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terça-feira, julho 03, 2018

Uruguai - 2 - Portugal - 1

E, pronto, os campeões da Europa ficaram pelos oitavos-de-final do Mundial 2018 ao serem eliminados pelos uruguaios no passado sábado. Já se sabia que íamos defrontar uma selecção muito difícil (ainda não tinha sofrido golos em 2018), com uma das melhores (senão mesmo a melhor) duplas de avançados do mundo, Suárez e Cavani, pelo que o resultado não nos pode espantar. Mesmo assim, teremos feito a nossa melhor exibição deste Mundial (embora as más línguas tenham dito que talvez fosse esse o problema...!).

Entrámos praticamente a perder com um grande golo do Cavani (faz um movimento com a cabeça, mas parece que a bola lhe bate no peito) a centro do Suárez logo aos 7’. Antes disso, o Cristiano Ronaldo tinha feito um bom remate de primeira, mas à figura do Muslera, mas até ao intervalo foi um livre do Suárez, que passou pelo meio da barreira, a criar maior perigo, com uma boa defesa do Rui Patrício. Na 2ª parte, empatámos relativamente cedo (55’), com uma cabeçada do Pepe a centro do Raphael Guerreiro na sequência de um canto. No entanto, não conseguimos usufruir dessa vantagem por muito tempo, com o 1-2 do Cavani (novamente num golão) a aparecer aos 62’: o Pepe falha a intercepção num pontapé vindo do guarda-redes e o Bentancur assiste o Cavani, desta feita para um remate em arco. Até final, a nossa melhor oportunidade foi um remate do Bernardo Silva por cima, numa recarga, a uma saída em falso do Muslera.

O Bernardo Silva, apesar deste lance em que poderia ter feito melhor, foi de longe o nosso jogador em maior destaque, porque era o único que conseguia transportar a bola com qualidade. O Gonçalo Guedes voltou à titularidade, mas esteve novamente muito abaixo da sua valia. Os centrais (Pepe e Fonte) fizeram um bom jogo, assim como o Raphael Guerreiro. Ao invés, o Cristiano Ronaldo passou relativamente ao lado da partida, mas ainda conseguiu fazer uma enorme idiotice perto do final, ao ver um amarelo por protestos (injustificados, ainda por cima), que o tiraria do jogo frente à França, nos quartos-de-final, se por acaso tivéssemos uma sorte descomunal e marcássemos em cima do apito (ou se o árbitro fosse como o Capela e dissesse 3’, mas desse 8’ de compensação...).

Foi uma prestação da selecção nacional que soube a pouco, principalmente por causa daquele jogo frente ao Irão. Se, em vez de termos jogado para manter a vantagem mínima na 2ª parte, a tivéssemos tentado ampliar, teríamos conseguido o 1º lugar do grupo e ficaríamos no lado bom do quadro, onde em vez de Uruguai, Brasil ou França, teríamos Rússia, Croácia ou Colômbia/Inglaterra. Exactamente o que nos aconteceu no Euro 2016, que teve o resultado que teve.

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