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quarta-feira, setembro 28, 2011

Serviços mínimos

Um golo do Bruno César permitiu-nos derrotar o Otelul Galati e conseguir uma infelizmente pouco habitual vitória fora na fase de grupos da Liga dos Campeões. A nossa superioridade foi evidente durante todo o jogo e o resultado peca por muito escasso.

Desde o início da partida que tomámos conta da mesma. Sejamos honestos, pelo que mostrou hoje, o Otelul Galati está ao nível de um V. Setúbal (sem ofensa). Por isso mesmo, o empate seria sempre um mau resultado, tal como o é no Bonfim. Contra as equipas teoricamente mais fracas dos grupos (vindas do pote 4), o objectivo tem que ser sempre conquistar seis pontos (a não ser que haja excepções tipo o Dortmund ou o Nápoles) para ter meio caminho andado para a qualificação. Entrámos com essa mentalidade e ainda bem, só que fomos demasiado perdulários e nem sempre estivemos eficazes no último passe. Remates do Witsel, Bruno César e Saviola criaram perigo, antes de o Gaitán abrir o livro com uma abertura fenomenal para o Bruno César fazer o resultado da partida aos 40’. Era importante ir para o intervalo a vencer, esperar que o Otelul Galati abrisse um bocado a muralha defensiva na 2ª parte e tentar aumentar a vantagem com mais espaços.

Só que infelizmente isso não aconteceu. Continuámos donos e senhores da partida, os romenos raramente conseguiram criar perigo, mas não demos o golpe de misericórdia. E, já se sabe, que quando isso não acontece estamos sujeitos a algum dissabor num lance fortuito. Por isso, é que eu detesto este tipo de jogos em que maioritariamente “controlamos a partida”. “Controlar”, sim, mas com pelo menos dois golos de vantagem, sff! São já muitos anos a ver bola e lembro-me bem de “n” jogos que empatámos assim, depois de sermos superiores durante quase toda a partida. E não havia mesmo necessidade de sofrermos um bocado durante os minutos finais. Um pouco mais de concentração no último passe ou na finalização e teríamos ganho nas calmas. Assim, teve que ser o Artur a safar-nos no último minuto e termos tido a sorte de a recarga ter saído ao lado. Teria sido um péssimo resultado, ainda para mais com o empate do Basileia em Manchester.

Destaque individual para o Bruno César, pelo golo que marcou, para o Gaitán, pela abertura e toques de classe durante quase toda a partida, para o Luisão, por ter sido mais uma vez o patrão da defesa e se ter tornado no jogador do Benfica com mais presenças na Europa, e para o Cardozo, por se ter farto de ganhar bolas nas alturas e ter feito três ou quatro passes de ruptura a desmarcar os colegas. Boa 1ª parte do Witsel e muita atenção do Artur nas poucas vezes em que foi solicitado.

Estamos em 1º lugar no nosso grupo em igualdade pontual com o Basileia. O Jesus disse que preferia uma vitória do Manchester, mas este resultado dá-nos algumas hipóteses de lutar pelo 1º lugar. Se, por acaso, ganharmos os dois jogos aos suíços, iremos de certeza a Old Trafford à frente do grupo e, se não perdermos aí, teremos grandes possibilidades de terminar na frente. Mas não nos adiantemos ao calendário: para já, iremos ter um duplo confronto com o Basileia, em que quatro pontos praticamente nos darão a qualificação. No entanto, e para já, pensemos é em ganhar ao Paços de Ferreira no próximo Sábado.

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