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segunda-feira, maio 22, 2017

Despedida

Empatámos no sábado no Bessa (2-2) na última jornada do campeonato e, com a magnífica vitória de ontem do Moreirense (grande Petit!) sobre o CRAC (3-1), acabámos por lhes ganhar um ponto, tendo terminado o campeonato com seis de vantagem sobre eles e 12 sobre a lagartada. Ainda por cima, estes resultados deram-nos o melhor ataque e a melhor defesa da prova, com mais um golo marcado e menos um sofrido do que o CRAC. Fantástico!

O Rui Vitória tinha dito que um dos objectivos para esta partida era fazer de todo o plantel campeão e entrámos em campo com o Pedro Pereira, Kalaica e Hermes, que ainda não tinham jogado um único minuto. Aliás, nenhum jogador dos onze que alinharam é titular neste momento, pelo que era expectável que as coisas não corressem como habitualmente. Aos 16’ sofremos o primeiro golo, quando ficámos com a defesa a dormir e o Renato Santos só teve que encostar depois de um centro na direita. Tínhamos dificuldades em ligar o jogo atacante e estávamos coxos no lado esquerdo do ataque, porque o Hermes é um lateral e estava a jogar a extremo. Só o Zivkovic e a espaços o André Horta é que mostravam algum inconformismo.

Na 2ª parte, o Rui Vitória lançou o Rafa saindo o Hermes, mas foi do mesmo Rafa um erro clamoroso no domínio da bola que permitiu a jogada que deu o 2-0 ao Boavista aos 52’: remate cruzado do Schembri com o Júlio César a poder ter feito mais, já que a bola não foi assim com tanta força. Entretanto, entrou o Jiménez para o lugar do lento e previsível Filipe Augusto, e a equipa deu mostras de começar a reagir. Verdade seja dita que já desde o reinício que tínhamos entrado melhor e materializámos essa subida de produção aos 71’: boa jogada do Rafa desde o nosso meio-campo, que soltou no timing exacto para o Mitroglou, que se tinha libertado do defesa de forma muito inteligente, rematar cruzado para o fundo da baliza. Aos 78’, deu-se a merecida entrada do Paulo Lopes, o único elemento que faltava ser campeão. Já agora, seria uma boa despedida do campeonato e uma prenda para os adeptos do Norte não perdermos o jogo, pensámos nós e terão pensado os jogadores, que pressionaram ainda mais o adversário. Um remate de trivela do Rafa passou muito perto do poste e finalmente conseguimos o empate em cima dos 90’ num canto do Zivkovic e excelente entrada de cabeça do estreante Kalaica a fazer a bola bater no poste e bater no relvado já para além da linha. Um golo que pôs em delírio as bancadas do Bessa, que puderam assim festejar com outro espírito este fantástico tetracampeonato.

Em termos individuais, gostei do Zivkovic, que tinha claramente mais ritmo que os colegas. Espero que na próxima época o André Horta seja mais regular e tenha mais sorte com as lesões, porque é sem dúvida bom jogador. O Mitroglou mostrou-se quando foi preciso meter a bola lá dentro. Quanto aos estreantes, são todos para rever noutro contexto: o Hermes pareceu-me claramente fora de posição, o Pedro Pereira algo nervoso, o que não é de estranhar porque ainda só tem 19 anos e o Kalaica, com 18, foi o mais promissor deles e não só pelo golo.

Para a semana, teremos o último jogo da época com a final da Taça de Portugal e uma oportunidade de conseguir a sempre desejada dobradinha. Eu já tenho a minha conta de finais perdidas de forma inglória, portanto espero bastante concentração da equipa, porque o V. Guimarães não vai ser um adversário nada fácil. E se um tetracampeonato é muito bom, com uma dobradinha será indiscutivelmente muito melhor!

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