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segunda-feira, março 05, 2018

Enxurrada

Goleámos o Marítimo no sábado por 5-0, mas como no dia anterior a lagartada demonstrou pela enésima vez a sua completa inutilidade ao perder em Mordor por 1-2, continuamos a cinco pontos do 1º lugar com os inúteis agora a três pontos de nós.

Parece que os dias de dilúvio na Luz são bons para receber o Marítimo (nada é por acaso, realmente...). Já para a Taça no ano passado as coisas correram muito bem e desta vez foi igual. Curiosamente, nem entrámos bem na partida (à semelhança de Paços de Ferreira), com o adversário a dominar durante os primeiros 15’, obrigando inclusive o Bruno Varela a defender um remate de fora da área, mas tudo mudou aos 16’, quando marcámos na primeira oportunidade: na sequência de um canto na esquerda a nosso favor, o Zivkovic varia para o flanco oposto, o Rafa abre para o André Almeida, que consegue chegar em esforço à bola, centrar atrasado, onde o Jardel se afastou para o Jonas fuzilar. O Marítimo sentiu o golo e aos 22’ sofreu o segundo, numa tabelinha entre o Grimaldo e o Zivkovic na esquerda, com o sérvio a isolar o espanhol, que só teve que desviar do guarda-redes Charles. Pouco depois, poderíamos ter feito mais um, numa grande jogada atacante com nova abertura do Zivkovic para isolar o Cervi, que se perdeu a fazer dribles em vez de rematar, e quando tentou assistir o Pizzi, este já estava fora-de-jogo. À passagem da meia-hora, numa saída dos postes, o Varela rematou com um adversário, mas felizmente a bola saiu ao lado. Aos 35’, fizemos o 3-0 num centro largo do André Almeida com o Jonas a antecipar-se ao defesa e rematar no ar, fazendo a bola entrar em balão na baliza, batendo ainda na barra. Um golão! Ainda antes do intervalo, marcámos o quatro golo num penalty indiscutível sobre o Rafa, com o Jonas a completar o hat-trick, num rematado muito colocado ao ângulo superior direito da baliza (podes marcar os penalties todos assim, Jonas, que não há guarda-redes nenhum no mundo que os defenda!).

Com o jogo decidido, a 2ª parte foi muito mais calma, connosco a tirar claramente o pé do acelerador. À passagem da hora de jogo, o Marítimo viu-se reduzido a 10, por pisão sobre o Zivkovic, com o sr. Hélder Malheiro a ver as imagens do VAR antes de decidir. Pela maneira como se contorceu no relvado, cheguei a temer o pior, mas o sérvio felizmente recuperou. O Rui Vitória aproveitou para fazer gestão do plantel e tirou o Fejsa para colocar o Samaris, depois o Jiménez para o lugar do Rafa (eu teria tirado outro jogador, porque o extremo português não estava mal no jogo e o que é facto é que nos ressentimos da sua saída) e, por fim, resolveu jogar 10 para 10 e fez sair o André Almeida para entrar o Douglas... O Jonas teve duas ocasiões para fazer um poker, mas os remates de cabeça e com o pé direito saíram ao lado e por cima, respectivamente (foi pena este último, que seria outro golão...). Mas o 5-0 chegaria mesmo aos 81’ (já estava a ficar preocupado, porque estava 0-0 na 2ª parte...!), num centro do Douglas, que é cortado por um defesa para o Zivkovic que, no lado esquerdo, puxou para o pé direito e rematou em arco sem hipótese para o Charles. Outro golão! Até final, ainda poderíamos ter chegado à meia-dúzia, mas uma brilhante jogada atacante, em que intervieram vários jogadores, não teve o final desejado, porque o desvio do Cervi saiu ao lado da baliza.

Em termos individuais, óbvio destaque para o Jonas, com os seus três golos a chegar aos 30 no campeonato (ainda em relação aos penalties, Jonas, tenta fazer sempre como hoje e correr com convicção para a bola, sem fazer as irritantes paradinhas, pode ser?). O Zivkovic também esteve brilhante, com participação activa em três dos cinco golos. O Rafa é a prova concreta do que a confiança faz: parece outro jogador! O Pizzi não esteve igualmente mal e, como vamos receber o Aves para a semana, forçou o amarelo para limpar os cartões. Palavra igualmente muito importante para o André Almeida, que fez mais duas assistências e já tem sete(!) este ano. O Grimaldo marcou igualmente um bom golo e continua a participar de uma ala esquerda muito activa, se bem que o Cervi não tenha estado tão bem quanto em jogos anteriores. A defesa não teve grande trabalho.

Depois da vitória do CRAC no dia anterior, este jogo era importante para vermos como a equipa reagiria a isso e essa reacção não poderia ter sido melhor. Foi uma demonstração de força que esperemos que se mantenha até final do campeonato.

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