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segunda-feira, agosto 20, 2018

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Vencemos no sábado o Boavista no Bessa por 2-0 e mantemos um registo 100% vitorioso no campeonato. Como os outros dois também ganharam (a lagartada 2-1 em casa frente ao V. Setúbal e o CRAC no Jamor ao Belenenses por 3-2), continuam os três grandes na frente com o intruso Feirense (1-0 em Guimarães) a ser a quarta equipa só com vitórias nas duas primeiras jornadas.

Depois do desgastante jogo em Istambul, estava com bastante receio desta partida até porque nas duas últimas temporadas não ganhámos no Bessa e tínhamos só uma vitória em quatro encontros. O Rui Vitória manteve a mesma equipa, só com a entrada do Ferreyra para o lugar do lesionado Castillo. Apanhámos um grande susto logo aos 3’, quando o Falcone apareceu isolado frente ao Vlachodimos depois de um centro da direita, mas felizmente o remate saiu às malhas laterais. Acabaria por ser a única grande oportunidade do Boavista em todo o jogo. A partir daqui, tomámos nós conta dele, mas estava difícil entrar na defesa axadrezada. Só um remate do André Almeida criou algum perigo, mas o Helton Leite defendeu, até que aos 35’ inaugurámos o marcador num lance todo ele do Ferreyra: ganhou a bola numa jogada de insistência aos dois defesas contrários e rematou rasteiro em arco, sem hipótese para o guarda-redes. Um golão! Ainda antes do intervalo, uma abertura magnífica do Pizzi isolou o Salvio, mas este permitiu ao Helton Leite defender com a perna. Foi pena, porque iríamos para o intervalo bastante mais tranquilos.

Para a 2ª parte, estava com medo que a história do ano passado se repetisse: também fomos em vantagem e depois perdemos. Ainda por cima, porque se poderia pôr a questão do desgaste do jogo europeu. Mas nada disso se passou. Entrámos fortíssimos, ainda mais do que na 1ª parte, e o Salvio logo no reinício teve outra oportunidade, mas o guarda-redes defendeu o seu bom remate, depois de uma combinação ofensiva entre o Ferreyra e o Cervi, com este a centrar para o nº 18. O único lance de perigo do Boavista na 2ª parte foi um livre em balão para a área, com o Vlachodimos a sacudir para canto. Aumentámos a vantagem aos 62’ através do Pizzi, depois de uma brilhante jogada do Salvio, que ganhou a bola a um defesa, correu pela faixa e centrou atrasado para o quarto golo do nº 21 no campeonato. Até final, pudemos aumentar a vantagem, mas o Helton Leite defendeu um corte falhado de um seu companheiro que daria autogolo e defendeu igualmente com o pé um remate de trivela do Pizzi, que estava isolado depois de um erro defensivo do Boavista. Já no tempo de compensação, foi o Jardel a atirar de cabeça por cima no limite da pequena-área(!) na sequência de um canto.

Em termos individuais, destaque para o golo do Ferreyra, que espero lhe dê confiança para melhorar o seu nível exibicional. Há que dizer, no entanto, que já pareceu melhor entrosado com a forma de jogar da equipa. O Pizzi continua a sua veia goleadora e, mesmo assim, ficou a dever-nos mais um golo. Quem também continua em grande forma é o Gedson que foi um autêntico saco de pancada para os adversários. O Salvio também se encontra em excelente nível e a jogada do segundo golo é brilhante. A defesa esteve toda muito segura, o que acaba por ser natural quando se tem um guarda-redes atrás que inspira confiança. Uma menção final para a estreia do João Félix na equipa principal, ao substituir nos últimos minutos o Cervi.

Defrontaremos amanhã o PAOK na 1ª mão do play-off da Champions e no próximo sábado iremos receber a lagartada. Espero que a melhoria exibicional deste jogo no Bessa tenha continuidade nas próximas partidas, porque conseguir duas vitórias (a do primeiro jogo preferencialmente sem golos sofridos) será muito importante para os objectivos da época.

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