quarta-feira, março 29, 2006
Frenético
Foi dos jogos mais intensos que me lembro de ver. Acabámos por conseguir não sofrer nenhum golo, pelo que o 0-0 deixa tudo na mesma. Aqueles que esperavam uma grande humilhação desde o jogo frente ao Manchester ficaram desiludidos mais uma vez. Batemo-nos de igual para igual com o Barça e, apesar de eles terem tido mais oportunidades de golo, também tivemos as nossas chances de marcar, curiosamente mais até do que no 1º jogo frente ao Liverpool. E com um descarado penalty a nosso favor por assinalar (o Motta, se alguma vez for dispensado do Barça, é uma boa hipótese para o clube regional, já que defende tão bem com as mãos dentro da área como o Pepe e o César Peixoto) poderíamos perfeitamente ter ganho a partida.
O Koeman tirou outro “coelho da cartola” e manteve o Ricardo Rocha a defesa-direito para marcar o Ronaldinho. Resta dizer que o nosso nº 33 foi o melhor em campo. Além disso, deverá entrar para o Guiness porque marcar 90 minutos o melhor jogador do mundo sem cometer uma única (!) falta é certamente recorde mundial. Porém, entrámos muito mal no jogo, tal como o Koeman salientou. A nossa 1ª parte foi muito fraca (o nosso único lance de perigo foi uma boa arrancada do Geovanni que rematou ligeiramente por cima da barra) e tivemos bastante sorte em conseguir sair para o intervalo com a nossa baliza inviolada. Isto apesar de o Moretto ter feito quatro (q-u-a-t-r-o!) fantásticas assistências (dois pontapés falhados, um atraso recolhido com as mãos e um passe de morte perto do intervalo) para os jogadores do Barça que eles desaproveitaram. É certo que fez algumas defesas importantes, mas o Benfica não se pode dar ao luxo de ter um guarda-redes que comete quatro (q-u-a-t-r-o!) fífias num só jogo da Liga dos Campeões. A única vantagem que ele tem em relação ao Quim é que reza muito no campo e isso deve ter-nos ajudado, já que a exemplo do jogo em Anfield sofremos duas bolas nos postes, mais uns quantos jogadores contrários isolados e a baliza manteve-se inviolada. Por outro lado, não percebi a titularidade do Robert. Toda a gente sabe que o homem não é de grandes correrias e o jogo também não lhe proporcionou hipóteses de fazer rolar a bola como ele gosta, mas quando tivemos um livre ligeiramente perigoso quem o marcou foi o… Petit! Claro que houve um espectador no terceiro anel que lhe agradeceu. Se o francês nem sequer marca as bolas paradas porque é que está em campo numa partida desta intensidade?
Na 2ª parte com a entrada do Miccoli fomos bastante mais perigosos. O Barça teve as tais duas bolas aos postes no mesmo minuto e outro lance que proporcionou uma grande defesa ao Moretto, mas baixou de ritmo e a seguir à saída do Deco a 15 minutos do fim não fez mais nada. Nós jogámos com muito mais velocidade e tivemos pelo menos três hipóteses de marcar: Miccoli e Geovanni na mesma jogada e um remate do Simão isolado que o Valdés defendeu com o pé. Para além disso, houve o tal lance do penalty e uns três remates fora da área que criaram perigo. Individualmente para além do Ricardo Rocha, gostei imenso do Beto que esteve excelente na marcação ao Deco e teve a inteligência de quando recuperava a bola a passar ao companheiro que estava mais perto, quase não errando passes por isso. O Simão também fez um jogão e demonstrou mais uma vez que é um jogador de outro nível. O Manuel Fernandes está cheio de confiança e a sua cotação subiu certamente mais uns quantos milhõesitos de euros. No global a equipa esteve toda bem e, para além do Robert, o único de que não gostei tanto foi do Anderson que, principalmente na 1ª parte, teve alguns lances em que foi batido muito facilmente. O Geovanni não este tão participativo como em outros jogos em que alinhou a ponta-de-lança e notou claramente a falta do apoio do Nuno Gomes.
Quanto ao Barça, é uma máquina de jogar à bola e infelizmente, ao contrário do Liverpool, não poupou alguns jogadores na 1ª mão. A sua troca de bola é perfeita e quase não erram passes. Depois, têm jogadores que numa aceleração batem logo o defesa, mas ainda bem que estivemos em geral muito concentrados. O jogo de lá vai ser terrível. Vamos sofrer imenso, mas com um bocadinho de sorte podemos passar. Temos que defender bem e ser rápidos no contra-ataque. Da equipa que iniciou hoje o jogo, só tirava o Robert e punha o regressado Nuno Gomes. Como disse no post anterior, não temos nada a perder. E certamente os quatro milhões de adeptos portugueses do Barça estarão apreensivos. Afinal, basta que o Benfica marque e não perca para que eles tenham mais um grande desgosto.
O Koeman tirou outro “coelho da cartola” e manteve o Ricardo Rocha a defesa-direito para marcar o Ronaldinho. Resta dizer que o nosso nº 33 foi o melhor em campo. Além disso, deverá entrar para o Guiness porque marcar 90 minutos o melhor jogador do mundo sem cometer uma única (!) falta é certamente recorde mundial. Porém, entrámos muito mal no jogo, tal como o Koeman salientou. A nossa 1ª parte foi muito fraca (o nosso único lance de perigo foi uma boa arrancada do Geovanni que rematou ligeiramente por cima da barra) e tivemos bastante sorte em conseguir sair para o intervalo com a nossa baliza inviolada. Isto apesar de o Moretto ter feito quatro (q-u-a-t-r-o!) fantásticas assistências (dois pontapés falhados, um atraso recolhido com as mãos e um passe de morte perto do intervalo) para os jogadores do Barça que eles desaproveitaram. É certo que fez algumas defesas importantes, mas o Benfica não se pode dar ao luxo de ter um guarda-redes que comete quatro (q-u-a-t-r-o!) fífias num só jogo da Liga dos Campeões. A única vantagem que ele tem em relação ao Quim é que reza muito no campo e isso deve ter-nos ajudado, já que a exemplo do jogo em Anfield sofremos duas bolas nos postes, mais uns quantos jogadores contrários isolados e a baliza manteve-se inviolada. Por outro lado, não percebi a titularidade do Robert. Toda a gente sabe que o homem não é de grandes correrias e o jogo também não lhe proporcionou hipóteses de fazer rolar a bola como ele gosta, mas quando tivemos um livre ligeiramente perigoso quem o marcou foi o… Petit! Claro que houve um espectador no terceiro anel que lhe agradeceu. Se o francês nem sequer marca as bolas paradas porque é que está em campo numa partida desta intensidade?
Na 2ª parte com a entrada do Miccoli fomos bastante mais perigosos. O Barça teve as tais duas bolas aos postes no mesmo minuto e outro lance que proporcionou uma grande defesa ao Moretto, mas baixou de ritmo e a seguir à saída do Deco a 15 minutos do fim não fez mais nada. Nós jogámos com muito mais velocidade e tivemos pelo menos três hipóteses de marcar: Miccoli e Geovanni na mesma jogada e um remate do Simão isolado que o Valdés defendeu com o pé. Para além disso, houve o tal lance do penalty e uns três remates fora da área que criaram perigo. Individualmente para além do Ricardo Rocha, gostei imenso do Beto que esteve excelente na marcação ao Deco e teve a inteligência de quando recuperava a bola a passar ao companheiro que estava mais perto, quase não errando passes por isso. O Simão também fez um jogão e demonstrou mais uma vez que é um jogador de outro nível. O Manuel Fernandes está cheio de confiança e a sua cotação subiu certamente mais uns quantos milhõesitos de euros. No global a equipa esteve toda bem e, para além do Robert, o único de que não gostei tanto foi do Anderson que, principalmente na 1ª parte, teve alguns lances em que foi batido muito facilmente. O Geovanni não este tão participativo como em outros jogos em que alinhou a ponta-de-lança e notou claramente a falta do apoio do Nuno Gomes.
Quanto ao Barça, é uma máquina de jogar à bola e infelizmente, ao contrário do Liverpool, não poupou alguns jogadores na 1ª mão. A sua troca de bola é perfeita e quase não erram passes. Depois, têm jogadores que numa aceleração batem logo o defesa, mas ainda bem que estivemos em geral muito concentrados. O jogo de lá vai ser terrível. Vamos sofrer imenso, mas com um bocadinho de sorte podemos passar. Temos que defender bem e ser rápidos no contra-ataque. Da equipa que iniciou hoje o jogo, só tirava o Robert e punha o regressado Nuno Gomes. Como disse no post anterior, não temos nada a perder. E certamente os quatro milhões de adeptos portugueses do Barça estarão apreensivos. Afinal, basta que o Benfica marque e não perca para que eles tenham mais um grande desgosto.
terça-feira, março 28, 2006
Nada a perder
Logo mais, às 19h45, a melhor equipa do mundo vai defrontar o… Barcelona! Saibamos desfrutar este momento único de receber em casa o campeão de Espanha para os quartos-de-final da Liga dos Campeões que outros só o podem fazer… na Playstation. Só temos a ganhar com este jogo. A maior parte do mundo desportivo, incluindo os quatro milhões de adeptos do Barcelona em Portugal, espera a nossa derrota. Mas 65.000 espectadores ao vivo tentarão levar-te à vitória, gritando a uma só voz:
FORÇA BENFICA!
FORÇA BENFICA!
segunda-feira, março 27, 2006
III Jantar de Bloguiquistas
Pois é, meu/minhas caro(a)s. A “comissão organizadora” dos jantares anteriores (D'Arcy, HMémnon e eu próprio) contou com a preciosa colaboração/sugestão do TMA e propõe novo encontro da blogosfera benfiquista para um terceiro repasto em conjunto. Será no sábado, dia 8 de Abril, às 20h no local do costume, ou seja na Catedral da Cerveja em pleno Estádio da Luz. Não se preocupem que o jogo frente ao Marítimo é só no dia 9 (às 18h30, já agora), pelo que poderemos comemorar à vontade a eliminação do Barcelona nesse sábado! :-) Se por acaso isso não acontecer, celebraremos como habitualmente a benção de sermos deste Glorioso clube e ainda nos poderemos divertir a ver em directo os lagartos frente ao clube regional, num jogo em que ambas as claques vão certamente festejar os golos da mesma maneira (“SLB, FDP, SLB”).
Quem estiver interessado(a) em ir é favor enviar-me um email para: naosemencioneoexcremento@hotmail.com.
Quem estiver interessado(a) em ir é favor enviar-me um email para: naosemencioneoexcremento@hotmail.com.
domingo, março 26, 2006
Muito importante
As nossas cabeças já só pensam no jogo da próxima 3ª feira, mas esta partida frente ao Braga era mais importante do que o jogo frente ao Barça. A nossa vitória por 1-0 permitiu-nos distanciar cinco pontos dos bracarenses, consolidar o 3º lugar e colocar pressão nos rivais que ainda não jogaram. Independentemente do resultado deles, espero que este triunfo nos coloque pelo menos na pré-eliminatória da Champions do próximo ano (daí a importância deste jogo), porque com a carreira que já fizemos esta temporada seria uma decepção ficarmos de fora na próxima época.
Finalmente houve um jogo que nos correu bem. Um golo do Nuno Gomes (aleluia!), com ressalto num defesa, logo ao minuto e meio de jogo, ajudou-nos e de que maneira. O desvio é muito bom, mas o centro do Robert é ainda melhor. O francês pode não correr muito (e não o faz, é certo), mas tem excelentes pormenores e tem sido decisivo em algumas partidas. Aquele pé esquerdo põe a bola onde quer e sinceramente prefiro um jogador que não corra muito mas faça a bola circular do que um maratonista que volte com a bola ao sítio de partida. Para este jogo, o Koeman deixou o Geovanni e o Nélson (que não se treinou durante uns dias) no banco já a pensar no Barça. O Ricardo Rocha jogou na direita e foi um dos melhores da equipa, tanto a defender como a apoiar o ataque. Tivemos 20 minutos iniciais muito bons, mas depois limitámo-nos a controlar o jogo, o que fizemos bem, sem dúvida, mas esta estratégia deixa-me sempre com o coração nas mãos, porque num lance de bola parada ou numa jogada furtuita arriscamo-nos a sofrer um golo. Felizmente, o Braga não criou muitas oportunidades e não passámos por situações complicadas. A partir da entrada do Karagounis e com o segundo amarelo ao Luís Filipe no último quarto-de-hora, o jogo acabou. O grego é mestre a esconder a bola e o Braga deixou de atacar.
Na altura mais importante da época, temos alguns jogadores a voltar à boa forma, como é o caso do Simão e do Manuel Fernandes. O Léo foi dos melhores, como habitualmente, e a defesa (excepto o guarda-redes) esteve bem. Aliás, temos um grande problema com o guarda-redes. Hoje houve duas situações de apuros graças ao Moretto, na sequência de bolas despejadas para a área em que ele anda sistematicamente aos papéis. Espero que esta insistência num tipo que há duas épocas era suplente do Felgueiras em vez do suplente da selecção vice-campeã da Europa não nos saia cara no futuro, nomeadamente já na próxima terça. O Beto também entrou muito bem para o lugar do Petit (outra poupança a meio da 2ª parte). O Nuno Gomes lá voltou aos golos, mas infelizmente não pode jogar frente ao Barça. Quero ver a falta que o ponta-de-lança desse jogo (Geovanni ou Miccoli) vai ter dele. É certo que ele me tem exasperado nos últimos tempos devido à sua falta de pontaria e à pouca apetência para rematar à baliza, mas espero (embora duvide) que a sua ausência não seja notada daqui a três dias.
Um última referência para mais uma excelente assistência na Luz: 49.628 espectadores. Nos jogos disputados em casa este ano estamos com uma média de 42.427 pessoas o que é verdadeiramente notável. Espero que isto continue assim na próxima época, já que o estádio da Luz cheio é uma das melhores visões que se podem ter. Que a enchente da próxima terça-feira seja inspiradora dos jogadores para mais uma noite europeia à Benfica. “Não há duas sem três”…
Finalmente houve um jogo que nos correu bem. Um golo do Nuno Gomes (aleluia!), com ressalto num defesa, logo ao minuto e meio de jogo, ajudou-nos e de que maneira. O desvio é muito bom, mas o centro do Robert é ainda melhor. O francês pode não correr muito (e não o faz, é certo), mas tem excelentes pormenores e tem sido decisivo em algumas partidas. Aquele pé esquerdo põe a bola onde quer e sinceramente prefiro um jogador que não corra muito mas faça a bola circular do que um maratonista que volte com a bola ao sítio de partida. Para este jogo, o Koeman deixou o Geovanni e o Nélson (que não se treinou durante uns dias) no banco já a pensar no Barça. O Ricardo Rocha jogou na direita e foi um dos melhores da equipa, tanto a defender como a apoiar o ataque. Tivemos 20 minutos iniciais muito bons, mas depois limitámo-nos a controlar o jogo, o que fizemos bem, sem dúvida, mas esta estratégia deixa-me sempre com o coração nas mãos, porque num lance de bola parada ou numa jogada furtuita arriscamo-nos a sofrer um golo. Felizmente, o Braga não criou muitas oportunidades e não passámos por situações complicadas. A partir da entrada do Karagounis e com o segundo amarelo ao Luís Filipe no último quarto-de-hora, o jogo acabou. O grego é mestre a esconder a bola e o Braga deixou de atacar.
Na altura mais importante da época, temos alguns jogadores a voltar à boa forma, como é o caso do Simão e do Manuel Fernandes. O Léo foi dos melhores, como habitualmente, e a defesa (excepto o guarda-redes) esteve bem. Aliás, temos um grande problema com o guarda-redes. Hoje houve duas situações de apuros graças ao Moretto, na sequência de bolas despejadas para a área em que ele anda sistematicamente aos papéis. Espero que esta insistência num tipo que há duas épocas era suplente do Felgueiras em vez do suplente da selecção vice-campeã da Europa não nos saia cara no futuro, nomeadamente já na próxima terça. O Beto também entrou muito bem para o lugar do Petit (outra poupança a meio da 2ª parte). O Nuno Gomes lá voltou aos golos, mas infelizmente não pode jogar frente ao Barça. Quero ver a falta que o ponta-de-lança desse jogo (Geovanni ou Miccoli) vai ter dele. É certo que ele me tem exasperado nos últimos tempos devido à sua falta de pontaria e à pouca apetência para rematar à baliza, mas espero (embora duvide) que a sua ausência não seja notada daqui a três dias.
Um última referência para mais uma excelente assistência na Luz: 49.628 espectadores. Nos jogos disputados em casa este ano estamos com uma média de 42.427 pessoas o que é verdadeiramente notável. Espero que isto continue assim na próxima época, já que o estádio da Luz cheio é uma das melhores visões que se podem ter. Que a enchente da próxima terça-feira seja inspiradora dos jogadores para mais uma noite europeia à Benfica. “Não há duas sem três”…
quinta-feira, março 23, 2006
Divertido
Gosto sempre de ver jogos entre duas faces da mesma moeda: o Anti-Benfica. Ganhou o Anti-Benfica do Norte nos penalties (5-4) depois de 1-1 nos 120 minutos, num jogo que provavelmente a grande maioria dos adeptos dos dois clubes não terá visto com grande atenção, porque o Benfica não estava presente, logo não poderiam festejar uma possível derrota. Foi bonito ver a convivência salutar entre os adeptos do clube regional e os lagartos nas bancadas, ou não estivessem eles unidos por um interesse comum (alguém se lembra de ver benfiquistas misturados com os adeptos da casa quando lá fomos ganhar em Novembro passado?).
Se fosse contra o Benfica, os adeptos do Anti-Benfica do Sul certamente achariam que a arbitragem do Sr. Benquerença foi um escândalo: um penalty e consequente expulsão do Pepe por jogar a bola com a mão (aliás, o César Peixoto tem um bom substituto, já que na semana passada este mesmo Pepe teve um lance igual no jogo frente ao Marítimo, obviamente também não sancionado), pelo menos três foras-de-jogo mal assinalados aos lagartos, um fora-de-jogo não assinalado ao McCarthy (que ia marcando golo nessa jogada) e para compor o ramalhete, e já depois do Liedson fazer o 1-0 na 2ª parte do prolongamento, um segundo amarelo forçadíssimo ao Caneira, na sequência de um sururu, porque era preciso equilibrar as coisas e o clube regional nunca poderia perder dois jogos frente aos outros grandes no seu próprio estádio no mesmo ano.
Mas não. O Paulo Bento (como benfiquista que é) tem chamou a atenção para esta arbitragem vergonhosa, mas palpita-me que as suas declarações não vão ter muito eco nos adeptos do clube que ele treina actualmente. O comum adepto lagarto vai continuar a achar que um escândalo foi a alteração de local do Estoril-Benfica do ano passado e a expulsão do Hugo Viana para a Taça. Não tirem as palas vermelhas dos olhos que não é preciso…
Se fosse contra o Benfica, os adeptos do Anti-Benfica do Sul certamente achariam que a arbitragem do Sr. Benquerença foi um escândalo: um penalty e consequente expulsão do Pepe por jogar a bola com a mão (aliás, o César Peixoto tem um bom substituto, já que na semana passada este mesmo Pepe teve um lance igual no jogo frente ao Marítimo, obviamente também não sancionado), pelo menos três foras-de-jogo mal assinalados aos lagartos, um fora-de-jogo não assinalado ao McCarthy (que ia marcando golo nessa jogada) e para compor o ramalhete, e já depois do Liedson fazer o 1-0 na 2ª parte do prolongamento, um segundo amarelo forçadíssimo ao Caneira, na sequência de um sururu, porque era preciso equilibrar as coisas e o clube regional nunca poderia perder dois jogos frente aos outros grandes no seu próprio estádio no mesmo ano.
Mas não. O Paulo Bento (como benfiquista que é) tem chamou a atenção para esta arbitragem vergonhosa, mas palpita-me que as suas declarações não vão ter muito eco nos adeptos do clube que ele treina actualmente. O comum adepto lagarto vai continuar a achar que um escândalo foi a alteração de local do Estoril-Benfica do ano passado e a expulsão do Hugo Viana para a Taça. Não tirem as palas vermelhas dos olhos que não é preciso…
segunda-feira, março 20, 2006
E se…?
Tudo se perspectivava para mais um jogo a zeros quando no 2º minuto de compensação uma das figuras mais preponderantes da conquista do campeonato passado nos oferece a vitória em Vila do Conde: Mantorras. Quando a bola entrou na baliza, senti um misto de satisfação e revolta. Satisfação porque ganhámos (mais que merecidamente, acrescente-se) um jogo em que tivemos outra vez inúmeras oportunidades de golo, mas em que a bola parecia que não queria entrar. Revolta porque se quem nos deu a vitória hoje não tivesse sido injustiçado como foi, possivelmente não estaríamos na posição que estamos.
Em mais um jogo de sentido único, o Benfica voltou a ser o cúmulo do desperdício. Tivemos pelo menos cinco (!) oportunidades, em que os nossos jogadores estiveram cara-a-cara com o guarda-redes, que não concretizámos (três do Simão, uma do Nuno Gomes e outra do Robert). Criamos bastante jogo atacante, mas estamos muito nervosos e a baliza tem sido muito pequena nos últimos tempos. Ou é o guarda-redes contrário que faz uma exibição do outro mundo (o que nem foi o caso hoje) ou são os nossos avançados que falham, o que é certo é que estamos com um défice de golos que não é normal. O Nuno Gomes está em muito má forma, principalmente no que toca a acertar na baliza. O Miccoli passa mais tempo no estaleiro do que em campo. O Geovanni joga 20 minutos a ponta-de-lança e depois passa para extremo. O Mantorras tem sido ostracizado. O Marcel, sem comentários… Não há muito mais a dizer do jogo de hoje senão que a nossa vitória peca por escassa. O Rio Ave pouco atacou e lances de perigo para nós foram inexistentes, excepto os que foram criados pelo nosso próprio guarda-redes.
Continuo sem perceber algumas das opções do Koeman, nomeadamente a titularidade do Manduca em detrimento do Karagounis. Mais uma vez, quando o grego entrou, o nosso jogo melhorou. Estou farto de dizer que o Karagounis tem que ser titular desta equipa, porque é o único que transporta a bola para a frente em condições (quem é que fez o passe para o Simão no lance do nosso golo?!). A nossa defesa esteve razoável até porque o trabalho foi quase inexistente. Curiosamente, o Léo foi quem esteve pior em relação aos últimos jogos e teve uma falha que poderia ter disso comprometedora logo no início do jogo. O Nélson teve um remate perigoso e está a subir lentamente de forma. O Petit e o Manuel Fernandes praticamente só tiveram que atacar. O Simão foi dos jogadores mais activos, mas teve falhanços imperdoáveis sozinho frente ao guarda-redes. O Geovanni, enquanto esteve a ponta-de-lança, ainda mexeu um bocadinho, mas depois eclipsou-se. O Manduca foi dos piores, principalmente ao nível do remate (duas boas situações, dois passes ao guarda-redes), e demonstrou outra vez que é muito melhor como substituto do que como titular.
Durante o jogo de hoje, lembrei-me deste “e se” em relação à nossa época: e se o Koeman tivesse partido do princípio que os jogadores novos que chegaram tinham que provar que eram melhores do que os que já cá estavam e que ajudaram à conquista do campeonato passado? E se o Koeman não lhes tivesse dado prioridade nas suas escolhas? Estou a pensar fundamentalmente nos seguintes casos:
2) E se o Koeman não tem tirado (injustamente) o Quim da baliza para colocar o Moretto com apenas três treinos? O golo (mal) anulado que sofremos hoje resulta em mais uma falha imperdoável dele, que por sua vez vem na sequência de um lance ridículo em que ele tenta dominar a bola de peito, mas consegue deixá-la fugir para canto. Ainda não houve nenhum jogo que possamos dizer que perdemos por causa do guarda-redes (também não deve demorar muito…), mas esta substituição foi importante pelo que significou em relação ao balneário e à sua quebra de coesão.
3) E se o Koeman não tivesse renegado o Mantorras para a bancada durante dois (!) meses em detrimento do Marcel? Toda a gente se recorda de como o angolano foi importante no ano passado e este ano já lhe devemos quatro pontos. Foras-de-jogo à parte, ficou mais uma vez exemplificada a sua mais valia. A sua movimentação no golo é brilhante e a forma como coloca o pé à bola também.
Foi por pouco que as ínfimas esperanças que temos de revalidar o título não foram por água abaixo, mas por agora temo-nos de concentrar em manter o 3º lugar. Para a semana contra o Braga é imperativo vencer para aumentar a distância e só espero que esta vitória nos dê um pouco mais de confiança em termos de finalização.
P.S. – O golo anulado ao Rio Ave pareceu-me uma má decisão do fiscal-de-linha. É um lance duvidoso, mas dá a sensação que a bola não saiu pela linha-de-fundo. Todavia, comparar este lance difícil de ajuizar com os dois lances CLAROS que nos prejudicaram na semana passada (comparação que alguns irão fazer certamente) é uma prova de desonestidade intelectual. Ou então de acefalia.
Em mais um jogo de sentido único, o Benfica voltou a ser o cúmulo do desperdício. Tivemos pelo menos cinco (!) oportunidades, em que os nossos jogadores estiveram cara-a-cara com o guarda-redes, que não concretizámos (três do Simão, uma do Nuno Gomes e outra do Robert). Criamos bastante jogo atacante, mas estamos muito nervosos e a baliza tem sido muito pequena nos últimos tempos. Ou é o guarda-redes contrário que faz uma exibição do outro mundo (o que nem foi o caso hoje) ou são os nossos avançados que falham, o que é certo é que estamos com um défice de golos que não é normal. O Nuno Gomes está em muito má forma, principalmente no que toca a acertar na baliza. O Miccoli passa mais tempo no estaleiro do que em campo. O Geovanni joga 20 minutos a ponta-de-lança e depois passa para extremo. O Mantorras tem sido ostracizado. O Marcel, sem comentários… Não há muito mais a dizer do jogo de hoje senão que a nossa vitória peca por escassa. O Rio Ave pouco atacou e lances de perigo para nós foram inexistentes, excepto os que foram criados pelo nosso próprio guarda-redes.
Continuo sem perceber algumas das opções do Koeman, nomeadamente a titularidade do Manduca em detrimento do Karagounis. Mais uma vez, quando o grego entrou, o nosso jogo melhorou. Estou farto de dizer que o Karagounis tem que ser titular desta equipa, porque é o único que transporta a bola para a frente em condições (quem é que fez o passe para o Simão no lance do nosso golo?!). A nossa defesa esteve razoável até porque o trabalho foi quase inexistente. Curiosamente, o Léo foi quem esteve pior em relação aos últimos jogos e teve uma falha que poderia ter disso comprometedora logo no início do jogo. O Nélson teve um remate perigoso e está a subir lentamente de forma. O Petit e o Manuel Fernandes praticamente só tiveram que atacar. O Simão foi dos jogadores mais activos, mas teve falhanços imperdoáveis sozinho frente ao guarda-redes. O Geovanni, enquanto esteve a ponta-de-lança, ainda mexeu um bocadinho, mas depois eclipsou-se. O Manduca foi dos piores, principalmente ao nível do remate (duas boas situações, dois passes ao guarda-redes), e demonstrou outra vez que é muito melhor como substituto do que como titular.
Durante o jogo de hoje, lembrei-me deste “e se” em relação à nossa época: e se o Koeman tivesse partido do princípio que os jogadores novos que chegaram tinham que provar que eram melhores do que os que já cá estavam e que ajudaram à conquista do campeonato passado? E se o Koeman não lhes tivesse dado prioridade nas suas escolhas? Estou a pensar fundamentalmente nos seguintes casos:
2) E se o Koeman não tem tirado (injustamente) o Quim da baliza para colocar o Moretto com apenas três treinos? O golo (mal) anulado que sofremos hoje resulta em mais uma falha imperdoável dele, que por sua vez vem na sequência de um lance ridículo em que ele tenta dominar a bola de peito, mas consegue deixá-la fugir para canto. Ainda não houve nenhum jogo que possamos dizer que perdemos por causa do guarda-redes (também não deve demorar muito…), mas esta substituição foi importante pelo que significou em relação ao balneário e à sua quebra de coesão.
3) E se o Koeman não tivesse renegado o Mantorras para a bancada durante dois (!) meses em detrimento do Marcel? Toda a gente se recorda de como o angolano foi importante no ano passado e este ano já lhe devemos quatro pontos. Foras-de-jogo à parte, ficou mais uma vez exemplificada a sua mais valia. A sua movimentação no golo é brilhante e a forma como coloca o pé à bola também.
Foi por pouco que as ínfimas esperanças que temos de revalidar o título não foram por água abaixo, mas por agora temo-nos de concentrar em manter o 3º lugar. Para a semana contra o Braga é imperativo vencer para aumentar a distância e só espero que esta vitória nos dê um pouco mais de confiança em termos de finalização.
P.S. – O golo anulado ao Rio Ave pareceu-me uma má decisão do fiscal-de-linha. É um lance duvidoso, mas dá a sensação que a bola não saiu pela linha-de-fundo. Todavia, comparar este lance difícil de ajuizar com os dois lances CLAROS que nos prejudicaram na semana passada (comparação que alguns irão fazer certamente) é uma prova de desonestidade intelectual. Ou então de acefalia.
quinta-feira, março 16, 2006
Jogar com os juniores
Afinal as minhas preocupações do post anterior não tinham razão de ser. As forças do futebol português encarregaram-se de pensar no descanso dos jogadores do Benfica para o jogo das meias-finais na semana que vem e resolveram colocar o V. Guimarães no nosso lugar. Tudo a bem de uma boa carreira na Liga dos Campeões, certamente. A paciência tem limites e a minha acabou hoje. A nossa derrota por 1-0 frente aos vimaranenses foi dos resultados mais injustos que vi no futebol nos últimos tempos e, a verdade tem que se dita, teve o alto patrocínio do Sr. Jorge Sousa, um árbitro do Porto (que coincidência…). É a 3ª vez consecutiva que temos uma arbitragem VERGONHOSA nos nossos jogos, pelo que se eu fosse dirigente do Benfica a partir de agora, e até final da época, colocava os juniores em campo. Anda tudo a viver às nossas custas (por exemplo, os bilhetes para o jogo do clube regional em Setúbal custavam 25€ e quando nós lá fomos eram 45€; na Amadora foi a mesma coisa!) e nem sequer temos o direito a ter arbitragens imparciais. “Levados ao colo”?! Devem ser cegos ou acéfalos!
Considero que o Benfica fez um jogo bastante razoável frente ao V. Guimarães e outro grande culpado de não termos ganho foi o seu guarda-redes, um tal de Nilson que já deu uns quantos frangos esta época, mas percebeu-se agora que se esteve a preparar todo o ano para jogar contra nós. Só nos saem Costinhas destes! Isto tudo não invalida dizer que não tivéssemos igualmente culpas no resultado, porque pela 2ª vez consecutiva não conseguirmos aproveitar a vantagem de jogarmos contra 10 durante boa parte do 2º tempo. A bola parecia que não queria entrar e estamos com uma malapata inacreditável. O V. Guimarães, há que dizê-lo com frontalidade, fez um jogo NOJENTO! Conseguiu superar o Gil Vicente no antijogo que fez, que começou mal conseguiram marcar o golo a meio da 1ª parte, num lance em que o jogador que faz a assistência joga descaradamente a bola com o cotovelo para posteriormente o Dário concretizar. Vê-se pela repetição que o árbitro estava bem colocado, pelo que tal como no Domingo passado não quis marcar nada. Mas não foi tudo, a partir daqui assistimos a um festival de perda de tempo com a complacência da equipa de arbitragem. Só o guarda-redes recebeu assistência na 2ª parte por duas (!) vezes, perfazendo um total de quatro minutos no chão, houve seis substituições e quantos minutos de compensação dá o árbitro? Cinco! O Paíto, depois de levar um amarelo, teve duas faltas nítidas para levar o 2º. Conseguiu acabar o jogo, porque entretanto o Cléber já tinha sido expulso e não convinha abusar. E o Vitor Pontes ainda tem o DESCARAMENTO de dizer que foi prejudicado! Uma VERGONHA!
Quando se conseguiu jogar um pouco, fomos a única equipa em campo. Fartámo-nos de atacar, mas não fomos felizes. A ausência de última hora do Simão foi bastante notada e a condição física da equipa também não pareceu ser a melhor. Gostei do Ricardo Rocha (a lateral-esquerdo) e do Nelson, que jogou bastante melhor que no Domingo passado. Apesar de ter havido mão, não se admite a falta de concentração da nossa defesa no golo deles. Ficou tudo a dormir. No meio-campo, o Karagounis fez um jogo esforçado e teve dois remates muito perigosos. Para mim, é titular de caras nesta equipa, já que transporta a bola como nenhum outro. O Manduca foi irregular e baixou imenso de rendimento na 2ª parte. O Geovanni foi dos melhores, mas saiu a meia-hora do final, provavelmente porque ainda não tem capacidade para fazer 90 minutos de três em três dias. O Nuno Gomes esteve melhor que no Domingo e foi pena que aquela bola no início da 2ª parte não tenha entrado (o guarda-redes ainda deve estar para saber como é que lhe tocou!). O Mantorras entrou razoavelmente, teve duas ou três jogadas em que fez boas aberturas para os flancos, mas não teve hipótese de rematar à baliza. Todavia, mostrou que é útil, ao contrário do Marcel. O Robert, ao invés, entrou pessimamente, sem velocidade que era o que se impunha a jogar contra 10. E nos remates de longe esteve péssimo!
Esta derrota tira-nos a possibilidade de ganharmos mais um troféu este ano para além da Supertaça. A Taça de Portugal era o mais fácil de ser conquistado, mas infelizmente muito azar e outros factores impediram-nos de a ganhar. Arriscamo-nos a ter um final de época bastante frustrante, mas convém não esquecer que os campeões ainda somos nós. E é nestas (más) alturas que se vê quem é que merece ser benfiquista ou não!
Considero que o Benfica fez um jogo bastante razoável frente ao V. Guimarães e outro grande culpado de não termos ganho foi o seu guarda-redes, um tal de Nilson que já deu uns quantos frangos esta época, mas percebeu-se agora que se esteve a preparar todo o ano para jogar contra nós. Só nos saem Costinhas destes! Isto tudo não invalida dizer que não tivéssemos igualmente culpas no resultado, porque pela 2ª vez consecutiva não conseguirmos aproveitar a vantagem de jogarmos contra 10 durante boa parte do 2º tempo. A bola parecia que não queria entrar e estamos com uma malapata inacreditável. O V. Guimarães, há que dizê-lo com frontalidade, fez um jogo NOJENTO! Conseguiu superar o Gil Vicente no antijogo que fez, que começou mal conseguiram marcar o golo a meio da 1ª parte, num lance em que o jogador que faz a assistência joga descaradamente a bola com o cotovelo para posteriormente o Dário concretizar. Vê-se pela repetição que o árbitro estava bem colocado, pelo que tal como no Domingo passado não quis marcar nada. Mas não foi tudo, a partir daqui assistimos a um festival de perda de tempo com a complacência da equipa de arbitragem. Só o guarda-redes recebeu assistência na 2ª parte por duas (!) vezes, perfazendo um total de quatro minutos no chão, houve seis substituições e quantos minutos de compensação dá o árbitro? Cinco! O Paíto, depois de levar um amarelo, teve duas faltas nítidas para levar o 2º. Conseguiu acabar o jogo, porque entretanto o Cléber já tinha sido expulso e não convinha abusar. E o Vitor Pontes ainda tem o DESCARAMENTO de dizer que foi prejudicado! Uma VERGONHA!
Quando se conseguiu jogar um pouco, fomos a única equipa em campo. Fartámo-nos de atacar, mas não fomos felizes. A ausência de última hora do Simão foi bastante notada e a condição física da equipa também não pareceu ser a melhor. Gostei do Ricardo Rocha (a lateral-esquerdo) e do Nelson, que jogou bastante melhor que no Domingo passado. Apesar de ter havido mão, não se admite a falta de concentração da nossa defesa no golo deles. Ficou tudo a dormir. No meio-campo, o Karagounis fez um jogo esforçado e teve dois remates muito perigosos. Para mim, é titular de caras nesta equipa, já que transporta a bola como nenhum outro. O Manduca foi irregular e baixou imenso de rendimento na 2ª parte. O Geovanni foi dos melhores, mas saiu a meia-hora do final, provavelmente porque ainda não tem capacidade para fazer 90 minutos de três em três dias. O Nuno Gomes esteve melhor que no Domingo e foi pena que aquela bola no início da 2ª parte não tenha entrado (o guarda-redes ainda deve estar para saber como é que lhe tocou!). O Mantorras entrou razoavelmente, teve duas ou três jogadas em que fez boas aberturas para os flancos, mas não teve hipótese de rematar à baliza. Todavia, mostrou que é útil, ao contrário do Marcel. O Robert, ao invés, entrou pessimamente, sem velocidade que era o que se impunha a jogar contra 10. E nos remates de longe esteve péssimo!
Esta derrota tira-nos a possibilidade de ganharmos mais um troféu este ano para além da Supertaça. A Taça de Portugal era o mais fácil de ser conquistado, mas infelizmente muito azar e outros factores impediram-nos de a ganhar. Arriscamo-nos a ter um final de época bastante frustrante, mas convém não esquecer que os campeões ainda somos nós. E é nestas (más) alturas que se vê quem é que merece ser benfiquista ou não!
quarta-feira, março 15, 2006
A lógica do futebol português
Hoje disputa-se os quartos-de-final da Taça de Portugal. Obviamente que espero que o Glorioso consiga eliminar o V. Guimarães , até porque o jogo é disputado em nossa casa, mas se assim for daqui a uma (!) semana teremos o jogo das meias-finais. A minha pergunta é simples: porque é que entre os quartos e as meias-finais há somente uma semana de intervalo, sendo a final disputada apenas daqui a dois meses (14 de Maio)? Quem é que faz estes calendários absurdos?!
Se conseguirmos eliminar o V. Guimarães, até aposto que o clube que nos possa calhar (estou a pensar num deles em especial) no sorteio de amanhã não vai concordar em adiar o jogo das meias-finais. Se assim for, e estando nós na Liga dos Campeões, teremos dez (!) jogos num só mês! É assim que se protege os clubes nacionais que ainda estão nas competições europeias?! Mas, mesmo que já tivéssemos sido eliminados, porque é que se sobrecarrega os clubes nesta fase tão importante da época?
P.S. – Já em 1961, na altura em que supostamente éramos o clube do Salazar (como muitos obtusos gostam de dizer), só não fizemos a tripla porque o V. Setúbal não concordou em adiar o jogo das meias-finais da Taça, que decorreu apenas um (!) dia depois da final de Berna frente ao Barça. Tivemos que jogar com as reservas e naturalmente perdemos. E controlávamos os bastidores do futebol português, imaginem se assim não fosse. Pelos vistos, as coisas não mudaram muito desde então...
Se conseguirmos eliminar o V. Guimarães, até aposto que o clube que nos possa calhar (estou a pensar num deles em especial) no sorteio de amanhã não vai concordar em adiar o jogo das meias-finais. Se assim for, e estando nós na Liga dos Campeões, teremos dez (!) jogos num só mês! É assim que se protege os clubes nacionais que ainda estão nas competições europeias?! Mas, mesmo que já tivéssemos sido eliminados, porque é que se sobrecarrega os clubes nesta fase tão importante da época?
P.S. – Já em 1961, na altura em que supostamente éramos o clube do Salazar (como muitos obtusos gostam de dizer), só não fizemos a tripla porque o V. Setúbal não concordou em adiar o jogo das meias-finais da Taça, que decorreu apenas um (!) dia depois da final de Berna frente ao Barça. Tivemos que jogar com as reservas e naturalmente perdemos. E controlávamos os bastidores do futebol português, imaginem se assim não fosse. Pelos vistos, as coisas não mudaram muito desde então...
segunda-feira, março 13, 2006
Acabou
O empate (0-0) cedido frente à Naval 1º de Maio significou o adeus ao campeonato. Agora, com oito jornadas para jogar e sete e cinco pontos para recuperar dos nossos rivais, só um milagre nos poderá valer. Ainda por cima, temos o calendário mais difícil dos três grandes. Neste jogo aconteceu-nos um pouco de tudo: aselhice, falta de sorte, pouco empenho (na 1ª parte) e o Sr. Carlos Xistra que conseguiu não ver (ou melhor, viu mas não assinalou) um penalty do tamanho do MUNDO sobre o Léo a 10 minutos do fim.
Depois da jornada épica frente ao Liverpool, o Koeman decidiu manter quase a mesma equipa de Anfield (só o Ricardo Rocha entrou para o lugar do engripado Luisão). Foi um grande erro, já que fomos ao mercado em Dezembro precisamente para que a rotatividade fosse possível em jogos de ressaca europeia como este. E o Koeman até tem optado por ela durante a 2ª volta, mas estranhamente isto não aconteceu neste jogo. A equipa mostrou-se muito cansada, especialmente na 1ª parte, quando jogámos ora devagar ora parados. Eu sei que com Luisão, Petit e Miccoli de fora não seria fácil rodar muito, mas duas ou três substituições de jogadores não teriam feito mal nenhum, por exemplo a entrada de início do Karagounis (o Nuno Gomes está roto), do Nélson (o Alcides acabou por se lesionar durante a partida) e do Manduca (para o lugar do Robert) poderia ter permitido maior velocidade logo no início do jogo. Assim não aconteceu e a 1ª parte, à semelhança da Amadora, foi uma lástima.
Na 2ª parte pressionámos mais como era nossa obrigação e criámos diversas oportunidades de golo que, maioritariamente por aselhice, não concretizámos. Logo aos 10 minutos há um jogador da Naval que é (bem) expulso por ter cortado a bola com a mão impedindo assim que o Nuno Gomes se isolasse. A partir daí, a Naval abdicou do ataque e nós massacrámos até ao fim do jogo. O Nuno Gomes tem um bom remate defendido pelo guarda-redes com o pé, mas a maior perdida de todas é a do Anderson que, depois de um livre do Simão defendido pelo guardião contrário contra o poste, conseguiu no ressalto dentro da pequena-área(!) atirar a bola para fora. O Geovanni também tem uma boa jogada que me parece cortada pelas mãos do Nelson Veiga para canto (só contra o clube regional é que um lance cortado pelo peito deste jogador é transformado em penalty). O Karagounis também tem dois bons remates defendidos pelo guarda-redes e o Simão remata ao lado numa recarga fora da área. A 10 minutos do fim, o Léo escapa-se pela esquerda e é claramente derrubado pelo defesa. O árbitro, a cinco metros do lance, não marca penalty. A reunião do presidente do clube regional com o presidente da Comissão de Arbitragem dá finalmente os seus frutos. Aliás, basta ver neste site quem é que tem sido mais prejudicado pelas arbitragens. No último minuto de compensação, o Marcel junta mais uma perdida escandalosa à colecção delas que anda a fazer no Benfica.
Quando um dos melhores jogadores do Benfica é o Beto, está tudo dito. O Simão esteve igualmente bem e fartou-se de criar lances de perigo. No global a equipa teve muito querer, mas muito pouca arte para bater o guarda-redes contrário. No entanto, sinceramente não percebo as opções do Sr. Koeman. Então, o Luisão estava com gripe e não se chamou mais ninguém, tendo ficado só com seis jogadores no banco em vez de sete?! O que é que se passa com o Mantorras? Será que ninguém explicou ao Sr. Koeman que ele foi DECISIVO na conquista do campeonato passado, não só ao marcar golos importantíssimos como a ganhar inúmeras faltas perigosas à entrada da área?! O que é que o Marcel já fez pelo Benfica? Porque é que ele é convocado e o angolano não? Eu passo-me com os foras-de-jogo idiotas que o Mantorras apanha, mas caramba a diferença entre ele e o Marcel é abissal! Por outro lado, o Moretto continua a não dar confiança à equipa. Teve duas intervenções inacreditáveis neste jogo, em que cedeu canto em duas bolas facílimas de agarrar. Teremos o Quim no banco até quando? Será preciso perdermos algum jogo por culpa do Moretto?
O Koeman já nos deu muitas alegrias este ano, mas a sua gestão de balneário deixa muito a desejar. Trocar alguns “novos heróis” por jogadores medianos, que há três meses que não convencem, é inexplicável. Ao menos, os outros foram campeões. E com isto tudo o campeonato está perdido. Resta-nos tentar a Taça de Portugal para ver se ganhamos mais alguma coisa este ano. E, já agora, manter um lugar no campeonato que dê acesso à Liga dos Campeões. Depois do que fizemos nesta prova este ano, seria muitíssimo frustrante ficarmos de fora para o próximo.
Depois da jornada épica frente ao Liverpool, o Koeman decidiu manter quase a mesma equipa de Anfield (só o Ricardo Rocha entrou para o lugar do engripado Luisão). Foi um grande erro, já que fomos ao mercado em Dezembro precisamente para que a rotatividade fosse possível em jogos de ressaca europeia como este. E o Koeman até tem optado por ela durante a 2ª volta, mas estranhamente isto não aconteceu neste jogo. A equipa mostrou-se muito cansada, especialmente na 1ª parte, quando jogámos ora devagar ora parados. Eu sei que com Luisão, Petit e Miccoli de fora não seria fácil rodar muito, mas duas ou três substituições de jogadores não teriam feito mal nenhum, por exemplo a entrada de início do Karagounis (o Nuno Gomes está roto), do Nélson (o Alcides acabou por se lesionar durante a partida) e do Manduca (para o lugar do Robert) poderia ter permitido maior velocidade logo no início do jogo. Assim não aconteceu e a 1ª parte, à semelhança da Amadora, foi uma lástima.
Na 2ª parte pressionámos mais como era nossa obrigação e criámos diversas oportunidades de golo que, maioritariamente por aselhice, não concretizámos. Logo aos 10 minutos há um jogador da Naval que é (bem) expulso por ter cortado a bola com a mão impedindo assim que o Nuno Gomes se isolasse. A partir daí, a Naval abdicou do ataque e nós massacrámos até ao fim do jogo. O Nuno Gomes tem um bom remate defendido pelo guarda-redes com o pé, mas a maior perdida de todas é a do Anderson que, depois de um livre do Simão defendido pelo guardião contrário contra o poste, conseguiu no ressalto dentro da pequena-área(!) atirar a bola para fora. O Geovanni também tem uma boa jogada que me parece cortada pelas mãos do Nelson Veiga para canto (só contra o clube regional é que um lance cortado pelo peito deste jogador é transformado em penalty). O Karagounis também tem dois bons remates defendidos pelo guarda-redes e o Simão remata ao lado numa recarga fora da área. A 10 minutos do fim, o Léo escapa-se pela esquerda e é claramente derrubado pelo defesa. O árbitro, a cinco metros do lance, não marca penalty. A reunião do presidente do clube regional com o presidente da Comissão de Arbitragem dá finalmente os seus frutos. Aliás, basta ver neste site quem é que tem sido mais prejudicado pelas arbitragens. No último minuto de compensação, o Marcel junta mais uma perdida escandalosa à colecção delas que anda a fazer no Benfica.
Quando um dos melhores jogadores do Benfica é o Beto, está tudo dito. O Simão esteve igualmente bem e fartou-se de criar lances de perigo. No global a equipa teve muito querer, mas muito pouca arte para bater o guarda-redes contrário. No entanto, sinceramente não percebo as opções do Sr. Koeman. Então, o Luisão estava com gripe e não se chamou mais ninguém, tendo ficado só com seis jogadores no banco em vez de sete?! O que é que se passa com o Mantorras? Será que ninguém explicou ao Sr. Koeman que ele foi DECISIVO na conquista do campeonato passado, não só ao marcar golos importantíssimos como a ganhar inúmeras faltas perigosas à entrada da área?! O que é que o Marcel já fez pelo Benfica? Porque é que ele é convocado e o angolano não? Eu passo-me com os foras-de-jogo idiotas que o Mantorras apanha, mas caramba a diferença entre ele e o Marcel é abissal! Por outro lado, o Moretto continua a não dar confiança à equipa. Teve duas intervenções inacreditáveis neste jogo, em que cedeu canto em duas bolas facílimas de agarrar. Teremos o Quim no banco até quando? Será preciso perdermos algum jogo por culpa do Moretto?
O Koeman já nos deu muitas alegrias este ano, mas a sua gestão de balneário deixa muito a desejar. Trocar alguns “novos heróis” por jogadores medianos, que há três meses que não convencem, é inexplicável. Ao menos, os outros foram campeões. E com isto tudo o campeonato está perdido. Resta-nos tentar a Taça de Portugal para ver se ganhamos mais alguma coisa este ano. E, já agora, manter um lugar no campeonato que dê acesso à Liga dos Campeões. Depois do que fizemos nesta prova este ano, seria muitíssimo frustrante ficarmos de fora para o próximo.
sexta-feira, março 10, 2006
Barcelona
As três últimas bolas no sorteio eram Benfica, Barcelona e... Villarreal! Tivemos 50% de possibilidades de calhar com o meu preferido. Mas não. Saiu-nos a melhor equipa da Europa neste momento. Felizmente que o primeiro jogo é na Luz, pelo que a receita está garantida. Quanto ao resto... seja o que Deus quiser! Os antibenfiquistas devem estar a esfregar as mãos de contentes com este sorteio, mas enquanto nós teremos a oportunidade de ver o Ronaldinho e o Eto’o ao vivo, eles só o poderão fazer pela televisão... Inchem!
Como não tivemos a sorte de outros de calhar com o Lyon (que não era há dois anos o que é hoje), o Deportivo da Corunha e o Mónaco na final, se por acaso passarmos o Barcelona teremos de nos haver com o Milão ou o Lyon nas meias-finais. Tarefa impossível? Provavelmente, mas também quem é que apostaria que nós em 1961 ganharíamos uma final da Taça dos Campeões ao Barcelona?! Estamos entre as oito melhores equipas da Europa e o resto é conversa.
Como não tivemos a sorte de outros de calhar com o Lyon (que não era há dois anos o que é hoje), o Deportivo da Corunha e o Mónaco na final, se por acaso passarmos o Barcelona teremos de nos haver com o Milão ou o Lyon nas meias-finais. Tarefa impossível? Provavelmente, mas também quem é que apostaria que nós em 1961 ganharíamos uma final da Taça dos Campeões ao Barcelona?! Estamos entre as oito melhores equipas da Europa e o resto é conversa.
quinta-feira, março 09, 2006
Campeões da Europa – 0 – MAIOR CLUBE DO MUNDO - 2
Depois de anos a fio em que ganhávamos a equipas pequenas e falhávamos frente a grandes, este ano é o contrário. Pensando bem, esta época está a ser de sonho. Já vivemos emoções e alegrias que não julgávamos possíveis há meia dúzia de meses atrás. Aconteça o que acontecer até final, o que sucedeu até agora deixa-nos com recordações inolvidáveis para toda a vida. E por tudo isso só temos que agradecer ao Glorioso.
O jogo de ontem decorreu como se esperava. O Liverpool entrou fortíssimo e nos primeiros 25 minutos tivemos a sorte a proteger-nos: remate ao poste do Crouch, o Luís Garcia isolado na direita atira por cima e o Moretto faz a mancha ao mesmo Crouch, que lhe apareceu isolado depois de um passe genial do Gerard. Nós tentávamos ripostar, mas não estava a ser fácil. Até que surge o primeiro aviso do Geovanni num remate magistral à barra seguido de recarga do Simão de cabeça para defesa do Reina. O aviso estava dado e pouco depois da meia hora o nosso capitão calou de vez todas as vozes que já o começavam a (injustamente) contestar e marcou um golão que de certeza fez lamentar o Liverpool não ter querido dar os 20 milhões por ele no verão passado. Até final da primeira parte ainda tivemos mais um calafrio com uma saída em falso do Moretto num canto, que proporcionou outra bola ao poste dos ingleses (porque é que não estava um jogador a defender o primeiro poste?).
Na segunda parte fizemos um jogo exemplar em termos defensivos. Tivemos uma coesão enorme e quase não deixámos o Liverpool chegar perto da nossa baliza. Com a entrada do Karagounis conseguimos ter mais posse de bola e finalmente criar contra-ataques perigosos. Outra saída em falso do Moretto num canto proporcionou um golo contrário, mas felizmente a bola já tinha saído do campo (descreveu um arco) e o lance foi anulado. O Nuno Gomes teve uma boa ocasião para matar o jogo, mas não sequer conseguiu rematar à baliza. Pouco depois foi (bem) substituído pelo Miccoli que converteu um remate péssimo do Beto (que saíria pela linha lateral), num golo de bicicleta. Estava dado o golpe final e não só tínhamos eliminado o campeão europeu como tínhamos ganho o jogo na sua própria casa.
Em mais uma exibição inolvidável, o maior destaque vai para toda a equipa, que teve muito mérito e foi muito solidária. Mas pelo golo que marcou, pela participação no 2º e pela jogada que o Nuno Gomes desaproveitou, para além da habitual generosidade defensiva, o Simão foi o homem do jogo. Igualmente bem estiveram todos os membros da defesa, mesmo o guarda-redes (apesar das duas saídas em falso). O Anderson esteve intransponível e acho que não perdeu nenhum lance. No meio-campo, o Beto fez um jogo razoável, mas ia marcando um golão só que na própria baliza. Que susto! O Manuel Fernandes escusava de se ter deixado amarelar aos 91 minutos com o jogo já decidido, mas custa a acreditar que tenha apenas 20 anos. O Robert esteve mais discreto do que seria de esperar e tem que defender mais. O Geovanni fartou-se de chatear a defesa contrária e, para além do remate à barra, teve participação direita no 1º golo. O Nuno Gomes lutou muito como habitualmente, também participou no 1º golo, mas perdeu dois a três lances a meio-campo que resultaram em contra-ataques perigosos do Liverpool (um dos quais acabou no nosso poste logo aos 10 minutos). Para além disso, levou um cartão amarelo escusado que o vai impedir de alinhar no 1º jogo dos quartos-de-final. Os suplentes entraram todos bem, indo o destaque naturalmente para o Miccoli pelo excelente golo que marcou.
Amanhã conheceremos o nosso futuro adversário. Vamos ser realistas: o teoricamente menos difícil seria o Villarreal. Em oito jogos na Champions, só ganhou dois, um dos quais frente a nós e graças a um frango do guarda-redes. É o meu preferido. Se calhasse o Arsenal também não ficava triste. Contra equipas inglesas este ano, o nosso registo é o que se conhece. Quanto aos restantes, venha o diabo e escolha. Mas não queria nenhuma equipa italiana, especialmente a Juventus. Seja como for, somos o underdog mas de certeza que as outras equipa olharão para nós com algum respeito. Eliminar o Manchester e o Liverpool no mesmo ano não é para todos. Já fizemos (muito) mais que a nossa obrigação e tudo o que vier agora será por acréscimo.
O jogo de ontem decorreu como se esperava. O Liverpool entrou fortíssimo e nos primeiros 25 minutos tivemos a sorte a proteger-nos: remate ao poste do Crouch, o Luís Garcia isolado na direita atira por cima e o Moretto faz a mancha ao mesmo Crouch, que lhe apareceu isolado depois de um passe genial do Gerard. Nós tentávamos ripostar, mas não estava a ser fácil. Até que surge o primeiro aviso do Geovanni num remate magistral à barra seguido de recarga do Simão de cabeça para defesa do Reina. O aviso estava dado e pouco depois da meia hora o nosso capitão calou de vez todas as vozes que já o começavam a (injustamente) contestar e marcou um golão que de certeza fez lamentar o Liverpool não ter querido dar os 20 milhões por ele no verão passado. Até final da primeira parte ainda tivemos mais um calafrio com uma saída em falso do Moretto num canto, que proporcionou outra bola ao poste dos ingleses (porque é que não estava um jogador a defender o primeiro poste?).
Na segunda parte fizemos um jogo exemplar em termos defensivos. Tivemos uma coesão enorme e quase não deixámos o Liverpool chegar perto da nossa baliza. Com a entrada do Karagounis conseguimos ter mais posse de bola e finalmente criar contra-ataques perigosos. Outra saída em falso do Moretto num canto proporcionou um golo contrário, mas felizmente a bola já tinha saído do campo (descreveu um arco) e o lance foi anulado. O Nuno Gomes teve uma boa ocasião para matar o jogo, mas não sequer conseguiu rematar à baliza. Pouco depois foi (bem) substituído pelo Miccoli que converteu um remate péssimo do Beto (que saíria pela linha lateral), num golo de bicicleta. Estava dado o golpe final e não só tínhamos eliminado o campeão europeu como tínhamos ganho o jogo na sua própria casa.
Em mais uma exibição inolvidável, o maior destaque vai para toda a equipa, que teve muito mérito e foi muito solidária. Mas pelo golo que marcou, pela participação no 2º e pela jogada que o Nuno Gomes desaproveitou, para além da habitual generosidade defensiva, o Simão foi o homem do jogo. Igualmente bem estiveram todos os membros da defesa, mesmo o guarda-redes (apesar das duas saídas em falso). O Anderson esteve intransponível e acho que não perdeu nenhum lance. No meio-campo, o Beto fez um jogo razoável, mas ia marcando um golão só que na própria baliza. Que susto! O Manuel Fernandes escusava de se ter deixado amarelar aos 91 minutos com o jogo já decidido, mas custa a acreditar que tenha apenas 20 anos. O Robert esteve mais discreto do que seria de esperar e tem que defender mais. O Geovanni fartou-se de chatear a defesa contrária e, para além do remate à barra, teve participação direita no 1º golo. O Nuno Gomes lutou muito como habitualmente, também participou no 1º golo, mas perdeu dois a três lances a meio-campo que resultaram em contra-ataques perigosos do Liverpool (um dos quais acabou no nosso poste logo aos 10 minutos). Para além disso, levou um cartão amarelo escusado que o vai impedir de alinhar no 1º jogo dos quartos-de-final. Os suplentes entraram todos bem, indo o destaque naturalmente para o Miccoli pelo excelente golo que marcou.
Amanhã conheceremos o nosso futuro adversário. Vamos ser realistas: o teoricamente menos difícil seria o Villarreal. Em oito jogos na Champions, só ganhou dois, um dos quais frente a nós e graças a um frango do guarda-redes. É o meu preferido. Se calhasse o Arsenal também não ficava triste. Contra equipas inglesas este ano, o nosso registo é o que se conhece. Quanto aos restantes, venha o diabo e escolha. Mas não queria nenhuma equipa italiana, especialmente a Juventus. Seja como for, somos o underdog mas de certeza que as outras equipa olharão para nós com algum respeito. Eliminar o Manchester e o Liverpool no mesmo ano não é para todos. Já fizemos (muito) mais que a nossa obrigação e tudo o que vier agora será por acréscimo.
A perfeição
20 de Abril de 1988, 18 de Abril de 1990, 14 de Maio de 1994 e 2005, 22 de Maio de 2005, 7 de Dezembro de 2005 são algumas das datas que jamais esquecerei. A que se vai juntar este 8 de Março de 2006.
Que fiz eu para merecer isto? Porque é que eu fui privilegiado de tal maneira a ponto de o GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA me oferecer uma prenda destas? A perfeição existe? Ahhh, podem ter a certeza que sim! Ganhar por 2-0, repito, D-O-I-S-A-Z-E-R-O na casa do Liverpool, actual campeão europeu, no dia em que entrei na casa dos trinta é algo com o qual eu nunca sonhei. Estava relativamente confiante que poderíamos passar, mas nunca desta maneira. Hoje, graças ao GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA, vi o paraíso outra vez! Se eu pudesse escolher o dia em que morresse, sem dúvida que escolheria o final de um dia assim. Deixar este mundo de um modo mais feliz seria difícil! Não tenho palavras para mais agora. Vou continuar a beliscar-me para ter a certeza que não estou a sonhar. Quando temos o privilégio de ver a perfeição, é natural que tenhamos dificuldade em acreditar nos nossos olhos. Pelo menos, é assim comigo.
OBRIGADO, BENFICA! A vida sem ti não teria tanta piada.
Que fiz eu para merecer isto? Porque é que eu fui privilegiado de tal maneira a ponto de o GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA me oferecer uma prenda destas? A perfeição existe? Ahhh, podem ter a certeza que sim! Ganhar por 2-0, repito, D-O-I-S-A-Z-E-R-O na casa do Liverpool, actual campeão europeu, no dia em que entrei na casa dos trinta é algo com o qual eu nunca sonhei. Estava relativamente confiante que poderíamos passar, mas nunca desta maneira. Hoje, graças ao GLORIOSO SPORT LISBOA E BENFICA, vi o paraíso outra vez! Se eu pudesse escolher o dia em que morresse, sem dúvida que escolheria o final de um dia assim. Deixar este mundo de um modo mais feliz seria difícil! Não tenho palavras para mais agora. Vou continuar a beliscar-me para ter a certeza que não estou a sonhar. Quando temos o privilégio de ver a perfeição, é natural que tenhamos dificuldade em acreditar nos nossos olhos. Pelo menos, é assim comigo.
OBRIGADO, BENFICA! A vida sem ti não teria tanta piada.
quarta-feira, março 08, 2006
A prenda
Neste dia pessoalmente inesquecível, sem o qual este blog não existiria e ainda por cima em ano de mudança de década, o meu maior desejo é que logo à noite 11 jogadores vestindo a indumentária mais bonita do mundo, com personalidade, saber, classe e um pouco de sorte (deverá ser necessária), tornem memorável este 8 de Março de 2006. FORÇA BENFICA!
domingo, março 05, 2006
Vitória contra 14
Conseguimos o milagre de ganhar (2-1) num campo muito difícil como é o do E. Amadora, que este ano já tinha derrotado os outros dois grandes. Ainda por cima, a vitória é tanto ou mais meritória dado que tivemos que jogar contra 14. Daí que eu fale em milagre, porque a arbitragem do Sr. Paulo Costa foi de encomenda. Já se percebeu o que o presidente do clube regional foi fazer à comissão de arbitragem da Liga na semana passada. Desde foras-de-jogo inacreditáveis assinalados aos nossos avançados (contei pelo menos uns quatro), a faltas à entrada da área não assinaladas (pelo menos duas, sendo a do lance do Robert na 2ª parte escandalosa) e passando por um critério disciplinar que o fez não expulsar (nem sequer amarelar) um jogador do E. Amadora aos quatro minutos por agressão bárbara à perna do Petit (jogador esse que viria a marcar o golo adversário e que é emprestado pelo clube regional, olha quem!) mas que o levou a mostrar uma série de amarelos aos nossos jogadores, tivemos uma excelente demonstração de como se cozinham resultados sem ter que assinalar penalties ou anular golos. Uma arbitragem à la época pré-“Apito Dourado”.
Todavia, isto não serve de desculpa para o fraco jogo que fizemos. Então na 1ª parte foi um desastre completo. O Koeman disse que se houvesse algum jogador a pensar em Liverpool sairia logo nem que fosse aos quatro minutos, mas assim sendo teria de substituir 90% da equipa. Por outro lado, acho que o holandês não esteve bem na equipa inicial. Sem o Simão, lançou logo de início o Geovanni, que não jogava há um mês, vem de uma lesão muscular e só fez dois treinos. Igualmente titular foi o Karagounis, que efectuou uma longa viagem e jogou pela selecção grega duas vezes também durante a semana. Contra avançados rápidos e baixinhos não sei se teria sido preferível colocar o Nelson em vez do Alcides, que nos fazia além disso ganhar profundidade atacante. Enfim, nada garante que com estas alterações as coisas fossem diferentes, mas o que é certo é que a 1ª parte foi para deitar fora. Sofremos um golo na sequência de uma falta inexistente e num lance em que o Moretto tem muitas culpas. Aliás, continuo sem perceber a insistência nele, que não dá segurança nenhuma à defesa. Na 2ª parte teve uma saída em falso e largou uma bola que só não entrou por imperícia do avançado da Amadora. E o Quim continua no banco…
Na 2ª parte fomos ligeiramente mais rápidos e chegámos ao empate em mais um remate do Robert, para grande desespero dos comentadores (especialmente o Joaquim Rita), que se tinham fartado de dizer mal dele durante o 1º tempo. O francês pode não correr muito, mas faz a bola correr (que é substancialmente mais importante) e tem esta capacidade de rematar sempre com perigo. Continuem a dizer mal dele… Só não percebo é porque é que não é ele a marcar TODOS os nossos lances de bola parada. Com as entradas do Manduca e principalmente do Miccoli exercemos maior pressão e o italiano fez três remates e todos acertaram na baliza. Num deles tivemos a melhor ocasião do jogo, já que depois do Bruno Vale ter feito uma boa defesa o Manduca acerta no poste na recarga. Finalmente no início do tempo de descontos um bom lançamento do Robert para a frente encontra o peito do Nuno Gomes a amortecer para o Miccoli que faz golo, com um excelente remate que ainda toca num defesa e sofre um desvio que o afasta do guarda-redes. Vitória muito sofrida, mas que se aceita pela nossa 2ª parte.
Individualmente, o destaque vai para o Miccoli, Robert (que pode jogar a passo, mas esteve nos dois golos) e Manuel Fernandes (que todavia continua a emperrar muito o nosso jogo, ao fazer sempre mais uma finta do que é necessário). Na defesa, os centrais permitiram algumas veleidades aos adversários, mas o Alcides e o Léo estiveram bem. O Petit foi generoso como sempre, mas o Nuno Gomes está numa altura de menor fulgor e só com a entrada o Miccoli se pode soltar mais. Foi uma vitória importante até pelo modo com o foi obtida e que espero que nos moralize para Anfield. Vai ser um inferno, mas temos que tentar marcar um golo. Se o conseguirmos, tudo é possível. Mas se formos eliminados já fizemos mais do que a nossa obrigação. Qualquer que seja o desfecho da eliminatória, devemo-nos é concentrar no campeonato que é o nosso verdadeiro objectivo.
P.S. - Com o empate no Boavista-Braga subimos para o 3º lugar. Vindo de uma série de sete vitórias consecutivas, o Boavista não só não ganhou como viu ainda três jogadores habitualmente titulares (entre os quais o João Pinto) levarem cartões que os impedem de defrontar o clube diferente na próxima jornada. O árbitro do jogo foi o Sr. Lucílio Baptista, outro grande artista da nossa praça. Lá está mais uma coincidência...
Todavia, isto não serve de desculpa para o fraco jogo que fizemos. Então na 1ª parte foi um desastre completo. O Koeman disse que se houvesse algum jogador a pensar em Liverpool sairia logo nem que fosse aos quatro minutos, mas assim sendo teria de substituir 90% da equipa. Por outro lado, acho que o holandês não esteve bem na equipa inicial. Sem o Simão, lançou logo de início o Geovanni, que não jogava há um mês, vem de uma lesão muscular e só fez dois treinos. Igualmente titular foi o Karagounis, que efectuou uma longa viagem e jogou pela selecção grega duas vezes também durante a semana. Contra avançados rápidos e baixinhos não sei se teria sido preferível colocar o Nelson em vez do Alcides, que nos fazia além disso ganhar profundidade atacante. Enfim, nada garante que com estas alterações as coisas fossem diferentes, mas o que é certo é que a 1ª parte foi para deitar fora. Sofremos um golo na sequência de uma falta inexistente e num lance em que o Moretto tem muitas culpas. Aliás, continuo sem perceber a insistência nele, que não dá segurança nenhuma à defesa. Na 2ª parte teve uma saída em falso e largou uma bola que só não entrou por imperícia do avançado da Amadora. E o Quim continua no banco…
Na 2ª parte fomos ligeiramente mais rápidos e chegámos ao empate em mais um remate do Robert, para grande desespero dos comentadores (especialmente o Joaquim Rita), que se tinham fartado de dizer mal dele durante o 1º tempo. O francês pode não correr muito, mas faz a bola correr (que é substancialmente mais importante) e tem esta capacidade de rematar sempre com perigo. Continuem a dizer mal dele… Só não percebo é porque é que não é ele a marcar TODOS os nossos lances de bola parada. Com as entradas do Manduca e principalmente do Miccoli exercemos maior pressão e o italiano fez três remates e todos acertaram na baliza. Num deles tivemos a melhor ocasião do jogo, já que depois do Bruno Vale ter feito uma boa defesa o Manduca acerta no poste na recarga. Finalmente no início do tempo de descontos um bom lançamento do Robert para a frente encontra o peito do Nuno Gomes a amortecer para o Miccoli que faz golo, com um excelente remate que ainda toca num defesa e sofre um desvio que o afasta do guarda-redes. Vitória muito sofrida, mas que se aceita pela nossa 2ª parte.
Individualmente, o destaque vai para o Miccoli, Robert (que pode jogar a passo, mas esteve nos dois golos) e Manuel Fernandes (que todavia continua a emperrar muito o nosso jogo, ao fazer sempre mais uma finta do que é necessário). Na defesa, os centrais permitiram algumas veleidades aos adversários, mas o Alcides e o Léo estiveram bem. O Petit foi generoso como sempre, mas o Nuno Gomes está numa altura de menor fulgor e só com a entrada o Miccoli se pode soltar mais. Foi uma vitória importante até pelo modo com o foi obtida e que espero que nos moralize para Anfield. Vai ser um inferno, mas temos que tentar marcar um golo. Se o conseguirmos, tudo é possível. Mas se formos eliminados já fizemos mais do que a nossa obrigação. Qualquer que seja o desfecho da eliminatória, devemo-nos é concentrar no campeonato que é o nosso verdadeiro objectivo.
P.S. - Com o empate no Boavista-Braga subimos para o 3º lugar. Vindo de uma série de sete vitórias consecutivas, o Boavista não só não ganhou como viu ainda três jogadores habitualmente titulares (entre os quais o João Pinto) levarem cartões que os impedem de defrontar o clube diferente na próxima jornada. O árbitro do jogo foi o Sr. Lucílio Baptista, outro grande artista da nossa praça. Lá está mais uma coincidência...
quinta-feira, março 02, 2006
Clubes grandes vs. clubes pequenos
Por ser perto de casa, porque o futebol é muito mais emocionante ao vivo do que na televisão e porque havia aí uma proposta de reunião de bloguiquistas durante um jogo, estava a pensar em ir à Reboleira no próximo sábado ver o Glorioso. Dei sorte no ano passado no jogo da Taça e é sempre bom estar presente para ver as camisolas berrantes ao vivo. O bilhete da Taça para a central superior custou 11€ e foi com este valor em mente que telefonei para o Estrela para saber o preço dos ingressos deste ano. A senhora, na sua voz monocórdica, lá me disse: central 40€, lateral 30€, central superior 25€, superior norte 20€! Isto tem um nome: ROUBALHEIRA! Já se sabia que éramos o abono de família todos os clubes, mas isto é demais. Ainda por cima num estádio com aquelas condições, este roubo deveria ser um caso de polícia. Para além do mais, o Ry disse-me que um conhecido dele foi ver o clube regional na Amadora e o bilhete para a central superior custou 10€ (em vez de 25€) e ainda lhe ofereceram outro! Mas nem assim encheram o estádio. É a diferença entre clubes pequenos e clubes grandes. No entanto, neste caso o Estrela que faça bom proveito dos bilhetes que quem não alimenta chulices destas sou eu!
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