origem

domingo, fevereiro 03, 2008

Decepção

Quer dizer: uma pessoa faz uma pausa de 2h30 num casamento, consegue escapar-se do copo-de-água sem ninguém dar conta (as pessoas continuam a insistir em casar em dias de jogo do Benfica, o que é que se há-de fazer?), anda a fazer piscinas entre a Linha do Estoril e o Estádio da Luz só para não perder um jogo do Glorioso ao vivo, e é brindado com um resultado e, pior do que tudo, uma exibição destas. Empatámos 0-0 com o Nacional da Madeira em mais uma péssima partida da nossa parte e a distância para o 1º lugar aumentou para 10 pontos.

Perante aquelas condicionantes todas, só consegui chegar ao estádio a cinco minutos do intervalo, ainda a tempo de ver a grande perdida do Di María. Pelo que me disseram, assisti ao melhor período do Benfica (a 2ª parte), mas no fim pensei: se aquilo foi o melhor, eu faço ideia do resto. Já pude comprovar, ao ver a gravação da 1ª parte, que foi de facto mais uma exibição exasperante. Entrámos da maneira habitual (já se percebeu que Guimarães foi uma excepção) e, se não fosse o Quim, poderíamos ter sofrido um golo antes do intervalo. Com o Rui Costa castigado, ainda se notam mais as dificuldades que temos em transpor a bola para o ataque e a lesão muscular do Nuno Gomes, perto do intervalo, também não ajudou nada. A equipa jogava de forma lenta e muito previsível.

Na 2ª parte, as coisas melhoraram um pouco, mas MUITO longe daquilo que é exigível. A entrada do Léo (68’) acabou por se justificar, mas não percebi porque saiu o Nélson em vez do Luís Filipe. Claro que o público não gosta de, com o jogo empatado, ver sair um defesa e entrar outro, mas o que é certo é que passámos a criar mais perigo pela esquerda. Ao invés, não percebi porque é que o Camacho esperou até aos 80’ para fazer entrar o Mantorras e, principalmente, porque é que saiu o Di María, já que apesar de as coisas nem sempre lhe correrem bem, pelo menos estava a esforçar-se e tem algo que falta à maioria da equipa: velocidade. Com o Luís Filipe e o Maxi Pereira em campo, parece-me que a opção deveria ter sido outra.

Os jogadores parecem descrentes e muito pouco confiantes nas suas capacidades. Além disso, a má forma continua a imperar nalguns elementos-chave. O Petit mostrou que o jogo de Guimarães foi uma excepção, mas se ele esteve condicionado durante grande parte da semana, não percebo porque é que se insiste na sua titularidade quando está mais que provado que, sem estar a 100%, o seu rendimento desce a pique. O Luisão é outro que não parece o mesmo, além de continuarmos com o problema crónico da falta de um extremo-direito e não termos aproveitado Janeiro para corrigir isso. Com o abaixamento de forma dos mais experientes, a falta de maturidade dos mais novos e a pouco classe dos restantes vai fazer-se aparentemente a nossa época este ano.

O que valeu foi que os lagartos não nos desiludiram e perderam em Belém, pelo que aumentámos para quatro pontos a vantagem sobre eles. Mas, por outro lado, temos o V. Guimarães a três. Cheira-me que vai ser um resto de campeonato penosamente longo...

P.S. – Será que o Cardozo ficou de castigo por ter marcado um golo de livre directo?!

1 comentário:

LF disse...

Leiam "O Carnaval da Luz" em

www.vedetadabola.blogspot.com