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quarta-feira, julho 15, 2020

De feição

Vencemos ontem o V. Guimarães por 2-0 e não permitimos que o CRAC fosse campeão no sofá. Terá de (pelo menos) empatar hoje com a lagartada em Mordor para o conseguir. De qualquer maneira, será apenas uma questão de tempo até o campeonato mais mal perdido da nossa história ter um epílogo.

 

A grande diferença entre o Benfica do Bruno Lage (desde a retoma da Liga) e o do Nélson Veríssimo é... a sorte. Contra o Boavista, marcámos na primeira vez em que fomos à baliza, contra o V. Guimarães, quando inaugurámos o marcador aos 37’ pelo Chiquinho (correspondendo na área a um centro rasteiro do Nuno Tavares), o jogo só não estava já perdido, porque o Vlachodimos fez duas defesas do outro mundo e ainda vimos uma outra bola do Marcus Edwards a bater na barra e no poste. Tão simples quanto isto! De resto, durante boa parte do primeiro tempo, continuou o nosso futebol muito lento e sem ideias. Porém, ontem as coisas começaram a melhorar a partir dos 33’, quando o Veríssimo fez sair (e bem) o já amarelado Weigl (que depois do cartão teve duas entradas imprudentes que o colocaram na iminência da expulsão) e fez entrar o Florentino. Florentino, esse, que já não jogava para a Liga desde o jogo do Santa Clara nos Açores em... Novembro! O miúdo entrou muitíssimo bem, não só estando sempre no caminho da bola quando ela estava com o adversário, como fazendo um par de passes verticais que abriram brechas na retaguarda contrária. Precisamente aquilo que... ninguém tem conseguido fazer nos últimos tempos!

 

Depois do intervalo, o jogo mudou completamente com o V. Guimarães a ser muito menos perigoso e nós a controlarmos os tempos do jogo. No entanto, como não marcámos logo o segundo golo para arrumar a questão, nos últimos 20’ o V. Guimarães veio para cima de nós e ainda passámos por alguns calafrios. O que nos valeu foi que o Vlachodimos continuou seguro e a única bola que entrou na nossa baliza foi rematada por um adversário em fora-de-jogo (mas deu para comprovar que continuamos a defender pessimamente as bolas parada!). Praticamente na jogada a seguir, fizemos finalmente o segundo golo aos 87’ pelo entretanto entrado Seferovic, a corresponder bem a um centro do também substituto Rafa. Marcámos sempre depois de podermos ter sofrido e, de facto, o jogo não nos poderia ter corrido melhor.

 

Em termos individuais, destaque óbvio para o Vlachodimos, sem o qual estaríamos certamente agora a lamentar mais três pontos perdidos, para o Florentino, que foi o grande responsável pela nossa melhoria exibicional (ele estava em muito má forma quando saiu da equipa, mas porquê tanto tempo até ter nova oportunidade...?!), e para o Chiquinho, que longe de ser um craque continua a ser o melhor do plantel naquele lugar.

 

Temos mais dois jogos para cumprir calendário (Aves e lagartada) antes da final da Taça de Portugal, infelizmente o único dos grandes objectivos da época que ainda podemos conquistar. Mas temos absolutamente de o conseguir!

1 comentário:

joão carlos disse...

A mudança feita na primeira parte foi importante não só porque o jogador que saiu não estava a jogar bem como o que entrou para o seu lugar entrou bem mas a mudança foi apenas no aspecto defensivo onde passamos a recuperar mais bola e a impedir os contra ataques do adversário, aliás as melhores características do jogador que entrou, mas ofensivamente continuamos o mesmo é verdade que tivemos aquela jogada que concretizamos mas isso já tínhamos tido uma até melhor que desperdiçamos de força escandalosa e depois disso foi um deserto ofensivo que só voltamos a ter oportunidades depois de eles arriscarem e darem mais espaço na defesa, por isso a mudança melhorou o nosso jogo defensivo mas não o nosso jogo ofensivo que se manteve a mesma coisa.
A questão não é se quem jogou na posição de segundo avançado ser o melhor do plantel naquela posição, porque é , mas sim de que continua ser mau naquela posição e de ser insuficiente e não ter nada a ver com o ser ou não craque tem a ver com o facto de ele não ser segundo avançado, alias nem ele nem ninguém no plantel, e este sempre foi o grande erro desta época é que sem um único segundo avançado ter continuado a insistir numa táctica para a qual é fundamental ter um jogador que tenha essas características e não como sempre foi norma esta época ter jogadores a ocuparem a posição sem serem segundos avançados.
A bolas paradas defensivas são assustadoramente má, mas as ofensivas também não lhe ficam muito atrás, e o trabalho das mesmas terá uma parte importante nisso no entanto nem acho que tenha a maior parte sendo que existe um elevado numero de jogadores de estatura ridiculamente baixa, e como é óbvio não podem ser bons no jogo de cabeça, e os que tem estatura elevada a maioria nem tem no jogo aéreo as suas melhores qualidades sendo que claramente tem sido uma questão que não tem sido considerada na construção dos planteis que depois não existe trabalho que o emende por muito bom que seja, que nem parece que seja este o caso.