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sexta-feira, julho 05, 2024

Portugal – 0 – Eslovénia – 0 (3-0 pen.)

Na passada 2ª feira, estivemos à beira de uma enorme vergonha nos oitavos-de-final do Euro 2024: sermos eliminados pela poderosíssima Eslovénia! O Diogo Costa tornou-se um herói nacional, porque defendeu três penalties no desempate, já depois de ter defendido com o pé o remate de um adversário isolado, em cima dos 120’, por um erro clamoroso do Pepe. Ou seja, se vamos defrontar hoje a França nos quartos, muito lhe devemos.

O Roberto Martínez esteve bem ao voltar ao 4-3-3, a selecção até nem entrou mal no jogo, mas foi-se perdendo ao longo do tempo. E aí, parece que o espírito do Roger Schmidt se abateu sobre o seleccionador. Não só não fez todas as substituições que se exigiam, perante o descalabro físico de alguns jogadores, como ainda por cima, quando as fez, tirou quem até estava a ser dos melhores e a criar perigo (Rafael Leão e, principalmente, Vitinha). Já se sabe que o Cristiano Ronaldo é inamovível enquanto não se atingir o grande objectivo da selecção nacional neste Europeu (ele tornar-se o primeiro, e muito provavelmente único, jogador da história do futebol a marcar em seis Europeus) e teve uma enorme oportunidade de o fazer nesta partida, mas o Oblak defendeu um penalty seu aos 105’. Aliás, as lágrimas do C. Ronaldo no intervalo do prolongamento eram obviamente por causa disto e não pela perspectiva de poder não conquistar o título europeu (objectivo naturalmente secundário em relação ao outro). Que ele tenha esse desígnio até se pode aceitar, mas que o seleccionador caucione isto não o tirando de campo, quando deixa de responder em termos físicos (o que é mais que natural para alguém que tem já 39 anos...), é que já não se percebe. Como não se percebe que o Bruno Fernandes e Bernardo Silva, em sub-rendimento neste jogo, também não tenham saído. É que toda a gente viu que a selecção não foi pressionante como deveria ter sido, especialmente no prolongamento, caso tivesse sangue fresco na equipa. E com a qualidade de quem está no banco, é incompreensível que esse refrescamento da equipa não tenha acontecido.

Enfim, iremos defrontar os franceses hoje à noite e, perante o que temos visto, será preciso um milagre para passarmos. Como também era preciso um milagre em 2016. Pode ser que a história se repita.

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