece se a bola tocou num deles antes de lhe bater na cabeça. Há que referir que, ainda antes do primeiro golo, há um penalty nítido que ficou por marcar por mão da bola do Alex depois de um centro do Emerson.

Na 2ª parte, alguns jogadores começaram a acusar o esforço dos jogos e viagens pelas selecções, mas mesmo assim tivemos dois falhanços inacreditáveis pelo Saviola e Garay. Ambos de cabeça, só com a baliza pela frente, atiraram por cima! Então, o lance do Saviola é dos mais incríveis que alguma vez vi, porque ele estava quase em cima da linha de golo. Não matámos o jogo e permitimos a redução do marcador aos 63’, num lance em que o Garay foi muito mal batido e o Artur também não está isento de culpas. Trememos um bocado, concedemos alguns livres por faltas perfeitamente idiotas nos últimos cinco minutos (um situação a rever, porque com outra equipa melhor sofreríamos um golo de certeza), mas conseguimos manter a vitória.

Em termos individuais, o Cardozo marcou dois golos de penalty, falhou um, e na 2ª parte ganhou a maior parte dos lances de cabeça. Mas estava nitidamente cansado por causa das selecções na parte final da partida, o que lhe valeu alguns assobios dos iluminados que continuam a achar que 105 golos em pouco mais de quatro épocas é irrelevante. O Javi García esteve bem na 1ª parte, mas menos vistoso na 2ª e o Emerson realizou alguns cortes providenciais. O resto da equipa esteve a um nível médio-baixo, com o Witsel a passar muito ao lado do jogo, provavelmente também ele reflexo da selecção.

É essencial que não percamos mais pontos até à visita a casa do CRAC daqui a duas jornadas e, por isso, este encontro era tão importante. Como voltamos a jogar em casa para a semana, frente à Académica, é de esperar a continuação desta senda vitoriosa. Mas, antes disso, teremos na 4ª um jogo a não perder frente ao vice-campeão europeu. O Manchester United visitará a Luz e espera-se uma grande noite europeia.

P.S. – Eu gosto imenso do Cardozo, mas ficaria mais descansado se não fosse ele a marcar os penalties. Não parece nada confiante e está a batê-los em jeito, ou seja, se o guarda-redes acertar o lado a probabilidade de os defender é grande. Felizmente que isso hoje não aconteceu, mas esta insistência nele para os penalties é mais uma das teimosias do Jesus. Especialmente, estando o Saviola em campo.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Inexplicável...


... ou como a casmurrice ainda é um posto. Some things never change…

P.S. - Sim, blá, blá, blá, "o treinador é que sabe", "temos que respeitar as opções de quem lidera", mas o homem foi titular da selecção campeã da Europa e do Mundo.

domingo, setembro 04, 2011

Enganador

Quem se limite a olhar para o resultado do Chipre – Portugal (0-4) é levado a pensar que foi uma óptima exibição da selecção nacional consubstanciada numa vitória gorda. Ora, nada mais falacioso: aos 81’ estávamos a ganhar só 1-0 e a jogar contra 10 desde os 34’, quando foi assinalado o penalty que nos deu a vantagem.

Na 1ª parte, ainda criámos duas oportunidades até ao golo, mas a 2ª foi absolutamente lamentável até ao 2-0, com muito pouca aplicação dos jogadores, convencidos que a vitória estava garantida e actuando com uma sobranceria que eu já não via há bastante tempo. Salvou-se de facto o resultado, mas espero que esta seja uma exibição para não repetir. Continuamos na liderança do grupo e deseja-se um empate no Dinamarca – Noruega da próxima 3ª feira para podermos ficar isolados no 1º lugar. Se isso acontecer, uma vitória frente à Islândia em casa (nem outra coisa é de esperar) e um empate na Dinamarca, garantir-nos-á provavelmente a qualificação directa, já que temos cinco golos de vantagem sobre a Noruega.

De qualquer maneira, é claro que temos selecção para ir também ganhar à Dinamarca. Basta só que não joguem como frente ao Chipre…