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quinta-feira, maio 20, 2021

Acabou

Terminámos o campeonato com uma vitória em Guimarães por 3-1, mas um dos grandes objectivos para esta partida não foi cumprido, porque, apesar de ter apontado dois golos, o Seferovic não conseguiu ser o melhor marcador do campeonato, acabando com 22, a um do Pedro Gonçalves da lagartada.
 
Com a final da Taça de Portugal no próximo domingo, já se esperava que o Jesus fizesse alguma rotação da equipa, porque a classificação estava definida e só havia a tal questão do melhor marcador para resolver. Mesmo assim, não entrámos mal no jogo e o Seferovic poderia ter inaugurado o marcador ainda antes do quarto de hora, aproveitando uma falha do guarda-redes e com um defesa de carrinho a salvar milagrosamente. Pouco depois, foi o Darwin também a falhar algo escandalosamente o desvio num centro-remate do Gilberto. A meio da 1ª parte veio a pior notícia do jogo com a lesão muscular do Lucas Veríssimo, que provavelmente o tirará da final da Taça. O V. Guimarães, que precisava da vitória para se apurar para a nova competição da Uefa, a Liga Conferência Europa, reequilibrou as coisas, mas sem colocar o Vlachodimos em grandes apuros. Quanto a nós, até ao intervalo, o Darwin teve um remate em arco que merecia melhor sorte e o Nuno Tavares falhou clamorosamente um desvio de pé direito na área, atirando por cima, depois de nova investida do Gilberto na direita.
 
Depois do intervalo, aparecemos com a pontaria mais afinada e inaugurámos o marcador aos 48’ através do Seferovic, depois de uma boa triangulação ao primeiro toque entre o Nuno Tavares, Taarabt e Darwin, com assistência deste na esquerda. Pouco depois, nova assistência do Darwin para o Seferovic, que estava em óptima posição, mas o remate em arco saiu à figura do guarda-redes Trmal. No entanto, aos 58’, o Seferovic conseguiu mesmo bisar, de cabeça, depois de um desvio do Gabriel ao primeiro poste num canto do Taarabt. Ainda faltava mais de meia-hora para o final do jogo, mas achei que era preciso pelo menos mais um golo do suíço, porque se fosse necessário Pedro Gonçalves marcaria três, dado que a Liga incompreensivelmente não marcou os jogos para a mesma hora. Porém, à passagem da hora de jogo, o Jesus fez entrar o Everton, Pizzi e Chiquinho, tirando o Pedrinho, Taarabt e Darwin, e a equipa piorou. Especialmente com a saída do Darwin, que estava a criar muitas situações especialmente pela esquerda. Aos 63’, o V. Guimarães reduziu de cabeça, num canto, pelo Jorge Fernandes e o jogo ficou em aberto. E poderia mesmo ter alcançado o empate num remate cruzado do Estupiñán que o Vlachodimos defendeu com o corpo para canto. Ainda chegou a introduzir a bola na baliza, mas o avançado Foster estava claramente em fora-de-jogo. Já em tempo de compensação, o Everton foi brilhantemente assistido pelo entretanto entrado Grimaldo, ainda olhou para o lado para ver se conseguia assistir o Seferovic, mas, como este estava marcado, resolveu ele mesmo rematar e fazer o 3-1, acabando com as dúvidas.
 
Em termos individuais, destaque para os dois golos do Seferovic, que não chegaram para ganhar o troféu de melhor marcador por culpa própria, porque os bis que falhou nos últimos jogos (Santa Clara, Tondela, Nacional) davam para ter ganho isto nas calmas. O Taarabt exasperou-me menos do que o habitual, o que é sempre de salientar, mas o Gabriel está sempre com o complicómetro no máximo, o que jogando a trinco é sempre um susto. O Vlachodimos salvou-nos do empate a cerca de 15’ do fim e vou ter pena se ele sair do Benfica, porque o continuo a achar melhor do que o Helton Leite. O Morato, que se estreou a titular na defesa, não comprometeu e quiçá ira manter a titularidade na final da Taça dado que o Lucas Veríssimo está magoado.
 
O Jesus está sempre a dizer que fomos a melhor equipa da 2ª volta e os dados não mentem. Fomos efetivamente a que fez mais pontos, dado que só perdemos nove (uma derrota e três empates). No entanto, a covid-19 está longe de explicar tudo e esta é indiscutivelmente uma época falhada. Esperemos que se salve a Taça de Portugal no próximo domingo.

1 comentário:

joão carlos disse...

O nosso ponta de lança só se pode queixar dele próprio e dos clamorosos falhanços que teve nos últimos tempos principalmente aqueles que teve à boca da baliza, alias bastava aquele lance na madeira sem o guarda redes na baliza e que ele deve ter sido por empatia com ele decidir nem sequer acertar nela e teve de ser um defesa a fazer o trabalho que ele não conseguiu fazer.
Quanto à dupla de médios centro tenho precisamente a opinião oposta o nosso trinco teve muito melhor que o outro que tem o condão de decidir, entre duas opções, pela que tem menor hipótese de sucesso e assim invariavelmente falhar quase sempre agora uma coisa concordamos a jogar a trinco ele corre sempre o risco, devido à suas características, de estar mais perto de expor a equipa ao perigo, mas aí a culpa é do treinador, que o coloca naquela posição mas se não percebeu ainda que ele tem de jogar no lugar mais adiantado do meio campo também não vai perceber nunca.
De salientar voltarmos a estar bem nos cantos ofensivos coisa que fomos sempre uma lastima a época toda o reverso da moeda é que também voltamos a estar uma nódoa nas bolas paradas defensivas em que em todas as que eles tiveram foi o pânico com eles a meterem a bola sempre no mesmo sitio e a cometermos sempre o mesmo erro, coisa que parecia que tínhamos resolvido pelos visto não, parece que para melhorarmos numa coisa temos de piorar noutra.