domingo, janeiro 30, 2011
Bom
Vencemos na Vila das Aves por 4-0 e confirmámos o acesso à meia-final da Taça da Liga. Foi um jogo muito agradável em que o resultado não é despiciendo, se pensarmos que, perante adversários da II Liga, os lagartos perderam no Estoril (12º classificado), o CRAC empatou em Barcelos (4º) e nós goleámos o 6º. Não vão muito longe os tempos em que nós utilizarmos uma equipa B era sinónimo de exibição e resultado menos conseguido. E só isso (que não é assim tão pouco!) faz com que tenha ficado bastante contente com o que vi hoje.
Teríamos de perder por dois golos de diferença para sermos eliminados e entrámos em campo dispostos a não facilitar. Num ritmo bastante mais lento do que costuma acontecer, o que é natural porque a maior parte dos jogadores não é habitual titular, mas sem nunca deixar de ter em vista a baliza contrária. O Aves deu boa réplica, especialmente nos primeiros minutos, mas acabou por não criar nenhuma verdadeira situação de perigo. Estreámos o Jardel e o Fernández e foi deste a assistência para o 1º golo marcado pelo Javi García, de cabeça, aos 35’. O golo já se justificava dado que éramos a equipa que mais o tentava e o Aves sentiu-o bastante.
Na 2ª parte, não houve grandes alterações, o Aves continuava sem criar perigo e a questão era se nós estaríamos dispostos a acelerar um bocado para aumentar a vantagem ou a tentar segurá-la até final. Felizmente optámos pela 1ª hipótese, o que ficou ainda mais evidente depois da entrada do Salvio para o lugar do Fernández aos 57’. Tal como na partida frente ao Olhanense, foi a machadada final no adversário. Pouco depois entrou o Airton para o lugar do Aimar, mas não foi por termos passado a jogar com, teoricamente, dois trincos, que baixámos o nível. Sem surpresa, fizemos o 0-2 aos 69’ através do melhor em campo, o Jara. Estava tudo mais que decidido e o Jesus optou por dar uma prenda aos benfiquistas e fez entrar o Nuno Gomes aos 72’. Consequências? Um golo aos 76’ e uma assistência para o Felipe Menezes fazer o 0-4 aos 89’. Terminávamos da melhor maneira uma exibição bem agradável.
Tal como já referi, o melhor em campo foi o Jara. Sem o Salvio e o Gaitán de início, foi ele que se encarregou das acelerações que nos permitiram criar perigo. Por vezes de forma algo trapalhona, mas o seu espírito de luta e nunca se esconder do jogo são características de que gosto muito. O Salvio também voltou a entrar muito bem e fez duas assistências para golo. Não me quero repetir muito ao que já escrevi aqui, mas para mim é mais que óbvio que o Nuno Gomes pode ter bastante mais utilidade do que tem tido até agora. Basta uma coisa: ter mais oportunidades. Acho que já as justifica perfeitamente e, ainda por cima, o Kardec está infelizmente em má forma. Quanto aos estreantes, gostei bastante da sobriedade e simplicidade de processos do Jardel, e o Fernández esteve mais discreto, mas fez um bom cruzamento para o 1º golo.
Iremos defrontar os lagartos em casa na meia-final e é claro que espero marcar presença em Coimbra na final. Somos a única equipa portuguesa ainda nas quatro competições e a qualidade do nosso futebol justifica que se materialize em títulos. Com maior ou menor importância, são competições oficiais e enriquecem o nosso palmarés.
Teríamos de perder por dois golos de diferença para sermos eliminados e entrámos em campo dispostos a não facilitar. Num ritmo bastante mais lento do que costuma acontecer, o que é natural porque a maior parte dos jogadores não é habitual titular, mas sem nunca deixar de ter em vista a baliza contrária. O Aves deu boa réplica, especialmente nos primeiros minutos, mas acabou por não criar nenhuma verdadeira situação de perigo. Estreámos o Jardel e o Fernández e foi deste a assistência para o 1º golo marcado pelo Javi García, de cabeça, aos 35’. O golo já se justificava dado que éramos a equipa que mais o tentava e o Aves sentiu-o bastante.
Na 2ª parte, não houve grandes alterações, o Aves continuava sem criar perigo e a questão era se nós estaríamos dispostos a acelerar um bocado para aumentar a vantagem ou a tentar segurá-la até final. Felizmente optámos pela 1ª hipótese, o que ficou ainda mais evidente depois da entrada do Salvio para o lugar do Fernández aos 57’. Tal como na partida frente ao Olhanense, foi a machadada final no adversário. Pouco depois entrou o Airton para o lugar do Aimar, mas não foi por termos passado a jogar com, teoricamente, dois trincos, que baixámos o nível. Sem surpresa, fizemos o 0-2 aos 69’ através do melhor em campo, o Jara. Estava tudo mais que decidido e o Jesus optou por dar uma prenda aos benfiquistas e fez entrar o Nuno Gomes aos 72’. Consequências? Um golo aos 76’ e uma assistência para o Felipe Menezes fazer o 0-4 aos 89’. Terminávamos da melhor maneira uma exibição bem agradável.
Tal como já referi, o melhor em campo foi o Jara. Sem o Salvio e o Gaitán de início, foi ele que se encarregou das acelerações que nos permitiram criar perigo. Por vezes de forma algo trapalhona, mas o seu espírito de luta e nunca se esconder do jogo são características de que gosto muito. O Salvio também voltou a entrar muito bem e fez duas assistências para golo. Não me quero repetir muito ao que já escrevi aqui, mas para mim é mais que óbvio que o Nuno Gomes pode ter bastante mais utilidade do que tem tido até agora. Basta uma coisa: ter mais oportunidades. Acho que já as justifica perfeitamente e, ainda por cima, o Kardec está infelizmente em má forma. Quanto aos estreantes, gostei bastante da sobriedade e simplicidade de processos do Jardel, e o Fernández esteve mais discreto, mas fez um bom cruzamento para o 1º golo.
Iremos defrontar os lagartos em casa na meia-final e é claro que espero marcar presença em Coimbra na final. Somos a única equipa portuguesa ainda nas quatro competições e a qualidade do nosso futebol justifica que se materialize em títulos. Com maior ou menor importância, são competições oficiais e enriquecem o nosso palmarés.
quinta-feira, janeiro 27, 2011
Irritação
Vencemos em Vila do Conde por 2-0 e qualificámo-nos para as meias-finais da Taça de Portugal pela primeira vez desde 2004/05. Ou seja, desde a última vez que chegámos à final. [Adenda: Tem toda a razão o comentário que me chamou a atenção para o infame jogo das meias-finais no WC em 2007/08. O adiantado da hora do post fez com que não tivesse ido confirmar as épocas anteriores. Mea culpa.] Foi uma vitória absolutamente justa que só peca por ser escassa, já que poderíamos (e deveríamos) ter resolvido mais cedo a partida, que teve o facto invulgar de o árbitro, Sr. João Ferreira, ter assinalado quatro(!) penalties (três a nosso favor e um contra).
Pode parecer estranho o título do post num jogo em que ganhámos, mas o que é facto é que este encontro me irritou sobremaneira. Para já, criámos imensas oportunidades, o guarda-redes fez duas ou três grandes defesas e houve vários lances em que falhámos o último passe. Só fizemos o 2-0 aos 87’, o que quer dizer que sofri imenso até final, porque estou farto de ver jogos como este, em que a exibição até é boa, dominamos e criamos oportunidades, mas num lance fortuito perto do fim sofremos um golo e escapa-se-nos a vitória. Portanto, a irritação começou por nunca mais decidirmos a partida. Depois, NÃO SE PODE falhar dois penalties num jogo. Tenho imensa pena, mas não se pode! Outro motivo para me irritar e o que tornou isto ainda pior foi o facto de se ter posto o David Luiz a marcar o nosso 3º penalty aos 75’. Suou completamente a prémio de despedida, mas lamento muito ter que dizer que isto é INADMISSÍVEL com 1-0 no marcador. Gosto muito do David Luiz, mas o Benfica está primeiro! Substituíssem o homem aos 89’, pusessem-no a marcar penalties com pelo menos dois golos de vantagem, levassem-no ao centro do relvado para receber uma ovação, mas não se brinque com um resultado que ainda não está garantido. Imaginem que o Rio Ave tinha empatado perto de final e perdêssemos a eliminatória nos penalties? Como é que era?! Quem assumia a responsabilidade? Não é por isto ter acabado por ter corrido bem que se deva passar uma esponja num momento muito infeliz. Segundo relatos de colegas, o Grande Eusébio fazia coisas nos treinos ainda mais geniais e quando lhe perguntavam porque é que não fazia isso nos jogos, ele respondia que os jogos não eram para se brincar. Foi pena não se terem lembrado disso na altura de colocar um jogador, que só marcou penalties em desempates por grandes penalidades em jogos particulares de pré-temporada, a marcar um decisivo. OBVIAMENTE a não repetir!
Estas vicissitudes todas fizeram com que eu comemorasse os golos mais numa de “até qu’enfim / já não era sem tempo!” do que com a alegria esfuziante que é habitual. Pronto, mas ganhámos e isso é, claro, o mais importante. Além disso, até nem jogámos nada mal, conseguindo a 11ª vitória consecutiva em provas nacionais e continuando a somar. Marcámos o 1º golo aos 44’ pelo Cardozo de penalty, depois de este ter falhado outro aos 38’. A diferença entre os dois é que no 2º ele marcou à Cardozo (ou seja, em força) e no primeiro correu lentamente para a bola e rematou fraco e denunciado. Espero que tenha aprendido a lição: é sempre em força! Até aí já tínhamos criado duas oportunidades em que jogadores isolados não conseguiram marcar e o Júlio César defendeu um penalty logo aos 10’. Na 2ª parte, continuámos a falhar golos ou o último passe até ao tento do Cardozo a dois minutos do fim.
Tendo marcado por duas vezes, a figura do jogo acaba por ser o Tacuara. Eu confesso que não o teria posto a marcar o 2º penalty por ser no mesmo jogo em que já tinha falhado um, mas ainda bem que correu como queríamos. O Júlio César também foi importante para a vitória, pelo penalty defendido e por uma óptima estirada na 2ª parte, que impediu a igualdade. O resto da equipa esteve regular, com boas exibições também do David Luiz (será a última?) e do Luisão.
Quanto aos penalties, tenho dúvidas no do Rio Ave e no nosso primeiro (parece-me que a bola bateu nas costelas do jogador, mas também só consegui ver isso na 3ª repetição). O sobre o Saviola (2º) e o braço (3º) são indiscutíveis e ainda ficou outro toque com o cotovelo por marcar. Em suma, acho que o árbitro acabou por ser coerente nas decisões.
Daqui a uma semana, vamos à pocilga defrontar o CRAC na 1ª mão das meias-finais. Espero que consigamos trazer um resultado que nos permita decidir a eliminatória na Luz, pelo que marcar um golo seria fundamental. Não conto com outra coisa que não seja ir ao Jamor.
Pode parecer estranho o título do post num jogo em que ganhámos, mas o que é facto é que este encontro me irritou sobremaneira. Para já, criámos imensas oportunidades, o guarda-redes fez duas ou três grandes defesas e houve vários lances em que falhámos o último passe. Só fizemos o 2-0 aos 87’, o que quer dizer que sofri imenso até final, porque estou farto de ver jogos como este, em que a exibição até é boa, dominamos e criamos oportunidades, mas num lance fortuito perto do fim sofremos um golo e escapa-se-nos a vitória. Portanto, a irritação começou por nunca mais decidirmos a partida. Depois, NÃO SE PODE falhar dois penalties num jogo. Tenho imensa pena, mas não se pode! Outro motivo para me irritar e o que tornou isto ainda pior foi o facto de se ter posto o David Luiz a marcar o nosso 3º penalty aos 75’. Suou completamente a prémio de despedida, mas lamento muito ter que dizer que isto é INADMISSÍVEL com 1-0 no marcador. Gosto muito do David Luiz, mas o Benfica está primeiro! Substituíssem o homem aos 89’, pusessem-no a marcar penalties com pelo menos dois golos de vantagem, levassem-no ao centro do relvado para receber uma ovação, mas não se brinque com um resultado que ainda não está garantido. Imaginem que o Rio Ave tinha empatado perto de final e perdêssemos a eliminatória nos penalties? Como é que era?! Quem assumia a responsabilidade? Não é por isto ter acabado por ter corrido bem que se deva passar uma esponja num momento muito infeliz. Segundo relatos de colegas, o Grande Eusébio fazia coisas nos treinos ainda mais geniais e quando lhe perguntavam porque é que não fazia isso nos jogos, ele respondia que os jogos não eram para se brincar. Foi pena não se terem lembrado disso na altura de colocar um jogador, que só marcou penalties em desempates por grandes penalidades em jogos particulares de pré-temporada, a marcar um decisivo. OBVIAMENTE a não repetir!
Estas vicissitudes todas fizeram com que eu comemorasse os golos mais numa de “até qu’enfim / já não era sem tempo!” do que com a alegria esfuziante que é habitual. Pronto, mas ganhámos e isso é, claro, o mais importante. Além disso, até nem jogámos nada mal, conseguindo a 11ª vitória consecutiva em provas nacionais e continuando a somar. Marcámos o 1º golo aos 44’ pelo Cardozo de penalty, depois de este ter falhado outro aos 38’. A diferença entre os dois é que no 2º ele marcou à Cardozo (ou seja, em força) e no primeiro correu lentamente para a bola e rematou fraco e denunciado. Espero que tenha aprendido a lição: é sempre em força! Até aí já tínhamos criado duas oportunidades em que jogadores isolados não conseguiram marcar e o Júlio César defendeu um penalty logo aos 10’. Na 2ª parte, continuámos a falhar golos ou o último passe até ao tento do Cardozo a dois minutos do fim.
Tendo marcado por duas vezes, a figura do jogo acaba por ser o Tacuara. Eu confesso que não o teria posto a marcar o 2º penalty por ser no mesmo jogo em que já tinha falhado um, mas ainda bem que correu como queríamos. O Júlio César também foi importante para a vitória, pelo penalty defendido e por uma óptima estirada na 2ª parte, que impediu a igualdade. O resto da equipa esteve regular, com boas exibições também do David Luiz (será a última?) e do Luisão.
Quanto aos penalties, tenho dúvidas no do Rio Ave e no nosso primeiro (parece-me que a bola bateu nas costelas do jogador, mas também só consegui ver isso na 3ª repetição). O sobre o Saviola (2º) e o braço (3º) são indiscutíveis e ainda ficou outro toque com o cotovelo por marcar. Em suma, acho que o árbitro acabou por ser coerente nas decisões.
Daqui a uma semana, vamos à pocilga defrontar o CRAC na 1ª mão das meias-finais. Espero que consigamos trazer um resultado que nos permita decidir a eliminatória na Luz, pelo que marcar um golo seria fundamental. Não conto com outra coisa que não seja ir ao Jamor.
domingo, janeiro 23, 2011
Déjà vu
Vencemos o Nacional (4-2) e conseguimos a 7ª vitória consecutiva para o campeonato. Foi um jogo que tornámos fácil, depois complicámos e acabámos por resolver de vez perto do final. Mantivemos os oito pontos de desvantagem para o CRAC que ganhou 1-0 em Aveiro de penalty (what else?).
Entrámos muito bem na partida e inaugurámos o marcador aos 8’ pelo Gaitán, depois de uma boa jogada do Salvio (pareceu-me que sofreu penalty) e continuada pelo Saviola. Aos 20’, na segunda oportunidade que tivemos, fizemos o 2-0 pelo Sidnei, que substituiu o amarelado (e quase a sair do Benfica?) David Luiz, na sequência de um canto. Logo a seguir tivemos duas grandes oportunidades, mas o Cardozo e o Saviola falharam quando tinham só o guarda-redes pela frente. O Nacional não se limitava a defender e o jogo era agradável de seguir. Perto do intervalo, o Roberto voltou a revelar alguns problemas em cruzamentos para a área, como tem acontecido nos últimos jogos, e um jogador do Nacional cabeceou para fora na pequena-área, quando tinha a baliza à sua mercê.
Na 2ª parte, fizemos o 3-0 pelo Cardozo relativamente cedo (52’), depois de uma assistência do Luisão de calcanhar(!), e todos pensámos que a partida estava resolvida de vez. O problema foi que os jogadores do Benfica também o pensaram, tal como aconteceu frente ao Lyon na Luz. Mesmo assim, ainda fomos criando situações atacantes, mas com as saídas do Aimar (59’) e Cardozo (68’) as coisas não voltaram bem a ser as mesmas, até porque o Carlos Martins entrou pessimamente e o Jara, tirando o golo, também não esteve muito feliz. A equipa desconcentrou-se com o resultado e, como disse o Jesus no final, deixámos de ser rigorosos a defender. O Nacional fez o 3-1 aos 76’ num canto, num lance com culpas do Roberto, porque deixou que um jogador adversário cabeceasse ao segundo poste dentro da pequena-área. Só que logo a seguir redimiu-se, já que impediu outro golo quando defendeu com o pé o remate de um jogador isolado. Mas as coisas não estavam terminadas, porque aos 85’ o Nacional fez o 3-2 e aí tive medo do que poderia acontecer nos minutos finais. Felizmente, o suspense só durou 4’, porque no último minuto o Jara fez o 4-2 depois de uma óptima jogada do Saviola. Pudemos finalmente respirar de alívio.
O melhor em campo foi o Saviola, já que, apesar de não ter marcado nenhum, teve papel preponderante em dois golos e participou em quase todas as nossas jogadas atacantes. Os restantes argentinos (Aimar, Salvio e Gaitán) também estiveram muito bem, assim como o Javi García. Na defesa, sentiu-se imenso a falta do David Luiz e vai ser um problema se ele sair. O Sidnei, apesar do golo, teve algumas desconcentrações imperdoáveis. Mas este jogo revelou principalmente que o Rúben Amorim vai fazer muita falta, porque é preciso alguém com cabeça que segure o meio-campo em certas partidas e o Carlos Martins não é esse jogador de certeza. O Roberto também esteve irregular, tendo tido culpas no 1º golo, mas salvo outro.
Neste terrível mês de Janeiro, estamos com um saldo muito positivo e teremos já outro jogo importantíssimo na próxima 4ª feira em Vila do Conde para a Taça de Portugal. Não nos resta outra solução senão ganhar para depois irmos à pocilga nas meias-finais na semana seguinte. O que vale que entre os dois jogos teremos a Taça da Liga para dar algum descanso à equipa titular, mas sem relaxarmos muito, porque também há uma qualificação para as meias-finais para garantir. Como diria o outro, “é ganhar, é ganhar!”
Entrámos muito bem na partida e inaugurámos o marcador aos 8’ pelo Gaitán, depois de uma boa jogada do Salvio (pareceu-me que sofreu penalty) e continuada pelo Saviola. Aos 20’, na segunda oportunidade que tivemos, fizemos o 2-0 pelo Sidnei, que substituiu o amarelado (e quase a sair do Benfica?) David Luiz, na sequência de um canto. Logo a seguir tivemos duas grandes oportunidades, mas o Cardozo e o Saviola falharam quando tinham só o guarda-redes pela frente. O Nacional não se limitava a defender e o jogo era agradável de seguir. Perto do intervalo, o Roberto voltou a revelar alguns problemas em cruzamentos para a área, como tem acontecido nos últimos jogos, e um jogador do Nacional cabeceou para fora na pequena-área, quando tinha a baliza à sua mercê.
Na 2ª parte, fizemos o 3-0 pelo Cardozo relativamente cedo (52’), depois de uma assistência do Luisão de calcanhar(!), e todos pensámos que a partida estava resolvida de vez. O problema foi que os jogadores do Benfica também o pensaram, tal como aconteceu frente ao Lyon na Luz. Mesmo assim, ainda fomos criando situações atacantes, mas com as saídas do Aimar (59’) e Cardozo (68’) as coisas não voltaram bem a ser as mesmas, até porque o Carlos Martins entrou pessimamente e o Jara, tirando o golo, também não esteve muito feliz. A equipa desconcentrou-se com o resultado e, como disse o Jesus no final, deixámos de ser rigorosos a defender. O Nacional fez o 3-1 aos 76’ num canto, num lance com culpas do Roberto, porque deixou que um jogador adversário cabeceasse ao segundo poste dentro da pequena-área. Só que logo a seguir redimiu-se, já que impediu outro golo quando defendeu com o pé o remate de um jogador isolado. Mas as coisas não estavam terminadas, porque aos 85’ o Nacional fez o 3-2 e aí tive medo do que poderia acontecer nos minutos finais. Felizmente, o suspense só durou 4’, porque no último minuto o Jara fez o 4-2 depois de uma óptima jogada do Saviola. Pudemos finalmente respirar de alívio.
O melhor em campo foi o Saviola, já que, apesar de não ter marcado nenhum, teve papel preponderante em dois golos e participou em quase todas as nossas jogadas atacantes. Os restantes argentinos (Aimar, Salvio e Gaitán) também estiveram muito bem, assim como o Javi García. Na defesa, sentiu-se imenso a falta do David Luiz e vai ser um problema se ele sair. O Sidnei, apesar do golo, teve algumas desconcentrações imperdoáveis. Mas este jogo revelou principalmente que o Rúben Amorim vai fazer muita falta, porque é preciso alguém com cabeça que segure o meio-campo em certas partidas e o Carlos Martins não é esse jogador de certeza. O Roberto também esteve irregular, tendo tido culpas no 1º golo, mas salvo outro.
Neste terrível mês de Janeiro, estamos com um saldo muito positivo e teremos já outro jogo importantíssimo na próxima 4ª feira em Vila do Conde para a Taça de Portugal. Não nos resta outra solução senão ganhar para depois irmos à pocilga nas meias-finais na semana seguinte. O que vale que entre os dois jogos teremos a Taça da Liga para dar algum descanso à equipa titular, mas sem relaxarmos muito, porque também há uma qualificação para as meias-finais para garantir. Como diria o outro, “é ganhar, é ganhar!”
quinta-feira, janeiro 20, 2011
Soma e segue
Vencemos o Olhanense por 3-2 e estamos a um ponto de atingir as meias-finais da Taça da Liga. Até poderemos perder na Vila das Aves e conseguir a qualificação, porque o primeiro critério de desempate é a diferença de golos, mas obviamente que não me passa outra coisa pela cabeça que não seja mais uma vitória.
Foi a 7ª vitória consecutiva e a 10ª se contarmos só com as provas nacionais. Com uma equipa B, em que dos titulares só estavam o Maxi Pereira, David Luiz, Javi García e Aimar, entrámos muito bem na partida com vontade de a resolver cedo. Com golos aos 13’ (Javi García) e 23’ (golão à meia-volta do Jara), pensei que isso estava conseguido. O Olhanense não criava perigo e o Moreira não tinha nada para fazer. Só que o Sr. Artur Soares Dias resolveu ser protagonista e utilizou um critério muito simples: a favor do Benfica nada era marcado, contra nós era tudo. Deste modo, um domínio com o braço do Djalmir perto do intervalo não foi sancionado e o Olhanense fez o 2-1.
Na 2ª parte não entrámos nada bem e o Olhanense aproveitou para criar oportunidades. Conseguiu igualar aos 57’ num penalty indiscutível feito pelo Moreira. Voltávamos à estaca zero num jogo que deveria estar mais que ganho aos 25’. O Jesus teve que lançar dois pesos-pesados para desatar o nó e assim entraram o Salvio e o Gaitán. A partida voltou a ser controlada por nós e uma boa jogada do Jara resultou no 3-2 num grande remate em arco do Salvio com o pé esquerdo aos 70’. Até final, o Olhanense não criou mais perigo, apesar das insistências do Sr. Artur Soares Dias em empurrar-nos para a nossa área.
Em termos individuais, o Jara foi o melhor. Um grande golo e a participação activa noutro justificam-no perfeitamente. O Salvio também entrou muito bem e foi decisivo na vitória. O resto da equipa esteve regular, mas houve alguns jogadores a não aproveitarem a oportunidade para se evidenciarem. Nomeadamente o Kardec e o Filipe Menezes, apesar de este ter feito uns bons 25’, mas o que (não) jogou depois estragou tudo.
Descansaram os titulares e ganhámos pelo que os dois principais objectivos foram cumpridos. A equipa B terá nova oportunidade na Vila das Aves daqui a uma semana e meia. Onde espero que carimbemos a passagem às meias-finais com mais uma vitória.
P.S. – Com 2-2 aos 65’, não percebi DE TODO a opção do Jesus em colocar em aquecimento o Luís Filipe(?!), juntando-se ao Weldon e Airton, com o Nuno Gomes no banco. Terá tido medo que o público começasse a chamar por ele…?
Foi a 7ª vitória consecutiva e a 10ª se contarmos só com as provas nacionais. Com uma equipa B, em que dos titulares só estavam o Maxi Pereira, David Luiz, Javi García e Aimar, entrámos muito bem na partida com vontade de a resolver cedo. Com golos aos 13’ (Javi García) e 23’ (golão à meia-volta do Jara), pensei que isso estava conseguido. O Olhanense não criava perigo e o Moreira não tinha nada para fazer. Só que o Sr. Artur Soares Dias resolveu ser protagonista e utilizou um critério muito simples: a favor do Benfica nada era marcado, contra nós era tudo. Deste modo, um domínio com o braço do Djalmir perto do intervalo não foi sancionado e o Olhanense fez o 2-1.
Na 2ª parte não entrámos nada bem e o Olhanense aproveitou para criar oportunidades. Conseguiu igualar aos 57’ num penalty indiscutível feito pelo Moreira. Voltávamos à estaca zero num jogo que deveria estar mais que ganho aos 25’. O Jesus teve que lançar dois pesos-pesados para desatar o nó e assim entraram o Salvio e o Gaitán. A partida voltou a ser controlada por nós e uma boa jogada do Jara resultou no 3-2 num grande remate em arco do Salvio com o pé esquerdo aos 70’. Até final, o Olhanense não criou mais perigo, apesar das insistências do Sr. Artur Soares Dias em empurrar-nos para a nossa área.
Em termos individuais, o Jara foi o melhor. Um grande golo e a participação activa noutro justificam-no perfeitamente. O Salvio também entrou muito bem e foi decisivo na vitória. O resto da equipa esteve regular, mas houve alguns jogadores a não aproveitarem a oportunidade para se evidenciarem. Nomeadamente o Kardec e o Filipe Menezes, apesar de este ter feito uns bons 25’, mas o que (não) jogou depois estragou tudo.
Descansaram os titulares e ganhámos pelo que os dois principais objectivos foram cumpridos. A equipa B terá nova oportunidade na Vila das Aves daqui a uma semana e meia. Onde espero que carimbemos a passagem às meias-finais com mais uma vitória.
P.S. – Com 2-2 aos 65’, não percebi DE TODO a opção do Jesus em colocar em aquecimento o Luís Filipe(?!), juntando-se ao Weldon e Airton, com o Nuno Gomes no banco. Terá tido medo que o público começasse a chamar por ele…?
segunda-feira, janeiro 17, 2011
Sofrimento desnecessário
Vencemos a Académica em Coimbra por 1-0 e mantivemos os mesmos oito pontos de desvantagem para o CRAC. Com a derrota dos lagartos em casa frente ao Paços de Ferreira, aumentámos a vantagem para eles para também oito pontos. Foi uma partida em que se salvou o resultado, já que a exibição não continuou na senda das anteriores. Demonstrámos algum cansaço, tal como referiu o Jesus no final, o que pode explicar uma 2ª parte muito abaixo do nosso valor.
Entrámos bem na partida e marcámos logo aos 19’ num livre do Cardozo, em que a bola ressalta no Saviola, que estava fora-de-jogo, e entra na baliza. Acho que o golo foi atribuído ao paraguaio, mas na minha opinião deveria ter sido ao argentino. Como, ao contrário dos adeptos do CRAC, tenho moral, prefiro que o Benfica não marque golos irregulares, mas o que se passou até final do jogo mais do que nos compensou. Até final da 1ª parte, fartámo-nos de falhar golos quase de baliza aberta (Salvio, Cardozo e Carlos Martins) e o Sr. Elmano Santos transformou um penalty sobre o Coentrão num amarelo. Aos 36’, o Pape Sow julgou que era o Bruno Alves e deu um pontapé ao Cardozo enquanto cabeceava a bola, mas como não é foi naturalmente expulso. Só o Dito, que comentou para a Sport TV, é que achou que não era lance para expulsão. De um vendido e traidor como este, não esperava outra coisa. Ridículo!
Na 2ª parte, quando se esperava que tirássemos proveito da vantagem numérica e alargássemos a vantagem, isso não aconteceu. Com a expulsão desconcentrámo-nos e deixámos que a partida fosse correndo sem forçar muito, assumindo que a vitória estava garantida. No entanto, permitimos que a Académica conseguisse construir jogadas atacantes e também criasse oportunidades. Houve uma bola ao poste de cada lado (a nossa pelo Luisão), o Cardozo falhou o tempo de salto num cruzamento do Martins e um penalty descarado por mão na área que o Sr. Elmano Santos também não assinalou (teve obviamente influência no resultado, que deveria ter sido 2-0 através dos penalties a nosso favor). Com a vantagem mínima no marcador, sofremos escusadamente durante esta 2ª parte, em que nos minutos finais houve uma série de bolas bombeadas para a nossa área, que felizmente não tiveram consequências.
Dado que a exibição esteve longe de ser extraordinária, é difícil destacar um jogador, mas provavelmente o melhor em campo terá sido o Coentrão, mesmo apesar de ter sido expulso por duplo amarelo perto do final. Irá cumprir o castigo na Taça da Liga e poderá jogar frente ao Nacional. Foram boas notícias, porque o amarelo injusto no penalty não assinalado impedi-lo-ia de alinhar nessa partida. O Roberto foi importante na 1ª parte ao defender uma bola de golo, quando um avançado da Académica se isolou no flanco esquerdo. O Salvio e o Gaitán só duraram o 1º tempo, altura em que tiveram pormenores interessantes. O Javi García fez muita falta a meio-campo, especialmente nas variações de flanco, já que o Airton ou não os fazia quando eram necessários, ou os passes saíram errados. Além disso, apesar de se poder queixar da falta de marcação dos jogadores da frente, o que é certo é que o Airton não conseguiu impedir os desenvolvimentos atacantes do adversário. O Saviola também esteve discreto.
O Jesus já prometeu que irá rodar a equipa na 4ª feira (espero que seja desta vez que o Nuno Gomes jogue mais de 5’…!) e bem precisamos de estar frescos para receber o Nacional no próximo Sábado. Estamos numa excelente série de seis vitórias consecutivas para o campeonato e 11 nos últimos 12 jogos. Para além disso, temos ambas as Taça também para conquistar, pelo que só nos resta um caminho: continuar a ganhar!
Entrámos bem na partida e marcámos logo aos 19’ num livre do Cardozo, em que a bola ressalta no Saviola, que estava fora-de-jogo, e entra na baliza. Acho que o golo foi atribuído ao paraguaio, mas na minha opinião deveria ter sido ao argentino. Como, ao contrário dos adeptos do CRAC, tenho moral, prefiro que o Benfica não marque golos irregulares, mas o que se passou até final do jogo mais do que nos compensou. Até final da 1ª parte, fartámo-nos de falhar golos quase de baliza aberta (Salvio, Cardozo e Carlos Martins) e o Sr. Elmano Santos transformou um penalty sobre o Coentrão num amarelo. Aos 36’, o Pape Sow julgou que era o Bruno Alves e deu um pontapé ao Cardozo enquanto cabeceava a bola, mas como não é foi naturalmente expulso. Só o Dito, que comentou para a Sport TV, é que achou que não era lance para expulsão. De um vendido e traidor como este, não esperava outra coisa. Ridículo!
Na 2ª parte, quando se esperava que tirássemos proveito da vantagem numérica e alargássemos a vantagem, isso não aconteceu. Com a expulsão desconcentrámo-nos e deixámos que a partida fosse correndo sem forçar muito, assumindo que a vitória estava garantida. No entanto, permitimos que a Académica conseguisse construir jogadas atacantes e também criasse oportunidades. Houve uma bola ao poste de cada lado (a nossa pelo Luisão), o Cardozo falhou o tempo de salto num cruzamento do Martins e um penalty descarado por mão na área que o Sr. Elmano Santos também não assinalou (teve obviamente influência no resultado, que deveria ter sido 2-0 através dos penalties a nosso favor). Com a vantagem mínima no marcador, sofremos escusadamente durante esta 2ª parte, em que nos minutos finais houve uma série de bolas bombeadas para a nossa área, que felizmente não tiveram consequências.
Dado que a exibição esteve longe de ser extraordinária, é difícil destacar um jogador, mas provavelmente o melhor em campo terá sido o Coentrão, mesmo apesar de ter sido expulso por duplo amarelo perto do final. Irá cumprir o castigo na Taça da Liga e poderá jogar frente ao Nacional. Foram boas notícias, porque o amarelo injusto no penalty não assinalado impedi-lo-ia de alinhar nessa partida. O Roberto foi importante na 1ª parte ao defender uma bola de golo, quando um avançado da Académica se isolou no flanco esquerdo. O Salvio e o Gaitán só duraram o 1º tempo, altura em que tiveram pormenores interessantes. O Javi García fez muita falta a meio-campo, especialmente nas variações de flanco, já que o Airton ou não os fazia quando eram necessários, ou os passes saíram errados. Além disso, apesar de se poder queixar da falta de marcação dos jogadores da frente, o que é certo é que o Airton não conseguiu impedir os desenvolvimentos atacantes do adversário. O Saviola também esteve discreto.
O Jesus já prometeu que irá rodar a equipa na 4ª feira (espero que seja desta vez que o Nuno Gomes jogue mais de 5’…!) e bem precisamos de estar frescos para receber o Nacional no próximo Sábado. Estamos numa excelente série de seis vitórias consecutivas para o campeonato e 11 nos últimos 12 jogos. Para além disso, temos ambas as Taça também para conquistar, pelo que só nos resta um caminho: continuar a ganhar!
quinta-feira, janeiro 13, 2011
Tranquilo
Goleámos o Olhanense por 5-0 e seguimos para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Este jogo é o exemplo perfeito do que para mim deveriam ser todos os jogos do Glorioso: 3-0 ao intervalo, zero nervosismo e 2ª parte vista completamente nas calmas, com mais dois golitos. “Ah e tal, o futebol deve ter emoção.” É verdade, o futebol pode ter as emoções que quiser, mas eu quero é que o Benfica ganhe. E quanto mais folgadamente e com menos stress, melhor!
Sendo a conquista da Taça de Portugal um dos principais objectivos da época, não estranhou nada que tivéssemos jogado praticamente com a equipa principal, com o Júlio César, Rúben Amorim e Airton em vez do Roberto, Maxi Pereira e Javi García. Logo nos primeiros minutos, o Cardozo teve um bom cabeceamento bem defendido pelo guarda-redes. Jogávamos num ritmo lento, mas sempre a controlar a partida. Até que em poucos minutos decidimo-la: golos de Saviola e Salvio aos 21’ e 29’ respectivamente. Perto do intervalo, o Cardozo, aquele jogador “lento”, “pouco agressivo”, “que não sabe tabelar”, “que não sabe jogar de cabeça”, “que não se esforça”, no fundo, aquele que só sabe fazer golos, fez mais um num chapéu fora da área. Golo fácil e sem nada de especial, como é evidente.
Na 2ª parte, o Olhanense continuou sem sair praticamente do seu meio-campo, entrou o Aimar e nós lá continuámos a gerir o esforço, mas sem nunca deixar de tentar marcar mais golos. Fizemos mais dois, pelo Luisão aos 62’ e novamente pelo Tacuara, num rematezinho de moinho de fácil execução, aos 81’. Exibimos grande eficácia e acho que deu para poupar alguns jogadores mesmo alinhando os 90 minutos.
Em termos individuais, destaco naturalmente o Cardozo que, segundo as contas do Alberto Minguéns (obviamente mais rigorosas do que as da comunicação social), terá igualado o Magnusson como melhor marcador estrangeiro do Benfica em jogos oficiais (contando também com os particulares, já o ultrapassou). Cada vez me irritam mais aqueles (felizmente poucos) que criticam o paraguaio. Ele está lá para marcar golos e fá-lo na perfeição e em quantidades industriais. Não sei o que se pode querer mais! O Saviola também está em excelente forma e é o 7º jogo consecutivo em provas nacionais em que marca. O Fábio Coentrão é outro que não sabe jogar devagar e teve a importância habitual nos desequilíbrios atacantes. O Salvio e o Gaitán também estão em boa forma e são essenciais nas alas para abrir o nosso jogo. A defesa está muito sólida e não permitimos veleidades ao adversário.
Defrontaremos o Rio Ave em Vila do Conde no dia 26 e espero que voltemos finalmente a umas meias-finais da Taça de Portugal. Temos um calendário apertadíssimo e é essencial rodar a equipa, aproveitando a Taça da Liga. Mas para já teremos uma partida muito importante para o campeonato no Domingo frente ao Sr. Elmano Santos e à Académica. Não podemos perder mais pontos para o CRAC e, portanto, uma vitória é essencial.
Sendo a conquista da Taça de Portugal um dos principais objectivos da época, não estranhou nada que tivéssemos jogado praticamente com a equipa principal, com o Júlio César, Rúben Amorim e Airton em vez do Roberto, Maxi Pereira e Javi García. Logo nos primeiros minutos, o Cardozo teve um bom cabeceamento bem defendido pelo guarda-redes. Jogávamos num ritmo lento, mas sempre a controlar a partida. Até que em poucos minutos decidimo-la: golos de Saviola e Salvio aos 21’ e 29’ respectivamente. Perto do intervalo, o Cardozo, aquele jogador “lento”, “pouco agressivo”, “que não sabe tabelar”, “que não sabe jogar de cabeça”, “que não se esforça”, no fundo, aquele que só sabe fazer golos, fez mais um num chapéu fora da área. Golo fácil e sem nada de especial, como é evidente.
Na 2ª parte, o Olhanense continuou sem sair praticamente do seu meio-campo, entrou o Aimar e nós lá continuámos a gerir o esforço, mas sem nunca deixar de tentar marcar mais golos. Fizemos mais dois, pelo Luisão aos 62’ e novamente pelo Tacuara, num rematezinho de moinho de fácil execução, aos 81’. Exibimos grande eficácia e acho que deu para poupar alguns jogadores mesmo alinhando os 90 minutos.
Em termos individuais, destaco naturalmente o Cardozo que, segundo as contas do Alberto Minguéns (obviamente mais rigorosas do que as da comunicação social), terá igualado o Magnusson como melhor marcador estrangeiro do Benfica em jogos oficiais (contando também com os particulares, já o ultrapassou). Cada vez me irritam mais aqueles (felizmente poucos) que criticam o paraguaio. Ele está lá para marcar golos e fá-lo na perfeição e em quantidades industriais. Não sei o que se pode querer mais! O Saviola também está em excelente forma e é o 7º jogo consecutivo em provas nacionais em que marca. O Fábio Coentrão é outro que não sabe jogar devagar e teve a importância habitual nos desequilíbrios atacantes. O Salvio e o Gaitán também estão em boa forma e são essenciais nas alas para abrir o nosso jogo. A defesa está muito sólida e não permitimos veleidades ao adversário.
Defrontaremos o Rio Ave em Vila do Conde no dia 26 e espero que voltemos finalmente a umas meias-finais da Taça de Portugal. Temos um calendário apertadíssimo e é essencial rodar a equipa, aproveitando a Taça da Liga. Mas para já teremos uma partida muito importante para o campeonato no Domingo frente ao Sr. Elmano Santos e à Académica. Não podemos perder mais pontos para o CRAC e, portanto, uma vitória é essencial.
segunda-feira, janeiro 10, 2011
Importante
Vencemos em Leiria por 3-0 e mantivemos as distâncias para o CRAC e para os lagartos, que tinham jogado e ganhado no dia anterior. Por causa disso, por ser o 1º jogo de 2011 e por defrontarmos o 4º classificado para o campeonato, era importante para aferir da nossa forma. Demos uma boa resposta, a vitória é incontestável, mas ainda há coisas para melhorar, porque em boa parte do 2º tempo andámos aos papéis.
Entrámos bem na partida, com velocidade e vontade de a resolver rapidamente. O Saviola esteve em destaque por se ter fartado de aparecer na zona de finalização, mas errou a pontaria nas primeiras três vezes. À quarta foi de vez e inaugurámos o marcador aos 27’ pelo argentino depois de uma assistência de cabeça do Salvio. Foi um remate de primeira sem hipóteses de defesa. Logo a seguir, o Salvio errou o cabeceamento por centímetros e poderíamos aí ter quase resolvido a partida.
Na 2ª parte, não estivemos em campo durante os primeiros 25 minutos. Completamente desconcentrados, sem conseguir ligar um passe, o que nos valeu foi o Leiria praticamente não criar perigo. Só com um golo de vantagem, eu estava a ver o caso malparado, porque ficaríamos sempre sujeitos ao empate num lance fortuito. O que esteve quase a surgir num canto em que o Roberto, inacreditavelmente, se deixou antecipar na pequena-área, mas o cabeceamento do adversário saiu por cima. Aos 71’ o Jesus resolveu acabar com a brincadeira e colocou o Rúben Amorim a fechar o flanco esquerdo, saindo o Carlos Martins e passando o Gaitán para o meio. A partir daqui, o jogo mudou. O Leiria deixou de mandar nele e nós tornámo-nos perigosos por conseguir finalmente sair em contra-ataque. O Cardozo proporcionou a defesa da noite ao guarda-redes e a recarga do Salvio embateu no poste, mas pouco depois, aos 80’, resolvemos a partida: jogada do Amorim, centro do Salvio, assistência do Cardozo e golo do Gaitán. Até final, ainda deu para o Tacuara se tornar o melhor marcador estrangeiro da história do Benfica ao fazer o 0-3 num belo remate de primeira, após um centro do Jara.
Em termos individuais, destaco o Cardozo pelo golo, pela assistência e por ter estado bastante em jogo, ao fazer belas aberturas nos flancos. O Saviola fez uma boa 1ª parte, mas desapareceu um pouco na 2ª e o Javi García foi importante na pressão que não deixou o Leiria sair a jogar pelo meio. Óptimo regresso do Luisão, a comandar a defesa toda, o David Luiz também está melhor e o Coentrão não sabe jogar mal, mesmo sem estar na forma que já evidenciou este ano. Apesar de não ter sido tão exuberante como em partidas anteriores, o Salvio acaba por estar nos dois primeiros golos, e o Gaitán esteve discreto, mas marcou um golito fundamental. Quanto ao Roberto, esperava não voltar a ver lances daqueles. Correu-nos bem desta vez, mas esteve quase a tornar-se um frango descomunal que nos poderia ter custado muito caro. Uma bola na pequena-área num canto tem sempre que ser do guarda-redes!
Este louco mês de Janeiro, com sete(!) encontros continua já na próxima 4ª feira em que defrontaremos o Olhanense para a Taça de Portugal. Será uma boa oportunidade para continuarmos esta senda vitória de partida a ganhar nas provas nacionais que já vai em sete. Além de que a Taça de Portugal é um grande objectivo assumido por nós esta época e eu quero muito voltar o Jamor!
Entrámos bem na partida, com velocidade e vontade de a resolver rapidamente. O Saviola esteve em destaque por se ter fartado de aparecer na zona de finalização, mas errou a pontaria nas primeiras três vezes. À quarta foi de vez e inaugurámos o marcador aos 27’ pelo argentino depois de uma assistência de cabeça do Salvio. Foi um remate de primeira sem hipóteses de defesa. Logo a seguir, o Salvio errou o cabeceamento por centímetros e poderíamos aí ter quase resolvido a partida.
Na 2ª parte, não estivemos em campo durante os primeiros 25 minutos. Completamente desconcentrados, sem conseguir ligar um passe, o que nos valeu foi o Leiria praticamente não criar perigo. Só com um golo de vantagem, eu estava a ver o caso malparado, porque ficaríamos sempre sujeitos ao empate num lance fortuito. O que esteve quase a surgir num canto em que o Roberto, inacreditavelmente, se deixou antecipar na pequena-área, mas o cabeceamento do adversário saiu por cima. Aos 71’ o Jesus resolveu acabar com a brincadeira e colocou o Rúben Amorim a fechar o flanco esquerdo, saindo o Carlos Martins e passando o Gaitán para o meio. A partir daqui, o jogo mudou. O Leiria deixou de mandar nele e nós tornámo-nos perigosos por conseguir finalmente sair em contra-ataque. O Cardozo proporcionou a defesa da noite ao guarda-redes e a recarga do Salvio embateu no poste, mas pouco depois, aos 80’, resolvemos a partida: jogada do Amorim, centro do Salvio, assistência do Cardozo e golo do Gaitán. Até final, ainda deu para o Tacuara se tornar o melhor marcador estrangeiro da história do Benfica ao fazer o 0-3 num belo remate de primeira, após um centro do Jara.
Em termos individuais, destaco o Cardozo pelo golo, pela assistência e por ter estado bastante em jogo, ao fazer belas aberturas nos flancos. O Saviola fez uma boa 1ª parte, mas desapareceu um pouco na 2ª e o Javi García foi importante na pressão que não deixou o Leiria sair a jogar pelo meio. Óptimo regresso do Luisão, a comandar a defesa toda, o David Luiz também está melhor e o Coentrão não sabe jogar mal, mesmo sem estar na forma que já evidenciou este ano. Apesar de não ter sido tão exuberante como em partidas anteriores, o Salvio acaba por estar nos dois primeiros golos, e o Gaitán esteve discreto, mas marcou um golito fundamental. Quanto ao Roberto, esperava não voltar a ver lances daqueles. Correu-nos bem desta vez, mas esteve quase a tornar-se um frango descomunal que nos poderia ter custado muito caro. Uma bola na pequena-área num canto tem sempre que ser do guarda-redes!
Este louco mês de Janeiro, com sete(!) encontros continua já na próxima 4ª feira em que defrontaremos o Olhanense para a Taça de Portugal. Será uma boa oportunidade para continuarmos esta senda vitória de partida a ganhar nas provas nacionais que já vai em sete. Além de que a Taça de Portugal é um grande objectivo assumido por nós esta época e eu quero muito voltar o Jamor!
segunda-feira, janeiro 03, 2011
Salvio
Vencemos o Marítimo por 2-0 na 1ª jornada da Taça da Liga e estamos no bom caminho para nos qualificarmos para as meias-finais. Dado que vamos defrontar o Olhanense em casa e o Aves fora, nem outra coisa me passa pela cabeça.
Numa partida em que o Jesus aproveitou para fazer rodar alguns jogadores pouco utilizados (Moreira, Fábio Faria, Airton, Sidnei e Kardec), a justiça da nossa vitória nunca esteve em causa. Marcámos os dois golos na 1ª parte, num fantástico remate do Salvio aos 24’ e num desvio oportuno do Saviola aos 39’, período em que nos exibimos em melhor plano. A 2ª parte foi mais fraca, mas tivemos o encontro sempre controlado e o Marítimo raramente criou perigo.
Para além da vitória, este jogo permitiu-me dissipar as poucas dúvidas que tinha: é melhor começarmos a juntar dinheiro para exercer a cláusula de opção do Salvio. Continua em grande forma, que já vem do mês de Dezembro, e é definitivamente o extremo que precisávamos. Para além do golão, venceu imensos duelos individuais com o lateral do seu lado e ainda se fartou de ajudar na defesa. Muito mais entrosado com a equipa, a sua confiança sobre a olhos vistos. Em vez de andarmos a gastar dinheiro em jogadores para depois os emprestar ou a pagar muito mais do que eles efectivamente valem, temos aqui um valor seguro que espero que aproveitemos. Porque, como dizia o Scolari, “caro é o que não rende”. Para além do Salvio, também gostei do Saviola, que já vai no 5º jogo consecutivo a marcar para provas nacionais e, a espaços, do Gaitán. Em plano menos positivo esteve o Fábio Faria (que jogou fora da sua posição, convém não esquecer) e quem o substituiu ao intervalo, o César Peixoto. Eu já critiquei várias vezes os adeptos que assobiam um jogador ainda antes de ele tocar na bola, como é o caso com este, mas também tenho que criticar um jogador que se esquece do cérebro no balneário antes de entrar em campo. Depois de perder um lance, o César Peixoto não só não recuperou defensivamente (foi a passo…), como ainda começou a mandar vir com os adeptos por estes mostrarem a sua impaciência. Incompreensível!
Se nos qualificarmos para as meias-finais e tudo correr pela lógica, defrontaremos os lagartos na Luz. De qualquer forma, espero que consigamos o objectivo de revalidar este título, porque não deixaria de ter piada que houvesse um troféu que, dos chamados grandes, só o Benfica tivesse.
P.S. – O CRAC lá perdeu finalmente (em casa com o Nacional por 1-2), mas o que se confirmou é que o Olegário é um árbitro(?) miserável. O penalty escamoteado ao Nacional já na parte final, com 1-2 no marcador, é uma vergonha semelhante ao nosso malfadado jogo em Guimarães este ano. Um roubo monstruoso!
Numa partida em que o Jesus aproveitou para fazer rodar alguns jogadores pouco utilizados (Moreira, Fábio Faria, Airton, Sidnei e Kardec), a justiça da nossa vitória nunca esteve em causa. Marcámos os dois golos na 1ª parte, num fantástico remate do Salvio aos 24’ e num desvio oportuno do Saviola aos 39’, período em que nos exibimos em melhor plano. A 2ª parte foi mais fraca, mas tivemos o encontro sempre controlado e o Marítimo raramente criou perigo.
Para além da vitória, este jogo permitiu-me dissipar as poucas dúvidas que tinha: é melhor começarmos a juntar dinheiro para exercer a cláusula de opção do Salvio. Continua em grande forma, que já vem do mês de Dezembro, e é definitivamente o extremo que precisávamos. Para além do golão, venceu imensos duelos individuais com o lateral do seu lado e ainda se fartou de ajudar na defesa. Muito mais entrosado com a equipa, a sua confiança sobre a olhos vistos. Em vez de andarmos a gastar dinheiro em jogadores para depois os emprestar ou a pagar muito mais do que eles efectivamente valem, temos aqui um valor seguro que espero que aproveitemos. Porque, como dizia o Scolari, “caro é o que não rende”. Para além do Salvio, também gostei do Saviola, que já vai no 5º jogo consecutivo a marcar para provas nacionais e, a espaços, do Gaitán. Em plano menos positivo esteve o Fábio Faria (que jogou fora da sua posição, convém não esquecer) e quem o substituiu ao intervalo, o César Peixoto. Eu já critiquei várias vezes os adeptos que assobiam um jogador ainda antes de ele tocar na bola, como é o caso com este, mas também tenho que criticar um jogador que se esquece do cérebro no balneário antes de entrar em campo. Depois de perder um lance, o César Peixoto não só não recuperou defensivamente (foi a passo…), como ainda começou a mandar vir com os adeptos por estes mostrarem a sua impaciência. Incompreensível!
Se nos qualificarmos para as meias-finais e tudo correr pela lógica, defrontaremos os lagartos na Luz. De qualquer forma, espero que consigamos o objectivo de revalidar este título, porque não deixaria de ter piada que houvesse um troféu que, dos chamados grandes, só o Benfica tivesse.
P.S. – O CRAC lá perdeu finalmente (em casa com o Nacional por 1-2), mas o que se confirmou é que o Olegário é um árbitro(?) miserável. O penalty escamoteado ao Nacional já na parte final, com 1-2 no marcador, é uma vergonha semelhante ao nosso malfadado jogo em Guimarães este ano. Um roubo monstruoso!
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