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segunda-feira, julho 31, 2017

Emirates Cup

Depois da vergonha que passámos há três anos, pensei que nunca mais fôssemos chamados para este troféu. Fomo-lo agora e mantivemos o nível: outra vez duas derrotas, desta feita por 2-5 frente ao Arsenal no sábado e 0-2 perante o Leipzig ontem. Se quisermos olhar para as coisas pelo lado positivo, podemos sempre dizer que há três anos foi o início do bicampeonato (que já não conquistávamos há 31 anos) e tivemos melhor goal average agora (2-7 contra 2-8...). Fora de brincadeira, esta pré-época não foi nada famosa (duas vitórias e quatro derrotas) e há-de chegar uma altura em que pré-temporadas péssimas não resultem sempre em campeonatos conquistados. Esperemos que ainda não seja este ano...

Dos 180’ que fizemos, só se salvou a 1ª parte contra o Arsenal. Com a equipa titular (só faltou o Fejsa), até marcámos primeiro pelo Cervi, mas depois facilitámos por duas vezes na defesa e o Walcott bisou, antes de o Salvio repor a igualdade perto do intervalo. Tivemos boas combinações atacantes, mas fomos muito permeáveis lá atrás, o que, tendo em conta que o nosso trinco era o Filipe Augusto, não é propriamente de espantar... Sempre que o Arsenal acelerava um pouco, víamo-nos à rasca e isso foi notório na 2ª parte. O jogo de ontem frente ao Leipzig foi muito fraco até entrar o Jonas aos 60’. Bem acompanhado posteriormente pelo Walcott, Diogo Gonçalves e Pizzi, demos um ar da nossa graça, mas já estávamos a perder por 0-2.

Finda a pré-temporada, seis jogos já dão para tirar algumas conclusões:

1) Precisamos MESMO de um lateral-direito. Pode ser que o Buta se faça, mas não podemos estar dependentes disso no imediato. O André Almeida, espero que faça a carreira completa no Benfica, mas nunca poderá ser titular indiscutível. Quanto ao Pedro Pereira, faz-me ter saudades do Luís Filipe... (E estou a falar a sério.)

2) Alguém enganou o Filipe Augusto: ele, a ocupação do espaço e a bola são três problemáticas incompatíveis. Pode voltar para o sítio de onde veio. (O que faz com que o Samaris seja tão imprescindível no plantel quanto o Fejsa. Nem pensar em vendê-lo!)

3) O Walcott deu boas indicações, assim como o Diogo Gonçalves. Juntando ao Salvio, Cervi e Zivkovic, parece-me que temos extremos mais do que suficientes. É indiscutivelmente seguro corrigir o erro do passado de acharmos que jogadores vindos da lagartada podem resultar no Benfica. O Simão é a única excepção e, mesmo assim, não veio directamente. Buen viaje, Carrillo! (Não, não me esqueci do Rafa na lista dos extremos, apenas aguardo que ele mostre qualquer coisa mais do que ser um excelente reforço para a secção de atletismo. No ano passado, era porque não tinha feito a pré-época connosco. Este ano, vamos lá a ver qual é a desculpa...)

4) Guarda-redes. Eu ficaria mais descansado se viesse mais alguém. Tenho dúvidas que o Júlio César dure a época toda e o Bruno Varela não me inspira grande confiança. Sem ofensa, uma coisa é defender as redes do V. Setúbal, outra é o Benfica.

5) Centrais. Tenho dúvidas que o Luisão e o Jardel durem a época toda. O Lisandro é muito bom rapaz, já cá está há alguns anos, mas preferia-o como quatro central. Alguém que pudesse discutir a titularidade com os outros dois era bastante desejável.

6) Meio-campo. Mixed feelings sobre o Chrien. Muito bem com o Hull City, muito sofrível ontem. É novo, pode sempre rodar, mas sinceramente não sei se é de ficar no plantel. Quanto ao André Horta, continuo sem perceber muito bem porque é que está tão abaixo na hierarquia. A diferença de qualidade em relação ao Filipe Augusto é gritante. (OK, não é grande elogio, eu sei, mas é só comparar o tempo de jogo dos dois...)

7) Avançados. Jonas é de outra galáxia. Mitroglou, Jiménez e Seferovic são três para um lugar. Julgo que um dos dois primeiros irá sair, mas se assim for tenho pena. São ambos bicampeões e foram fundamentais para os dois títulos, enquanto o suíço, embora me pareça bom, ainda tem que provar que manterá um nível elevado durante a maior parte da época.

Para a semana, temos o primeiro troféu oficial e de hoje a um mês fecha o mercado. O nosso começo de época é bastante complicado e vamos lá a ver qual é a resposta que a equipa vai dar. Só não estou (muito) preocupado, porque a tendência dos últimos anos foi esta e enquanto a lagartada festeja em Julho, nós temo-lo feito em Maio. A bem das relações de boa vizinhança, por mim poderia ser sempre assim.

2 comentários:

Artur Hermenegildo disse...

Algumas notas soltas.

O Buta talvez se faça. Precisa é de ajuda de um ala que defenda. Há dois anos, antes de termos inventado o Semedo, a opção primeira era o Sílvio...

O Carrillo devia ser emprestado, vendido, alugado, ou qualquer outra solução que o afaste do plantel. Idem para o Filipe Augusto,que tenho dúvidas que seja jogador de futebol (de qualquer forma é menos nocivo a 8 que a 6).

Será verdade que o André Horta foi encostado por não ser do Jorge Mendes?

Obviamente que o Samaris não pode sair.

Tenho gostado mais do Rafa, vamos ver.

Entre o Willock e o Diogo Gonçalves acho que devia ficar um, pelo menos até Janeiro.

O Crien ainda não me convenceu. Que fique até Janeiro e depois logo se vê.

Avançados, não sei se serão demais. É uma posição muito atreita a lesões, como se viu o ano passado. E o Jonas tem de ser gerido...

Já agora, e o João Carvalho? Tenho muita esperança nele mas parece ser uma carta fora do baralho para já. Empreste-se a um clube com qualidade.

Anónimo disse...

Comprámos o Walcott ao Arsenal? Grande Benfica!