sábado, novembro 22, 2025
Muito sofrível
Eliminámos ontem o Atlético (2-0) para a 4ª eliminatória da Taça
de Portugal em jogo que decorreu no Estádio do Restelo. Tenho sempre pena que estas
equipas de escalões secundários não possam receber os grandes em sua casa nos jogos da Taça, mas estamos subjugados pela
ditadura das televisões.
O Mourinho inovou ao apresentar uma táctica de três centrais, mas a 1ª parte foi do pior que se viu esta temporada. Só se salvou (e, aliás, durou o jogo) a estreia absoluta do Rodrigo Rego, primeiro na lateral-esquerda e, na 2ª parte, como extremo-direito. O miúdo tem toque de bola, tem dinâmica e tem desfaçatez, visível pelas vezes em que não se coibiu de rematar à baliza. O resto foi uma desgraça, com muito gente a desperdiçar a oportunidade, razão pela qual o Mourinho fez quatro(!) substituições ao intervalo (para memória futura, saíram o Ivanović, João Rego, Barrenechea e Tomás Araújo) e disse na flash que, se pudesse, teria feito nove!
Na 2ª parte, o Atlético já não conseguiu chegar tantas vezes à nossa baliza, mas o nosso golo só apareceu aos 73’ na estreia do Ríos (entrado ao intervalo) a marcar com o manto sagrado, num cabeceamento num canto. Quatro minutos depois, o Leandro Barreiro (também entrado ao intervalo) foi derrubado na área e o Pavlidis concretizou o penalty (embora o remate tenha saído quase à figura, com o guarda-redes a não defender por pouco...). O resultado estava feito e só não se avolumou, porque o Otamendi falhou um penalty já nos descontos (o Pavlidis tinha entretanto saído), com uma boa defesa do guarda-redes Rodrigo Dias.
Em termos individuais, só vou destacar mesmo o Rodrigo Rego. Tenho curiosidade para perceber se isto foi só um one shot, tipo o Pepa aqui há uns (largos) anos, ou se terá alguma continuidade. Pelo menos aquele lugar (extremo-direito) vai estar vago nos próximos tempos por causa da lesão do Lukebakio. Fizemos a nossa obrigação, que era passar à eliminatória seguinte, mas sem nenhum brilhantismo e com uma 1ª parte que deveria ser objeto de reflexão por parte de todo o plantel...
Iremos a Amesterdão na próxima 3ª feira jogar a nossa continuidade na Champions frente ao Ajax. Se não ganharmos, podemos esquecê-la e esta época será relembrada no futuro como uma das piores de sempre nas competições europeias.
O Mourinho inovou ao apresentar uma táctica de três centrais, mas a 1ª parte foi do pior que se viu esta temporada. Só se salvou (e, aliás, durou o jogo) a estreia absoluta do Rodrigo Rego, primeiro na lateral-esquerda e, na 2ª parte, como extremo-direito. O miúdo tem toque de bola, tem dinâmica e tem desfaçatez, visível pelas vezes em que não se coibiu de rematar à baliza. O resto foi uma desgraça, com muito gente a desperdiçar a oportunidade, razão pela qual o Mourinho fez quatro(!) substituições ao intervalo (para memória futura, saíram o Ivanović, João Rego, Barrenechea e Tomás Araújo) e disse na flash que, se pudesse, teria feito nove!
Na 2ª parte, o Atlético já não conseguiu chegar tantas vezes à nossa baliza, mas o nosso golo só apareceu aos 73’ na estreia do Ríos (entrado ao intervalo) a marcar com o manto sagrado, num cabeceamento num canto. Quatro minutos depois, o Leandro Barreiro (também entrado ao intervalo) foi derrubado na área e o Pavlidis concretizou o penalty (embora o remate tenha saído quase à figura, com o guarda-redes a não defender por pouco...). O resultado estava feito e só não se avolumou, porque o Otamendi falhou um penalty já nos descontos (o Pavlidis tinha entretanto saído), com uma boa defesa do guarda-redes Rodrigo Dias.
Em termos individuais, só vou destacar mesmo o Rodrigo Rego. Tenho curiosidade para perceber se isto foi só um one shot, tipo o Pepa aqui há uns (largos) anos, ou se terá alguma continuidade. Pelo menos aquele lugar (extremo-direito) vai estar vago nos próximos tempos por causa da lesão do Lukebakio. Fizemos a nossa obrigação, que era passar à eliminatória seguinte, mas sem nenhum brilhantismo e com uma 1ª parte que deveria ser objeto de reflexão por parte de todo o plantel...
Iremos a Amesterdão na próxima 3ª feira jogar a nossa continuidade na Champions frente ao Ajax. Se não ganharmos, podemos esquecê-la e esta época será relembrada no futuro como uma das piores de sempre nas competições europeias.
sexta-feira, novembro 21, 2025
Irlanda e Arménia
As ligas nacionais pararam no passado fim-de-semana por
causa da última jornada de qualificação para o Mundial de 2026. Tal como era
esperado, Portugal qualificou-se embora tenha precisado do terceiro match-point para o conseguir, dado que
perdemos na Irlanda por 2-0 e a qualificação só tenha surgido na goleada (9-1) frente
à Arménia.
O jogo frente aos irlandeses foi parecido com o que houve em casa, com eles a defenderem muito bem, muito agressivos e nós a termos grandes dificuldades em entrar na muralha contrária. Só não foi igual, porque eles foram muito mais perigosos quando contra-atacavam, tendo atirado uma bola ao poste antes de nos marcarem dois golos ainda na 1ª parte, ambos pelo Troy Parrott (17’ e 45’). A perder por dois ao intervalo, o Roberto Martínez não se lembrou de mais nada do que... substituir dois defesas...! Na 2ª parte, as esperanças de mudarmos o resultado foram arruinadas aos 59’, quando o Cristiano Ronaldo deu um murro nas costas de um defesa e foi naturalmente expulso. A primeira vez que aconteceu ao serviço da selecção, mas ao menos teve o mérito de não jogar o jogo seguinte, até porque o Gonçalo Ramos, que só entrou a 12’(!) do fim, fez mais remates nesse tempo do que o Cristiano Ronaldo no outro todo.
Frente à Arménia, em casa, era só o que mais faltava se não ganhássemos. Nem mereceríamos ir ao Mundial nesse caso. Inaugurámos o marcador logo aos 7’ num cabeceamento do Renato Veiga na sequência de uma bola parada, mas deixámo-nos empatar aos 18’, quando fomos apanhados em contrapé num contra-ataque. No entanto, chegámos ao intervalo com a qualificação resolvida (5-1) mercê de um bis do João Neves (30’ e 41’) e de golos do Gonçalo Ramos (28’) e Bruno Fernandes (nos descontos, de penalty). A 2ª parte foi apenas um proforma, com mais quatro golos, tendo o João Neves (81’) e o Bruno Fernandes (52’ e noutro penalty aos 72’) chegado ambos ao hat-trick. O último golo foi apontado pelo Francisco Conceição já nos descontos (92’).
Que esta qualificação seja olhada de maneira honesta para que não tenhamos ilusões: dos seis jogos, só frente à Arménia é que passeámos. Nos outros quatro, ganhámos dois nos minutos finais (Hungria fora e Irlanda em casa), empatámos outro (Hungria em casa, com o golo sofrido também nos minutos finais) e perdemos um (Irlanda fora). É uma performance muito fraca, perante adversários bastante secundários, para quem almeja ser campeão do mundo. A selecção padece de vários problemas (vacas sagradas que raramente são substituídas, tudo andar à volta de um jovem de 40 anos e opções tácticas e de escolha de jogadores muito discutíveis) e não se está a ver o Roberto Martínez com capacidade de os resolver (antes pelo contrário...). Mas pode ser que tenhamos uma surpresa (e alguma sorte) como na Liga das Nações.
O jogo frente aos irlandeses foi parecido com o que houve em casa, com eles a defenderem muito bem, muito agressivos e nós a termos grandes dificuldades em entrar na muralha contrária. Só não foi igual, porque eles foram muito mais perigosos quando contra-atacavam, tendo atirado uma bola ao poste antes de nos marcarem dois golos ainda na 1ª parte, ambos pelo Troy Parrott (17’ e 45’). A perder por dois ao intervalo, o Roberto Martínez não se lembrou de mais nada do que... substituir dois defesas...! Na 2ª parte, as esperanças de mudarmos o resultado foram arruinadas aos 59’, quando o Cristiano Ronaldo deu um murro nas costas de um defesa e foi naturalmente expulso. A primeira vez que aconteceu ao serviço da selecção, mas ao menos teve o mérito de não jogar o jogo seguinte, até porque o Gonçalo Ramos, que só entrou a 12’(!) do fim, fez mais remates nesse tempo do que o Cristiano Ronaldo no outro todo.
Frente à Arménia, em casa, era só o que mais faltava se não ganhássemos. Nem mereceríamos ir ao Mundial nesse caso. Inaugurámos o marcador logo aos 7’ num cabeceamento do Renato Veiga na sequência de uma bola parada, mas deixámo-nos empatar aos 18’, quando fomos apanhados em contrapé num contra-ataque. No entanto, chegámos ao intervalo com a qualificação resolvida (5-1) mercê de um bis do João Neves (30’ e 41’) e de golos do Gonçalo Ramos (28’) e Bruno Fernandes (nos descontos, de penalty). A 2ª parte foi apenas um proforma, com mais quatro golos, tendo o João Neves (81’) e o Bruno Fernandes (52’ e noutro penalty aos 72’) chegado ambos ao hat-trick. O último golo foi apontado pelo Francisco Conceição já nos descontos (92’).
Que esta qualificação seja olhada de maneira honesta para que não tenhamos ilusões: dos seis jogos, só frente à Arménia é que passeámos. Nos outros quatro, ganhámos dois nos minutos finais (Hungria fora e Irlanda em casa), empatámos outro (Hungria em casa, com o golo sofrido também nos minutos finais) e perdemos um (Irlanda fora). É uma performance muito fraca, perante adversários bastante secundários, para quem almeja ser campeão do mundo. A selecção padece de vários problemas (vacas sagradas que raramente são substituídas, tudo andar à volta de um jovem de 40 anos e opções tácticas e de escolha de jogadores muito discutíveis) e não se está a ver o Roberto Martínez com capacidade de os resolver (antes pelo contrário...). Mas pode ser que tenhamos uma surpresa (e alguma sorte) como na Liga das Nações.
sexta-feira, novembro 14, 2025
Erros indesculpáveis
Empatámos em casa (2-2) frente ao Casa Pia no passado domingo e deixámos fugir o CRAC (1-0 em Famalicão) e a lagartada (2-1 nos Açores frente ao Santa Clara) na classificação, estando agora a seis pontos do primeiro e a três do segundo. Isto seria sempre um péssimo resultado, mas mais ainda se tornou, porque aos 60’ estava 2-0...
O Mourinho voltou a dar a titularidade ao Dedic, com o Aursnes a ir para o lado esquerdo do tridente ofensivo. (O norueguês é defesa-direito num jogo, extremo-esquerdo no outro, enfim...) Um remate do Barrenechea desviou num defesa e bateu no poste nos minutos iniciais, mas não demorou muito até inaugurarmos o marcador, aos 18’, num óptimo trabalho do Pavlidis (dominou de peito e tocou de cabeça) a assistir o Sudakov para um remate em volley. Uma má saída de bola do Aursnes colocou um adversário em boa posição, mas o remate saiu fraco e o Trubin não teve dificuldades em defender. Um bom passe do Tomás Araújo isolou o Lukebakio, mas pela enésima vez o belga, só com o guarda-redes pela frente, não o conseguiu desfeitear... Chegávamos ao intervalo em vantagem, mas a jogar um futebol muito curto.
Para a 2ª parte, entrou o Prestianni para o lugar do Barrenechea, com o Aursnes a ir para o meio-campo. Não admira que o norueguês passe pela sua fase menos exuberante desde que chegou ao Glorioso, a mudar constantemente de lugar... Melhorámos um bocado, com maior rapidez de processos e logo depois do apito, o Ríos teve um remate de fora da área defendido pelo guarda-redes Patrick Sequeira. Pouco depois, foi o Sudakov a tentar, mas com o mesmo desfecho. À passagem da hora de jogo, num canto, o Ríos cabeceia, mas um defesa toca com a mão na bola, tendo os braços abertos. Penalty que o Pavlidis marcou superiormente, alargando a nossa vantagem para dois golos. Mas a partir dos 65’, tudo mudou... Num remate de fora da área, a bola bate no peito do António Silva e resvala para o braço. Dizem as regras que isto não é penalty, mas o Sr. Gustavo Correia e, principalmente, o VAR João Bento consideraram que sim. O Trubin ainda defendeu o remate, mas o Tomás Araújo, de forma inacreditável, rematou para a nossa baliza, quando pretendia aliviar a bola...! Um lance caricato e incompreensível. O Mourinho lançou o Leandro Barreiro e este meteu a bola na baliza a 10 minutos do final na sequência de um canto, mas estava em fora-de-jogo e os nossos festejos foram em vão. Aos 91’, o Ríos perdeu uma bola no meio-campo, provocando um contra-ataque de cinco para três e o Trubin, com o Tomás Araújo ao lado pronto para aliviar a bola, resolveu sair da baliza e tocar nela, tendo esta sobrado para o Renato Nhaga, que nos gelou a todos... Deixávamos fugir dois pontos, que estavam mais do que garantidos.
Em termos individuais, o Pavlidis, com um golo e uma assistência, foi de longe o melhor. Ou o menos mau, vá. O Lukebakio é quem cria os maiores desequilíbrios, mas ainda não tem o timing perfeito para se libertar da bola e, principalmente, quando está frente-a-frente com o guarda-redes deixa muito a desejar... O Ríos até nem estava a fazer um mau jogo, à semelhança de 4ª feira, mas aquele erro não se pode cometer e custou muito caro. O Trubin também tem culpas no segundo golo e o Tomás Araújo não sei bem o que lhe passou pela cabeça.
Seis pontos perdidos em casa com golos nos últimos minutos perante adversários menos conceituados é o maior factor de destaque desta época. É basicamente a diferença para o 1º lugar, que aumentou de forma exponencial graças a isso. É inexplicável esta tremedeira e esta incapacidade de segurar resultados em pleno Estádio da Luz. Há agora a pausa para as selecções, mas o panorama para esta temporada está muito negro...
P.S. – Temos grandes culpas no cartório, mas o que se passou neste fim-de-semana em termos de arbitragem foi vergonhoso. Este penalty contra nós já foi o que foi e, na véspera, um lance evidente de pontapé de baliza foi transformado em canto pelo fiscal-de-linha Ângelo Pinheiro e validado pelo árbitro João Goncalves, e deu o golo à lagartada no último minuto. Diferenças...
domingo, novembro 09, 2025
93 891
Quinze dias depois, voltámos a bater o recorde mundial de votante de um clube desportivo com este impressionante número de 93 891 pessoas. Aparentemente, desta vez é que fica certificado, dado que o Guiness não aceitou o outro por não se ter eleito um presidente na altura. Deixemo-nos de leituras enviesadas sobre isto: uma tão grande participação é motivo para nos deixar orgulhosos enquanto benfiquistas.
Tal como se esperava, perante os resultados da 1ª volta, o Rui Costa foi reeleito presidente com 65,89% (58 667 votantes) contra 34.11% (33 669 votantes) do João Noronha Lopes. Algo que não deixa de ser absolutamente relevante salientar é o facto de, em números absolutos, o Rui Costa ter tido mais 25 769 sócios a votar nele, enquanto João Noronha Lopes só teve mais 6 560 votantes do que na 1ª volta. É algo que deveria fazer pensar o candidato que eu apoiei em relação ao que fez de mal para não só não conseguido agregar mais sócios para a sua causa, como ter visto o incumbente aumentar tanto a votação da 1ª para a 2ª volta. Os últimos debates correram bastante mal a Noronha Lopes e isso terá sido decisivo para esta diferença.
Espero sinceramente que o Rui Costa, escudado tanto por esta participação eleitoral como pelo seu próprio resultado, faça um trabalho bastante melhor do que até aqui. Se eu nunca votei nele para presidente do Benfica, é dele uma das duas únicas camisolas personalizadas que tenho (a outra é do Nuno Gomes). Que esse jogador que eu admirei profundamente se possa tornar num bom presidente, mesmo perante tão maus indicadores ao longo do tempo (e já foi bastante...), é o milagre que eu espero que aconteça.
O povo benfiquista falou democraticamente e há que aceitar os resultados, mesmo que não concordemos com eles. Não podemos gostar da democracia só quando ela nos permite ganhar. É preciso baixar a conflitualidade e dar as condições a quem ganhou de poder exercer o seu mandato conforme o programa eleitoral que apresentou. No entanto, estaremos sempre cá para elogiar ou criticar quando se justificar.
VIVA O BENFICA!
sábado, novembro 08, 2025
Perdulários
Perdemos novamente na Champions na passada 4ª feira, em casa frente ao Bayer Leverkusen (0-1). Foi a quarta derrota em quatro jogos e a qualificação para a fase seguinte será uma missão (quase) impossível. Num jogo em que tínhamos de ganhar, fizemos tudo para isso, mas falhámos redondamente na altura de rematar à baliza.
O Mourinho reforçou o meio-campo com o Leandro Barreiro e revelámos sempre bastantes cautelas na saída de bola, especialmente na 1ª parte. Mesmo não utilizando a velocidade que por vezes se exigia, tivemos várias ocasiões para inaugurar o marcador, incluindo duas bolas aos ferros do Lukebakio e Otamendi. Para além disso, o Pavilidis falhou um golo em boa posição, permitindo a intercepção de um defesa, quando o guarda-redes Flekken já não estava na baliza e ainda tivemos alguns remates (do Ríos, Lukebakio e Otamendi) que o guardião defendeu e uma cabeçada do Barreiro que saiu ao lado. Ao invés, o Leverkusen teve uma soberana chance com o Poku isolado a atirar ao lado, quando só tinha o Trubin pela frente.
Na 2ª parte, continuámos a carregar e o Pavlidis num ressalto depois de um canto, ficou frente-a-frente com o Flekken, mas resolveu fintá-lo em vez de rematar e o guarda-redes tirou-lhe a bola com o pé! Foi eventualmente a nossa melhor hipótese de marcar. Pouco depois, o mesmo Pavlidis atirou ao lado de pé esquerdo ainda fora da área, mas aos 65’ apanhámos um enorme balde de água fria com o golo do Patrick Schick de cabeça, depois de um péssimo alívio também de cabeça do Dahl, qua se converteu numa assistência para o checo. Sentimos bastante o golo e não tivemos tão boas hipóteses de marcar até final como até então. Mas, à semelhança do primeiro tempo, foram novamente o Otamendi (de cabeça num canto) e o Lukebakio, por duas vezes, a visar a baliza contrária, mas sem sucesso.
Em termos individuais, o Ríos pareceu-me o melhor do Benfica. Já era tempo de começar a justificar o (enorme) investimento na sua contratação. O Dahl também estava a fazer um jogo muito bem conseguido, mas aquele falhanço no golo deitou tudo a perder. O Lukebakio foi o jogar mais desequilibrador do nosso lado, mas por vezes exagera nas acções individuais. O Pavlidis complicou dois lances de golo, em que se exigia mais rapidez de execução. O Sudakov passa por uma fase de menor fulgor, mas, verdade seja dita, é dos poucos que faz passes a rasgar e sentiu-se a sua falta quando saiu.
Faltam quatro jogos para terminar a Fase de Liga da Champions e devemos mesmo ter de os ganhar a todos para passarmos. Com Nápoles, Juventus e Real Madrid no caminho, será como uma subida ao Monte Everest...
quarta-feira, novembro 05, 2025
Convincente (na 2ª parte)
Vencemos no sempre difícil terreno do V. Guimarães (3-0) no passado sábado, mas continua tudo igual na frente, porque a lagartada ganhou 2-0 em casa ao Alverca e o CRAC também triunfou (2-1) na recepção ao Braga.
Quem olhar só para o resultado, pode pensar que foi tudo muito fácil, mas até ao intervalo a partida foi bastante complicada. O V. Guimarães conseguiu manietar-nos na manobra atacante e não criámos assim tantas jogadas de perigo. Um remate do Sudakov à malha lateral foi a nossa melhor situação.
Na 2ª parte, tudo mudou por via das alterações que fez o José Mourinho logo no reinício: saíram o Sudakov e o Prestianni e entraram o Leandro Barreiro e o Schjelderup. A transformação foi da noite para o dia, também porque o resto da equipa subiu muito de produção. O Lukebakio na direita começou a criar situações para os colegas resolverem, mas uma cabeçada do Leandro Barreiro foi defendida pelo guarda-redes Castillo e o Pavlidis falhou incrivelmente a recarga com a baliza escancarada! O Lukebakio num livre directo voltou a obrigar o guardião contrário a aplicar-se, mas aos 54’ lá abrimos finalmente o marcador, com um canto do belga na direita e o Tomás Araújo a desviar de cabeça ao primeiro poste. Pouco depois, o V. Guimarães ficou a jogar com dez, por pontapé alto do Fabio Blanco ao Leandro Barreiro e a partida tornou-se mais fácil. Por volta da hora de jogo, fizemos o 2-0 pelo Dahl, num pontapé forte de pé esquerdo no enfiamento da pequena-área. Foi a estreia do sueco a marcar com o manto sagrado, curiosamente mais ou menos do mesmo ângulo que o Carreras marcou naquele mesmo estádio na temporada passada. O Schjelderup continuava a criar perigo na esquerda para os colegas, mas os remates de cabeça do Leandro Barreiro e de fora da área do Barrenechea foram defendidos pelo Castillo. Aos 87’, fechámos a contagem numa recarga do entretanto entrado João Rego a um outro remate do Barrenechea, depois de nova incursão do Schjelderup pela esquerda, que o guarda-redes não conseguiu segurar.
Em termos individuais, o Schjelderup foi possivelmente o melhor do Benfica pelo modo como agitou o jogo na 2ª parte, bem secundado pelo Leandro Barreiro, que começa a colocar a titularidade do Sudakov em causa. O Ríos terá feito a melhor exibição desde que chegou e destaque igualmente para o Dahl, que parece a subir de forma desde que ficou no banco em Newcastle. Na defesa, o Tomás Araújo e o Otamendi estiveram imperiais.
Termos hoje uma partida decisiva para a Champions, na recepção ao Bayer Leverkusen, em que só uma vitória nos permite realisticamente continuar na luta pelo apuramento. Esperemos que estas três vitórias consecutivas e a esta exibição no segundo tempo sejam inspiradoras para isso.
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