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segunda-feira, setembro 19, 2022

Mão-cheia

Goleámos ontem o Marítimo na Luz (5-0) e alcançamos a 13ª vitória consecutiva. Para além disso, fruto de mais uma jornada quase perfeita, aumentámos a vantagem para o CRAC para cinco pontos (empatou 1-1 no Estoril, com um penalty já nos descontos) e para a lagartada para onze (perdeu no Bessa por 1-2). Quem está mais perto de nós continua a ser o Braga (2-0 em casa ao Vizela), a apenas dois pontos.
 
Entrámos em campo já conhecedores dos resultados dos rivais e sabendo que, defrontando o último classificado só com derrotas, era uma ocasião que não poderíamos desperdiçar. O Marítimo justificou a razão de estar no lugar que está e estacionou o autocarro durante a maior parte do tempo. O Roger Schmidt colocou o Aursnes no lugar do Florentino e foi a única alteração que fez em relação a Turim. Não entrámos com a impetuosidade habitual, mas inaugurámos o marcador aos 28’ numa tabelinha entre o Gonçalo Ramos e o Rafa, que o extremo concretizou só com o guarda-redes pela frente. Felizmente longe vão os tempos em que o Rafa falhava nove em 10 oportunidades destas...! Até ao intervalo, deveríamos ter resolvido a partida, com o João Mário e o Gonçalo Ramos a falharem imperdoavelmente dois golos feitos.
 
Não resolvemos antes do intervalo, resolvemos logo a seguir: aos 47’ centro do Bah na direita, na primeira vez que foi à linha (a sério, alguém lhe atou uma corda na 1ª parte...?!), e desvio vitorioso de calcanhar do Gonçalo Ramos, com o guarda-redes Miguel Silva ainda a tocar, mas sem conseguir impedir o golo. Com o que o Marítimo (não) mostrava, ficou a sensação de que o jogo estava decidido, mas felizmente a versão 22/23 do Glorioso não se satisfaz com pouco. À passagem da hora de jogo, grande jogada do Enzo Fernández na direita e estoiro do António Silva ao poste! Até que, aos 64’, tudo ficou decidido de vez com o Rafa a isolar brilhantemente o Gonçalo Ramos para um bis, picando a bola por cima do guarda-redes, que voltou a tocar-lhe. O Roger Schmidt começou, e bem, a gerir o esforço da equipa e tirou o Enzo Fernández e Rafa para as entradas do Florentino e Draxler. O João Mário é que não estava nos seus dias e falhou uma segunda bola completamente isolado frente ao guarda-redes, mas aos 82’ uma recuperação muito à frente do Florentino sobrou para o David Neres, que rematou rasteiro e colocado, fazendo o 4-0. Entretanto, já tínhamos novos laterais, com o Gilberto e o Ristic, que viram em campo a estreia do Draxler a marcar com o manto sagrado, num autêntico balázio aos 88’ (sinceramente não me lembro da última vez que vi uma bola entrar e sair logo a seguir da baliza...!). Até final, ainda deu para a estreia do central John Brooks para a saída do muito aplaudido António Silva.
 
Em termos individuais, o Rafa foi o melhor do Benfica, com um golo, uma assistência e muito dinamismo na frente. O Enzo Fernández, à semelhança da equipa, subiu imenso na 2ª parte e aquela jogada brilhante merecia que o poste não a tivesse estragado. O Gonçalo Ramos voltou aos golos, e logo a dobrar, e isso é fundamental num ponta-de-lança. O António Silva não estou muito bem a ver como é que vai sair da equipa quando regressarem os lesionados. A continuar assim, não sai mesmo. O Aursnes é mesmo reforço, com a vantagem de fazer os dois lugares de meio-campo. O Bah precisa de procurar mais vezes a linha. Na 1ª parte, chegou a exasperar-me pela quantidade de vezes que vinha para trás...
 
Foi um triunfo categórico na véspera de o campeonato parar por causa das selecções. O estádio transbordou de felicidade ontem, especialmente na 2ª parte. Voltámos finalmente a ter dias felizes, com futebol muito atraente e resultados a condizer. Já não era sem tempo!

1 comentário:

joão carlos disse...

Todos sabemos que não se concretizam todas as oportunidades, nem isso se exige, mas termos oito oportunidades só com o guarda redes pela frente algumas isolados só perante o guarda redes e apenas converter duas é inamissível e manifestamente muito pouco é que depois acabamos por em menos oportunidades, muito menos evidentes e claramente mais difíceis, termos muito melhor aproveitamento.
Sobre o nosso jovem central é preciso ter noção da realidade que ele tem estado muito bem, tem, que tem estado excelente e até fantástico para a sua idade e para aquilo que se esperava, também, agora em termos absolutos eles ainda não está ao nível por exemplo do central que eles veio substituir por lesão, alias bastou ver o jogo em que ambos jogaram juntos e ver a exibição de um e de outro, agora resta saber se ele quando voltar da lesão volta ao mesmo nível e o mesmo se aplica ao nosso lesionado de longa duração comparar a qualidade e experiência do internacional brasileiro com o que o jovem esta a jogar não tem nada a ver agora resta saber como volta da lesão.
Bem nas substituições a gerir os mais desgastados e os que não vão ter descanso na paragem pena as ultimas substituições terem sido para o tardio já que alguns jogadores estão a precisar de ter minutos porque caso contrario nunca serão opções validas por falta de ritmo.