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segunda-feira, abril 27, 2009

Contra 12

Vencemos o Marítimo (3-2) e mantivemos a distância para os dois da frente, que também ganharam nesta jornada. Foi mais uma agradável exibição da nossa parte, especialmente no 1º tempo, numa partida marcada por uma arbitragem infame dessa criatura que eu me recuso a nomear por ter o mesmo nome do nosso maestro (Ó Rui, não queres registar o teu nome para que mais ninguém o possa usar?). Direi apenas que é o irmão desse outro grande artista da arbitragem portuguesa chamado Paulo Costa.

Quando aos 39’ fizemos o 3-0, ainda pensei que iríamos finalmente assistir descansados a um jogo na Luz, mas esqueci-me que aquele larápio também estava em campo. Entrámos bem na partida, com velocidade e a tentar empurrar o adversário para a sua área, se bem que o Marítimo, quando tinha a bola, não se coibia de avançar no terreno com cinco homens, o que tornou o jogo bastante vivo. Um cruzamento tenso do David Luiz, que não chegou a tocar em mais ninguém, só parou no fundo da baliza e fizemos assim o 1-0 aos 28’. Foi apenas a 3ª vez esta época em que marcámos na 1ª parte em jogos para o campeonato. E felizmente não ficámos por aqui, porque pouco depois o Cardozo bisou em apenas três minutos (34’ e 37’). Só que antes do intervalo o irmão do Sr. Paulo Costa entreteve-se a arranjar livres para o Marítimo perto da nossa área, já que de outro modo eles não chegavam à nossa baliza. E lá conseguiu os seus intentos, pois sofremos um golo dessa forma aos 44’.

Na 2ª parte, o Quique tirou o Aimar (lesionado?) e colocou o Di María. Ao contrário da 1ª, não entrámos tão bem já que concedemos muitos espaços ao adversário para desenvolver o seu jogo atacante. A distância do Ruben Amorim e do Carlos Martins para os nossos defesas era muito grande, o que permitia ao Marítimo ter a bola nessa zona. O Quique ia colocar o Kasouranis para equilibrar isso mesmo, mas pouco antes disso (60’) o irmão do Sr. Paulo Costa resolveu dar mais emoção à partida, inventando um penalty num lance em que o Maxi Pereira não toca no adversário (coloca a sua perna ao lado da dele, mas não lhe seja a tocar). Há um nome para isto que começa por "r" acaba em "o" e tem "oub" no meio. O Quique manteve a substituição e o que é certo é que, a partir daí, o Marítimo deixou de ter tanto espaço naquela zona. Nós íamos fazendo contra-ataques perigosos, mas à semelhança da 2ª parte de Setúbal não fomos eficazes na hora de rematar à baliza. Criámos várias oportunidades, mas nunca conseguimos matar o jogo. Só que como não houve mais nenhum jogador do Marítimo a entrar na nossa área, o irmão do Sr. Paulo Costa não teve possibilidade de arranjar mais nenhum penalty. No entanto, conseguiu, isso sim, distribuir amarelos como o CRAC distribui fruta pelos árbitros e terminámos a partida com cinco jogadores amarelados contra somente um do adversário. Critérios de cafézinho com leite, obviamente.

Individualmente tenho que destacar o Cardozo. Seis golos nos últimos quatro jogos é notável e demonstram mais uma vez (como se fosse necessário...) que é o melhor ponta-de-lança que o Benfica tem em vários anos. Saibamos mantê-lo é o que desejo e só fico com um amargo de boca ao pensar no que poderia ter sido a nossa época, se ele tivesse sido mais vezes titular. Também gostei da 1ª parte do Reyes (desceu um bocado na 2ª) e do jogo todo do Ruben Amorim. Aliás, acho que esta melhoria exibicional se pode atribuir a dois factores que muita gente andava a reivindicar há muito tempo: dois pontas-de-lança e Ruben Amorim no meio. Queria ainda destacar o Maxi Pereira, que continua um autêntico relógio suíço.

Para a semana teremos um jogo complicadíssimo na Madeira perante o Nacional e, se levarmos com outro larápio como este irmão do Sr. Paulo Costa, temo o pior. Teremos que ser MUITÍSSIMO melhores que o adversário para ganhar, algo que nunca tem que suceder aos outros dois. E depois ainda acham que o Lucho e o Hulk fazem muita falta! Com Olegários e afins em campo, não têm nada com que se preocupar.

segunda-feira, abril 20, 2009

Até qu’enfim!

Vencemos em Setúbal (4-0) e pela segunda semana consecutiva realizámos uma boa exibição. No entanto, e à semelhança da jornada passada, o resultado não traduz o que se passou em campo, já que ficámo-nos a dever pelo menos outros tantos golos. Fizemos 30(!) remates e criámos bastantes oportunidades perante um V. Setúbal que só jogou até sofrer o 1º tento aos 26’.

Com o mesmo onze que tinha defrontado a Académica, exibimos uma dinâmica poucas vezes vista esta época. Se tivéssemos jogado sempre assim, estaríamos provavelmente na frente do campeonato. A dupla de meio-campo (Carlos Martins e Ruben Amorim) funcionou bastante bem e, se o primeiro por vezes faz alguns passes disparatados, isso é porque arrisca em jogar para a frente, o que é sempre de saudar. Gosto muito do Katsouranis, mas se ele se quer mesmo ir embora para o ano, se calhar é boa ideia ir experimentado outras soluções. O Reyes esteve endiabrado na direita, o Aimar partia da esquerda para o meio e os pontas-de-lança (Cardozo e Nuno Gomes) marcaram dois golos cada um. Perante isto, o que poderíamos pedir mais? A partida começou equilibrada, mas o Benfica demonstrou sempre vontade de procurar a baliza contrária. Fizemos alguns remates fora da área e aos 26’ um bom centro do Sidnei na direita permitiu ao Nuno Gomes fazer um movimento à ponta-de-lança e antecipar-se de cabeça aos defesas, inaugurando o marcador. Foi um excelente golo! Dois minutos depois, um livre do Carlos Martins encontrou o Cardozo na área e este fuzilou o guarda-redes. Uma pouco habitual jogada de contra-ataque no tempo de compensação da 1ª parte permitiu-nos aumentar o marcador novamente pelo paraguaio. Finalmente chegámos ao intervalo com o jogo ganho e com o resultado que eu gostaria sempre que acontecesse para ver uma 2ª parte perfeitamente descansado.

E foi isso que se passou. Só que com uma pequena nuance: aproveitámos a embalagem para tentar ampliar o marcador, o que não tem sido nada habitual este ano. Geralmente, pomo-nos a “controlar o jogo” com a vantagem mínima em vez de tentar ampliá-la e neste jogo fizemos isso com uma diferença de três golos. Infelizmente a pontaria na 2ª parte esteve bastante desafinada e só conseguimos marcar mais uma vez novamente pelo Nuno Gomes. Já se tinha dado a entrada do Di María para o lugar do Reyes (caiu de costas ainda na 1ª parte e o Quique resolveu não o forçar), que nos deu mais velocidade, fazendo-nos aproveitar melhor a pouca pedalada que os jogadores do V. Setúbal tinham. Como consequência disso, o Cardozo e o Nuno Gomes falharam pelo menos mais dois golos cada um, naquilo que poderia ter sido um resultado histórico.

Em termos individuais, há que destacar os dois pontas-de-lança. O Cardozo já tem 11 golos e é o 3º melhor marcador do campeonato. O Nuno Gomes, mesmo com as críticas que lhe têm sido feitas, já tem sete. São números nada desprezíveis para quem só tem sido titular nos últimos jogos. Gostei de todo o meio-campo do Benfica pelo dinamismo que imprimiu ao nosso jogo e só espero que estas exibições sejam para manter.

Como os rivais ganharam ambos (os “lagartos” deram a volta ao marcador em Guimarães nos últimos 10 minutos e o CRAC venceu em Coimbra), as distâncias mantêm-se. Resta-nos continuar a ganhar as nossas partidas e esperar escorregadelas alheias.

P.S. – É perfeitamente inacreditável o penalty que o Sr. Olegário Benquerença não marcou no Académica – CRAC por mão DESCARADA do Raul Meireles com o resultado ainda em 0-0. Aliás, este senhor é perito em não ver lances destes (relembre-se o Leixões – Benfica). No entanto, curiosamente no recente Hamburgo – Manchester City da Taça Uefa já foi capaz de ver um lance semelhante. O que só me pode levar a concluir que este senhor é um LADRÃO COBARDE. Deveria deixar JÁ de apitar jogos. Para bem do futebol e da nossa higiene visual.

quinta-feira, abril 16, 2009

Thank You!



Nunca tinham perdido um jogo em casa frente a adversários ingleses? Pois, há sempre uma 1ª vez para tudo... Bye, bye!

domingo, abril 12, 2009

Inglório

No jogo da época em que criámos mais oportunidade de golo, perdemos em casa com a Académica (0-1) e dissemos definitivamente adeus ao título. Mesmo o 2º lugar, com os lagartos a quatro pontos, afigura-se extraordinariamente difícil. Teremos tempo de fazer o balanço da época no final, mas sinceramente hoje acho muito injusto crucificar o treinador ou os jogadores.

Não deixa de ser irónico como ganhámos três pontos na semana passada com uma exibição lamentável e ontem ficámos a zero com uma performance que nos daria para ganhar no mínimo três jogos. Construímos inúmeras oportunidades e o guarda-redes contrário (Peskovic) foi o melhor em campo, mas o adversário fez dois remates à baliza e ganhou o jogo. Isto é futebol, agora o que está longe de o ser é o Sr. Marco Ferreira da Madeira anular um golo limpo ao Aimar (deveria é ser penalty do guarda-redes sobre o Nuno Gomes e não falta atacante) e não assinalar um empurrão descarado ao David Luiz dentro da área a 10’ do fim (já para não falar de um fora-de-jogo em que o Aimar, que ficaria isolado, nem em linha estava, ainda com 0-0).

Vamos lá tentar fazer a contabilidade, porque sinceramente acho que vale a pena. Vou só referir claras oportunidades de golo: duas bolas aos ferros (Aimar e Cardozo), Reyes (falhou por pouco o desvio a um centro do Aimar) David Luiz (uma isolado, com remate ao lado e duas para defesa do guarda-redes), Cardozo (guarda-redes), Aimar (defesa sobre a linha), Maxi Pereira (grande defesa do Peskovic), Mantorras (cabeceamento a rasar o poste), Balboa (cabeceamento à figura). Portanto, 11-1 deveria ter sido o resultado se fôssemos eficazes. A juntar a isto, o tal golo anulado mais um penalty por assinalar (no estádio pareceu-me forçado, mas na televisão fiquei sem dúvidas: o David Luiz é mesmo empurrado pelas costas pelo adversário) e temos a segunda derrota consecutiva em casa.

Não fomos brilhantes, porém a equipa lutou, esforçou-se, só que a sorte não quis nada connosco. Por isso mesmo é que me custou muito ver lenços brancos no final da partida. Houve “n” jogos (inclusive alguns que ganhámos) em que eles eram muitos mais justificados do que ontem. Perdemos e deveríamos ter ganho, é verdade, mas protestar depois de um encontro assim não só é uma terrível falta de solidariedade com a equipa (coisa rara esta época, deve dizer-se), como também revela a incapacidade que muita gente tem de ver para além do resultado. Provavelmente foram os mesmos que aplaudiram depois de termos ganho ao Penafiel nos penalties para a Taça, após uma exibição inenarrável.

A época não vai ser brilhante, mas recuso-me a cometer injustiças. Ontem despedi-me da equipa com aplausos. Estou convencido que, se jogássemos mais regularmente com este querer e lutando contra a adversidade, seríamos campeões. Nem sempre teríamos a malatapa de ontem.

segunda-feira, abril 06, 2009

Boa decisão

Vencemos na Amadora (2-1) apesar de termos feito uma exibição vergonhosa. Como os rivais também ganharam, manteve-se tudo na mesma na frente, mas sinceramente a jogar este futebol(?) não se perspectiva nada de bom no futuro.

Ainda pensei ir ao jogo, mas a terrível experiência da época passada, os 20€ do bilhete e, principalmente, o facto de não estarmos a jogar nada, fizeram-me ficar em casa. E foram, sem dúvida, os 20€ melhor poupados da minha vida! O jogo foi pavoroso e é inadmissível que uma equipa como o Benfica, a ganhar por 2-0 aos 16’, não só não embale para uma exibição minimamente razoável (estamos em Abril...), como ainda fique à mercê de um possível empate, porque resolveu defender a vantagem mínima. Mas o que é ainda mais inexplicável é que, não tendo o E. Amadora treinado nos últimos 10 dias(!), não se tenha visto a menor diferença entre a preparação das equipas. É vergonhoso que os jogadores do Benfica não tenham mostrado em campo que se têm treinado regularmente. Sem raça, sem querer e sem ambição, esta exibição poderia perfeitamente ter sido feita no ano passado, que não destoaria. Três penalties (no primeiro a nosso favor, a falta foi feita fora da área, mas o lance foi muito rápido e o Nuno Gomes caiu já lá dentro) fizeram a história do jogo e pouco mais há a dizer.

Os jogos das selecções a meio da semana não servem de desculpa, porque assim sendo a maior parte das equipas europeias não jogaria nada também. Tampouco servem de desculpa as lesões do Reyes e Luisão. Uma equipa do Benfica tem SEMPRE que mostrar mais que isto. O Quique veio dizer no final que “dias maus, todas as equipas têm”, mas o problema é que estes “dias maus” estão a ser regra em vez de excepção neste ano. A equipa não demonstra evolução nenhuma desde o início da época e hoje conseguimos a proeza de não fazer uma única jogada de jeito, com princípio, meio e fim, durante toda a partida! Não sei mesmo o que se passa, mas lá que é preocupante, isso é indesmentível. Ainda pensei que a vitória na Taça da Liga servisse de factor de motivação extra para a equipa, mas já se viu que não. Por estes motivos, não vou destacar ninguém individualmente. A equipa esteve péssima como um todo.

Como o E. Amadora esteve 10 dias sem treinar, acabámos por ganhar, o que acho que não aconteceria se eles tivessem tido uma semana de trabalho normal. Vencer era fundamental e foi conseguido, mas não percebo onde é que queremos chegar a jogar assim...

P.S. – Apesar dos três penalties defendidos na final da Taça da Liga, não percebi a titularidade do Quim. Se aqui estive frontalmente contra a alteração na baliza, também agora não vi motivo nenhum para que o Moreira deixasse de ser titular. O treinador lá saberá, mas eu acho uma decisão muito injusta para o nosso nº 1.