Três dias depois de termos empatado com o outro Vitória, o Bruno Lage alterou a equipa, regressando os habituais titulares, mas deixando o Raúl de Tomás no banco, avançando o Gedson para segundo avançado. O que definitivamente não resultou. O Gedson pareceu sempre perdido naquela posição e fez das piores primeiras partes que me lembro com a camisola do Benfica. Primeira parte, essa, que foi péssima, connosco sempre muito lentos, sem praticamente criar oportunidades de golo. Um remate do Gedson que foi interceptado por um defesa e outro do Pizzi pelo Makaridze foram as únicas ocasiões de jeito. Do lado contrário, o Vlachodimos limitou-se praticamente a ser um espectador.
Na 2ª parte, pedia-se mais velocidade, caso contrário não se estava a ver como conseguiríamos marcar. Entrou o Gabriel logo no reinício para o lugar do amarelado Fejsa, mas as melhoras não foram tão visíveis como na 4ª feira passada. Até porque o V. Setúbal criou mais perigo com dois remates às redes laterais praticamente seguidos. Pouco depois, foi o Rafa a ser completamente abalroado na área, mas nem o Sr. Tiago Martins, nem o VAR, o Sr. Bruno Esteves, viram razão para falta. Claro que não! Era sobre um jogador do Benfica, claro que não havia motivo para penalty…! Por volta da hora de jogo, o Bruno Lage arriscou e fez entrar o Carlos Vinícius para o lugar do Pizzi. E logo aos 64, o brasileiro justificou a aposta ao marcar o único golo da partida: enésimo canto a nosso favor, remate do Ferro para grande defesa do Makaridze, a bola sobrou para o Rafa que centrou, para o C. Vinícius passar a bola por cima do guarda-redes à saída deste e à meia-volta conseguir metê-la no único espaço disponível na baliza, dado que ainda estava um defesa perto do poste por causa do canto. Movimento à ponta-de-lança! Pouco depois, foi o Rafa a ver um remate seu interceptado por um defesa, depois de uma jogada de insistência também com participação do C. Vinícius. O André Almeida lesionou-se, entrou o Tomás Tavares e a dez minutos do fim o Sr. Tiago Martins resolveu desequilibrar as coisas a favor do V. Setúbal: mostrou vermelho directo por entrada ríspida do Taarabt, mas este não só toca na bola, como usa a parte lateral do pé. Dez minutos antes, o mesmo Sr. Tiago Martins mostrou um amarelo a um jogador do V. Setúbal, que entrou de pitons sobre o tornozelo do Rafa! Inacreditável! O V. Setúbal veio naturalmente para cima de nós, mas conseguimos manter as nossas redes a zero com bastante sofrimento, dado que acabámos o jogo com o Gedson e Gabriel no meio, e o C. Vinícius a fechar o lado esquerdo.
Em termos individuais, o C. Vinícius merece óbvio destaque pelo golo que nos deu os três pontos. O Gedson foi péssimo na 1ª parte, mas melhorou ligeiramente na 2ª, enquanto o Rafa já esteve em melhor forma, mas é imprescindível, porque é o único jogador com capacidade para acelerar o jogo. Ao invés, o Pizzi passou novamente ao lado da partida.
Não jogámos bem, longe disso, mas conseguimos ganhar e isso era fundamental. Até porque se antigamente jogámos muitas vezes contra 14, agora jogamos contra 16! Foi das arbitragens mais vergonhosas que se viram nos últimos anos na Luz e espero não ter que ver este(s) senhor(es) a arbitrar(em)-nos nos tempos mais próximos (mas seguindo a lógica do Fábio Veríssimo, devem estar no jogo da apresentação na próxima época…). Não marcar aquele penalty sobre o Rafa brada aos céus, a dualidade de critérios na expulsão do Taarabt e no outro lance é gritante, mas onde se viu que isto foi mesmo de encomenda foi no amarelo ao Vlachodimos. O nosso guarda-redes foi avisado para não perder tempo e amarelado literalmente no segundo a seguir! Foi a primeira vez que vi isto acontecer num jogo! Ainda por cima, antes do nosso golo, o Makaridze tinha tido n situações destas sem ter tido consequências nenhumas! Foi uma arbitragem a lembrar os saudosos anos 90, um autêntico roubo, e o pior é que já não é a primeira. Este campeonato vai ser tremendamente complicado.