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quinta-feira, janeiro 13, 2011

Tranquilo

Goleámos o Olhanense por 5-0 e seguimos para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Este jogo é o exemplo perfeito do que para mim deveriam ser todos os jogos do Glorioso: 3-0 ao intervalo, zero nervosismo e 2ª parte vista completamente nas calmas, com mais dois golitos. “Ah e tal, o futebol deve ter emoção.” É verdade, o futebol pode ter as emoções que quiser, mas eu quero é que o Benfica ganhe. E quanto mais folgadamente e com menos stress, melhor!

Sendo a conquista da Taça de Portugal um dos principais objectivos da época, não estranhou nada que tivéssemos jogado praticamente com a equipa principal, com o Júlio César, Rúben Amorim e Airton em vez do Roberto, Maxi Pereira e Javi García. Logo nos primeiros minutos, o Cardozo teve um bom cabeceamento bem defendido pelo guarda-redes. Jogávamos num ritmo lento, mas sempre a controlar a partida. Até que em poucos minutos decidimo-la: golos de Saviola e Salvio aos 21’ e 29’ respectivamente. Perto do intervalo, o Cardozo, aquele jogador “lento”, “pouco agressivo”, “que não sabe tabelar”, “que não sabe jogar de cabeça”, “que não se esforça”, no fundo, aquele que sabe fazer golos, fez mais um num chapéu fora da área. Golo fácil e sem nada de especial, como é evidente.

Na 2ª parte, o Olhanense continuou sem sair praticamente do seu meio-campo, entrou o Aimar e nós lá continuámos a gerir o esforço, mas sem nunca deixar de tentar marcar mais golos. Fizemos mais dois, pelo Luisão aos 62’ e novamente pelo Tacuara, num rematezinho de moinho de fácil execução, aos 81’. Exibimos grande eficácia e acho que deu para poupar alguns jogadores mesmo alinhando os 90 minutos.

Em termos individuais, destaco naturalmente o Cardozo que, segundo as contas do Alberto Minguéns (obviamente mais rigorosas do que as da comunicação social), terá igualado o Magnusson como melhor marcador estrangeiro do Benfica em jogos oficiais (contando também com os particulares, já o ultrapassou). Cada vez me irritam mais aqueles (felizmente poucos) que criticam o paraguaio. Ele está lá para marcar golos e fá-lo na perfeição e em quantidades industriais. Não sei o que se pode querer mais! O Saviola também está em excelente forma e é o 7º jogo consecutivo em provas nacionais em que marca. O Fábio Coentrão é outro que não sabe jogar devagar e teve a importância habitual nos desequilíbrios atacantes. O Salvio e o Gaitán também estão em boa forma e são essenciais nas alas para abrir o nosso jogo. A defesa está muito sólida e não permitimos veleidades ao adversário.

Defrontaremos o Rio Ave em Vila do Conde no dia 26 e espero que voltemos finalmente a umas meias-finais da Taça de Portugal. Temos um calendário apertadíssimo e é essencial rodar a equipa, aproveitando a Taça da Liga. Mas para já teremos uma partida muito importante para o campeonato no Domingo frente ao Sr. Elmano Santos e à Académica. Não podemos perder mais pontos para o CRAC e, portanto, uma vitória é essencial.

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