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sexta-feira, abril 08, 2011

Grande passo

Vencemos o PSV por 4-1 e estamos muito bem lançados para chegar às meias-finais de um competição europeia pela primeira vez nos últimos 17 anos. Foi uma exibição de gala, a fazer lembrar as célebres noites europeias na velha Luz, e em que poderíamos ter resolvido a eliminatória de vez. Ficámos a dever a nós próprios pelo menos o dobro dos golos que marcámos e, não fora mais um frango do Roberto num jogo decisivo (um muito triste hábito), se não tivéssemos consentido golo nenhum aos holandeses, acredito que isto já estava arrumado. Desta maneira, temos que manter a concentração e mentalizarmo-nos para marcar golos na Holanda para a tranquilidade ser total.

Entrámos muitíssimo bem na partida, com imensa velocidade, trocas rápidas de bola e a criar inúmeras oportunidades. O Saviola atirou ao poste logo no início e o nosso caudal ofensivo chegou a ser avassalador. Alguma aselhice na finalização, más decisões na altura do último passe e uma grande defesa do Isaksson a um remate fora da área do Cardozo fizeram com que só tivéssemos marcado aos 37’ pelo Aimar num remate rasteiro com o pé esquerdo, depois de o Cardozo não ter conseguido acertar na bola na sequência de um centro do Gaitán. Antes do intervalo, fizemos o 2-0 através do Salvio, num toque genial de calcanhar depois de uma boa jogada do Fábio Coentrão.

Voltámos para a 2ª parte com vontade de aumentar a vantagem e, logo aos 52’, o Salvio bisou numa óptima jogada individual pela direita, que culminou com um remate rasteiro. 3-0 era um resultado que praticamente resolvia a eliminatória, mas mesmo assim tentámos aumentar a vantagem. Só que, com a ânsia de ir para a frente, permitimos ao PSV algumas transições ofensivas perigosas que felizmente não chegaram à baliza, porque o Luisão e o Coentrão (por duas vezes) não deixaram. O Roberto fez uma grande defesa por instinto num remate depois de um cruzamento ao segundo poste e o Isaksson não lhe quis ficar atrás e defendeu uma bola impossível do Cardozo. Alguns jogadores davam sinais de cansaço e o Jesus lançou o César Peixoto e o Jara para os lugares do Aimar e Gaitán. Só que os holandeses marcaram logo a seguir, aos 80’, no tal lance em que o Roberto não agarra uma bola relativamente fácil e permite ao avançado do PSV recargar com êxito. Num ápice, os 0-4 que seriam precisos para nos eliminar passaram a 0-2. Felizmente, um mínimo de justiça foi reposta já nos descontos com uma grande jogada do Maxi Pereira, que assistiu o Saviola para o 4-1.

Em termos individuais destacam-se o Salvio, claro, ou não tivesse marcado dois golos (lamento muito, senhores dirigentes do Benfica, mas o argentino É para comprar MESMO!), o Coentrão e o Maxi, que foram duas gazuas nos respectivos corredores, além de terem feito assistências para golo. O Aimar também esteve muitíssimo bem, assim como o Saviola. O Cardozo não teve um jogo muito conseguido, mas com qualquer outro guarda-redes teria marcado dois golos. O Jardel, que substituiu o Sidnei, foi uma óptima surpresa, muito seguro e ganhando quase todos os lances de cabeça. Para mim, ganhou o lugar. O Javi García foi o batalhador do costume no meio-campo e o Luisão o patrão habitual. Em termos negativos, infelizmente e mais uma vez, tenho que falar do Roberto. As defesas do outro mundo que faz são ensombradas pelos frangos. Sinceramente não sei o que faria se fosse o Jesus, mas tenho pesadelos só de imaginar que podemos perder alguma competição por causa de um frango dele… Seria absolutamente inglório.

Agora está na altura de os titulares descansarem e os Luíses Filipes, Felipes Menezes, e afins entrarem em campo na Figueira da Foz no próprio Domingo. Apesar da boa vantagem, não podemos facilitar na segunda mão, até porque o melhor jogador deles (Toivonen) não jogou cá e provavelmente jogará lá. Se marcarmos um golo, e quanto mais cedo melhor, a coisa fica resolvida. Com o descanso de uma semana, espero a equipa na máxima força na Holanda e mentalizada para continuar esta caminhada europeia que poderá ser histórica.

2 comentários:

mWo disse...

Sérgio, foi golaeda é verdade, mas foi escassa pa caraÇas! Deviam ter sido praí 7 ou 8!
Quanto ao Roberto, como sempre o apoiei, estou à vontade para dizer que neste momento é melhor ele ir passar uns tempos ao banco e deixar o Júlio César jogar!
Mais duas notas: a Catedral com mais de 60 mil fica ainda mais linda e acho que o Jesus deve comeÇar a pensar jogar com alguém ao lado do Javi nesta fase da prova.

AbraÇo e SaudaÇões Benfiquistas companheiro!
http://benfica-world-order.blogs.sapo.pt

L. disse...

como é que o roberto podia agarrar aquela bola? rasteira e com força? devia deixar passar? o mais certo era ser golo. tentou desviar, e infelizmente ressaltou para o adversário. relembro o seguinte:

o roberto deu 5 frangos este ano. 5, nem mais um. dirão, com razão, que para um grande guarda-redes, aceita-se 1 ou 2 por ano. podem dizer que o quim só dava 1 ou 2 por ano.

mas eu já perdi a conta às defesas que o roberto fez este ano que o quim nem a sonhar apanhava. e não foram 5 nem 10. certamente foram mais de 20.

se juntarmos a isto o facto de este ano jogarmos muito mais abertos e desprotegidos por ter outro extremo puro no lugar do ramires que era a apolice de seguro...

so concordo que o preço foi elevado, mas isso é estupidez andar a repetir, porque já foi, já está pago.

força roberto.